«À TERCEIRA FORAM TRÊS
Golos de Danilo, Soares e Brahimi na vitória por 3-0 do FC Porto sobre o Belenenses no jogo da 28.ª jornada da Liga.
O Belenenses, é certo, não trazia boas memórias recentes, pois trazia dois empates a zero nos dois jogos até então realizados esta temporada, um no Estádio do Restelo, na primeira volta da Liga, outro no Dragão, na jornada de estreia na Taça da Liga. Nesta segunda deslocação à casa azul e branca, porém, não resistiu ao melhor FC Porto da época, ao FC Porto que não perde no campeonato há 26 jogos, que em casa está agora invicto há 15 no principal escalão do futebol nacional.
O encontro deste sábado teve uma história bem diferente daquele que os anteriores contaram, desde logo, porque teve golos – um de Danilo, outro de Soares e outro de Brahimi, que sempre que esta época marcaram, a vitória foi azul e branca. Estes três pontos permitem à equipa de Nuno Espírito Santo regressar ao primeiro lugar da classificação, pelo menos até que este domingo o Benfica cumpra o jogo desta jornada 28 do campeonato.
De regresso a casa, já se sabia de antemão que haveria mudanças no onze, porque Marcano cumpria aqui um jogo de suspensão por ter visto no clássico com o Benfica (1-1) o quinto amarelo no campeonato, passando a partilhar com Felipe o primeiro lugar da lista dos jogadores com maior número de jogos realizados nesta temporada (40 em 51). Nuno Espírito Santo cumpriu o que prometeu na antevisão do encontro e para o lugar do central espanhol lançou Boly, titular pela primeira vez no Dragão. As alterações não acabaram aí, porque também o treinador portista também mexeu no ataque, devolvendo a titularidade a André Silva para fazer companhia a Soares - com elas, a equipa passou a poder variar, consoante o momento do jogo, entre o 4-3-3 e o 4-4-2.
O avançado brasileiro assinou primeiro remate do jogo – num cabeceamento já em esforço que não levou a melhor direção – e foi também o protagonista do primeiro lance de golo claro, quando, em boa posição, rematou fraco e à figura, numa jogada gizada por André André e Maxi. à figura (25m). Antes, porém, poderia ter havido outra, ainda mais flagrante se Fábio Veríssimo tivesse punido com uma grande penalidade uma bola desviada com a mão dentro da grande área por Edgar Ié, num lance dividido com André Silva já bem perto da pequena área (20m). Não foi, ainda assim, uma entrada forte do FC Porto em campo, com algumas dificuldades em desequilibrar a organização do adversário, com um bloco médio/baixo pressionante, que procurava condicionar o meio-campo portista.
Os Dragões mandavam na bola, controlavam o jogo, mas começaram por sentir algumas dificuldades em chegar com criar perigo junto da baliza de Cristiano. Faltava experimentar as bolas paradas: na primeira, Soares chegou ligeiramente atrasado a um livre cobrado por Alex Telles, (29m); na segunda, Brahimi, também de livre, colocou a bola ao primeiro poste para André Silva, providencial, assistir Danilo para o primeiro golo da tarde - foi o quarto golo da temporada e no campeonato do médio internacional português, que sempre marca, o FC Porto ganha (10 golos, 10 jogos, 10 vitórias).
Nestas linhas, ainda não escrevemos sobre o ataque do Belenenses, porque, na verdade, pura e simplesmente não existiu, porque os azuis e brancos não deixavam, com a costumeira forte reação à perda da bola que ajuda a formar uma muralha muito difícil de transpor e que em casa consentiu apenas 8 golos nos 15 jogos do campeonato. No início da segunda parte, a equipa do Restelo até foi capaz de ter mais a bola, subir ligeiramente no terreno, mas sem nunca conseguir dar trabalho a Casillas, capa da edição deste mês de abril da revista DRAGÕES, que pode ler aqui, na versão digital.
O FC Porto, por seu turno, demorou a reentrar na segunda parte, mas a partir do momento em que conseguiu afinar a máquina, passou a chegar com mais perigo junta da área da formação de Belém, aproveitando muitas vezes as situações em que o adversário se desorganizava. As oportunidades de golo foram, naturalmente, aparecendo: Felipe, por duas vezes, Brahimi, Óliver e Soares tiveram nos pés o segundo golo, que só surgiu depois de Corona entrar.
O internacional mexicano mexeu com o jogo, trouxe-lhe imprevisibilidade e os azuis e brancos passaram a ter mais desequilibradores, mais gente que acelerasse os processos. Foi ele que dois minutos depois de ter entrado cruzou para Soares, de cabeça aumentar a vantagem azul e branca (70m) e assinar o décimo golo com a camisola azul e branca. E se de bola parada foi inaugurado o marcador, de bola parada também ele foi fechado, por Brahimi, o MVP do jogo, na transformação de uma grande penalidade a castigar uma falta por ele próprio sofrida (74m), bem depois de um lance em que pareceu ter sido derrubado na área por João Diogo (64m) quando o resultado ainda marcava 1-0.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2016%20-%202017/a-terceira-foram-tres-4-8-2017.aspx
(Dragões vencem e sentam-se provisoriamente na cadeira da liderança)