30/11/18

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Moussa Marega e Yacine Brahimi estão nomeados para o prémio de Jogador Africano do Ano, atribuído pela Confederação Africana de Futebol (CAF).



«JOGADOR AFRICANO NO ANO: MAREGA E BRAHIMI NOMEADOS
30 DE NOVEMBRO DE 2018 12:06

Vencedor será conhecido a 8 de janeiro de 2019 no Senegal.

Moussa Marega e Yacine Brahimi estão nomeados para o prémio de Jogador Africano do Ano, atribuído pela Confederação Africana de Futebol (CAF). O internacional maliano e o internacional argelino fazem parte de uma lista de 34 jogadores que se destacaram ao longo de 2018.

A gala de atribuição dos prémios, organizada pela CAF, será realizada a 8 de janeiro de 2019 em Dakar, Senegal.

O nome do Jogador Africano do Ano será conhecido nesse dia, após votação de membros do Comité técnico e de desenvolvimento da CAF, jornalistas, antigos jogadores e treinadores das equipas presentes nos quartos de final da Liga dos Campeões da CAF e da Taça das Confederações da CAF e por treinadores e capitães das seleções nacionais das 54 federações de futebol do continente africano.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181130-pt-jogador-africano-no-ano-marega-e-brahimi-nomeados


(Passe tremendo de Brahimi e Marega a fazer o segundo do FC Porto)

Desporto Futebol - O último malandro do futebol brasileiro romântico fez de tudo ao longo de 26 anos para não entrar em campo e acabou por ficar na história como o maior '171' do futebol brasileiro.

   
A carteira de futebolista profissional de Carlos Kaiser da época 1987/1988 ao serviço dos franceses do Ajaccio
 

«AS EXTRAORDINÁRIAS BALADAS DE CARLOS KAISER, O CRAQUE QUE 'FINTOU AS QUATRO LINHAS' PORQUE NÃO GOSTAVA DE JOGAR FUTEBOL

Carlos Kaiser construiu uma carreira profissional de futebolista sem realizar um único jogo no Brasil. Passou pelo estrangeiro e conheceu alguns dos maiores jogadores da sua geração, mas o seu jogo era outro.

O último malandro do futebol brasileiro romântico fez de tudo ao longo de 26 anos para não entrar em campo e acabou por ficar na história como o maior '171' do futebol brasileiro. Carlos Kaiser é atualmente personal coach especialista em fisioculturismo e ao SAPO Desporto conta-nos a sua história digna de uma tragicomédia grega.

Treinava, chegava a horas, mas nunca jogava. Aliás, quando tinha de jogar o seu verdadeiro talento vinha ao de cima mas para 'fintar as quatro linhas'. Fingiu lesões numa época em que não havia possibilidade de realizar exames de ressonância magnética e há até histórias de um amigo dentista que lhe passava atestados para contornar o campo.

A história de Carlos Kaiser no futebol brasileiro é tão incrível e improvável que levou à produção de um filme onde é contado o percurso de um jogador que não gostava de jogar futebol, mas que fez carreira profissional e representou os principais clubes do Rio de Janeiro.

"A minha maior riqueza é todos os jogadores que falam no filme e que não tiveram oportunidade de falar e são muitos, são todos jogadores de Seleção. Tudo jogadores famosos. 70 entrevistas com todo o mundo falando bem de mim. Se eu prejudiquei alguém, foi apenas a mim próprio. Não aos outros, pelo contrário, aos outros eu só ajudava", diz Carlos Kaiser sobre os muitos depoimentos de verdadeiros craques do futebol brasileiro como Renato Gaúcho, Romário ou Bebeto.

"Eles queriam-me convencer do contrário, que eu era jogador de futebol. Eu não deixava que eles se envolvessem com bebidas, com drogas. Quando eles estavam bêbados era eu que dirigia o carro. Tentava evitar que eles se envolvessem com pessoas obscuras, esse tipo de coisas. Eu sou um ídolo dos jogadores. Até os dirigentes também gostavam de mim, a imprensa também até porque essa história só veio à tona agora. Parei de jogar futebol aos 41 anos. Estou com 55 anos", acrescenta Ricardo Henrique Raposo, mais conhecido por 'Kaiser', uma alcunha que ganhou quando ainda era muito jovem.

