Fundado no século XII em Resende, pelos Cónegos da regra de Santo Agostinho, o interesse neste mosteiro não reside tanto na sua arquitetura – uma igreja de planta românica, com traços góticos, da qual resta a igreja principal com uma torre e a capela funerária dos Resende's, família nobre que batizou a terra –, nem no facto de ser provavelmente o local onde pela primeira vez foi representada numa imagem uma gaita de foles. Não, o interesse maior de Santa Maria de Cárquere está nas lendas que o rodeiam.
A mais famosa é, sem dúvida, a que se prende com a cura de Dom Afonso Henriques quando era criança. A primeira menção é encontrada numa crónica do século XV. Egas Moniz, pertencente à casa nobre de Ribadouro, uma das mais importantes bases de apoio do nosso futuro primeiro rei na luta pela independência, pede ao Conde Dom Henrique se pode ser o aio e educador do seu primeiro descendente, fosse ele homem ou mulher. O conde acede e, em 1109, nasce Afonso, Henriques de apelido. No entanto, conta a lenda que o pequeno infante viera ao mundo com as pernas mal formadas. Dona Teresa temia, assim, que este jovem jamais pudesse seguir a carreira do pai, tendo sido as suas esperanças militares traídas. Mas o seu aio, emocionado pela situação, rogou aos pais que o deixassem encarregar do tratamento de Afonso.
Chegara Afonso aos cinco anos e, reza o mito, Egas Moniz sonhara com Nossa Senhora, indicando uma igreja inacabada de sua invocação e que ali deveria levar a criança, colocá-la no altar. A cura estaria aí. Moniz obedeceu, deixando o jovem Afonso no altar. No entanto, adormeceu e, a meio da noite, uma vela cai no pano que envolve o infante, pegando fogo. Este levanta-se então e apaga o incêndio rapidamente, evitando males maiores. De pé, pernas fortes, direitas: Afonso estava curado.
Já deve ter adivinhado que a igreja é a deste mosteiro. Cárquere é historicamente uma localidade de forte implantação religiosa, com indícios que apontam para cultos pagãos a deuses da caça. É o local ideal para a lenda de um milagre. Esta história envolve grande debate e até teorias da conspiração que indicam a troca de Dom Afonso Henriques pelo filho mais velho de Egas Moniz… O Mosteiro de Cárquere, no entanto, lá está, de pedra e cal, numa das mais belas zonas do país, à sua espera.» in https://www.nationalgeographic.pt/viagens/mosteiros-visitar-neste-natal-portugal_4547
(Mosteiro de Santa Maria de Cárquere (legendado)
(Joaquim Pereira - Mosteiro de Cárquere)
(ConcentusPerTempora-Ensemble | Mosteiro de Cárquere | Tarde Palaciana)
Todos os anos, por esta altura, quando me pedem que escreva alguma coisa sobre o Natal, reajo de mau modo. «Outra vez, uma história de Natal! Que chatice!» — digo. As pessoas ficam muito chocadas quando eu falo assim. Acham que abuso dos direitos que me são conferidos. Os meus direitos são falar bem, assim como para outros não falar mal. Uma vez, em Paris, um chauffeur de táxi, desses que se fazem castiços e dizem palavrões para corresponder à fama que têm, aborreceu-me tanto que lhe respondi com palavrões. Ditos em francês, a mim não me impressionavam, mas ele levou muito a mal e ficou amuado. Como se eu pisasse um terreno que não era o meu e cometesse um abuso. Ele era malcriado mas eu - eu era injusta. Cada situação tem a sua justiça própria, e isto é duma complexidade que o código civil não alcança.
Mas dizia eu: «Outra vez o Natal, e toda essa boa vontade de encomenda!» Ponho-me a percorrer as imagens que são de praxe, anjos trombeteiros, pastores com capotes de burel e meninos pobres do tempo da Revolução Industrial inglesa. Pobres e explorados, mas, entretanto, não excluídos do trato social através dos seus conflitos próprios, como se pode observar nos livros de Dickens. Actualmente as crianças estão mais isoladas dum processo de libertação adequada à sua normalidade. Não há qualquer lógica entre o pensamento que elas sugerem e a ação que lhes é imposta. Mas isto são considerações de Natal? Confessem que preferem uma história, uma coisa leve, talvez um pouco insensata e graciosa. Pois bem, falemos de pastores.
