A ponte terrestre de Bering, que ligou a Sibéria ao Alasca durante a Idade do Gelo, era, afinal, um pântano. A descoberta vem ajudar a explicar porque é que alguns animais atravessaram facilmente a ponte, enquanto outros não tiveram sucesso nessa migração.
Um estudo publicado recentemente na Advancing Earth and Space Science (AGU) revelou que, durante a Idade do Gelo, a conhecida ponte terrestre de Bering não era como se pensava.
A famosa ponte que ligava a Sibéria ao Alasca era, afinal, um ambiente pantanoso e não uma estepe árida, como descrito anteriormente.
Esta nova descoberta, que envolveu a extração de núcleos de sedimentos do fundo do Mar de Bering, pode explicar as diferenças na migração de diversas espécies animais – destaca a Live Science.
A ponte terrestre esteve emergida entre 36.000 e 11.000 anos atrás, e pensava-se que partilhava características com as estepes da Sibéria e do Alasca.
No entanto, a nova investigação liderada por Sarah Fowell da Universidade do Alasca em Fairbanks revelou um cenário diferente.
Os sedimentos, pólen, pequenos fósseis, ADN antigo e matéria orgânica analisados sugerem que a área era composta por múltiplos pequenos lagos e canais de rios, com vegetação que incluía árvores e
A grande conclusão desta descoberta apresentada esta terça-feira na reunião anual da União Geofísica Americana em Washington, D.C. é que a complexidade deste ambiente pantanoso teve impactos variados na migração animal, facilitando o deslocamento de algumas espécies enquanto obstruía o de outras.
Serão agora necessárias mais investigações para entender completamente como este ecossistema influenciou as migrações durante a existência da famosa ponte terrestre de Bering.
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