20/04/09

Música Africana - Paulo Flores, mais uma voz Amiga, uma Voz de Angola, da África Nossa, da Pátria da Lusofonia!




Paulo Flores - "É Doce Morrer no Mar"

Cesária Évora e Marisa Monte - "É Doce Morrer no Mar"

PAULO FLORES - "POVO"

Paulo Flores - "Saudades"

PAULO FLORES - "SERENATA A ANGOLA"

Paulo Flores - "Canta Meu Sonho"

Paulo Flores - "Minha Velha"

Paulo Flores - "Poema do Semba"

«Paulo Flores (cantor)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paulo Flores (Angola, 1972) é um dos cantores mais populares de Angola. Mudou-se a Lisboa durante sua infância. Começou como cantor Kizomba, lançou o seu primeiro álbum em 1988. As suas canções tratam temas diversos como o governo, a vida quotidiana de angolanos, a guerra civil e a corrupção.

[editar] Discografia

"O Dinheiro Não Chega


Os Amigos me Chamam
De Velho Casado
Ja nao tenho desejo de viver a vida
As damas me dizem que estou acabado
Que nao tenho charme
Ja nao sou o mesmo

Se o Dinheiro nao chega
Para as contas do Mes
Eu com N´dengues la em casa a espera

Se o Dinheiro nao chega
Para pagar as desesas
Eu com N´dengues la em casa a espera

Pois eh Meus amigos
Comigo é assim

Se eu quero comida
O dinheiro nao chega

Se quero bebida
O dinheiro nao chega

Se quero as bitolas
Pra esquecer da vida

O dinheiro nao chega

Oicam o que eu digo
Comigo e assim

Pra comprar vitamina
O dinheiro nao chega

Pra pôr Gasolina
O dinheiro nao chega

Comprar estriquinina
Pra ver se me mato
Nem pra isso chega

No outro dia sai
Fui a uma Kimbanda
Para me ajeitar a vida
Me fez umas rezas
E umas fumacas´
Me passou uns banhos
Me pediu dinheiro
Mas eu não tinha

E ela insistiu
Ficou chateada
Me rogou bué de pragas
me Amaldicou"

F.C. do Porto Sub-14: Dragões conquistam Torneio «Dani Guenes»!

«Sub-14: F.C. Porto conquista Torneio «Dani Guenes»


A equipa de Sub-14 do F.C. Porto conquistou este domingo o X Torneio de Futebol «Dani Guenes», prestigiada competição de futebol jovem que se realizou em Bilbau (Espanha). Os jovens azuis e brancos derrotaram na final o Barcelona, por 1-0. Depois de ontem ter vencido o Enkarterri e empatado também com o Barcelona, o F.C. Porto mostrou hoje os argumentos do trabalho desenvolvido pela formação do clube e subiu ao lugar mais alto do pódio, graças a um golo de Francisco Costa, marcado logo nos minutos iniciais. Esta foi a primeira vez que uma equipa não espanhola venceu esta prova, o que evidencia o elevado valor competitivo da mesma e reforça o significado da conquista azul e branca. Igualmente de destacar que a derrota com o F.C. Porto constituiu o primeiro desaire deste escalão do Barcelona nesta temporada.» in site F.C. do Porto.

Política Educativa - Vital Moreira a dissertar sobre a Classe Docente Portuguesa!

«O que diz o ex-comunista, agora socialista, sobre os Professores...

Vital Moreira foi, no Congresso do Partido Socialista, dado a conhecer como cabeça de lista deste partido nas próximas eleições para o Parlamento Europeu. Vital Moreira é uma personalidade com um passado e um presente político conhecido de boa parte dos portugueses.
O que, talvez, nem todos saibam *é que este Mestre de Direito nutre um profundo desprezo pela classe docente, só comparável ao da actual Ministra da Educação*. De facto, em 18 de Novembro de 2008, no jornal "Público", Vital Moreira faz um dos ataques mais rasteiros e mais odiosos que me foi dado ler em todo este processo de luta dos professores contra o actual sistema de avaliação. Que diz aí Vital Moreira? Basicamente quatro coisas, a saber:

a)* Que não existe qualquer razão para que os professores não sejam avaliados para efeitos de progressão na carreira; *
**
b) *Que os professores não gozam de direito de veto em relação às leis do país, nem podem auto-isentarem-se do seu cumprimento, pelo que não é aceitável qualquer posição que implique resistência à aplicação do actual modelo de avaliação; *

c) *Que o governo não pode ceder às exigências dos professores, devendo antes abrir processos disciplinares a todos aqueles que ponham em causa a concretização da avaliação dos docentes tal como foi congeminada pelo Ministério da Educação; *

d) *Que o governo, na batalha contra os professores, deve esforçar-se por chamara si a op
inião pública, isolando, desta forma, a classe docente.*

