06/11/10

Política Nacional - Debate entre Álvaro Cunhal e Mário Soares em 1975, quando ainda havia ideologia e honra na classe política Portuguesa!


Álvaro Cunhal e Mário Soares - (1975)

Álvaro Cunhal e Mário Soares - (1975)

Álvaro Cunhal e Mário Soares - (1975)

(Governo suspende Governo)

O Povo é Sereno

Portugal - (Sá Carneiro e Mário Soares)

A Hora das Palhaçadas!

«Processo Revolucionário em Curso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cartaz de propaganda de 1975, de João Abel Manta
O Processo Revolucionário em Curso – por vezes referido como "Período Revolucionário em Curso" ou, com mais frequência, apenas pela sigla PREC – designa, em sentido lato, o período de actividades revolucionárias, marcante na História de Portugal, decorrido durante a Revolução dos Cravos, iniciada com o golpe militar de 25 de Abril de 1974 e concluida com a aprovação da Constituição Portuguesa, em Abril de 1976. O termo, no entanto, é frequentemente usado para aludir ao período crítico do Verão quente de 1975, com o seu antes e o seu depois, que culmina com os acontecimentos do dia 25 de Novembro.
Num sentido mais restrito, designa a acção dos partidos, quadros militares e grupos de esquerda que, por entre efervescente agitação popular e alguma desordem, conduziam o processo político do pós 25 de Abril «rumo ao socialismo». No processo estavam envolvidos militantes de uma vasta franja do espectro partidário de esquerda, desde o PS aos mais radicais, como o barulhento e maoista MRPP. Entre eles, apesar da contenda ideológica, havia coesão cerrada em torno dos ideais de Abril e a convicção de que uma justiça social absoluta seria por instalada em Portugal.
A par das ocupações de terras e casas abandonadas, da Reforma Agrária, de melhorias importantes como o estabelecimento do salário mínimo, o processo levaria ao desmantelamento de grupos económicos ligados ao regime deposto, entre os quais a CUF, à nacionalização de empresas consideradas de interesse público, na banca, seguros, transportes, comunicações, siderurgia, cimento, indústrias químicas, celulose. Fez-se «saneamentos» no aparelho do Estado e nos meios de comunicação, com vista a afastar elementos indesejáveis do velho regime, substituindo-os por quadros progressistas qualificados e responsáveis. Houve-os de vários quadrantes, sendo voz corrente que o PCP beneficiou em número (era um partido bem organizado), o que não se lhes pode censurar se tivermos em conta os números depois alcançados em cargos desses por outros partidos do poder.

Índice

[esconder]
O Caso República [1] (que culmina com a edição do jornal República de 19 de Maio e com o seu encerramento até 18 de Julho) dará que falar: não será só pretexto para acusar o PCP de manipular a comissão de trabalhadores que ocupou as instalações do jornal República e expulsou o seu director, o socialista Raul Rego, como também será um excelente motivo para que os órgãos de informação internacionais se debruçassem de novo sobre a situação em Portugal. Uma grande manifestação em frente da sede do jornal, em que participam os notáveis do PS, é organizada para dar voz ao caso. As instalações seriam depois recuperadas e usadas para o lançamento de um novo diário, A Luta, que durante alguns anos se tornaria voz do Partido. É a partir deste caso que se eleva por seu lado a voz de Mário Soares que, em tons dramáticos, acusa o PCP, em suma, os «comunistas» portugueses de serem responsáveis pelo estado do país. O tema e o tom manter-se-iam por muito tempo em inúmeros discursos feitos por toda a parte. A esquerda portuguesa sairia profundamente debilitada deste controverso caso.
No centro e norte do país, no Verão Quente, somavam-se entretanto os atentados bombistas de grupos extremistas de direita (ELP, MDLP [2], Grupo Maria da Fonte) contra as sedes de partidos de esquerda. Assassinatos políticos seriam perpetrados com o envolvimento de elementos conservadores do clero.
Os partidos não marxistas recentemente fundados, como o Centro Democrático Social e o Partido Popular Democrático, fazem-se então ouvir por vozes mediáticas secundadas, na província, pela Igreja Católica. Mais que nunca, é decididamente o Poder[3] que está em causa, estando por isso em causa também o papel de Portugal na Europa [4]. À esquerda, mais que nunca, paira o espectro do Chile de Pinochet. Ao centro e à direita receia-se uma ditadura bolchevique. Os EUA estão atentos [5]: o futuro de Portugal joga-se em três continentes e os interesses estratégicos americanos estão lá metidos. Já tinham dado um sinal do que poderia acontecer, fundeando no Tejo, em frente do Palácio de Belém, inícios de 1975, o porta-aviões USS Saratoga, durante a operação Locked Gate-75[6]. da NATO. É Henry Kissinger quem superintende nesse tipo de manobras. Estava de olho vivo em Portugal, agora mais ciente das coisas, tinha já travado conhecimento com Mário Soares (encontro em Washington com Costa Gomes e Mário Soares a 18 de Outubro de 1974), de quem desconfia e em quem julga ver o Kerenski da Europa [7]. Menos desconfiado é Frank Carlucci, o embaixador em Lisboa, futuro vice-director da CIA[8] no seu regresso aos EU, que sabe bem que Soares, the only game in town [9] é de confiança, um liberal astuto e alguém com grande ambição pelo poder [10].

Mural
A Fonte Luminosa, em Lisboa, é o primeiro local onde Soares consegue reunir uma imensa multidão. O comício do PS na Praça Humberto Delgado no Porto, a 14 de Agosto de 1975, em que Mário Soares e Salgado Zenha erguem clamores contra o perigo comunista (versão “tripeira” do comício “alfacinha” da Fonte Luminosa [11] de 19 de Julho de 1975), é notícia mediática nos EU (CBS). Nas imagens vê-se um mar de gente na Praça Humberto Delgado. Ali mesmo ao lado e à mesma hora, numa praça contígua à Rua Sá da Bandeira, é atacada por manifestantes, a tiros de pistola e cocktails molotov, a sede do partido de esquerda UDP. Imagens dos assaltos ao Consulado de Espanha da Rua do Salitre, na noite de 26 Setembro e, a 27, à embaixada da Praça de Espanha [12] durante uma manifestação da UDP, à mistura com outros manifestantes, em protesto pela execução de activistas bascos, é a primeira notícia a ir para o ar nos EU, na noite de 29 de Setembro. Coincide o que é dado a ver num caso e noutro, daí se concluindo que em Portugal há um perigo vermelho que se pode alastrar a Espanha, debilitada por uma economia ainda frágil e pelo estertor do regime franquista.[13] Por vezes – será este um caso? – a História faz-se por equívocos.
A saída das forças militares dos Comandos da Amadora chefiadas por Jaime Neves [14] no dia 25 de Novembro de 1975 travará o processo. O carismático líder da Revolução dos Cravos Otelo Saraiva de Carvalho, comandante do COPCON, que não deseja confrontos, cede. O PCP, que bem conhece os limites do seu poder, decide não intervir. Isolados, os outros partidos da esquerda manifestam-se, mas por pouco tempo. Cai o V Governo Provisório liderado por Vasco Gonçalves. Instalam-se os moderados do Grupo dos Nove. Mudam-se os tempos e as vontades: o PS e o PPD (PSD) passarão a governar ao centro e em alternância, durante décadas. Esvai-se a revolução, só ficam os ideais. Do PREC, é tudo o que se mantém vivo.

