«Cinzas da zona queimada deixam linhas de água “cheias de lamas” em Castanheira de Pera, depois da chuva Linhas de água em Castanheira de Pera ficaram "cheias de lamas" e a albufeira da Praia das Rocas ficou "bastante negra" na sequência da chuva de quinta-feira que levou as cinzas da zona queimada para os cursos de água. "Há algumas situações complicadas, com linhas de água cheias de lamas", disse à agência Lusa Fernando Lopes, presidente do município de Castanheira de Pera, um dos concelhos afetados pelo incêndio que começou em Pedrógão Grande a 17 de junho e que causou a morte de 64 pessoas. A chuva que se fez sentir na quinta-feira não entrou na terra e acabou por fazer escorrer "cinzas e lamas" para os cursos de água da região, tendo-se registado também "lamas nas estradas", contou. "Eventualmente, pode haver contaminação de água, mas não houve infiltrações. É uma questão a que vamos estar atentos, nomeadamente a fontes e a captações de água", explanou o edil. Segundo o administrador da Praia das Rocas, José Pais, a chuva "fez algum estrago", tendo condicionado "as atividades" programadas para hoje na Praia das Rocas, nomeadamente o ‘stand up paddle', que se realiza não na zona balnear, mas na albufeira, que ficou com a água "negra". A água negra no lago inferior junto à Praia das Rocas ainda entrou na zona balnear e obrigou a administração a diminuir o nível de água naquela albufeira, por forma a garantir que não ocorre nenhuma passagem daquela água para o complexo turístico. "Ainda chegou a entrar água negra" na zona balnear, mas o problema foi resolvido com o "reforço da limpeza" e diminuição do nível da água da albufeira, aclarou. José Pais sublinhou ainda que a água da Praia das Rocas é tratada e renovada, antes de entrar no complexo, tirando situações, como ocorreram, de drenagem natural. De acordo com o administrador, a contaminação ocorreu com água vinda da ribeira de Pera.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/cinzas-da-zona-queimada-deixam-linhas-de-agua-cheias-de-lamas-em-castanheira-de-pera-depois-da-chuva
"Caminhante sobre o mar de névoa" - Caspar David Friedrich
«Manuel, o Viajante...
O
Manuel “Viajante” era um homem que, na sua profissão, corria grande parte do
norte e centro do país, a representar comercialmente produtos de uma grande
empresa de produtos alimentares, o que lhe deu, muito mundo. Conferiu-lhe uma
mundovisão que, para a aldeia em que vivia em meados dos anos oitenta, lhe
permitia ter uma visão das coisas muito mais alargada. Em suma, horizontes mais
abertos. Naquele tempo, ao que me recordo, só os «retornados» portugueses, recém-chegados
das ex-colónias portuguesas, tinham uma perspetiva das coisas mais avançada,
para um país que, mormente no seu interior, estava ainda muito fechado na
concha que o Estado Novo criou nas pessoas, nos lugares, nas mentalidades,
ainda muito herméticas, cinzentas e anquilosadas.
A
nossa nação tem bem vincada na sua história, uma tradição de explorar mares,
ilhas, continentes, de busca permanente de novos horizontes. Afinal, fomos
sempre um pequeno retângulo que funcionou como base de partida de marinheiros, que
sequiosos de infinito, se lançaram em pequenos e frágeis barcos, explorando
todo um Mundo, ainda desconhecido para todos, mas vasto de oportunidades de
expansão da sociedade que então representávamos, com os nossos ideais
sociopolíticos e valores fundamentais.
Igualmente,
no auge do apertilho de desesperança da ditadura que nos cerceou o
desenvolvimento, para que naturalmente a brava nação lusitana está destinada,
afinal, sempre demos novos mundos ao mundo; espalhamo-nos por essa Europa fora
e fomos, mais uma vez, decisivos na reconstrução de um velho continente esfrangalhado
por duas grandes guerras e refém do medo que se impôs no decorrer da denominada
«Guerra-fria». As vastas comunidades de portugueses espalhadas pelos
continentes europeu e americano, são reconhecidas de forma abrangente como
molas dinamizadoras da economia e socialização “positiva”, bem ao invés do que
se passa com imigração originária de outras latitudes, mais “explosivas”.