*Este é o pensamento de Vital Moreira, onde a sua veia caceteira surge bem expressa*. *Mas, mais do que isso, este texto, publicado no "Público", revela-nos um verdadeiro guia político da acção do Ministério da Educação contra os professores.
*

*Que cada colega não perca a memória e dê a devida resposta a este senhor nas eleições para o Parlamente Europeu, é o mínimo que está ao nosso alcance.*»
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A minha Colega e Amiga Elsa Cerqueira, enviou-me este mail a todos os títulos repugnante! Senão vejamos, é este Senhor que vai ganhar dinheirinho do bom na Europa; a tal reforma dourada... valores de esquerda sim, mas com muitos euros! Estranha-se que uma pessoa que disserta tanto contra o Capitalismo, que seja um europeísta tão convicto; o passado estará esquecido?! Este Senhor que no passado foi tão pró-sindical e tão a favor da Função Pública e agora, é tão liberal, tão euro-defensor! Como este senhor parece perceber tanto de Educação e da Escola Pública Portuguesa, já se vislumbra o motivo da colocação do seu cartaz propagandístico ao lado da porta principal de um Estabelecimento Educativo em Amarante! Haja decência e ética democrática, Senhores Socialistas, se é que ainda sabem o que isso é!

«
Vital Moreira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


É professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito e obteve o grau de Doutor em Ciências Jurídico-Políticas. Colabora ainda como docente, no curso de Estudos Europeus, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
É membro do conselho do European Master's Degree in Human Rights and Democratization (Veneza) [1], organizado por um consórcio de universidades europeias.
É director do Centro de Direitos Humanos[2] do Jus Gentium Conimbrigae[3] e Presidente do Centro de Estudos de Direito Público e Regulação (CEDIPRE) [4].
Militou no Partido Comunista Português, pelo qual foi Deputado à Assembleia Constituinte.
Colabora regularmente na imprensa, sendo colunista no Diário Económico e no Público.
É um dos autores do blogue Causa Nossa.
A 28 de Fevereiro de 2009 foi anunciado no XVI Congresso do PS como cabeça de lista deste partido às eleições europeias de 2009[5].