[editar] O contexto da Revolução dos Cravos e do PREC

[editar] A situação interna e o contexto internacional


Marcelo Caetano, primeiro-ministro derrubado pelo 25 de Abril.
Quando eclodiu o golpe militar de Abril, o mundo estava em plena recessão, como rescaldo do choque petrolífero de 1973. Portugal ainda era um país relativamente atrasado, mal industrializado e de forte emigração. Encontrava-se, no entanto, em fase de integração na comunidade dos países europeus ditos democráticos. Mau grado a persistência de um regime ditatorial, os sinais de mudança eram visíveis em todos os sectores da vida portuguesa e, de tão expressivos e imparáveis, sugeriam a possibilidade de uma ruptura política e social a breve trecho. Importa lembrar que, por interesses estratégicos das grandes potências, tanto no quadro europeu como africano, Portugal era membro de pleno direito da OTAN e da EFTA.
Em 1973, a Time Magazine acenava com a iminência de um "milagre económico português". Quais eram os indicadores de tal milagre? Taxas de crescimento anual nunca inferiores a 5%, surgimento de indústrias metalomecânica e petroquímica de relevo, indústria pesada portuguesa - sobretudo de construção naval - movimento accionista, investimento estrangeiro, com fixação de multinacionais em Portugal e consolidação de uma classe média empresarial e mudança do perfil da população.
O movimento de integração dos países mediterrânicos na família das democracias parlamentares europeias era imparável e não pressupunha qualquer mudança violenta. Portugal, apesar dos sobressaltos e da reviravolta política, não foi excepção. A tendência para a viragem democrática de países sujeitos a regimes duros na Europa era manifesta e de certo modo inevitável. Os casos grego e espanhol corroboram a tese. As democracias nascem muitas vezes em sociedades ricas ou em enriquecimento. Quando a classe média ascendente se sente capacitada para o exercício do domínio do Estado, por conveniência costuma reclamar a Liberdade. Tal aconteceu em Espanha e na Grécia.
Neste contexto, porém, as hipóteses de desenvolvimento de Portugal estavam dramaticamente condicionadas pelo seu isolamento político e pelos custos enormes da guerra colonial

[editar] A ala liberal

A estrutura social portuguesa não deixava prever uma evolução do país por outra via. Essa evolução era apontada pelo pensamento e pela acção dos deputados da Ala Liberal da Assembleia Nacional, que constituíram uma geração de políticos adeptos de uma forte liberalização do regime do Estado Novo. Coube a personalidades que pontificaram na Ala Liberal do antes do 25 de Abril, (Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Mota Amaral, Magalhães Mota, Miller Guerra, entre tantos outros), pôr a nu as fragilidades do regime, influenciando algumas decisões e rompendo com os cânones de uma linha mais dura e pouco flexível, que aos pouco foi acabando por ceder.
Como exemplo das acções dos chamados "liberais", acções fundamentais na transição da ditadura para Democracia, contam-se ideias apresentadas aquando do projecto de revisão constitucional em 1970. Entre elas, por exempo, já constavam a abolição da censura, a proclamação da liberdade de imprensa, a interdição dos impedimentos da liberdade de associação, a exigência de extinção dos tribunais plenários onde se fazia o julgamento dos presos políticos, a proibição das medidas de segurança sem termo certo, (medidas essas que, aplicadas aos mesmos presos políticos, acabavam por se assemelhar à prisão perpétua), a limitação da prisão preventiva sem culpa formada a um prazo máximo de setenta e duas horas, a inclusão do direito ao trabalho e do direito à emigração na lista dos direitos fundamentais, o reforço dos poderes da Assembleia Nacional e a modernização dos seus métodos de trabalho, a restauração do sufrágio universal para a eleição do Presidente da República, a proibição do veto presidencial às leis de revisão constitucional. Em poucas palavras: a aprovação do projecto da Ala Liberal significaria a substituição do regime ditatorial (Estado Novo) e autoritário por uma democracia de modelo europeu ocidental.
Entre 1970 e 1971, o número de detenções por motivos políticos voltou a aumentar. Violência e ilegalidade dos métodos usados na instrução dos processos foram denunciados por apoiantes dos presos e chegaram à Assembleia Nacional pela voz de Sá Carneiro e de outros deputados "liberais". O recuo no terreno das liberdades expressava uma clara travagem político-institucional naquilo que a chamada Primavera Marcelista continha de promessa de renovação contínua do regime. Contra isto se insurgiram os deputados da Ala Liberal, que apresentaram várias iniciativas legislativas ao longo do ano de 1972.
Vendo frustradas as suas esperanças, desiludidos, os deputados da Ala Liberal foram abandonando a Assembleia. Sá Carneiro foi o primeiro, em 1973, com a famosa expressão "É o fim!", logo seguido dos outros.
Passaram assim à oposição, exprimindo-se em artigos publicados no jornal Expresso (fundado por Pinto Balsemão em Janeiro de 1973). Os esforços dos "liberais", no entanto, terão tido o efeito de desacreditar a experiência marcelista junto de largos sectores das classes médias portuguesas.

[editar] O fim da Primavera Marcelista


António de Spínola em óleo de Duarte Pimentel.
Marcelo Caetano já havia perdido o passo, condicionado pela fragilidade da sua base de apoio no seio do regime e pela incapacidade de renovação ideológica dos sectores que se lhe opunham. A oposição ao regime, pelo PCP, pela extrema esquerda e agora por um PS marcado pela ainda forte impregnação marxista dos seus intelectuais mais jovens - Mário Sottomayor Cardia, António Reis (professor), Álvaro Guerra, Arons de Carvalho - tão pouco poderia negociar com o Presidente do Conselho. O Estado Social de Marcelo Caetano estava, pois, ancorado na herança de Oliveira Salazar, cativo daqueles que não tinham uma solução para a mudança do regime e incapacitado de dialogar com uma oposição que assumia declaradamente a tese do derrube violento da situação. Restava a Marcelo o seu círculo de amigos e admiradores, que em breve ascenderiam à ribalta nos partidos de direita surgidos nos meses que se seguiram ao 25 de Abril e o respeito que o general António de Spínola por ele demonstrava.
A guerra colonial precipitou a mudança, que se fez por via armada, com a Revolução dos Cravos.

[editar] Cronologia do PREC

[editar] Abril - Setembro de 1974


Cartaz da Maioria Silenciosa.
Logo em 1974, tendo António de Spínola chegado à chefia do Estado na sequência da Revolução dos Cravos, trava-se uma séria discussão entre este e os diversos partidos emergidos do 25 de Abril, nomeadamente no tocante à questão colonial: o Presidente da República aposta na construção de uma espécie de Commonwealth portuguesa, enquanto alguns partidos, nomeadamente o PS e o PCP, se manifestam contra esta solução.
Vendo-se contrariado, Spínola convoca para o dia 28 de Setembro de 1974 uma manifestação, mobilizando a chamada Maioria silenciosa, a seu ver a larga maioria da população, que, segundo ele, segue as suas ideias. A fim de evitar que Spínola tome autoritariamente o poder com este estratagema, os partidos de esquerda, PS, PCP e os mais radicais, com o apoio de militares que se lhe opõem, levantam barricadas nos principais acessos a Lisboa, impedindo o acesso das camionetas de manifestantes e frustrando os seus intentos. Spínola demite-se. Sucede-lhe Francisco da Costa Gomes, que nomeia como chefe de Governo o coronel Vasco Gonçalves.