Neste
contexto, numa aldeia do interior de Portugal, poucas pessoas tinham essa
dimensão expansionista, ao nível das mentalidades, como o Manuel. Assim,
tratava-se de uma pessoa muito ouvida e respeitada pelos locais. Destacava-se
pela capacidade de comunicar, pela forma cuidada como se vestia, num meio eminentemente
rural, em que essa forma de ser e de estar, eram a exceção, muito longe de ser
a regra. Casado com Flora, uma moça oriunda de uma família humilde, mas uma
excelente rapariga em termos humanos, tiveram três filhos: João, Florbela e
Ana, por esta ordem cronológica. E viviam felizes, no seu pacato lar, mas
Manuel passava praticamente toda a semana fora de casa, devido à grande
extensão territorial que tinha que cobrir na sua atividade comercial, numa
época em que ainda não tínhamos autoestradas.
Claro
está que Flora desconfiava, afinal eram muitas as noites a cismar na sua vida.
Às vezes apetecia-lhe ligar para o Manuel, sentia falta de ouvir a sua voz, um
homem que falava de tudo com muita facilidade, com uma fluência de discurso
admirável. Ainda não havia telemóveis e o telefone era um luxo que, eles tinham
em casa, mas que só se usava em último caso; ouvia-se o seu toque quase sempre
quando havia uma fatalidade: uma tia que morreu, um acidente de um familiar e
por aí fora. Quando Manuel planeava as suas saídas, usava o aparelho para
contatar os seus clientes comerciais, por isso, para ele, o telefone
ultrapassasse em muito o uso doméstico, raro naquela altura, até porque era um
bem caro. No meio disto tudo, Flora começava a desconfiar do regresso cada vez
mais tardio de Manuel que, a partir de certa altura se começou a restringir aos
Domingos. Manuel justificava-se com o facto de estar a conquistar clientela
cada vez mais a sul e que tinha que aproveitar a maré de crescimento da sua
carteira de clientes. Certo é que nada faltava em casa, cada vez havia mais
dinheiro; mas, para Flora, faltava cada vez mais o Manuel…
Entretanto,
os piores receios de Flora confirmaram-se. No seu mister e de uma maneira geral,
Manuel era um sedutor, a sua profissão passava por essa capacidade de atrair
pessoas para os seus interesses, tratava-se de um daqueles comunicadores que
hipnotizavam os seus interlocutores, tal como uma serpente encanta a sua presa
de forma a que ela se renda aos seus encantos. Assim, lá para os lados de
Aveiro, Manuel tinha iniciado um relacionamento sério com Joana, vinte anos mais
nova do que ele, uma empregada de uma firma com quem mantinha negócios. Já
tinham inclusive um filho de cinco anos, o Miguel e, como é lógico, o seu foco
amoroso tinha mudado de latitude. Flora começou a ficar mais desconfiada com as
respostas de Manuel, cada vez mais evasivas e com as suas visitas, como as de um
médico, pois quase já só vinha a casa para trazer mudas de roupa e pagar
contas.
Manuel
alugou um apartamento onde vivia parte da semana com Joana e o pequeno Miguel, mantendo
assim duas casas sobre a sua custódia. Flora já muito intrigada, começou a
investigar nas papeladas que Manuel trazia na carrinha de trabalho e lá
encontrou uma fatura de luz, com uma morada em Estarreja em nome do seu marido.
Numa dada segunda-feira, partiu de comboio com destino à morada acima referida
e, quando lá chegou, bateu à porta, tendo sido atendido por uma jovem mulher
muito bonita. Era a Joana que, foi muito amável, convidando-a a entrar. Quando
Flora lhe explicou o motivo da sua visita, Joana começou a perceber quem era
realmente esta mulher simples, mas determinada que, inopinadamente, lhe bateu à
porta. Pouco tempo depois, as duas mulheres choravam agarradas uma à outra e
entenderam-se, perdoando-se mutuamente. Esperaram as duas que o Manuel entrasse
em casa, o que foi um autêntico balde de água fria para este; de repente, o seu
Mundo inteiro desabou…
Foi
confrontado de forma franca por Flora e Joana, para uma escolha decisiva que
teria que tomar. Havia que optar definitivamente por uma casa ou por outra, não
deixando de assumir todas as suas responsabilidades, em ambos os casos. Optou
pelo mais óbvio. Ficou com Joana, conferindo o divórcio a Flora que, exigiu
tudo a que tinha direito e a proteção dos direitos dos seus filhos, mas nunca
ignorando os direitos de Flora e do seu filho, que jamais ignorou.