[editar] Algumas obras publicadas

  • A ordem jurídica do capitalismo. Lisboa, Caminho, 4.ª ed., 1987 (1.ª ed., 1973).
  • Marcuse e a teoria da revolução. Coimbra, 1973. Separata do Boletim de Ciências Económicas n.º 16.
  • Sobre o Direito. Coimbra, Vértice, 1973. Separata da Vértice n.º 33.
  • O renovamento de Marx. Coimbra, s. ed., 1971. Separata do Boletim de Ciências Económicas, 15. Editado posteriormente como O renovamento de Marx, Coimbra, Centelha, 1979.
  • Economia e constituição: para o conceito de constituição económica. Coimbra, s. ed., 1974. Separata do Boletim de. Ciências Económicas n.º 17, editado posteriormente com o mesmo título: Coimbra, Coimbra Editora, 2.ª ed., 1979.
  • Economia e direito. Coimbra, s. ed., 1974. Separata da Revista de Direito e Estudos Sociais n.º 19.
  • Economia e revolução em «Marx: alguns comentários». Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1977. Separata da Biblos n.º 53.
  • Constituição da República Portuguesa anotada (com J. J. Gomes Canotilho). Coimbra, Coimbra Editora, várias edições desde 1978.
  • Constituição e revisão constitucional. Lisboa, Caminho, 1980.
  • Reflexões sobre o PCP. Lisboa, Inquérito, 2.ª ed., 1990.
  • Os poderes do Presidente da República (com J. J. Gomes Canotilho). Coimbra, Coimbra Editora, 1991.
  • Fundamentos da Constituição. (com J. J. Gomes Canotilho). Coimbra, Coimbra Editora, 1991.
  • O direito de resposta na comunicação social. Coimbra, Coimbra Editora, 1994.
  • Nas origens da Casa do Douro. Porto, Grupo de Estudos da História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto, Casa do Douro, 1996.
  • Administração autónoma e associações públicas. Coimbra, Coimbra Editora, 1997. (reimpressão em 2003) (tese de doutoramento apresentada à Universidade de Coimbra: Auto-Regulação Profissional e Administração Autónoma).
  • Auto-regulação profissional e administração pública. Coimbra, Almedina, 1997.
  • A morte do centro. Coimbra, Audimprensa, 1998.
  • Relatório e proposta de lei-quadro sobre institutos públicos. Grupo de Trabalho para os Institutos Públicos do Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública. Coordenação de Vital Moreira. Lisboa, M.R.E.A.P., 2001.
  • Autoridades reguladoras independentes nos domínios económico e financeiro: estudo e projecto de lei-quadro (com Maria Fernanda Maçãs). Lisboa, Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública, 2002. Editada posteriormente como Autoridades reguladoras independentes: estudo e projecto e lei-quadro (com Maria Fernanda Maçãs). Coimbra, Coimbra Editora, 2003.
  • Paisagem povoada: a Gândara na obra de Carlos de Oliveira. Coimbra e Cantanhede, Câmara Municipal de Cantanhede e CCDRC, 2003.
  • A mão visível: mercado e regulação (com Maria Manuel Leitão Marques). Coimbra, Almedina, 2003.
  • O Tribunal Penal Internacional e ordem jurídica portuguesa (Vital Moreira e outros). Coimbra, Coimbra Editora, 2004.
  • Constituição da República Portuguesa: Lei do Tribunal Constitucional: compilação (com J. J. Gomes Canotilho). Coimbra, Coimbra Editora, 8.ª ed., 2005.

Notas

Charles Smith refere que Sócrates é corrupto; este também vai ser processado pelo Primeiro Ministro?!


DVD Freeport: Charles Smith chama corrupto a Sócrates.
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Parece que só a Polícia Inglesa investiga; ao que parece em Portugal investe-se mais na ocultação... ou estes indícios não serão suficientes para colocar alguém na condição de arguido?!

19/04/09

Académica de Coimbra 0 vs F.C. Porto 3 - Mesmo fatigados, Dragões só sabem Vencer!

«Os outros luxos do Dragão

Houve, inegavelmente, encanto em Coimbra. Até pequenos luxos e pedaços de audácia que contrariam as teses de um calculável declínio do líder e tricampeão, agora privado de El Comandante. Três golos e umas quantas promessas revelaram outros cérebros. Primeiro, entre os suspeitos do costume, mais tarde, numa versão alargada de livres pensadores. O resultado poderia ter efeitos ainda mais devastadores. A proposta ofensiva da Académica, que chegara a parecer um género de comprometimento com o jogo, não passou, afinal, da camuflagem de uma trama que mal travaria conhecimento com algo que pudesse assemelhar-se a qualquer sugestão ou variação atacante. Foi dissimulação caduca em cinco minutos, no limiar de uma abordagem apenas inicial. Expirado o curto prazo de validade do embuste, o tricampeão deparou-se com o cenário previsível e aquele que lhe é já mais familiar: adversário compacto, estrategicamente posicionado aquém da linha da bola, disposição em que os portistas não surgem totalmente inocentes, apresentando-se, inclusive, como a primeira razão para a retracção do opositor. O ziguezagueado de Rodríguez, os arranques de Hulk, a precisão de passe de Raul Meireles e a omnipresença de Fernando contribuíram decisivamente para o acelerado processo de encolhimento do opositor, que veria a primeira das ameaças aproximar-se excessivamente do golo, que Peskovic ou questões de cálculo apenas conseguiriam adiar. Pouco mais do que para lá da barreira temporal do intervalo. De cabeça, como a equipa procurara superar a dupla dificuldade de defrontar um adversário a desinvestir no jogo por sistema, Rolando desbloqueou o resultado, avolumado pouco depois por Lisandro, na transformação exemplar de uma grande penalidade, que castigara o derrube de Amoreirinha ao avançado argentino. Para assistir ao terceiro golo bastou aguardar pelo final, quando, tarde demais e no melhor momento do Dragão, a Académica se dispunha a discutir o desfecho ou, quem sabe, a atenuar o peso da incontornável derrota. Marcou Mariano, assistido por Hulk, na conclusão da 25º capítulo de uma história que mantém a ambição de terminar em festa.