Um amigo meu passou uns dias na serra da Estrela para se curar duma depressão, uma dessas doenças que são produzidas pela sociedade burocrática onde todos se destroem em boa paz. Cuidou ele que a solidão e a vida rude o haviam de transformar. Mas o sofrimento, que não é disciplina nem necessidade, torna-se em crítica mesquinha. Ele andava pelos montes, com ar de censura e escândalo, perguntando às pessoas como podiam viver sem ir ao teatro e sem comer costelas panadas. Alumiando-se com azeite e deitando-se ao sol-pôr para não o gastar. Sobressaltava-o muito aquela imobilidade da serra com os rebanhos que pareciam pedras e os pastores com o cão de pêlo assanhado. Sentava-se ao lado deles e travava conversa.
— Olhe lá: você nunca sai daqui? — perguntava. E o pastor respondia:
— Eu, não senhor.
— E então, não se aborrece?
— Eu, não senhor — tornava o homem.
— Mas não se aborrece mesmo, sempre sozinho, a ver só ovelhas, aqui no cimo da serra? — insistia o meu amigo.
Então o pastor, apertado naquele inquérito, fez um esforço para compreender a desordem que provocava no espírito do homem da cidade, e disse, apontando, com um ligeiro movimento do queixo, as ovelhas:
— Ah! Elas às vezes bolem...
Queria desculpar-se, se o conseguiu ou não, não sei. O meu amigo não andou muito tempo por lá. Deu um jeito a um tornozelo e tiveram que o levar de padiola até à localidade, onde arranjou melhor transporte para o hospital. Disse daquilo cobras e lagartos. Também é preciso ver que não era homem para grandes descobertas. Até acha que as descobertas foram um erro histórico. Mas que tem o Natal a ver com isto? – direis. Descubram.
«Os ferozes citas afinal faziam mesmo couro com pele humana
Os antigos citas, conhecidos pelo seu estilo de vida nómada e como terríveis guerreiros, são há muito tempo um objeto de fascínio histórico.
Pesquisas recentes lançaram luz sobre um aspeto particularmente macabro da misteriosa cultura cita: a utilização de pele humana para a produção de couro.
Esta prática foi documentada pela primeira vez pelo historiador grego Heródoto, que descreveu os citas como um povo que usava as peles dos seus inimigos para criar vários objetos, incluindo aljavas para as suas flechas.
Um novo estudo, liderado por Luise Ørsted Brandt, investigadora da Universidade de Copenhaga, analisou retalhos de couro provenientes de locais de sepultamento citas no sul da Ucrânia.
O estudo examinou 45 retalhos de couro de 14 locais de sepultamento, empregando técnicas avançadas de análise de proteínas para identificar as espécies do couro.
Os resultados da pesquisa, publicados a semana passada na revista PLOS One, revelaram que a maior parte do couro usado era derivada de animais domesticados.
“Os nossos resultados mostram que os citas usavam primariamente espécies domesticadas, como ovelhas, cabras, gado e cavalos para produzir couro, enquanto as peles tinham origem em animais selvagens, como raposas, esquilos e felinos”, explica Luise Ørsted Brandt, citada pelo Science Alert.
No entanto, o couro de duas amostras de aljavas tinha origem humana — uma descoberta que corrobora os relatos de Heródoto, que anteriormente eram vistos com ceticismo.
A descoberta das duas aljavas de couro com origem em pele humana sugere que os citas usavam qualquer tipo de material que estivesse disponível — incluindo “matéria humana”, provavelmente proveniente de inimigos derrotados.
Os citas, temíveis guerreiros nómadas originários da região que é atualmente o Irão, governaram a estepe Euroasiática entre 700 a.C. a 300 a.C., sendo conhecidos pela quase total ausência de estruturas permanentes, como edifícios de pedra ou povoações, o que torna o seu registo arqueológico escasso.
No entanto, os seus túmulos funerários forneceram informações valiosas sobre a sua cultura e práticas. Heródoto, que viveu durante o século V a.C., dedicou um livro inteiro a documentar os citas, incluindo as suas práticas de decapitar inimigos e usar os seus couros cabeludos como símbolos de status.
Além das suas famigeradas práticas violentas, os citas foram também instrumentais nas trocas culturais entre a Europa e a Ásia, contribuindo para a transferência de línguas, bens, tecnologia, ideologias — e diversas doenças.