Com
o decorrer do tempo, Manuel foi ficando mais velho, doente e sentiu que Joana
já tinha outros interesses divergentes, um amante, afinal a diferença de idades
tendia para isso, era inevitável. Tratava-se de um filme já muito rodado e com
final facilmente antecipado. Manuel ficou doente, foi posto de parte e sentindo
que a morte se aproximava foi visitar Flora e os seus filhos. Perante o drama
de um homem em desespero e desamparado, foi aceite de novo pela ex-mulher e
pelos filhos. Só perante a impotência da falta de saúde e às portas da morte,
Manuel recebeu, talvez, o maior ensinamento da sua vida… quem ele
perentoriamente abandonou, foi quem o acolheu no leito de morte, com o
aconchego que só uma verdadeira família sabe proporcionar. Manuel teve duas
famílias, mas só uma o foi na verdadeira aceção da palavra… há viagens na nossa
vida que não devemos fazer sob pena de nos perdermos… há mar e mar, há ir e
voltar.» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2017/07/manuel-o-viajante.html
«SAMUEL CALDEIRA FOI SEGUNDO NA PRIMEIRA ETAPA DO TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO Gustavo Veloso continua na perseguição ao camisola amarela Andreas Vangstad. Samuel Caldeira foi o portista mais rápido da primeira etapa do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho. Numa chegada ao sprint, o corredor da W52-FC Porto-Mestre da Cor terminou a tirada no segundo lugar, com o mesmo tempo do vencedor, o francês Yannis Yssad (Armée de Terre). O norueguês Andreas Vangstad, vencedor do prólogo, terminou os 140 quilómetros entre a Ventosa e Arruda dos Vinhos integrado no pelotão e assim manteve o primeiro posto na geral, com oito segundos de vantagem sobre o portista Gustavo César Veloso. A W52-FC Porto-Mestre da Cor, que segue na liderança da classificação por equipas, coloca outros dois ciclistas entre os dez primeiros da geral: Samuel Caldeira, na quarta posição, e Raúl Alarcón. O Grande Prémio Internacional de Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho vive esta sexta-feira uma das jornadas mais aguardadas. A segunda etapa da corrida tem início às 11h30 em Sobral de Monte Agraço, terminando cerca das 15h15, depois de percorridos 155 quilómetros, no alto de Montejunto. A meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria, sendo alcançada após subida pela vertente do Avenal, mais exigente do que a escalada habitual. Aliás, a 5,5 quilómetros da meta, há outro prémio de montanha. Classificações - 1.ª Etapa 1.º - Yannis Yssad (Armée de Terre), 3h32m39s (Média: 39,502 km/h) 2.º - Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 3.º - Oscar Pelegri (Caja Rural-Seguros RGA), mt 4.º - João Matias (LA Alumínios-Metalusa BlackJack), mt 5.º - Pedro Paulinho (Louletano-Hospital de Loulé), mt 6.º - César Martingil (Liberty Seguros/Carglass), mt 7.º - Jimmy Raibaud (Armée de Terre), mt 8.º - Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 9.º - Julen Irizar (Euskadi Basque Country Murias), mt 10.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), mt Geral Individual 1.º - Andreas Vangstad (Team Sparebanker Sor), 3h43m02s 2.º - Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), a 8s 3.º - Sérgio Paulinho (Efapel), a 17s 4.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 18s 5.º Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), a 19s 6.º Daniel Mestre (Efapel), a 20s 7.º Óscar Rodríguez (Euskadi Basque Country-Murias), a 21s 8.º Yannis Yssad (Armée de Terre), a 25s 9.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 10.º Raúl Alarcón (W52-FC Porto), a 26s» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/gpi-torres-vedras-primeira-etapa-060717.aspx
«RUI MANUEL COSTA AVANÇA NA TAÇA DO MUNDO DE BILHAR Bilharista do FC Porto somou uma vitória e um empate na ronda de pré-qualificação da competição. Rui Manuel Costa continua em prova na Taça do Mundo de Bilhar às três tabelas, depois de esta quarta-feira ter somado uma vitória e um empate na ronda de pré-qualificação da competição que tem lugar no Dragão Caixa até ao próximo domingo. O bilharista do FC Porto, campeão nacional individual e por equipas, começou por bater o dinamarquês Thomas Andersen (30-22, em 22 entradas), tendo depois empatado com o holandês Jean Paul de Bruijn (30-30, em 22 entradas). Os resultados verificados no Grupo N em que o atleta portista ficou integrado permitiram-lhe garantir a primeira posição, seguindo assim para a ronda de qualificação na qual lutará por um lugar nos 16 avos de final da competição.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/bilhar-rui-costa-taca-mundo-050717.aspx