FICHA DE JOGO

Liga, 25ª jornada
19 de Abril de 2009
Estádio Cidade de Coimbra
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Assistentes: José Cardinal e João Santos
4º Árbitro: Cosme Machado

ACADÉMICA: Peskovic; Pedrinho, Amoreirinha, Orlando e Pedro Costa; Tiero, Nuno Piloto «cap» e Cris; Miguel Pedro, Saleiro e Lito
Substituições: Tiero por Licá (63m), Saleiro por Eder (63m) e Miguel Pedro por Madj (73m)
Não utilizados: Rui Nereu, Berger, André Fontes e Diogo
Treinador: Domingos Paciência

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves «cap» e Cissokho; Mariano, Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez
Substituições: Rodríguez por Tomás Costa (73m), Lisandro por Farías (82m) e Raul Meireles por Guarín (82m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Stepanov e Sektioui
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Rolando (57m), Lisandro (59m, g.p.) e Mariano (90m)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Alves (42m), Amoreirinha (59m), Pedro Costa (59m), Saleiro (61m) e Fernando (73m)» in site F.C. do Porto.

Link: Academica 0-1 Porto


Primeiro golo do F.C. do Porto, num magnífico cabeceamento de rolando, o Central Goleador!

Link: Academica 0-2 Porto


Segundo Golo do F.C. do Porto que assim quebra o jejum de golos!

Link: Academica 0-3 Porto


Terceiro Golo do F.C. do Porto apontado pelo inevitável Mariano Gonzalez!

Andebol: F.C. do Porto 34 vs Sp. Horta 26 - F.C. do Porto inicia Quartos de Final dos Playoffs a vencer!

«Entrada prometedora nos playoffs do campeonato


O F.C. Porto Vitalis venceu, este sábado, o Sp. Horta, por 34-26, no primeiro jogo dos quartos-de-final dos playoffs da Liga de andebol. A partida, realizada no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim, tomou contornos decisivos nos últimos 15 minutos, com os Dragões a passarem em definitivo para a frente do marcador.
As duas equipas apresentaram-se quase sempre a um nível semelhante, o que resultou num forte equilíbrio no marcador, porém, a partir do minuto 45, o conjunto orientado por Carlos Resende assumiu claro protagonismo, superiorizando-se concludentemente ao adversário.
Eduardo Coelho e Tiago Rocha foram os principais obreiros do triunfo azul e branco. O lateral-esquerdo apontou 12 golos e o pivot oito.
Os restantes remates certeiros tiveram a assinatura de Jorge Ribeiro (3), Inácio Carmo (3), Sérgio Martins (2), Ricardo Moreira (2), Carlos Martingo (2), Filipe Mota (1) e Álvaro Rodrigues (1).
F.C. Porto e Sp. Horta voltam a medir forças já na próxima quarta-feira, desta feita nos Açores, às 21h00 locais (22h00 em Portugal Continental).
Em caso de vitória, os Dragões ficam automaticamente apurados para as meias-finais. Se não ganharem, discutem o acesso à fase seguinte num terceiro jogo, a disputar-se no domingo de 26 de Abril.» in http://www.fcporto.pt/Info/Modalidades/Andebol/Noticias/infoandebol_andfcpsphortacro_180409_43182.asp

18/04/09

Amarante - Comemoração da Brava Defesa de Amarante nas Invasões Francesas em Santa Luzia Amarante, no Solar de Magalhães!
















(Combate aceso entre as tropas do General Silveira e os Franceses, na recreação de Sábado à tarde, nas Casa dos Magalhães, em Santa Luzia Amarante!)


Amarante história - Há duzentos anos tombaram muitos Franceses, devido à brava defesa da Ponte de Amarante do General Silveira e seus comandados!