[editar] Outubro de 1974 - Fevereiro de 1975

Vasco Gonçalves toma medidas com vista a avançar rumo a um socialismo democrático. No entanto, a sua indecisão, acrescida da presença de diversos spinolistas entre os militares do MFA, impede o progresso de qualquer revolução nesse sentido.

[editar] Março - Abril de 1975


Mural da LCI.
Em Fevereiro de 1975 surgem sinais da fundação de uma organização de extrema direita baseada em Espanha, ligada ao general Spínola, que teria como objectivo levar a cabo uma contra-revolução em Portugal. Vários jornais dão notícias de um golpe de estado planeado para Março. Começa a circular o boato de uma suposta Matança da Páscoa: todos os oficiais «conotados com a reacção» (i.e., com Spínola) seriam eliminados por sectores ligados ao PCP.
Talvez movidos por este boato, militares spinolistas pegam em armas e tentam, a 11 de Março de 1975, fazer um golpe de Estado. Spínola assume o comando do golpe mas este falha. A «intentona reaccionária» (segundo a terminologia da época) é pretexto para que Vasco Gonçalves radicalize o Processo Revolucionário, apoiando-se no COPCON de Otelo Saraiva de Carvalho. Logo após este golpe falhado, os bancos são nacionalizados, bem como as seguradoras e, por arrasto, a companhia dos tabacos, a CUF, a Lisnave e outras empresas de grande dimensão.
É negociado em Março-Abril pelo Conselho da Revolução e partidos políticos o Pacto MFA-Partidos. O pacto consagra «a continuação da revolução política, económica e social iniciada a 25 de Abril de 1974, dentro do Pluralismo Político e da via socializante». Em grande medida imposto aos partidos, reserva para o Conselho da Revolução o papel central de direcção do país durante o período que se segue.
A 25 de Abril de 1975 têm lugar eleições para a Assembleia Constituinte. A esmagadora maioria da população portuguesa vota no PS - que se tinha tornado progressivamente mais liberal nas suas posições ou, como se diria anos mais tarde, tinha «enfiado o socialismo na gaveta» - e no PPD, actual PSD. O Partido Comunista Português vê-se assim com uma modesta representação na Assembleia Constituinte. Os diversos grupos marxistas surgidos com o 25 de Abril (UDP, MES, FSP, LCI, etc.) têm apenas votações residuais.

Mural de 1975 alusivo ao 25 de Abril.

Mural do PRP (1975).

[editar] Maio - Setembro de 1975

Em consequência dos resultados das eleições e de visões diferentes quanto ao futuro do país entre os principais partidos (PS e PSD) e o primeiro-ministro, surge um conflito de legitimidade (a eleitoral, a dos partidos, e a revolucionária, a do MFA e Conselho da Revolução).
Logo no 1º de Maio isto torna-se manifesto no conflito aberto entre o PS, opositor da unicidade sindical, e o PCP, apoiado pelo Conselho da Revolução, defensor da existência de uma única central sindical.
Ainda em Maio surge também o Caso República. Uma greve de tipógrafos do jornal República, afectos à UDP, agem contra a direcção, alinhada com o PS. O caso servirá de pretexto ao PS para lançar um ataque ao PCP e ao governo de Vasco Gonçalves.
O Processo Revolucionário conduzido por Vasco Gonçalves é assim contrariado não só pelos sectores reaccionários da sociedade portuguesa (a Igreja Católica e alguns grupos saudosos do Estado Novo) mas também, embora não ainda abertamente, pelos principais partidos políticos (PS e PSD). Isto leva a uma escalada nas tomadas de posições de Vasco Gonçalves e do COPCON: a Revolução dos Cravos é uma revolução que visa implementar o socialismo democrático, afirmam. O MFA, investido pela Aliança Povo/MFA, sente-se assim legitimado para levar avante o processo socializante.
É o Verão Quente. As ocupações de casas, fábricas, latifúndios, etc., proliferam. No Norte, sobretudo minifundiário e sujeito a grande influência católica, surgem grupos de contra-revolução, como o MDLP Movimento Democrático de Libertação de Portugal), o ELP (Exército de Libertação Português) e o intitulado Grupo Maria da Fonte. É grande a violência. Várias sedes partidárias do PCP são vandalizadas no Norte e Centro. Em Lisboa, em contrapartida, é assaltado o consulado de Espanha e a embaixada é incendiada por elementos da extrema-esquerda, porventura infiltrados por elementos não identificados.

Mural de apoio a Vasco Gonçalves.

Mural do MRPP.
Em Junho de 1975 a comissão política do Conselho da Revolução reúne para decidir o rumo a tomar. O resultado é o Plano de Acção Política, que reafirma o objectivo da construção de uma sociedade socialista sem classes, que aceita a participação dos partidos políticos mas que também manifesta a intenção de reforçar a Aliança Povo/MFA através da ligação a organizações de base que deverão ser o embrião de uma democracia directa: neste cenário os partidos seriam inúteis. O plano é no entanto muito ambíguo, tenta agradar a facções contraditórias. Os partidos reagem com cautela.
Em Julho, numa nova tentativa de clarificar a situação, uma assembleia do MFA, incentivada por Vasco Gonçalves, elabora e aprova o Documento-Guia de Aliança Povo/MFA, propondo como objectivo último da revolução «a instauração do poder popular» através da criação de uma hierarquia de associações e assembleias populares, contornando os partidos políticos.
A contestação dentro do próprio Conselho da Revolução ao governo de Vasco Golcalves começa a organizar-se. Este promove a constituição de um directório (que incluirá, além dele próprio, o Presidente da República Costa Gomes e Otelo) que deverá concentrar a autoridade do Conselho da Revolução. Em Agosto, os conselheiros defensores da via do pluralismo partidário organizam-se (Grupo dos Nove) e publicam um documento defendendo que os militares devem deixar nas mãos dos partidos políticos democraticamente eleitos a decisão quanto ao futuro político do país. Em consequência são suspensos do CR pelo directório (apenas Otelo se opõe à suspensão). O documento dos Nove é entretanto discutido nas Forças Armadas, discussão que irá evidenciar uma grande divisão dos militares, do Conselho da Revolução e minar a autoridade do governo.

Pintura mural de Otelo Saraiva de Carvalho.
Otelo, agora no centro de uma ala de esquerda radical dentro do MFA, distancia-se definitivamente de Vasco Gonçalves a 20 de Agosto, chegando mesmo a proibi-lo de visitar as unidades militares da Região Militar de Lisboa e aconselhando-o a demitir-se. Perante a crise de autoridade do governo e sendo considerado por ela responsável, Vasco Gonçalves (e o V Governo Provisório) é demitido e a sua recondução em cargos de relevo é recusada pelo MFA na assembleia de Tancos, em Setembro.

[editar] Setembro - Novembro de 1975

Em Setembro é formado o VI Governo Provisório com o Almirante Pinheiro de Azevedo como primeiro-ministro. No entanto a mudança de governo não consegue acalmar a situação, antes pelo contrário. O Conselho da Revolução e o MFA estão divididos e a crise de autoridade agudiza-se.
A 12 de Novembro uma manifestação convocada pelo sindicato da construção civil cerca os deputados no interior do parlamento e impede-os de sair durante dois dias. A 20, o Governo proclama estar em “greve” por falta de condições para governar. A 24, ocorre em Rio Maior um levantamento de agricultores que cortam a Estrada Nacional nº 1 para norte, desmobilizando ainda nessa noite.