«GUSTAVO VELOSO FOI SEGUNDO NO PRÓLOGO DO GP INTERNACIONAL DE TORRES VEDRAS W52-FC Porto-Mestre da Cor teve três ciclistas no top-10 do primeiro dia da prova. O galego Gustavo Veloso terminou esta quarta-feira o prólogo da edição de 2017 do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras/Troféu Joaquim Agostinho na segunda posição, concluindo os primeiros oito quilómetros da prova em 10m31s. O ciclista da W52-FC Porto-Mestre da Cor foi apenas ultrapassado pelo vice-campeão norueguês de contrarrelógio, Andreas Vangstad (Team Sparebanken Sor), que gastou menos oito segundos (10m23s) do que o portista para completar o percurso praticamente plano, na freguesia do Turcifal. É ele que sairá vestido de amarelo na primeira etapa. No que a ciclistas do FC Porto diz respeito, destaque para mais dois nomes: Samuel Caldeira ficou com o sétimo tempo (10m45s) e Raúl Alarcón fechou o top-10 (10m49s). Na quinta-feira o pelotão vai percorrer a primeira etapa em linha, numa ligação de 140 quilómetros entre São Mamede da Ventosa e Arruda dos Vinhos. Com partida prevista para as 12h30 e chegada para as 16h00, os ciclistas terão como maiores dificuldades duas contagens de montanha de terceira categoria: a primeira ao quilómetro 59,3, na passagem pela Serra da Vila, e a segunda no quilómetro 114, após a passagem pela Ota.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/gp-joaquim-agostinho-2017-prologo.aspx
«SUB-19: RUI PEDRO VOLTA A SER DECISIVO Avançado dos Dragões marcou no triunfo português sobre a República Checa (2-1). Rui Pedro, avançado do FC Porto, voltou a ser foi decisivo em mais uma vitória da seleção portuguesa de Sub-19 no Europeu da categoria, que está a decorrer na Geórgia até dia 15 de julho. Depois de marcar na ronda inaugural do Grupo A, frente à seleção anfitriã (1-0), Rui Pedro apontou esta quarta-feira o segundo golo de Portugal no triunfo sobre a República Checa (2-1), num excelente golpe de cabeça (74m). O guarda-redes Diogo Costa, os defesas Diogo Dalot e Diogo Queirós, bem como o médio Rui Pires, também foram titulares na seleção portuguesa, que lidera o agrupamento com seis pontos. O defesa Diogo Leite e o avançado Madi Queta não saíram do banco de suplentes. Nesta fase de grupos, os Sub-19 portugueses, que já garantiram uma vaga nas meias-finais do Europeu, ainda terão de defrontar a Suécia (08/07, 17h00).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Portugal-Republica_Checa_Euro_Sub-19.aspx
«Em 12 anos passaram de mil a dez. Leões "definham" em Angola A população de leões em dois parques nacionais no sul de Angola terá descido de 1.000 para cerca de uma dezena em 12 anos, segundo estimativas de um estudo realizado pela organização não-governamental (ONG) Panthera. O levantamento, realizado entre 2015 e 2016 nos parques nacionais de Luengue-Luiana e de Mavinga, na província angolana do Cuando Cubango, foi coordenado por Paul Funston, diretor daquela ONG para o programa de Leões e Chitas, que explica a forte diminuição desta espécie em Angola com a caça furtiva. “Surpreendentemente, descobrimos que, nesses dois parques, onde o número de leões chegou a 1.000 há 12 anos, apenas 10 leões permanecem. Isto deve-se provavelmente por os leões terem pouco para comer, permanecem poucas espécies de presas devido à caça selvagem”, aponta Paul Funston, referindo-se às conclusões do estudo, entretanto entregue ao Governo angolano. Aqueles dois parques nacionais angolanos eram dos principais “contribuintes” na população de leões da região de proteção transfronteiriça KAZA (Kavango-Zambezi Transfrontier Conservation Area), a maior do mundo e que se estende por 520.000 quilómetros quadrados entre Angola, Namíbia, Zâmbia, Zimbabué e Botsuana. A estimativa da Panthera aponta para a presença de apenas 10 a 30 leões naqueles dois parques do Cuando Cubango. “Os leões estão a definhar em Angola, um país que ainda está envolvido na recuperação de uma guerra civil devastadora de três décadas de duração, que terminou em 2002. O rescaldo devastou ainda mais a espécie, que já estava a sofrer declínios catastróficos em todo o continente”, alerta ainda Paul Funston, sublinhando que as “novas descobertas” deste estudo apontam a necessidade de um plano para restaurar esta população. “Até esta pesquisa, pouco se sabia sobre a situação do leão neste e noutros parques e áreas