«Invasões Francesas: Manobra de diversão derrotou duas semanas de resistência pela ponte de Amarante
(17-04-2009)






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Carlos Teixeira, quadro da divisão cultural da Câmara de Amarante responsável pelo programa comemorativo da Defesa da Ponte, explica que a resistência dos portugueses durou duas semanas e provocou inúmeras baixas entre os franceses, embora estes nunca o tenham reconhecido


Lusa




Uma "manobra de diversão", criação de um facto artificial noutro local para desviar as atenções, permitiu aos franceses, há 200 anos, vencer a resistência das tropas portugueses que durante duas semanas impediram a conquista da ponte de Amarante.
O episódio histórico, que sábado à noite vai ser recriado na cidade, acrescido do denso nevoeiro gerado no leito do rio Tâmega, foram determinantes para as tropas do general Soult atravessarem a estreita ponte de Amarante na madrugada de 02 de Maio de 1809.
A travessia da cidade do Tâmega constituía, no desenrolar da II Invasão Francesa, um itinerário estratégico para a fuga a caminho de Trás-os-Montes, depois de os franceses se sentirem acossados pelos ingleses na zona do Grande Porto.
Carlos Teixeira, quadro da divisão cultural da Câmara de Amarante responsável pelo programa comemorativo da Defesa da Ponte, explica que a resistência dos portugueses durou duas semanas e provocou inúmeras baixas entre os franceses, embora estes nunca o tenham reconhecido.
Foi a perspicácia de um oficial de engenharia, conta Carlos Teixeira, cujo plano teve o aval directo do general Soult, que conseguiu derrotar os portugueses há dois séculos.
"Soult percebeu que precisava de destruir a defensiva da ponte e chamou um oficial de engenharia para encontrar um estratagema", refere Teixeira.
Esse "engenheiro" francês [Bouchard], ainda durante a noite, subiu à torre sineira do mosteiro de S. Gonçalo e com um monóculo conseguiu avistar as defesas portuguesas na outra margem e aperceber-se das guarnições instaladas na ponte, nomeadamente a existência de um fornilho [um grande barril de pólvora, com uma arma no interior e um cordel ligado ao gatilho] preso no terceiro arco, pronto a ser detonado à distância quando da passagem das tropas.
"A armadilha visava destruir o arco da ponte, a exemplo do que foi feito no Marco [de Canaveses], se os franceses tentassem atravessar", refere o também responsável pela programação cultural do museu municipal.
"Os franceses criaram manobras de diversão a jusante da ponte, no vale dos Morleiros, simulando uma tentativa de passagem para que a atenção e o fogo dos portugueses se concentrasse naquela zona”, recorda.
“Aproveitando o nevoeiro [corriam dias chuvosos e o nevoeiro à noite e madrugada era uma constante] e com as tropas de primeira linha já colocadas na Praça da República, os franceses colocaram três batedores [vestidos com sacos de pano tosco, vulgo serapilheira, os camuflados da época] a rastejar na ponte e a empurrar três barris de pólvora com a cabeça, que previamente foram enrolados em palha para não fazerem barulho na calçada", conta Carlos Teixeira, citando os relatos da época.
Com os portugueses distraídos e com o nevoeiro, os franceses conseguiram encostar os três barris à paliçada da margem esquerda e detonar os barris, uma explosão muito bem conseguida que permitiu não só cortar a barricada mas sobretudo cortar o fornilho, em que o barril com pólvora desprendeu-se do gatilho e do cabo que permitia accioná-lo.
Segundo Carlos Teixeira, a artilharia portuguesa nem teve tempo de reorientar as peças para a ponte porque logo de seguida a infantaria e a cavalaria de Napoleão mais avançada atravessaram a ponte e despedaçaram as tropas que tentaram opor-se. A debandada foi geral.
Os franceses consolidaram depois posições e afastaram os portugueses do monte do Calvário [uma pequena elevação sobranceira à cidade] para que não tivessem posição de tiro. A cidade estava tomada.
A conquista de Amarante pelos franceses, sugere Carlos Teixeira, advém da sua importância estratégica e militar na época.
"O general Soult, no Porto, ao ver aproximar tropas inglesas a Sul, na Feira, e as tropas avançadas já na zona de Gaia, percebeu que eles lhes iam cortar a progressão [em círculo] pela Régua, cortando o trajecto de fuga para Trás-os-Montes", refere.
Percebendo este movimento táctico das forças inglesas, acrescenta o técnico cultural da câmara de Amarante, Soult viu que era necessário assegurar um trajecto de saída o mais rápido possível e manda um corpo abrir a passagem rumo a Norte. Só restava a travessia de Amarante depois de um arco ter sido destruído na ponte de Marco de Canaveses.
O mês de Abril de 1809 foi extremamente chuvoso e o leito do rio Tâmega levava um caudal de cheia, não permitindo atravessamentos a pé ou a cavalo.
"Só a ponte permitia a passagem da cavalaria e de toda a estrutura militar, os canhões, etc. e sobretudo o saque, ou seja, as carroças com o saque", assegura.
A "batalha" de Amarante, que tinha cerca de oito a nove mil combatentes de cada lado da ponte, fez baixas em ambos os exércitos.
Os franceses estavam em fuga e a antiga vila de Amarante foi retomada dez dias depois pelo general Silveira - que terá comandado a resistência algures entre a ponte e o lugar de Padronelo - e que mais tarde foi declarado Conde de Amarante.
Contudo, são os mesmos relatos da época que proclamam "primeiros heróis" da defesa de Amarante os oficiais Bento de Sá, um exímio artilheiro, e Patrick, um tenente-coronel inglês ferido de morte durante combates corpo a corpo nos primeiros dias da tomada da cidade pelos franceses.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=1918