Francisco Conceição e Mehdi Taremi assinaram os golos portistas na receção ao Leixões (2-1).
O FC Porto recebeu e bateu neste sábado o Leixões (2-1), no Estádio do Dragão, em jogo relativo à 3.ª e última jornada do Grupo D da Taça da Liga. Francisco Conceição (7m) e Mehdi Taremi (85m), de penálti, assinaram os golos dos azuis e brancos, que terminaram na segunda posição da tabela, com três pontos, menos três do que o Estoril.
Com nove alterações no onze em relação à equipa que iniciou o clássico com o Sporting, para o campeonato, o FC Porto entrou melhor e ganhou vantagem logo aos sete minutos num lance bem ao jeito de Francisco Conceição: descaído para o flanco direito, o extremo fletiu para o meio e rematou sem hipóteses para Stefanovic. Na resposta, o Leixões chegou ao empate por intermédio de Fabinho, que não perdoou no momento de bater o penálti resultante da falta de Marko Grujic sobre Paulité (14m).
Ainda antes de José Bessa apitar para o intervalo, Alhassan Wakaso viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho, deixando os matosinhenses em inferioridade numérica com toda uma segunda parte para jogar (41m). Mesmo com mais um homem em campo, os azuis e brancos sentiram dificuldades para contrariar a organização defensiva do Leixões, até que Sérgio Conceição foi ao banco buscar os obreiros do 2-1: Evanilson sofreu o penálti e Mehdi Taremi não vacilou na cobrança, estabelecendo o resultado final no Estádio do Dragão (85m).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231223-pt-a-vitoria-que-se-exigia-no-adeus-a-taca-da-liga
FC Porto venceu o Tondela (5-1), no Outeiro, na 17.ª jornada da série Norte do Nacional de Juniores B.
A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e venceu neste sábado o Tondela (5-1), no Campo do Outeiro, em jogo da 17.ª jornada da série Norte do Campeonato Nacional de Juniores B. Vasco Sousa (2m), João Pereira (33m), Tiago Silva (55m), Alassana Baldé (66m) e João Abreu (86m) assinaram os golos dos Dragões, que seguem na segunda posição da tabela, com 42 pontos, menos sete do que o SC Braga.
Os Sub-17 portistas, orientados por Ricardo Costa, alinharam com Martim Pereira, Pedro Davide (Ivandro Silva, 76m), Filipe Sousa, Martim Chelmik, Martim Cunha, Gonçalo Pinto (João Abreu, 62m), Tiago Silva, Mateus Mide (Leonardo Santos, 62m), André Miranda (Alassana Baldé, ao intervalo), Vasco Sousa (Yoan Pereira, 85m) e João Pereira.
Dragões venceram o Barroselas, por 8-0, na 16.ª jornada da Série A do campeonato.
A equipa de Sub-15 do FC Porto venceu neste sábado em casa do Barroselas, por 8-0, em jogo da 16.ª jornada da Série A do Campeonato Nacional de Juniores C, com golos de Eduardo Martins (13m), João Tavares (27m e 75m), Martim Gonçalves (30m), Gustavo Guerra (47m e 50m), João Miranda (57m) e Sérgio Ribeiro (61m). Os Dragões são líderes isolados com 45 pontos, mais sete do que o SC Braga.
Os Sub-15 portistas, orientados por José Violante, alinharam com Martim Salgueiral, João Peixoto (Vasco Dinis, 48m), Rodrigo Morais, Daniel Gonçalves, Martim Gonçalves, António Neto, João Fernandes (João Brito, 60m), Eduardo Martins (João Felisberto, 53m), João Miranda (Sérgio Ribeiro, 60m), Gustavo Guerra (Gonçalo Pinto, 53m) e João Tavares.
FC Porto venceu na receção ao Lusitânia (86-73) e capitalizou a derrota do Sporting em Albufeira.
O FC Porto recebeu e bateu nesta sexta-feira o Lusitânia (86-73), no Dragão Arena, em jogo referente à 11.ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol, regressando assim às vitórias na prova. Com este resultado, os azuis e brancos passam a somar 19 pontos, menos um do que o líder Sporting, que tem mais um encontro disputado.