Mário Soares em 1988.
Para pôr fim à situação de impasse entre sectores militares opostos – de um lado a esquerda radical que procura apoio em Otelo, de outro os militares simpatizantes do PCP e de Vasco Gonçalves, de outro ainda os militares alinhados com o "Grupo dos Nove", grupo de oficiais liderados por Melo Antunes – seria necessário que algum deles avançasse. Os militares que apoiam o Grupo dos Nove toma a iniciativa, anunciando a remoção de Otelo da posição de comandante da Região Militar de Lisboa e dando a entender que o COPCON seria eventualmente dissolvido.
A 25 de Novembro de 1975, sectores da esquerda radical (essencialmente pára-quedistas e polícia militar na Região Militar de Lisboa), provocados pelas notícias, levam a cabo uma tentativa de golpe de estado, que no entanto não tem nenhuma liderança clara. O Grupo dos Nove reage pondo em prática um plano militar de resposta, liderado por António Ramalho Eanes. O plano prevê, numa situação limite, a instalação de um governo alternativo no Porto e a hipótese de uma guerra civil (que poderia acabar por envolver interferência estrangeira).
O Presidente da República, Costa Gomes, consegue chamar a Belém os principais comandantes militares, incluindo Otelo, Rosa Coutinho (armada, tido como próximo do PCP), e os líderes do Grupo dos Nove (agora bastantes mais que 9) e concentrar assim em si a autoridade, evitando que outros assumam o comando de facções capazes de mergulhar o país numa guerra civil. O PCP acaba por se abster de apoiar o golpe de esquerda. Os militares revoltosos, sem liderança nem outros apoios, rendem-se sem grandes conflitos.
O PS colabora até Março de 1975 com o PCP e com a extrema-esquerda. Procura assim maximizar o seu papel na revolução e nas eleições para a Assembleia Constituinte, que seriam realizadas em Abril de 1975. É de Julho-Agosto de 1974 a célebre palavra de ordem «Partido socialista, partido marxista!». Na sua Declaração de Princípios e Programa do Partido Socialista, divulgados em 1973, o PS declarava como objectivos a "edificação em Portugal de uma sociedade sem classes", considerando-se herdeiro de toda uma tradição de “luta das classes trabalhadoras pelo socialismo", reclamando uma democracia directa de co-gestão, fundada em conselhos operários, gabando a excelência "das revoluções chinesa, jugoslava, cubana e vietnamita".
Cedo mudaria o PS de figura, despindo as roupagens marxistas para se mostrar liberal e pluralista.

Álvaro Cunhal, líder do PCP.

[editar] O cinema do PREC

[editar] O PREC na televisão

A Revolução dos Cravos foi amplamente noticiada por várias televisões estrangeiras. As que mais cobertura deram aos acontecimentos foram as cadeias de televisão alemãs (ARD e ZDF) e, no final do PREC, com o Verão Quente, a norte-americana CBS.
A televisão alemã, em particular a ARD, foi a que mais filmou, tendo reunido documentação muito completa dos principais eventos políticos e históricos da época. Ao que parece, a maior parte dessa documentação está perdida, não constando em arquivos. O repórter de televisão estrangeiro então mais activo foi o alemão Horst Hano, correspondente da ARD para a Península Ibérica, que daria, depois dos finais de 1975, importante cobertura às mudanças políticas em Espanha, onde abriu uma delegação (Madrid).

[editar] Ver também

Referências

  1. O Caso República, artigo de Pedro Miguel Guinote, Rui Miguel Faias e Mário Rui Nicolau, 1997
  2. MDLP - ELP, artigo de Fernando Mandail publicado no Diário de Notícias de 04/08/2008, citado no Jornal de Notícias
  3. capítulo 7 e resumo da tese Os Estados Unidos da América e a Democracia Portuguesa. As Relações Luso-Americanas na Transição para a Democracia em Portugal, Tiago Moreira de Sá, ISCTE, 2008
  4. A CEE e o PREC, artigo de Francisco Castro
  5. PORTUGAL: Western Europe's First Communist Country?, (Time, 11 de Agosto 1975)
  6. USS SARATOGA CV 60 (ver ano 1975), em U.S. Carriers Ships (USS) history and deployments
  7. Costa Gomes quis sossegar os EUA, cit. artigo do Diário de Notícias de 01/08/2005
  8. As manobras secretas de Washington no PREC artigo de Maria Inácia Rezola
  9. The Strange Career of Frank Carlucci, artigo de Francis Schor em CounterPunch, de 01/02/2002]
  10. Memórias de um PS Desconhecido, Rui Mateus, Lisboa, Dom Quixote (ver Contos Proibidos - passagens do livro)
  11. discurso de Mário Soares no comício do PS na Fonte Luminosa, em Lisboa, Julho de 1975, em O Portal da História
  12. Espanha quis invadir Portugal em 1975, artigo em Área Militar, 03/11/2008
  13. Govan, Fiona (2008-11-03). Gen Franco wanted to declare war on Portugal. Telegraph.co.uk. Página visitada em 2010-01-20. (em inglês)
  14. Jaime Neves promovido a general, artigo de Luisa Meireles e Rosa Pedroso Lima no Jornal Expresso de 03/04/2009
  15. Canby, Vincent. Review of "Scenes From the Class Struggle in Portugal (1977)". The New York Times. Página visitada em 2010-01-20. (em inglês)
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[editar] Fontes

Bibliografia

[editar] Outras fontes

Desporto Hóquei Patins: S.L. Benfica 5 vs F.C. do Porto Império Bonança 7 - Dragões Somam seis Vitórias consecutivas para o Campeonato Nacional e esta a ser conseguida no reduto das Águias!

«Dragões mais fortes na Luz

A formação de hóquei em patins do FC Porto venceu, este sábado, o Benfica, em jogo da sexta jornada do campeonato nacional.
Os eneacampeões nacionais foram à Luz vencer o Benfica por 5-7, em jogo da sexta jornada, e continuam no primeiro lugar do campeonato com 18 pontos.
Encarnados sofrem assim a sua primeira derrota no campeonato e descem para a terceira posição, ultrapassados pelo formação de Oliveira de Azeméis, que continuam invictos e ao lado do FC Porto com 18 pontos.
Nos outros encontros deste sábado, Oliveirense, Porto Santo, Académica de Espinho e Óquei Barcelos venceram os seus encontros.
Os jogos Cambra – Física (5-5) e Valongo – Juventude Viana (4-4) acabaram empatados. Estas últimas duas formações, habituados a lugares mais cimeiros da tabela, continuam com dificuldades para fazer “rolar” o seu melhor nível. A formação de Viana do Castelo e de Valongo ocupam a 14ª e 15ª posição, respectivamente.
Classificação:      J    V    E    D    GM-GS      P
 1. FC Porto        6    6    -    -    33-15     18
 2. Oliveirense     6    6    -    -    26-11     18
 3. Benfica         6    5    -    1    36-21     15
 4. Candelária      5    4    -    1    29-11     12
 5. Física          6    3    1    2    27-23     10
 6. Porto Santo     6    3    1    2    17-26     10
 7. O. Barcelos     6    3    -    3    25-30      9
 8. Gulpilhares     6    2    2    2    17-18      8
 9. HC Braga        5    2    1    2    24-21      7
10. A. Espinho      6    2    1    3    22-25      7
11. Tomar           6    2    -    4    19-26      6
12. Limianos        6    2    -    4    17-29      6
13. Cascais         6    1    1    4    21-28      4
14. J. Viana        6    -    2    4    20-27      2
15. Valongo         6    -    2    4    15-26      2
16. Cambra          6    -    1    5    13-24      1»in http://desporto.sapo.pt/hoquei/artigo/2010/11/06/drag_es_mais_fortes_na_luz.html