angolanas. O que nós sabemos, no entanto, é que nos últimos 20 anos, os leões sucumbiram a matanças ilegais, perda de habitat e caça furtiva, com apenas 20 mil indivíduos sobreviventes em toda a África”, enfatizou o especialista da Phantera. O estudo daquela ONG especializada na proteção animal refere que em ambos os parques nacionais estudados, as populações de vida selvagem “foram dizimadas durante a longa guerra civil angolana”. “Embora tais populações estejam a recuperar, há uma intensa caça de subsistência pelos aldeões locais e intensa caça furtiva de elefantes, particularmente ao longo do rio Cuando (Kwando), sul do rio Luiana”, observa o estudo. A pesquisa envolveu, nomeadamente, a colocação de armadilhas fotográficas, que cobriram uma área de 27.500 quilómetros quadrados, principalmente ao longo dos rios Cuando, Luiana e Luengue, além dos bosques adjacentes. Ao todo, foram contabilizadas 288.479 fotografias, sendo 37.032 capturas independentes e destas um total de 51 espécies fotografadas. “Embora os leões estejam vulneráveis a várias formas de caça ilegal, concluímos que é principalmente a baixa biomassa das espécies presas preferenciais que limita severamente a ocorrência de leões dentro de ambos os parques”, conclui a Panthera. Nos mesmos dois parques estudados, a estimativa aponta ainda para a presença de 151 chitas, 518 leopardos e até 600 cães selvagens africanos.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/em-12-anos-passaram-de-mil-a-dez-leoes-definham-em-angola
«Judiciária põe fim a esquema de venda de droga na darkweb Encomendas eram pagas em bitcoin e enviadas do Norte de Portugal para várias partes do mundo. Duas pessoas foram detidas. A Polícia Judiciária anunciou esta quarta-feira a detenção de duas pessoas por tráfico de droga através da internet. Segundo o comunicado enviado à Renascença o homem e a mulher detidos “utilizavam a Internet para efectuar a venda de diversos tipos de drogas, sendo que o principal mercado virtual que utilizavam se encontrava alojado na denominada darknet.” “Apesar das dificuldades inerentes à investigação de casos que envolvem a darknet, foi possível detectar o modus operandi utilizado, bem como identificar os indivíduos que procediam à venda no mercado virtual em causa e encontrar o local de onde as vendas eram efectuadas.” A “darknet”, ou “darkweb” é o nome dado a uma rede fechada e anónima na internet em que é praticamente impossível identificar os utilizadores. Nestas redes o IP do utilizador é redireccionado para um servidor fantasma, impossibilitando assim a localização correcta. Nesta operação interrompida pela acção da PJ a comercialização era feita também em moeda virtual, as bitcoins, mediante a indicação de um endereço para a recepção da droga comprada. “A droga era, depois, enviada pelos vendedores para os endereços indicados e situados nos mais diversos pontos do mundo, desde a Europa até à Oceânia, passando pelas Américas e pela Ásia, recorrendo aos serviços postais”, explica a polícia judiciária. Segundo o comunicado, a operação teve lugar no Norte de Portugal e foram apreendidas uma variedade de substâncias ilícitas, muito material informático e dinheiro, bem como uma centena de encomendas já prontas a enviar, bem como a indicação dos respectivos destinatários. “Os detidos, de 32 e 33 anos de idade, foram presentes à autoridade judiciária competente a fim de serem submetidos a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, ficando a aguardar os ulteriores termos do processo sujeitos à medida de coacção de prisão preventiva”, conclui o comunicado.» in http://rr.sapo.pt/noticia/87982/judiciaria_poe_fim_a_esquema_de_venda_de_droga_na_darkweb?utm_source=rss
Aimee Mann - "Wise Up" "Wise Up Aimee Mann It's not.. what you thought... When you first... began it. You got... what you want... Now you can hardly stand it, though, By now you know, it's not going to stop... It's not going to stop... It's not going to stop, 'Till you wise up. You're sure... there's a cure... And you have finally found it. You think... one drink... Will shrink you to... your underground And living down, but it's not going to stop... It's not going to stop... It's not going to stop, 'Till you wise up. Prepare a list for what you need, Before you sign away the deed, 'Cause it's not going to stop... It's not going to stop... It's not going to stop, 'Till you wise up. No, it's not going to stop, 'Till you wise up. No, it's not going to stop, So just give up."