O Lusitânia entrou com a eficácia no máximo e surpreendeu o Dragão Arena durante largos minutos, tendo inclusive vencido o primeiro período (23-18), mas o FC Porto reagiu no caminho para o intervalo e recolheu aos balneários em vantagem (45-40). A etapa complementar acentuou a diferença entre as duas equipas e confirmou o regresso dos azuis e brancos aos triunfos, no qual se destacaram Cleveland Melvin (30 pontos e 7 ressaltos), Anthony Barber (19 pontos e 7 assistências) e Charlon Kloof (18 pontos e 7 assistências).
“Este Lusitânia não é o mesmo de há duas semanas, está mais forte e sabíamos que vinha cá para tentar vencer. Tínhamos de estar concentrados desde o início, mas entrámos de forma demasiado relaxada. Fomos corrigindo as coisas com o desenrolar do jogo e só podemos estar satisfeitos por esta vitória, que era o mais importante. Estes jogos não se podem perder. Estamos bem na classificação e estamos otimistas. Aproveito para desejar um Feliz Natal e um próspero ano novo a todos os portistas”, afirmou o treinador Fernando Sá após a partida.
O FC Porto volta a entrar em campo no dia 5 de janeiro (sexta-feira), às 19h00 (FC Porto TV/Porto Canal), no Dragão Arena, frente ao CD Póvoa, em jogo a contar para a 12.ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol.
FICHA DE JOGO
FC PORTO-LUSITÂNIA, 86-73
Liga Portuguesa de Basquetebol, 11.ª jornada
22 de dezembro de 2023
Dragão Arena
Árbitros: Paulo Marques, Hugo Silva e António Pereira
FC PORTO: Anthony Barber (19), Charlon Kloof (18), Aaron Harrison (6), Cleveland Melvin (30) e Keven Gomes
Suplentes: João Guerreiro, Miguel Queiroz (6), Apolo Caetano, Tanner Omlid (2), Luís Silva e Nuno Sá (5)
Treinador: Fernando Sá
LUSITÂNIA: Hugo Ferreira (13), Rashad Perkins (16), Lual Rahama (21), Malik Bowman (2) e Tydus Verhoeven (5)
Suplentes: Keon Clergeot (10), Miguel Romão, Guilherme Rocha, Fernando Ferreira (6), Jaime Monjardino e Paulo Carreiro
Natação portista subiu ao pódio no feminino e ficou em quarto no masculino.
Disputou-se em Felgueiras o Campeonato Nacional de Clubes da 1.ª Divisão, no qual a natação do FC Porto alcançou um terceiro lugar no feminino e um quarto lugar no masculino.
A prova disputou-se em piscina de 25 metros e contou com a presença de 16 clubes em cada género. Mesmo sendo uma prova coletiva, Kevins Apseniece (200 metros mariposa) e Leonardo Schilling (50 metros mariposa e 50 metros livres) justificam destaque pelas respetivas vitórias a nível individual.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231222-pt-resultados-positivos-no-nacional-de-clubes
FC Porto bateu a equipa da casa por 2-0 na 18.ª jornada do Nacional de Juniores A.
A equipa de Sub-19 do FC Porto venceu nesta sexta-feira em casa do Vitória de Guimarães, por 2-0, em jogo da 18.ª jornada da Zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A. João Teixeira (17m) e Alfa Baldé (51m) fizeram os golos dos Dragões, que são líderes isolados com 46 pontos, mais 10 do que o SC Braga.
Os Sub-19 portistas, orientados por Nuno Capucho, alinharam com Gonçalo Silva, Dinis Rodrigues, Erik Nascimento, Luís Gomes, Bernardo Ferreira, Mamadu Queta, João Teixeira (Vasco Santos, 61m), Gil Martins (Manuel Miranda, 78m), Alfa Baldé (Cardoso Varela, 61m), Tiago Andrade (Tiago Sousa, 78m) e Afonso Leite (João Pedra, 73m).
«GALENO NO MELHOR ONZE DA FASE DE GRUPOS DA LIGA DOS CAMPEÕES
21 DE DEZEMBRO DE 2023 17:28
O avançado brasileiro foi eleito o Jogador da Semana por duas vezes em seis jornadas.
Galeno integra o melhor onze da fase de grupos da Liga dos Campeões. O avançado brasileiro do FC Porto protagonizou uma excelente campanha individual e foi eleito o Jogador da Semana em duas jornadas, na 1.ª e na 6.ª. Em cinco jogos, o número 13 portista marcou quatro golos e fez três assistências.