Xutos e Pontapés - "Sem Eira nem Beira" - Com um destinatário óbvio, o Engenheiro Sócrates!




Xutos e Pontapés - "Sem Eira nem Beira"


"Sem Eira Nem Beira
(Xutos & Pontapés)


Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem


Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir


Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor


Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...


(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer


É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir


Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou


Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...


(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder


Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão"




«SEM EIRA NEM BEIRA

Antigamente se dizia que as áreas calçadas ou de terra apisoada e dura, onde se batiam, secavam e limpavam cereais e legumes, eram as eiras, a mesma denominação dada aos terrenos onde a cana ficava depositada aguardando moagem nos engenhos de açúcar. Assim também eram chamados os depósitos de sal a céu aberto nas marinhas salineiras, ou o pátio anexo a algumas fábricas de tecido. Hoje em dia quase ninguém fala mais desse jeito, mas de qualquer forma entende-se que a palavra continue guardando consigo o sentido implícito de boa saúde financeira, uma vez que imóveis são imóveis, por menores que sejam, e não há quem não prefira tê-los sob os pés ao invés de guardar seu rico dinheirinho debaixo do colchão, onde sempre estará sujeito à ação inesperada e devastadora de alguns ratos humanos mais conhecidos como amigos do alheio..

Por outro lado, beira era também o nome que se dava ao que hoje é comumente conhecido como aba ou beiral do telhado, um pequeno prolongamento da cobertura da casa que nos tempos coloniais caracterizava as construções de famílias portuguesas abastadas, para enfeitá-las e protegê-las da chuva. Nas cidades históricas de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, São João Del Rei, Diamantina e Sabará, em Minas Gerais, Parati, no Rio de Janeiro, Salvador, na Bahia, São Luiz, no Maranhão, Olinda, em Pernambuco, e outras, além de algumas sedes antigas de fazenda que resistiram ao tempo e aos vândalos, ainda podem ser encontradas dessas beiras artisticamente trabalhadas, repletas de desenhos feitos caprichosamente por entalhadores desconhecidos, e expostas à apreciação dos que se mostrem dispostos a conferir com curiosidade e paciência como era o Brasil de antigamente.

Verifica-se, portanto, que a eira e a beira, sinais evidentes de riqueza e prosperidade, estavam associadas pela lógica popular às pessoas que possuíam condição financeira suficiente para enfeitar, embelezar ou mandar construir em suas posses tudo o que fosse de seu gosto ou conveniência. E como a turma da banda oposta não podia se dar a esse luxo, dizia-se simplesmente que em suas casas não havia nem eira, nem beira, convicção que foi sendo solidificada pelo correr do tempo até transformar a expressão “sem eira nem beira”, tão presente no cotidiano brasileiro, em uma espécie de slogan que identifica os que estão vivendo na miséria, sem recursos ou sem lugar onde viver.

