Empate a zero no jogo da quinta jornada da Liga NOS.
Ao oitavo jogo oficial da época 2016/17, o FC Porto não foi capaz de marcar um golo e assim saiu este domingo de Tondela com o primeiro empate (0-0) na Liga NOS, no encontro relativo à quinta jornada. Teve pela frente um adversário que montou uma muralha no seu meio-campo que os portistas revelaram algumas dificuldades em ultrapassar - quando o conseguiram, ou lhes faltou eficácia no remate ou esbarraram no guarda-redes Cláudio Ramos, o melhor em campo.
O onze inicial com que os Dragões subiram pela primeira vez na história ao relvado do Estádio João Cardoso apresentou cinco caras novas relativamente àquele que na passada quarta-feira defrontou o Copenhaga, na estreia na Liga dos Campeões. Nuno Espírito Santo fez mudanças em todos os setores do campo: na defesa, o central francês Boly, o último reforço do mercado de verão, estreou-se a titular, naquele que foi o primeiro jogo em que vestiu a camisola azul e branca; para o meio-campo entraram Rúben Neves, Herrera e Brahimi; e ao ataque voltou Depoitre para formar dupla com André Silva.
O que significou, portanto, o regresso ao 4-4-2, ainda que com algumas diferenças relativamente àquele que foi utilizado no passado jogo da Liga frente ao Vitória de Guimarães no Estádio do Dragão. Ofensivamente, este esquema assentava sobretudo nas trocas posicionais entre André Silva, Brahimi e Otávio, com Depoitre mais próximo da baliza adversária; no momento defensivo, o brasileiro e o argelino ocupavam o corredor lateral, com a primeira missão de recuperar a bola o mais rápido possível nos poucos momentos em que o Tondela era capaz de chegar à baliza à guarda de Casillas.
Toda a equipa da Beira Alta defendia atrás da linha da bola e apostava em saídas rápidas para o ataque, sobretudo pelas faixas, mas que raramente se traduziram em lances de verdadeiro perigo - a exceção na primeira parte foi um remate à entrada da área de Claude Gonçalves que não errou o alvo por muito (45m). Com os espaços reduzidos e perante um adversário que apostava na agressividade defensiva e relativamente à qual o árbitro Hugo Miguel foi por vezes demasiado permissivo, o FC Porto revelava algumas dificuldades em penetrar na área do Tondela, pelo que procurava explorar a profundidade dos dois avançados nas costas da defesa. Foram raras as vezes em que teve êxito ao longo primeiro tempo – a melhor surgiu logo aos seis minutos, quando André Silva surgiu diante de Cláudio Ramos, mas permitiu a antecipação do guarda-redes, que ainda recuperou a tempo da recarga de Depoitre.
No banco, Nuno procurou alterar o rumo dos acontecimentos: lançou Óliver quando ainda não se tinha cumprido o primeiro quarto de hora da segunda parte, e depois procurou dar mais mobilidade ao ataque com a entrada de Adrián para o lugar de Depoitre, que minutos antes não tinha dado a melhor sequência a um bom cruzamento de Layún, naquele que foi o primeiro ataque perigoso dos azuis e brancos depois do intervalo (60m). Os Dragões continuavam a sentir dificuldades em furar a muralha do Tondela, que também se mantinha longe da baliza portista - na única vez que lá foi, Casillas, com uma boa defesa, não permitiu que Murillo, isolado, colocasse os anfitriões em vantagem (76m).
No lado contrário, Cláudio Ramos também brilhou ao defender um remate de André Silva, isolado por um passe magistral de Óliver (82m). O avançado português não estava, de facto, numa noite inspirada, porque no minuto seguinte não foi capaz de bater o guarda-redes, quando se encontrava em boa posição. Nesta altura, o FC Porto tentava encostar o adversário à sua área, mas sem grande sucesso. E foi lá pela última vez com real perigo nos minutos finais do encontro, quando Adrián López, isolado, permitiu outra boa defesa ao guardião da casa, que fechou a baliza a sete chaves e foi determinante para que o Tondela conquistasse um precioso ponto na luta pela despromoção.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2016%20-%202017/dragao-deixa-dois-pontos-em-tondela-9-18-2016.aspx
Liga (5ªJ): Resumo Tondela 0-0 FC Porto