««Póquer» de Reinaldo Ventura abate águias

O FC Porto Império Bonança continua na frente do nacional de hóquei em patins, a para da Oliveirense, depois de bater o Benfica, na Luz, por 5-7. Reinaldo Ventura, com quatro golos, foi o herói da partida. Os lisboetas ficaram a saber que é preciso mais do que palavras para destronar os eneacampeões.
Num encontro emocionante, a equipa da casa até foi a primeira a marcar, por Ricardo Pereira. Seria a única vantagem do Benfica no marcador. Ao intervalo, os Dragões venciam por 1-3, com tentos de Emanuel Garcia, Pedro Moreira e Reinaldo Ventura, de penalti.
Já na segunda parte, depois do FC Porto desperdiçar um livre directo e enviar uma bola ao poste, o Benfica chegou ao 3-3. O empate durou pouco tempo, já que dois minutos depois da igualdade, Reinaldo Ventura fez o 3-4, na transformação de um livre directo. O avançado repetiria o gesto mais duas vezes, até ao 3-6. O benfiquista Diogo Rafael e o seu técnico Luís Sénica foram então expulsos.
Nos últimos minutos, os locais ainda reagiram, chegando ao 5-6. A sete segundos do fim, Emanuel Garcia, de livre directo, colocou um ponto final na partida. Com este triunfo, e volvidas seis jornadas, o FC Porto Império Bonança soma 18 pontos, tantos quantos a Oliveirense.» in site F.C. do Porto.

F.C. do Porto: Hulk foi eleito Jogador do Mês de Outubro da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, devido à excelente época que está a realizar!

«Hulk volta a ser o melhor

Hulk foi eleito Jogador do Mês de Outubro da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. O avançado do FC Porto, que já tinha ganho o troféu referente a Agosto e Setembro, foi o atleta mais votado por treinadores e adeptos da principal competição futebolística do panorama português.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futhulkmelhorjogadoroutubro_051110_56705.asp

«Hulk, “o senhor golos”

O FC Porto já leva 20 golos marcados e apenas quatro sofridos em nove jornadas. Hulk tem uma média de um golo por jogo
O avançado dos azuis e brancos continua a demonstrar que toda a força, velocidade e imponência que imprime dentro do relvado não serve apenas para desestabilizar as defesas adversárias, e já marcou oito golos em oito jogos.
Dos 20 golos apontados pelos “dragões”, 80 por cento (16) resultaram de lances de bola corrida, três de reposições de bola em jogo (um de livre, um após lançamento de linha lateral e um outro de penálti) e beneficiou apenas de um na própria baliza.
Nas nove primeiras rondas da Liga, o FC Porto marcou três golos de cabeça, dois por Falcao e um por Varela, oito golos com o pé esquerdo (sete de Hulk, um deles de penálti, e um de Varela) e outros tantos com o direito, por Varela (três), Falcao (dois), Belluschi (o único de livre directo), Otamendi e Hulk.
Na defensiva, os adversários do FC Porto ainda só conseguiram marcar golos ao brasileiro Helton com o pé direito: Luís Aguiar (Sporting de Braga) de livre directo, Carlão (União de Leiria) de grande penalidade e Lima (Sporting de Braga) e Abdelghani Faouzli (Vitória de Guimarães) em lances de bola corrida.
O líder FC Porto recebe domingo o campeão Benfica, às 20:15, no Estádio do Dragão, no Porto, num jogo que será arbitrado pelo lisboeta Pedro Proença.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/primeira_liga/artigo/2010/11/06/hulk_o_senhor_golos_.html


Hulk - (Melhores jogadas até a 5.ª Jornada)

Givanildo Vieira de Sousa - Hulk!

Hulk!

Hulk, o incrível!

05/11/10

AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos !

AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos (COM VÍDEO)«AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos (COM VÍDEO)

(05-11-2010)


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Segundo José Manuel Ferreira, os trabalhos vão incidir também nas paredes interiores, das quais vai ser retirada a cal para pôr a descoberto as pinturas originais, com motivos florais


Armindo Mendes/Lusa





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Obras na igreja de S. Domingos



Amarante, 05 nov (Lusa) - As obras de restauro da igreja de S. Domingos, em Amarante, vão começar nos próximos dias, recuperando talha dourada com quase 300 anos de existência, revelou à Lusa o pároco local.
Segundo José Manuel Ferreira, os trabalhos vão incidir também nas paredes interiores, das quais vai ser retirada a cal para pôr a descoberto as pinturas originais, com motivos florais.
“Este vai ser um trabalho muito minucioso realizado por técnicos qualificados que reporão o esplendor desta igreja da nossa cidade”, afirmou o pároco.
A igreja de S. Domingos, do princípio do século XVIII, situa-se na margem direita do rio Tâmega e está classificada como Imóvel de Interesse Público. Esta igreja é uma das duas que se observa a partir do largo principal do núcleo urbano, constituindo, conjuntamente com o mosteiro de S. Gonçalo, um elemento arquitetónico apreciado e fotografado pelos muitos turistas que visitam a cidade.
O pároco explicou que a intervenção vai ser apoiada por fundos da União Europeia (UE) e da autarquia local, prevendo-se um investimento de 714 mil euros.
Para José Manuel Ferreira, as obras “são urgentes” face à degradação da igreja, havendo “o risco de algumas perdas serem irreversíveis”.
A recuperação dos altares, nomeadamente as figuras religiosas e a talha dourada, de estilo barroco, é a parte mais complexa da intervenção porque, evidenciou o pároco, "são elementos com maior importância histórica e apresentam sinais de maior degradação".
Os trabalhos incluem também a recuperação das paredes exteriores, coberturas, pavimentos, vãos das portas e janelas, revisão da instalação elétrica e do coro alto.
Também vai ser recuperado o pequeno núcleo museológico que existe no antigo convento de S. Domingos, contíguo à igreja, onde se podem encontrar peças religiosas com quase 300 anos.
Numa fase posterior será restaurado o órgão de tubos da igreja, de estilo gótico, que está muito degradado.
Os trabalhos deverão prolongar-se por cerca de 14 meses. Quando a intervenção estiver concluída a cidade de Amarante acentuará, segundo o pároco, a sua vocação enquanto destino de turismo religioso.
“O estado de degradação do edifício é preocupante. O objetivo da recuperação é tornar a igreja mais acolhedora para os fiéis, mas também valorizá-la de forma a ser mais um ponto de visita obrigatória na cidade de Amarante”, explicou à Lusa.
A cerimónia de apresentação desta intervenção está marcada para hoje com a presença de representantes da Diocese do Porto, da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara Municipal de Amarante.
APM.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/fim» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=3593

Arte Poesia - O Meu Amigo e Poeta Ângelo Ôchoa, interpela-nos com o Poema: "Alados das Antemanhãs!"


 
Ângelo Ochôa - "Alados Nas Antemanhãs"



"Alados das antemanhãs…

Alados,

nas antemanhãs,

lembram a paz,

a calamidade,

a dor

ou a redenção?