Sobre o assunto, a escritora Luíza Galvão Lessa Karlberg, da Academia Acrena de Letras, assim se manifesta:

A expressão “sem eira nem beira” quer dizer pessoa sem nada, sem passado e sem futuro. Mas antigamente a eira designava aquele terreno de terra batida ou cimento, onde deixam os grãos ao ar livre. E beira era a beirada da eira. Assim, quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos ao deus-dará e o proprietário fica sem nada. Um dado curioso, a observar é que antigamente as casas das pessoas abastadas tinham no telhado dois tipos de acabamento, a beira ceveira (beira sobre beira = beiral) e a eira que era o acabamento decorado, feito na fachada, e a casa da plebe tinha apenas o telhado sem acabamento. Esse elemento arquitetônico acrescentou outro termo ao idioma - sem eira nem beira - que significa situação de miséria.

É comum, no Acre, ouvir alguém dizer: "como ele vai casar? o cara não tem eira nem beira”. Isso quer dizer que o indivíduo está sem dinheiro, desapercebido. No entanto, em épocas passadas, tratava-se, como se falou antes, de um detalhe no acabamento dos telhados, como ilustro com o desenho da casa que apresenta eira e beira.. Compreende-se, então, que as palavras nascem pela necessidade que tem o ser humano de dar nome às coisas. E, no caso do acabamento das casas, ele indicava o status do morador. Possuir a eira e a beira era sinal de riqueza e de cultura. Então, a eira e a beira davam status às pessoas» in http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=151895
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De facto Sr. Engenheiro Sócrates, graças a si, os Portugueses estão sem eira nem beira...

Roteiro da Arte Nova na Invicta, Mui Nobre e Leal, Cidade do Porto!

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«A ARTE NOVA NO PORTO


Descrição



Na transição do séc XIX e nas primeiras décadas de novecentos, o Porto é caracterizado por muitos espaços urbanos de requinte, elegância e aspecto cosmopolita.
Entre as numerosas construções são de destacar ilustres exemplos de Arte Nova nos edifícios comerciais, nos cafés e nas habitações.
Este roteiro pretende assim, dar a conhecer uma arte que articulou de forma brilhante diversos materiais como o ferro e o vidro, contribuindo significativamente para embelezamento da cidade.


Pontos de Interesse

 
Café MajesticLocal: Rua St Catarina, 112

Trata-se de um dos locais mais convidativos da cidade do Porto, não só pela ambiência histórica e cultural que o envolve, mas também, pela arquitectura de identidade Arte Nova.
Um alçado definido por um pórtico em mármore compõe a fachada principal do edifício onde as portas são um conjunto de envidraçados. O espaço interior é constituído por um salão de planta rectangular simples e relaciona-se para o jardim das traseiras por um grande envidraçado, constituído por portas de vaivém. Os elementos em madeira são marcados por linhas curvas e sinuosas. A decoração interior é claramente Arte Nova com bancos corridos, amplos espelhos lapidados, entre os quais se localizam apliques de duas lâmpadas. Tudo é decorado com materiais nobres como a madeira, o mármore, o cristal, o couro e os espelhos. As formas arredondadas, os medalhões, as figuras esculpidas, os marmoreados, são de motivos vegetalistas e simulacros de figuras humanas.

 
Casa VicentLocal: Rua de 31 de Janeiro

É um dos raros estabelecimentos de influência Arte Nova com utilização do ferro fundido dourado na fachada.
O seu contorno é constituído por uma sucessão de grandes peças curvas, vegetalistas ou em concha, rematando ao centro, na parte superior, numa concha encimada por um elemento vegetal.
Entre a concha e a bandeira da porta, mostra uma cartela com a legenda "VICENT".
O espaço interior mantém todo o mobiliário, vitrines, balcões e candeeiros onde o dourado é uma constante.