Eis o melhor onze da fase de grupos da Liga dos Campeões: Gregor Kobel (Borussia Dortmund); João Cancelo (Barcelona), Mats Hummels (Borussia Dortmund) e Aihen Muñoz (Real Sociedad); Bukayo Saka (Arsenal), Phil Foden (Manchester City), Jude Bellingham (Real Madrid), Brais Méndez (Real Sociedad) e Galeno (FC Porto); Harry Kane (Bayern de Munique) e Gabriel Jesus (Arsenal).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231221-pt-galeno-no-melhor-onze-da-fase-de-grupos-da-liga-dos-campeoes
(Resumo | Shakhtar 1-3 FC Porto | Champions League 23/2)
FC Porto superou o Avanca (33-24), no Dragão Arena, na 16.ª jornada do campeonato.
O FC Porto recebeu e bateu nesta quinta-feira o Avanca (33-24), no Dragão Arena, em jogo relativo à 16.ª jornada do Andebol. Após este resultado, os azuis e brancos passam a somar 45 pontos, tantos quanto o líder Sporting, que tem menos um encontro disputado.
Os minutos iniciais até criaram alguma expetativa no Dragão Arena, mas assim que o coletivo portista acertou a pontaria, a vitória construiu-se com naturalidade, até porque a vantagem era já de seis golos ao intervalo. A etapa complementar jogou-se em ritmo de cruzeiro e confirmou mais um triunfo portista na principal competição nacional. Antonio Martínez viveu uma noite particularmente inspirada e chegou aos 10 golos, cotando-se como o melhor marcador do jogo.
“Sabe sempre bem ganhar e ver que a equipa teve a responsabilidade de assumir a diferença perante um adversário que não luta pelos mesmos objetivos que nós. Temos de sair daqui satisfeitos por esta vitória. Durante esta paragem até fevereiro vamos manter uma parte considerável dos atletas e vamos aproveitar para recuperar uma ou outra lesão e para prepararmos o que aí vem, de forma a fazermos mais e melhor. Desejo um Feliz Natal a todos e uma excelente entrada em 2024. Que seja um ano cheio de felicidade, alegria e saúde”, afirmou Carlos Resende após o encontro.
O FC Porto volta a entrar em campo no dia 3 de fevereiro de 2024 (sábado), em horário a definir, frente ao Boa Hora ou ao Tavira, em jogo dos 16 avos de final da Taça de Portugal.
FICHA DE JOGO
FC PORTO-AVANCA, 33-24
Andebol 1, 16.ª jornada
21 de dezembro de 2023
Dragão Arena
Árbitros: Rita Machado e Soraia Feitais
FC PORTO: Nikola Mitrevski e Diogo Rêma (g.r.); Pedro Valdés (4), André Sousa (2), Jakob Mikkelsen (1), David Fernández (1), Diogo Oliveira (2), Rui Silva (1), Daymaro Salina, Ignacio Plaza (1), Mamadou Diocou (3), Diogo Branquinho (5), Antonio Martínez (10), António Areia (1), Nikolaj Læsø (1) e Pedro Oliveira (1)
Treinador: Carlos Resende
AVANCA: Bruno Lima e Gonçalo Oliveira (g.r.); Ciprian Popovici (1), André Pinho, Rúben Santos (4), Lourenço Santos (1), Edmilson Ribeiro (3), Rodrigo Campos, Gonçalo Silva (3), Hugo Costa (1), Fábio Silva (3), Diogo Coelho, Felippe Teixeira (1), André Lima (2), Xavier Barbosa (5) e Eduardo Oliveira
«Solstício de inverno marca a chegada da estação mais fria do ano
Com a chegada do solstício de inverno iniciamos oficialmente a estação mais fria do ano: datas e celebrações pelo mundo.
O solstício de inverno marca oficialmente a chegada da estação mais fria do ano: depois do outono, preparamo-nos para um período onde a temperatura baixa, podendo até chegar a nevar em alguns sítios. Mas quais são as características deste fenómeno astronómico, quando ocorrerá em 2023 e, sobretudo, como é celebrado em todo o mundo? Celebrado desde a Antiguidade, o solstício de inverno ocorre uma vez por ano, entre 21 e 22 de dezembro.