«Peter Sagan expulso da Volta à França O ciclista eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe) foi hoje expulso da 104.ª Volta a França, por ter provocado, com uma cotovelada, a queda do britânico Mark Cavendish (Dimension Data) no ‘sprint’ da quarta etapa. “O colégio de comissários decidiu expulsar Peter Sagan”, anunciou a organização do Tour nas redes sociais, que num primeiro momento tinha punido o bicampeão mundial com a perda da segunda posição na tirada e de 30 segundos. Sagan, que venceu a classificação da regularidade nas últimas cinco edições da prova francesa, deu uma cotovelada a Mark Cavendish quando o britânico tentava ultrapassá-lo pelo lado direito, causando a sua queda. O corredor da Dimension Data foi transportado para o hospital, com suspeita de fratura de clavícula, para ser submetido a exames.» in http://24.sapo.pt/desporto/artigos/peter-sagan-expulso-da-volta-a-franca
«Escolas estão a passar alunos com quatro e cinco negativas Escolas seguem orientações da tutela e há alunos a passar de ano tendo negativa a metade das disciplinas. Há diretores a fazer pressão sobre os professores para subirem as notas nos conselhos de turma, reuniões de avaliação. Há escolas que estão a passar de ano de escolaridade alunos do básico com mais de quatro negativas, sabe o i. No secundário há ainda outras escolas que estão a fazer pressão junto dos professores para que subam as notas negativas dos alunos de forma a que se possam inscrever no ano seguinte, sem deixarem disciplinas em atraso. Desta forma, os alunos do 5.o ano de escolaridade, por exemplo, que têm nove disciplinas, estão a passar de ano tendo metade das disciplinas com nota negativa – cenário que resulta de orientações dadas pelo ministério e do que está previsto na lei desenhada pelo gabinete de Tiago Brandão Rodrigues, indicando que o chumbo deve ser aplicado de forma “excecional”. A grande maioria das escolas estão a passar os alunos com quatro negativas, denunciaram ao i vários professores e diretores de norte a sul do país, mas há casos em que os alunos transitam de ano com mais de quatro negativas. Há casos de cinco ou seis notas negativas. Nestas escolas, “independentemente do número de negativas dos alunos”, o conselho de turma – órgão máximo de avaliação dos alunos – “decide pela transição considerando que o aluno pode recuperar os conhecimentos e as competências não desenvolvidas em anos futuros”, denunciou ao i um professor. “Regresso ao facilitismo” No geral, a regra em vigor é “passar os alunos e reter apenas situações por extrema falta de assiduidade e casos de abandono escolar”, garantiu ao i um outro professor. São as chamadas passagens administrativas. E caso os docentes, em conselho de turma, não subam as notas aos alunos de forma a que transitem de ano, há diretores que estão a repetir as reuniões de avaliação exercendo pressão junto dos professores. O i sabe de escolas da Margem Sul onde estão a ser repetidas várias reuniões. Num estabelecimento escolar do distrito de Setúbal foram, até ao momento, repetidas 16 reuniões de conselho de turma de anos do básico e secundário, com a diretora a dar instruções expressas aos professores para que tenham como patamar mínimo 8 valores de nota a atribuir aos seus alunos – neste caso, secundário. “É o regresso ao facilitismo” já anteriormente aplicado durante o governo de José Sócrates, constataram ao i os diretores e professores ouvidos. No ano passado, de forma menos generalizada, já houve escolas onde os alunos transitaram de ano escolar com sete notas negativas, como é o caso do agrupamento Poeta Joaquim Serra, no Montijo. Também no ano letivo 2008/2009, durante a tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra do PS, foram noticiados vários casos de alunos que passaram de ano com nove notas negativas. Ao