Lêem o livro

interminável.

Umas mil vezes lêem,

e relêem,

para lá,

o escrito.

Porque lhes apraz estão de pé.

Cada criança ferem com essa força

que nasce coração."

Ângelo Ochôa, Poeta


Política Nacional - É preciso denunciar este homem que nos (des)governa, que é um mentiroso compulsivo e que não olha a meios para atingir os seus fins!


O Cidadão Descontente                                                                

Só um País ideologicamente de esquerda e com uma opinião pública e publicada, a fazerem o branqueamento das acções deste governo, é que consegue aturar a incompetência do governo Sócrates...
Lembram-se dos buzinões, dos editoriais de jornais e televisões, guerra das propinas, nas músicas do Abrunhosa, etc.; durante último governo do Professor Cavaco Silva... e comparar com a situação actual, estamos conversados!
Temos o que merecemos, vamos ter mais e viva o xuxalismo...

Política Nacional - Luvas de 6 milhões na SCUT do Porto, com empresa amarante, empresa Mta-Engil, tudo bem!

«Luvas de 6 milhões na SCUT do Porto
5 de Novembro, 2010 
Por Felícia Cabrita

O Ministério Público apreendeu documentos no âmbito da Operação Furacão que indiciam o envolvimento da Mota-Engil no pagamento de luvas a decisores políticos.O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a investigar indícios de que houve pagamento de luvas no valor de seis milhões de euros, em 2002, na entrega da concessão da SCUT do Grande Porto ao consórcio liderado pela Mota-Engil. Este foi o principal motivo por que o presidente do grupo, António Mota, esteve esta quarta-feira a prestar declarações no DCIAP. Uma informação que António Mota nega.


O caso foi descoberto no âmbito da investigação da Operação Furacão, não constituindo ainda um inquérito autónomo. O SOL sabe, no entanto, que António Mota - chamado a prestar declarações sobre várias matérias relacionadas com o esquema de falsificação de documentos detectado no Furacão - foi ouvido como arguido pela equipa liderada pelo procurador Rosário Teixeira, por indícios dos crimes de corrupção activa, fraude fiscal agravada, branqueamento de capitais e abuso de confiança.


Segundo soube o SOL, a investigação à SCUT do Grande Porto teve início em 2005, quando, nas buscas efectuadas a alguns bancos no âmbito da Operação Furacão, os investigadores descobriram facturas falsas emitidas a sociedades offshore pela Lusoscut - o consórcio de empresas liderado pela Mota-Engil, a quem foi adjudicada a SCUT do Grande Porto.


Buscas realizadas posteriormente às empresas do grupo liderado por António Mota e dos seus parceiros no consórcio permitiram a apreensão de nova documentação, indiciando agora a existência de pagamentos de luvas num total de seis milhões de euros a quatro decisores políticos, que directa ou indirectamente estiveram relacionados com o concurso daquela SCUT.» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3696
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Aos poucos começa-se a descobrir a malta que patrocina a vergonha em que Sócrates transformou Portugal, com certos coelhos a fazerem de pontas de lança em grandes empresas nacionais... enquanto isso, o Zé Povo, paga e vai pagar mais... este País de Sócrates é um autêntico regabofe... por aqui se pode compreender melhor o posicionamento político de alguns grandes empresários de Amarante!

Amarante - Um grupo de Amigos faz subida de Giga entre Poços e Frariz, em 1976, e como eram divertidas as tardes no Tâmega!


Rio Tâmega em Amarante, Frariz, 1976, depois de subida de barco, Poços-Frariz, como Amigo Queiroz, a minha Prima Leninha (afilhada de minha mãe), a Manuela (amiga da Leninha), a minha Mãe, eu e o meu mano.


A Minha prima já faleceu, depois de doença prolongada, por isso esta fotografia deixa-me uma eterna saudade... além da pureza do Rio Tâmega de então!

04/11/10

Liga Europa: F.C. do Porto 1 vs Besiktas 1 - Empate com Besiktas garante continuidade na UEFA Europa League!

«Empate com Besiktas garante continuidade na UEFA Europa League

O FC Porto partia para o jogo com o Besiktas numa posição confortável: com nove pontos no seu grupo da UEFA Europa League, os Dragões podiam dar-se ao luxo de um empate e ainda assim garantir o apuramento para a próxima fase. Foi esse o resultado final (1-1), mas os azuis e brancos, que até carimbaram mesmo a continuidade na prova, mereciam mais.

Após alguns minutos iniciais de atrevimento, os turcos foram colocados no seu lugar e mostraram ao que vinham: um empate não era nada mau. Falcao e Hulk estiveram envolvidos em todas as ocasiões de golo criadas na primeira parte: o brasileiro obrigou o guarda-redes turco a intervenções aos 5 e 13 minutos e isolou o colombiano aos 18, mas o corte providencial de um defesa contrário evitou o primeiro golo.

Aos 28 minutos, de costas para a baliza, Falcao tentou surpreender Arikan, mas a bola saiu ligeiramente ao lado. Foi uma espécie de antecipação do que estava para acontecer, porque, oito minutos depois, o número nove portista ganhou o duelo com Arikan. Otamendi desmarcou na perfeição o avançado, que foi depois derrubado pelo guardião. No penalti correspondente, a bola foi para um lado e o guarda-redes para o outro. 1-0 e justiça no resultado.

O segundo tempo iniciou-se no mesmo registo, com o segundo golo a ficar muito perto, aos 57 minutos: Hulk, Belluschi e Falcão trocaram passes, alguns de calcanhar, e o «Incrível» finalizou para defesa de Arikan. Dois minutos depois, Rodríguez foi expulso, por acumulação de amarelos – o primeiro é mais do que duvidoso –, o encontro entrou num período incaracterístico e o árbitro italiano começou a perder o controlo da partida. Tagliavento tomou várias decisões em desfavor dos portistas e foi condescendente com o jogo violento dos turcos.

Nihat empatou a partida, aos 62 minutos, e Toraman foi expulso aos 66, reequilibrando o número de jogadores em campo. No entanto, é justo dizer que os Dragões passaram por dificuldades durante cerca de 10 minutos, em que os turcos aproveitaram o embalo do tento apontado e o desnorte do juiz italiano.

Os últimos 20 minutos do encontro foram de total domínio azul e branco, perante um adversário mais do que satisfeito com o empate. A ocasião mais clara de golo deu-se aos 78 minutos, quando Ruben Micael apareceu isolado, picou a bola sobre o guarda-redes, e viu Gülüm, em esforço, afastar a bola da linha de golo. Já teria entrado na baliza? Tudo indica que sim, mas é estranho que nenhum dos seis árbitros em campo tenha reagido ao lance. Ainda mais estranho foi o facto de as sucessivas entradas violentas dos turcos – com destaque para Üzülmez – terem passado em claro.