Este acontecimento astronómico não só marca o início do inverno, como também traz uma condição singular: é o dia mais curto do ano. Precisamente devido à posição da Terra em relação ao Sol, as horas de escuridão excedem largamente as horas de luz. Além disso, como muitas pessoas sabem, os solstícios são invertidos consoante o hemisfério em que se encontra: enquanto o hemisfério norte celebra o solstício de inverno, o hemisfério sul celebra o início do verão. Deixamos em seguida todas as informações úteis sobre este fenómeno fascinante.
O que é o solstício de inverno e quando é que cai em 2023?
Em termos astronómicos, o termo solstício de inverno refere-se ao momento em que o Sol, no seu movimento aparente ao longo da elítica, atinge o seu ponto de declinação mínima. Isto resulta numa condição singular: a do dia mais curto do ano, em que as horas de escuridão excedem as de iluminação solar.
No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre 21 e 22 de dezembro, ao passo que o solstício de verão no hemisfério sul ocorre no mesmo dia. Embora se trate de um fenómeno anual, existe uma explicação científica para a ausência de uma data fixa. No seu movimento de rotação em torno do Sol, a Terra não demora exatamente 365 dias, mas sim 365 dias e 6 horas. Com a adoção do calendário gregoriano em 1582, foi então decidido prever um ano bissexto de quatro em quatro: ao acrescentar um dia extra em fevereiro, as 24 horas extra acumuladas nos quatro anos anteriores são compensadas. Esta mesma razão explica o fato de o solstício de inverno não coincidir sempre com o mesmo dia.
Em 2023, o solstício de inverno está previsto para o dia 22 de dezembro, às 3h27 UTC (tempo universal coordenado).
Não é Santa Lúcia o dia mais curto do ano?
Embora, em termos astronómicos, seja o solstício de inverno que representa o dia mais curto do ano, na tradição popular este acontecimento está associado a Santa Lúcia, a 13 de dezembro. Porquê?
A primeira razão é cultural: dada a cegueira de Santa Luzia e o seu papel de protetora da visão e da luz, a sua figura tem sido associada ao dia mais curto do ano desde a antiguidade.
A segunda razão está relacionada com o já referido calendário gregoriano. Antes da sua introdução, devido à diferente forma de contar os dias do ano, o solstício de inverno ocorria por volta do dia 13 de dezembro.
Mitos e lendas do solstício de inverno
Como foi referido no início, o solstício de inverno é celebrado desde a Antiguidade: as primeiras civilizações humanas, nomeadamente as pré-colombianas, tinham, de fato, desenvolvido capacidades bastante avançadas de observação dos astros. Assim, este fenómeno astronómico tornou-se simultaneamente um momento de festa e de recolhimento, uma vez que simbolizava a eterna luta entre a luz e as trevas, bem como o início de uma estação particularmente rigorosa e sem colheitas.
O solstício nas civilizações pré-colombianas
As primeiras civilizações preparadas para celebrar o solstício de inverno foram os Incas, como o comprovam várias construções que sobreviveram até aos nossos dias. Em Machu Picchu, por exemplo, ainda hoje existe o Torreão, uma pedra talhada precisamente para observações astronómicas, onde também se regista o solstício. Em Cusco, por outro lado, é possível observar os Mojones: torres que permitiam à população local calcular quando ocorriam os solstícios e equinócios.
Para os povos incas, o solstício representava a vitória da luz sobre as trevas: após o dia mais curto do ano, os dias começavam a alongar-se progressivamente até à primavera seguinte. Por conseguinte, eram organizadas celebrações públicas, com ofertas de flores e alimentos às divindades.
O solstício na Roma Antiga
Correspondendo ao solstício de inverno, a Roma Antiga celebrava as chamadas Saturnais: intensas celebrações dedicadas a Saturno. De 17 a 23 de dezembro, sensivelmente. eram organizados grandes banquetes, ricos em iguarias, onde não faltavam mesmo grandes quantidades de vinho.
Em particular, as saturnais eram também uma ocasião para oferecer presentes ao próximo e, sobretudo, para eliminar as dívidas das classes mais pobres e reduzir as penas por crimes menores.