i, os pais tecem críticas a estas orientações do ministério, frisando que “progredir sem saber não é bom para ninguém”. O presidente da Confap, Jorge Ascensão, avisa que aos pais interessa “pouco os indicadores que dizem que temos uma taxa de retenção muito baixa” que, em seu entender, não passam de “cosmética”. Os pais estão, sim, “mais preocupados em ver a taxa de conhecimento de competências dos jovens mais alta”. Orientações dadas pelo Ministério da Educação Este é o resultado das orientações dadas pelo Ministério da Educação aos diretores para que considerem o “chumbo” apenas com caráter “excecional” nos anos escolares intermédios (2.o, 3.o, 5.o, 7.o, 8.o, 10.o e 11.o anos de escolaridade) – orientações que tanto o ministro da Educação como o secretário de Estado, confrontados no parlamento, já garantiram ser “falsas”, mas que o i sabe têm vindo a ser dadas de forma verbal em reuniões e que ganharam força legal através de um despacho normativo, o 1-F/2016. Nesse despacho, com data de 5 de abril de 2016, lê-se no artigo 21.o, que regula os princípios da avaliação das aprendizagens dos alunos, que “a decisão de transição para o ano de escolaridade seguinte reveste caráter pedagógico, sendo a retenção considerada excecional”. Também na semana passada, o governo reuniu com todas as escolas públicas em Matosinhos para debater o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, onde foi “reiterado” na mensagem passada aos diretores que “a regra é a transição” – orientação que já tinha sido dada aos diretores, no início do ano letivo, via telefone e durante reuniões. Note-se que, apesar de ter negado ter dado as instruções às escolas, o ministro da Educação já assumiu, a 8 de novembro de 2016, no parlamento, que considera os chumbos “ineficazes, caros, punitivos e segregadores”, e que, “como é óbvio, devem ser mesmo excecionais” porque, sustenta, “o chumbo não é algo rentável para o sistema educativo”. Com a aplicação destas regras, neste momento, “não há um regime nacional” definido para o chumbo dos alunos. Ou seja, há casos de alunos, por exemplo, com cinco negativas que numa escola passariam de ano, e noutra não. Sucesso escolar A redução da taxa de retenção, através das passagens administrativas, é um dos resultados que o Ministério da Educação pretende conseguir com o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE), que foi desenhado pela tutela para o “combate ao insucesso escolar num quadro de valorização da igualdade de oportunidades e do aumento da eficiência e qualidade das instituições públicas”. Com este programa, o Ministério da Educação impôs às escolas uma revisão das suas metas e regras de transição dos alunos para os próximos dois anos letivos. José Verdasca – ex-diretor regional de Educação do Alentejo durante a tutela de Maria de Lurdes Rodrigues (entre 2005 e 2011) –, a quem cabe a coordenação do PNPSE, foi claro nas orientações transmitidas às escolas. Cada um dos estabelecimentos de ensino tinha de definir quatro a cinco medidas que resultassem num “expetável”, lê-se no documento, “impacto nas taxas de sucesso face ao histórico de partida em cada um dos anos de escolaridade”. Verdasca deu mesmo exemplos: se a taxa média de sucesso de uma escola “num determinado ciclo de escolaridade é de 88%, o compromisso a dois anos será atingir uma taxa de sucesso de pelo menos 91% e, a quatro anos, de pelo menos 94%”. Questionado pelo i, o Ministério da Educação diz que “a decisão de retenção ou não retenção é sempre uma decisão de cada conselho de turma”, assumindo que as aprendizagens são desenvolvidas “ao longo de um ciclo, pelo que as escolas têm autonomia para avaliar a capacidade de recuperação dos alunos e os custos e benefícios da repetição de várias disciplinas em que houve sucesso”.» in https://ionline.sapo.pt/570661