Minha mãe me batia, não tinha como dizer que não queria jogar futebol

Kaiser começou no futebol como muitos meninos no Brasil. Numa habitual 'peladinha' de rua passou um dirigente do Botafogo e identificou um menino de 10 anos para as camadas jovens do clube carioca. Mas ao contrário da maioria dos rapazes da sua idade, Carlos Henrique Raposo queria estudar e ser professor de educação física.

"Eu comecei no Botafogo com 10 anos. Eu não fui adoptado, eu fui roubado. Antigamente havia a lei do passe aqui no Brasil. Essa senhora minha mãe vendeu o passe para um empresário que colocou uma multa rescisória muito alta e eu era obrigado a ir de clube para clube mesmo sem querer. E foi assim que tudo começou com o meu primeiro contrato. Se eu tinha o sonho de futebolista? Eu queria era estudar, acho que tal como os jogadores da NBA você pode praticar desporto e adquirir cultura. Acho que uma coisa não impede a outra. Só que a minha mãe só queria que eu jogasse futebol porque com 10 anos eu já ganhava dinheiro para sustentar a minha família toda. Minha mãe me batia, não tinha como dizer que não queria jogar futebol mas obrigaram-me a jogar. Foi um dom que Deus me deu que eu não queria ter", confessa Carlos Kaiser.

Seis anos depois de começar as dar os primeiros passos de futebolista no Botafogo, Carlos Kaiser rumou ao Flamengo onde esteve apenas um mês como juvenil para depois rumar ao Puebla do México com apenas 16 anos.

Pouco tempo depois de ingressar no Botafogo, Kaiser, assim apelidado devido a semelhanças físicas com Franz Beckenbauer, antigo campeão do mundo alemão de 1974, sai rumo ao Flamengo. Durante um treino na Gávea, observadores do clube mexicano Pueblo identificam talento em Kaiser e contratam-no com 16 anos. No seu primeiro clube estrangeiro não faz um único jogo em dois anos mas regressa ao Brasil para o Botafogo em 1981 já com a carteira de profissional. E foi assim que começou a vida de saltimbanco por vários clubes do Rio de Janeiro ao longo de duas décadas sem fazer um único jogo, provavelmente um recorde único no futebol mundial.

"Simulava contusões forçava expulsões. Eu durante a semana treinava muito. Era o primeiro a chegar, o último a sair, eu não criava problema nenhum. Agora no dia do jogo alguma coisa ia acontecer", Carlos Kaiser

"Eu não quero jogar, eu não quero jogar. Eles insistiam que eu tinha de jogar. Teve uma vez que o América do Rio de Janeiro ficou três vezes sem pagar o salário. A Water Proof, uma marca de relógios que já não existe, eu conhecia o dono Rogério. Eu falei, ‘Rogério, o time usa todo o equipamento que você vende, fala de você e você paga os salários em atraso, e aí o cara foi e pagou os salários em atraso. Então você acha que algum jogador ia deixar eu ir embora? Treinei de salário atrasado e eu resolvi tudo", afirma Carlos Kaizer sobre uma das muitas situações em que recorreu aos seus contactos para ajudar os companheiros de equipa.

Em 1983 Carlos Kaiser conhece Renato Gaúcho numa boate num episódio caricato e tornam-se amigos inseparáveis nas noites de Carnaval no Rio de Janeiro. Numa festa dedicada ao craque do Flamengo, Carlos Kaiser acaba por ser confundido com Renato Gaúcho e entra na festa como anfitrião. Quando o jogador do Flamengo chegou à porta da boite foi travado pelo porteiro o que gerou alguma confusão. E é nos circuitos de boites do Rio de Janeiro que Carlos Kaiser estabelece laços de amizade com jogadores famosos e jornalistas desportivos e que constrói uma rede de contactos que lhe permite criar uma espécie de imagem de avançado centro goleador com passagens por clubes como Independiente e Ajaccio.

Durante anos, Carlos Kaiser alegava ter pertencido ao plantel do Independiente que vencera o Mundial de Clubes e a Copa Libertadores em 1984. No entanto, o único Carlos Henrique que jogava nessa equipa era argentino e não brasileiro.