De Stonehenge ao Norte da Europa: o solstício dos povos celtas
Quando se fala de solstícios e equinócios, não nos podemos esquecer de Stonehenge: o sítio arqueológico britânico, com mais de 5000 anos, era de fato um ponto de observação privilegiado para este fenómeno astrológico. A disposição dos monólitos garantia um alinhamento perfeito dos raios solares, proporcionando assim um espetáculo único.
Foram, no entanto, os povos celtas e nórdicos que fizeram do solstício de inverno um dos fenómenos mais sentidos. Para estas civilizações, a chegada do inverno causava uma certa preocupação: as temperaturas extremamente baixas do Norte da Europa tornavam a vida difícil, bem como a dificuldade de aquecer as casas e de aproveitar os dons da terra. Assim, as celebrações assumiam um caráter escaramuçador, uma espécie de desafio contra o frio e a escuridão. Por exemplo, grandes pilhas de lenha eram incendiadas, com fogueiras que chegavam a ter dezenas de metros de altura, para sublinhar sempre a vitória da luz sobre as trevas.
Como é celebrado o solstício de inverno em todo o mundo
Ainda hoje, a chegada da estação mais fria do ano é celebrada com festas únicas em todo o mundo. E embora já não existam medos particulares relacionados com o frio ou a escuridão, estes rituais estão fortemente enraizados na cultura popular, em tradições que remontam a milhares de anos. Mas como é que o solstício de inverno é celebrado em todo o mundo?
O encontro fixo em Stonehenge
O já referido Stonehenge continua a ser um destino para os entusiastas e curiosos, por ocasião dos solstícios e equinócios. Dezenas de pessoas chegam ao sítio arqueológico, património da UNESCO, ao amanhecer, para observar o reflexo dos raios solares na superfície dos grandes monólitos de pedra presentes.
No entanto, o acesso é muitas vezes regulamentado e limitado, pelo que é necessário organizar-se com antecedência se quiser viver esta experiência. Recentemente foram introduzidas mais restrições devido à recente pandemia de Covid.
Espiritualidade e bem-estar no Japão
O solstício de inverno é uma data imperdível no Japão, onde se chama Toji. O fenómeno astronómico está, de fato, ligado à saúde, ao equilíbrio e ao cuidado de si próprio, dada a chegada de dias progressivamente mais longos.
Entre as várias tradições, destaca-se, em primeiro lugar, o costume de tomar banho com yuzu, o citrino de inverno. Estes frutos são, de facto, ricos em propriedades curativas para a pele e, além disso, se consumidos, podem ajudar a combater as doenças sazonais. Além disso, consome-se kabocha, uma abóbora de inverno que dá muita energia ao corpo.
Abundância e prosperidade na China
Na China, o solstício de inverno é celebrado há vários milénios como um momento de reunião e de partilha, para consumir em conjunto as colheitas do último outono e esperar que a estação fria não seja demasiado rigorosa.
A festa de Dongzhi é única. Celebrada de 21 a 23 de dezembro, envolve todas as famílias locais na celebração da chegada de dias mais longos. Espectáculos de fogo de artifício, festividades de rua e banquetes tradicionais completam esta festa, que atrai muitos entusiastas de todos os cantos do país.
A festa de Yule na Escandinávia
Em muitos locais dos países escandinavos, a festa de Yule, o "festival do solstício de inverno", ainda hoje é celebrada. As tradições celtas são retomadas, invocando o deus Thor, para lhe agradecer o regresso de dias progressivamente mais longos.
Algumas famílias acendem um grande tronco de madeira, cujos restos alimentam as fogueiras domésticas durante muitos meses, praticamente até à chegada da primavera. As cinzas, por outro lado, são utilizadas para fertilizar os campos e esperar uma colheita particularmente abundante.
Yalda no Irão, celebração do renascimento
No Irão, o solstício de inverno é também particularmente sentido, de tal modo que a festa de Yalda é celebrada em quase todo o lado a 21 de dezembro. Também chamada "noite do renascimento", nesta ocasião os amigos e os familiares reúnem-se para comer ricos banquetes e passar tempo de qualidade em conjunto.
Tal como noutros locais, o regresso dos dias mais longos é celebrado durante estas festas, também com cânticos e momentos de recolhimento espiritual, como desejo de prosperidade e saúde para os próximos meses.
Um labirinto de luzes no Canadá
Finalmente, há já algum tempo que o Canadá celebra um acontecimento singular por ocasião do solstício de inverno. Com o Festival das Lanternas do Solstício, alguns locais da cidade de Vancouver são transformados em verdadeiros labirintos de luz.