FC Porto-Besiktas, 1-1
UEFA Europa League, grupo L, quarta jornada
4 de Novembro de 2010
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 34.139 espectadores

Árbitro: Paolo Tagliavento
Assistentes: Massimiliano Grilli e Gianluca Cariolato
Quarto árbitro: Carmine Russo
Assistentes adicionais: Christian Brighi e Gabriele Gava

FC PORTO: Helton «cap»; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Guarín, Belluschi e Ruben Micael; Hulk, Falcao e Rodríguez
Substituições: Hulk por João Moutinho (63m), Belluschi por Souza (73m) e Falcao por Walter (79m)
Não utilizados: Beto, Sereno, Varela e Castro
Treinador: André Villas-Boas

BESIKTAS: Arikan; Hilbert, Toraman, Gülüm e Üzülmez «cap»; Ernst, Mehmet Aurélio e Guti; Nihat, Bobô e Tabata
Substituições: Tabata por Holosko (46m), Bobo por Uysal (84m) e Nihat por Güven (92m)
Não utilizados: Kaya, Köybasi, Zápotocny e Tekke
Treinador: Bernd Schuster

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Falcao (36m) e Nihat (62m)
Disciplina: cartão amarelo para Toraman (29m e 66m), Rodríguez (39m e 59m), Hilbert (44m), Üzülmez (59m) e Gülüm (87m); cartão vermelho, por acumulação de amarelos, para Rodríguez (59m) e Toraman (66m)» in site F.C. do Porto.


Resumo de um Jogo que permitiu a passagem dos Dragões à próxima fase da Liga Europa!

Desporto Futebol: F.C. do Porto 2 vs S.L. Benfica 2 - Nas vésperas do clássico, eis aqui um belo relato do clássico de 1960, onde nem uma grande crise financeira abateu os Dragões!

O FC Porto-Benfica, de Abril de 1960, terminou com um equilibradíssimo e chuvoso 2-2 «FC Porto, versão anos 60. Falido mas sempre digno
por Rui Tovar, Publicado em 04 de Novembro de 2010  |  Actualizado há 12 horas

Um dirigente pediu ajuda financeira ao rival Benfica e foi despedido. Mas foi a receita do clássico de 3 de Abril de 1960 que salvou o FCP.
Henrique Dias Faria tem 96 anos e é o sócio número um do FC Porto desde 13 de Maio de 2010. Por influência de familiares e amigos, fez-se sócio em 1931. Nessa altura o FC Porto tinha 6500. Quinze anos depois, no pós-guerra, a instituição cresceu para os 8 mil. Mas outros 15 anos a seguir a situação era bem mais grave do que se imaginava. Viveu-se uma crise financeira e de identidade. Entre 1959 e 1960, período em que se sagrou campeão nacional pela última vez antes de uma seca de 19 anos, o FC Porto perdeu 7 mil sócios. Luís Ferreira Alves, o presidente, demitiu-se e lamentou-se no seu último dia: "O FC Porto paga mal a quem o serve." Era a verdade nua e crua. Os jogadores de futebol, para citar só a modalidade mais badalada, tinham já 500 contos de ordenados em atraso. E o passivo do clube ascendera a 5834 contos. Quem tomou conta destas dívidas foi uma comissão administrativa presidida por Ângelo César.
Em finais de Março de 1960, às portas de um FC Porto-Benfica para a 23.a jornada do campeonato nacional, os portistas estavam neste caos. Daí que Aníbal Abreu, dirigente azul e branco, tivesse enviado da Urgeiriça um telegrama a Maurício Vieira de Brito, presidente do Benfica, a sugerir que os encarnados prescindissem da sua parte da receita a favor do desvalido FC Porto. Ao ter conhecimento (às 19 horas do dia 30 de Março) do insólito pedido, Ângelo César reagiu de pronto, com um outro telegrama que funcionou como um boomerang: "Acabo de tomar conhecimento do telegrama enviado ao presidente do Benfica. Rogo V. Exa. apresente pedido de demissão por esta via. Se não, demiti-lo--emos. O FC Porto, embora atravesse uma situação francamente delicada, não precisa de pedir esmolas. A atitude do sr. Aníbal Abreu deixou-nos a todos indignados e o Benfica terá achado o seu pedido uma autêntica loucura, um disparate sem pés nem cabeça."
A 3 de Abril de 1960, o tal clássico, entre o campeão em título e o futuro campeão, curiosamente com Bela Guttmann nos dois lados. Antes do pontapé de saída, Ângelo César foi ao balneário da sua equipa e pagou todos os ordenados em atraso. Aquilo funcionou, sim senhor, mas foi preciso um final à Hitchcock para resultar. É que aos 87 minutos o FC Porto perdia 2-0 em casa, para satisfação de Guttmann, que trocara o azul pelo vermelho no Verão de 1959. Golos de Cavém (11'') e Mário João (85'') traduziam a superioridade do Benfica, quando os locais empataram por Roberto (87'') e Humaitá (90''). Nas bilheteiras, os adeptos deixaram 780 contos. O FC Porto recolheu os 490 contos que lhe couberam e enviou para Lisboa a percentagem que cabia aos rivais: 155 contos. Feitas as contas, restabelecido o orgulho. O sr. Henrique Dias Faria sabe do que estamos a falar.» in http://www.ionline.pt/conteudo/86717-fc-porto-versao-anos-60-falido-mas-sempre-digno

Amarante - A Igreja de São Domingos merece este restauro, por ser um Monumento de Visita quase Obrigatória em Amarante!

«Recuperação e valorização da Igreja de S. Domingos em Amarante

A apresentação pública do projecto de recuperação e valorização da Igreja de São Domingos, em Amarante, será no dia 5 de Novembro.
O estado de degradação do edifício é preocupante pelo que a Paróquia de São Gonçalo investiu num projecto que permitisse a sua recuperação e valorização. “O objectivo da recuperação é por um lado tornar a Igreja mais acolhedora para os fiéis que a ela acorrem diariamente, e por outro valorizá-la de forma a ser mais um ponto de visita obrigatória na cidade de Amarante” – sublinha um comunicado de imprensa enviado à Agência ECCLESIA.

O Igreja de São Domingos, também designada por Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, localizada na cidade de Amarante é um belo exemplar da Arquitectura Religiosa Barroca portuguesa, e é classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1978, pelo Decreto 95/78, DR 210, de 12 Setembro.
Ainda que de pequena dimensão trata-se de um belíssimo templo, localizado junto da Igreja de São Gonçalo, sobranceiro ao Rio Tâmega.
Na cerimónia marcarão presença diversas entidades como: Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Amarante S. Gonçalo, a Diocese do Porto, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, a Direcção Regional de Cultura do Norte, e a Câmara Municipal de Amarante.» in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=82357
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O Dr. Luís Coutinho, por todo o empenho e luta pela preservação desta Igreja e da Criação do respectivo Museu de São Domingos, merece bem que esta Obra se concretize, da forma como ele pretendia...

Amarante - Festa do "Caldo das Coíbes" na freguesia de Rebordelo, que decorrerá junto à Igreja daquela freguesia, com muita animação prometida!

AMARANTE: Festa do «AMARANTE: Festa do "Caldo das Coíbes" na freguesia de Rebordelo







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Os objectivos desta actividade prendem-se em valorizar tradições, costumes e produtos locais, animar a freguesia, envolver a população e atrair visitantes.

A freguesia de Rebordelo vai realizar, pela primeira vez, a 14 de Novembro (domingo), a Festa do “Caldo das Coíbes”, que decorrerá junto à Igreja daquela freguesia.