Edifício na R. Galeria de ParisLocal: Rua Galeria de Paris, nº 28

É constituído por três pisos sendo o rés-do-chão um estabelecimento comercial e os pisos superiores uma pensão.
Apresenta na fachada uma alternância de volumes que a tornam ligeiramente desproporcional. A fachada apresenta um grande janelão circular sobre o portal de vidro e ferro, e é rematada em cima por uma cornija e balaustrada em granito.
Tem particular interesse o tratamento e emolduramento dos vãos em granito.
O interior, com pés-direitos bastante altos, utiliza ainda alguns elementos estruturais em ferro.
De salientar ainda a influência do artista escultor belga Paul Hankar.
Imóveis na Rua do Passeio AlegreLocal: Rua do Passeio Alegre

Neste conjunto de imóveis importa realçar diferentes linhas de arquitectura que conferem a esta rua muita harmonia.
Assim, podemos observar vários estilos de expressão revivalista romântica e de Arte Nova.
De salientar as influências românticas transportadas pelos jardins que circundam os "chalets".
Na caracterização destes edifícios é notória a presença dos azulejos a revestir as fachadas, assim como as aberturas com molduras em granito.
São ainda visíveis alguns elementos de suporte das coberturas ou alpendres das varandas com peças da "arquitectura do ferro".

Ourivesaria CunhaLocal: Rua 31 de Janeiro, 200 e 202

Projecto atribuído a Francisco de Oliveira Ferreira com o contributo da Companhia Aliança na construção da frente (em ferro fundido).
A fachada principal orientada a norte, em frente à Rua 31 de Janeiro, apresenta uma "devanture" - ou frente em ferro fundido e lioz nacional - com aplicações em bronze dourado e latão polido. Nesta está incluída uma porta de acesso aos andares superiores do prédio, também emoldurada por elementos em lioz. A área da fachada correspondente à ourivesaria é formada por uma porta, com duas montras de recorte superior e inferior ondulado. Por cima da entrada da loja o entablamento é interrompido por ornamentos em espiral entre os quais se insere a escultura intitulada "Grupo de Amores", da autoria de José de Oliveira Ferreira.
O interior da ourivesaria tem dois salões separados por um arco abatido apoiado em duas colunas, sendo de realçar no primeiro salão as belas vitrines Arte Nova enceradas. No segundo salão, com uma escada em caracol de acesso à cave, encontra-se o mobiliário mais antigo pertencente à loja inicial (na Rua do Loureiro).» in http://www.e-cultura.pt/Itinerarios.aspx?ID=1

17/04/09

"Não tenhas Medo do Escuro" - Um Livro de Gabriel Magalhães que venceu o Prémio de Revelação APE/DGLB e que gosta e escreve sobre Amarante!

«Não Tenhas Medo do Escuro


A Difel apresenta o novo livro de Gabriel Magalhães, que ganhou o Prémio de Revelação APE/DGLB. 

“E foi com uma suavidade de borboletas que adormeceu, sussurrando para si mesma, baixinho: Não tenhas medo do escuro.” 

Um cadáver que desaparece; uma mulher que morreu – e que talvez não tenha morrido; um pintor louco; uma governanta que se dedica a afogar gatos pretos; um poeta que recita nas estações de serviço e um enigmático velho de barba branca; uma japoneira movendo-se de um lado para o outro. Eis alguns dos ingredientes narrativos de Não Tenhas Medo do Escuro, romance que obteve o Prémio de Revelação APE/DGLB.
Afectada por um cancro, uma professora procura um sentido para a sua vida. Vagueia por Lisboa, Porto e Amarante; entretanto, uma criatura de sombra persegue-a. Após a sua morte, o seu corpo desaparecerá. A chave para este enigma encontra-se nos poemas que analisou com os seus alunos e nas pessoas que conheceu nos seus últimos meses.
Não Tenhas Medo do Escuro é um romance de mistério, uma homenagem à poesia portuguesa e uma reflexão sobre o valor da vida e o poder da arte.
Gabriel Magalhães
Como muitos escritores portugueses, Gabriel Magalhães tem três vidas. Na primeira, é professor de Literatura na Universidade da Beira Interior, tendo também dado aulas em Espanha – país onde viveu muitos anos e onde fez o seu doutoramento. Na segunda, acorda de madrugada e escreve contos e romances – como quem tenta passar a limpo o amanhecer. A sua terceira vida é um quadro de Vermeer onde se vê uma mulher e uma filha – e a certeza da luz de Deus. Agora que publica o seu primeiro romance acaba de descobrir que, para além destas três, precisa ainda de mais quatro existências: sete vidas são precisas para sobreviver aos abismos de uma aventura literária. 

Colecção: Literatura Portuguesa
PVP: 18,00 €» in http://noticias.pt.msn.com/Prazeres_Lazeres/article.aspx?cp-documentid=16133955