Os caminhos são feitos com velas e os presentes são convidados a entrar no labirinto, a deixar lá dentro os seus pensamentos mais sombrios, encontrando assim o caminho para a felicidade. Atualmente, as celebrações estendem-se por várias semanas, desde o final de novembro até praticamente ao Natal, e existem inúmeros eventos paralelos associados ao festival.» in https://www.idealista.pt/news/ferias/turismo/2023/12/20/60765-solsticio-de-inverno-o-que-e-e-onde-e-celebrado
No concelho de Amarante, um edifício parece um castelo e, afinal, servia para adoração e silêncio religiosos. O mosteiro de Travanca confunde inicialmente, com a sua característica torre de traços góticos mesmo colada à igreja. Aliás, confunde duplamente, porque nem sequer combina com o restante traço românico de todo o complexo. A torre foi construída no século XVI, embora com um propósito puramente simbólico, mas a igreja, com dedicação ao Divino Salvador, da qual resta a maior parte da planta original, data do século XI, com alguns acrescentos a prolongarem-se até ao século XIII.
É uma construção que impressiona pela sua dimensão, o que dá uma ideia da implantação e poder das ordens religiosas na zona do Sousa durante a Idade Média. Neste caso, da Ordem Beneditina. Construído sob o beneplácito da linhagem dos Gascos, à qual pertenceu Egas Moniz, famoso aio de Dom Afonso Henriques, era em tempos medievais um dos principais mosteiros masculinos da zona Entre-Douro-e-Minho.(Fotografia de Manuel V. Botelho)» in https://www.nationalgeographic.pt/viagens/mosteiros-visitar-neste-natal-portugal_4547
«Parem de plantar árvores (diz o ecologista que inspirou o mundo a plantar um bilião delas)
O ecologista que inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas, apelou aos ministros do ambiente presentes na COP28, no Dubai, que reduzam o plantio excessivo de árvores.
Na sua intervenção na COP28, Thomas Crowther salientou que as grandes plantações de árvores exageram frequentemente as suas capacidades de redução de carbono, prejudicam a biodiversidade e são usadas para compensar emissões sem cortes reais nas mesmas.
Um estudo conduzido por Crowther em 2019, na ETH Zurique, sugeriu que a Terra deveria ter mais 1,2 biliões de árvores — que iriam absorver emissões significativas de carbono.
O estudo inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas e desencadeou iniciativas de plantação de árvores em todo o mundo.
No entanto, estas iniciativas foram muitas vezes usadas por empresas e líderes mundiais como a Shell e Donald Trump para fazer greenwashing — políticas enganosas de relações públicas que promovem iniciativas falsamente amigas do ambiente, evitando assim reais reduções das emissões de carbono.
Na altura, Crowther enfrentou críticas de cientistas que argumentaram que o seu estudo sobrestimava a quantidade de solo necessário para a restauração das florestas e o potencial de absorção de carbono.
Em resposta a estas críticas, o ecologista alterou agora a sua posição, sublinhando que preservar as florestas existentes poderá ter um impacto maior do que plantar novas.
No seu artigo mais recente, que apresentou na COP28, o ecologista tenta contrariar o efeito de greenwashing que o seu trabalho anterior inadvertidamente apoiou, defendendo um investimento responsável na natureza, com ênfase no apoio às comunidades indígenas e na gestão sustentável da terra.
O estudo mais recente de Crowther, publicado em novembro na Nature e coautorado por mais de 200 cientistas, foca-se nos benefícios de preservar as florestas intactas e permitir que as existentes amadureçam, absorvendo assim quantidades substanciais de carbono.
Os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, anunciaram durante a cimeira planos para plantar 100 milhões de árvores até 2030, ao mesmo tempo que o país aumenta a produção de petróleo — um acto claro de greenwashing, diz Kate Dooley, investigadora da Universidade de Melbourne, citada pela Wired.
A COP28 trouxe progressos (discutíveis) no reconhecimento da importância de reverter a perda de florestas e no aumento do apoio a tais iniciativas.
Contudo, o desafio do greenwashing persiste, como é exemplificado pelas ações contraditórias da Noruega, que financia a conservação da Amazónia e ao mesmo tempo aprova novos projetos de exploração dos seus enormes depósitos de petróleo e gás.