Do programa da festa faz parte uma caminhada à descoberta do património paisagístico e construído, com a concentração marcada para as 9:00 na Junta de Freguesia; uma Feira de produtos locais que mostrará o que de melhor se produz naquela aldeia do Marão e às 12:30 os visitantes poderão provar o “caldo das coíbes” e o bolo da comadre.
A animação da festividade, durante a tarde, fica a cargo dos Bombos de Santo Estêvão, de Vila Chã do Marão e de um Grupo de Concertinas. Para encerrar a festa está agendado o tradicional magusto e a prova de vinho novo.
Os objectivos desta actividade prendem-se em valorizar tradições, costumes e produtos locais, animar a freguesia, envolver a população e atrair visitantes.
Este evento é organizado pela Junta de Freguesia de Rebordelo com a colaboração do Centro Local de Animação e Promoção Rural (CLAP), da Associação Viver Canadelo e da Serra do Marão.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=3590

Liga dos Campeões: Partizan 0 vs S.C. Braga 1 - Grande Braga, que mais uma vez Brilhou na Europa do Futebol!

«Moisés mantém Braga a sonhar

O golo do central da formação minhota, aos 35 minutos, foi o suficiente para o Sporting de Braga conseguir três pontos na Sérvia, frente ao Partizan, em jogo da quarta jornada da Liga dos Campeões.
Um golo do central brasileiro Moisés, aos 35 minutos, selou o primeiro triunfo fora dos “arsenalistas”, que voltaram a vencer os sérvios, depois do triunfo caseiro por 2-0, na ronda anterior.
Com este resultado, que representou o primeiro triunfo português em Belgrado, o “onze” de Domingos Paciência garantiu o acesso à Liga Europa, mantendo-se igualmente na corrida aos oitavos de final da “Champions”.
A formação lusa soma seis pontos, contra nove de Arsenal e do Shakhtar Donetsk, que hoje superou em casa os ingleses por 2-1, depois de ter estado em desvantagem.
Na próxima ronda (23 de Novembro), o Sporting de Braga recebe o Arsenal, frente ao qual foi goleado por 6-0 em Londres, fechando na Ucrânia (08 de Dezembro), face ao Shakhtar, vencedor no Minho por 3-0.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/liga_dos_campeoes/artigo/2010/11/03/mois_s_mant_m_braga_a_sonhar.html

Resumo de um jogo em que o Braga voltou a brilhar na Europa do Futebol!
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O Braga S.C. foi a primeira equipa a vencer em terreno Sérvio, pelo que mais uma vez, está de parabéns o Arsenal Bracarense!

03/11/10

Caso do "Casaco Velho de Amarante" - Justiça perde quatro anos a decidir destino de casaco velho!



«Justiça perde quatro anos a decidir destino de casaco velho
 Vítor Pinto Basto



Uma recente decisão do Tribunal da Relação do Porto (TRP)sobre o destino a dar a um "casaco velho e podre" merece ser lida como uma lição de jurisprudência e responder às perguntas: Para que serve a Justiça? A lei serve para perder tempo com nulidades ou resolver problemas?

O TRP decidiu com base numa invulgar história judicial: o Tribunal Judicial de Amarante decidira, em 28 de Outubro de 2009, condenar um indivíduo pelo crime de condução ilegal. Mas veio a verificar-se que lhe tinha sido apreendido um velho casaco de bombazina castanha "em estado de infecta desagregação". 

O casaco foi denunciado como tendo sido furtado em 22 de Março de 2006 e foi apreendido dias depois, em 5 de Abril. Em 15 de Junho de 2009, o MP decidiu o arquivamento relativo ao crime de furto. E no passado dia 18 de Janeiro, o casaco foi levado para tribunal para identificação do seu proprietário.

Como ele já tinha falecido, três anos antes, e apesar do próprio MP ter promovido a notificação dos familiares mais próximos, o juiz decidiu, quatro anos depois de o casaco ter sido apreendido, destruir essa peça de roupa, também devido ao seu  "estado de infecta desagregação".

Mas o MP recorreu da decisão para o TRP, exigindo que o casaco teria de ser restituído "a quem de direito" e acusou o juiz de ter violado "o disposto nos artigos 109 do CP e o 186º do CPP".

Quatro anos e meio depois do início da história em torno daquele casaco, no passado dia 29 de Setembro, o TRP, por unanimidade, contrariou a tese do MP e dá o recurso como improcedente.

José Vaz Carreto e Joaquim Correia Gomes, da Relação do Porto, dizem que o juiz de Amarante agiu em conformidade com o disposto do artigo 417 do CPP , por considerar que o casaco não tem valor comercial. Salienta, ainda, que, com a sua decisão de ordenar a destruição do casaco, evitou gastos administrativos desnecessários e antecipou o destino a dar à velha e podre peça de vestuário. Para bom entendedor: o lixo.

Por último, o TRP, perante os factos em causa - alegada discussão prolixa em torno do destino a dar a um bem sem valor que provavelmente ninguém quereria, nem a família do seu proprietário ("não nos é indicado quais são os familiares mais próximos", questionam os juízes,  - destaca que se fossem seguir "as estritas regras jurídicas" os tribunais acabariam  "num mundo de absurdos inúteis, quando não é essa a ideia de lei". Ideia de lei que, para o TRP, é, sim, "solucionar as questões e resolver os problemas, e, no caso, dar destino a um bem desnecessário no processo."» in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1701347
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Se isto fosse ficção, até teria alguma piada, mas é a realidade da Justiça Portuguesa que, perdendo-se em formalismos, emperra totalmente os tribunais, deixando muitos casos importantes à espera...

02/11/10

Política Nacional - Manuel Alegre, para muitos a grande referência dos valores da esquerda Portuguesa, é mais um papa-reformas!

«Alegre com reforma milionária


Mais de três mil euros mensais por poucos meses de trabalho na RDP. Vice-presidente da AR garante que não se lembrava que tinha direito à reforma e diz que vai receber «um terço» enquanto for deputado.


Manuel Alegre vai receber uma reforma de 3.219,95 euros mensais pelo cargo de coordenador de programas de texto da Rádio Difusão Portuguesa que ocupou por alguns meses. A informação faz parte da lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), citada pelo Correio da Manhã.
Em declarações ao jornal, Alegre garantiu que nem se lembraria da reforma, se não fosse a CGA a escrever-lhe uma carta. O deputado explicou que foi funcionário da RDP durante «pouco tempo», já que começou a trabalhar na rádio quando voltou do exílio, após o 25 de Abril, e saiu em 1975 quando foi eleito deputado, cargo que ocupou desde então. «Nunca mais lá trabalhei, mas descontei sempre», disse o deputado.
Alegre disse ainda ao Correio da Manhã que vai receber «um terço da reforma», já que a lei não lhe permite acumular o vencimento de deputado com uma reforma.
Quando questionado sobre se não lhe «parecia mal» receber uma pensão por ter trabalhado tão pouco tempo, o vice-presidente da Assembleia da República afirmou apenas que «é legal». E recordou o exemplo de outros políticos que também recebem pensões além do vencimento. «O Presidente da República também não recebe duas ou três reformas do Estado, além do vencimento? Mas eu nem questiono que ele é uma pessoa séria».» in http://diario.iol.pt/noticia.html?id=710259&div_id=4071
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Assim vale a pena ser de esquerda e falar contra o grande capital, quando se é um capitalista permanentemente subsidiado pelo Estado... que dirá este homem de reformas de duzentos e poucos euros, terá moral para dizer alguma coisa sobre isso, ou já não há consciência cívica... estes xuxalistas são demais!
O trio Alegre, Sócrates e Louça, que tanto falam e falaram mal uns dos outros, terão que encontrar pontes de ligação, que devem passar pela atribuição de três xuxas, para ser de esquerda... mas bem riquinhos e capitalistas!