«Vila Fria (Freguesia)
Pequena freguesia do noroeste do concelho, Vila Fria tem vários elementos dignos de assinalar, tanto a nível arqueológico como patrimonial.
A sua antiguidade pode ser comprovada por uma lápide funerária com inscrição, de datação indeterminada, no lugar de Sá; por vários achados isolados da Idade do Ferro, como fragmentos de uma estátua ornamentada com feixes de cordões lisos; pela Ponte do Arco, do período romano; e pelo povoado fortificado do monte da Boavista, que foi habitado desde a Idade do Ferro até à época romana e que tinha como função vigiar o vale do rio Vizela.
Em termos patrimoniais, a Ponte romana sobre o rio Vizela, já referida, é o elemento mais importante. Está associada à via que, daqui, seguia pela Lixa até Amarante. Conserva ainda incorporado, nas suas guardas, um marco de delimitação do Couto de Pombeiro, datado do século XVIII. É uma ponte de granito, de tabuleiro em cavalete, assente em dois arcos, desiguais, de volta perfeita.
A Casa das Portas é um solar barroco, pertencente à família Vilas-Boas, do escritor de Felgueiras Manuel de Faria e Sousa. A capela e o átrio recheado de figuras são de salientar.
É uma freguesia que surge pela primeira vez documentada numa doação do Mosteiro de Vilarinho, em 1123. O seu padroado pertenceu aos priores de Guimarães. Como tal, já aparece referida nas Inquirições de 1220. Existiam ali vários reguengos, como o da Boca, Sá, Outeiro e Talhos.» in
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