Já no Ajaccio a história é outra. Carlos Kaizer representou o clube da terceira divisão francesa e antes de rumar a França esteve perto de jogar no Louletano, mas devido a alegados problemas do clube algarvio o jogador brasileiro acabou por rumar à Córsega onde teve de colocar em prática toda o seu instinto de sobrevivência.

Logo na apresentação, Kaiser apercebeu-se que estava previsto um treino no relvado porque havia bolas por todo o lado e num acto de improviso, o 'reforço' brasileiro começou a rematar as bolas para as bancadas cheias de adeptos e a beijar o emblema da camisola.

"Quando tinha de ir a festas, recepções, entregar a camisola do time era eu que era sempre solicitado. Relações públicas da altura. Nós éramos patrocinados pelo Hipermarchet Corseg, o maior supermercado da altura na França. Quem tirava fotos e tudo era eu. Não eram os outros jogadores. Já que eu estava lá [no futebol] e tinha contrato, alguma coisa eu tinha de fazer", disse Carlos Kaiser.

Com fama de goleador conquistada em França, Kaiser regressa ao futebol brasileiro para jogar no Bangu numa altura em que Castor de Andrade era presidente do emblema carioca e um dos homens mais temidos no Brasil devido às suas alegadas ligações ao jogo ilegal.

Depois de aplicar o seu esquema no Bangu, os meses iam-se passando e Kaiser não jogava. O presidente do clube perdeu a paciência e exigiu ao treinador Moisés que o convocasse para um jogo.

"Eram quatro da manhã e eu estava numa boite no Rio que se chamava Calígula, não existia celular na altura", começa por recordar Kaiser.

"O treinador Moisés que jogou no Vasco me liga para a boite e fala: 'oh, amanhã eu vou ter de te botar no banco, você pode vir mas eu não vou botar você para jogar. E aí eu falei: 'não pode botar, são quatro da manhã. Vou chegar à concentração ao meio-dia. O jogo é às quatro horas da tarde. E Bangu é um bairro muito quente aqui no Rio, um autêntico inferno. Quando eu fui para o jogo com cinco minutos e começamos a tomar 1-0. Aos sete minutos o 2-0 então o doutor Castor [de Andrade] manda uma mensagem via walkie-talkie dizendo que eu tinha que entrar. Aí o treinador falou: 'o homem tá mandando você entrar' e me mandou para o aquecimento", acrescenta Kaiser.

Perante a situação incontornável de entrar no jogo e ser desmascarado, Carlos Kaiser volta a driblar as 'quatro linhas' e aproveitando os insultos das bancadas durante o aquecimento saltou a rede e agrediu um adepto. A estratégia funcionou, uma vez que Kaiser acabou por ser expulso e receber ordem para regressar aos balneários.

Após o final do jogo realizado no Estádio Moça Bonita, Castor de Andrade desce até ao balneário para pedir explicações a Kaiser noutro episódio digno de um filme, o jogador consegue dar a volta a uma situação extrema e ainda tem direito a um aumento salarial.

"Eu sentei no vestiário, o doutor Castor entra, quando ele chega próximo de mim eu falo para ele: ‘Antes que o senhor diga qualquer coisa, Deus me deu um pai e levou. E Ele me deu outro. Então jamais vou admitir que digam que meu pai é ladrão e os torcedores estavam atrás de mim falando isso.’ Ele me segurou pela nuca, me deu um beijo e me convidou para viajar. Renovou comigo por mais seis meses e com o dobro do salário", recorda Kaiser.

Apesar de não jogar futebol, Carlos Kaiser procurava ajudar os companheiros das equipas por onde passava. Aproveitando a sua vasta rede de contactos, Kaiser era um autêntico relações públicas dos jogadores: organizando festas, churrascos, garantindo patrocínios e convidando algumas das mulheres mais bonitas do Rio de Janeiro para conviver com os craques. Os esquemas para encobrir a sua história atingiram o estatuto de lenda no futebol carioca e o nome de Carlos Kaiser ficou para sempre associado à alcunha de "O Maior Malandro do Futebol Mundial".

"Por exemplo, o time ia concentrar, tem jogo hoje. Eu chegava três dias antes com umas 15/20 mulheres, hospedava elas dois andares em baixo e de noite os caras só tinham de descer as escadas e fazer a festa", relata Carlos Kaiser.

"Sou viciado em sexo, mulher, entendeu? Mas eu não bebo, eu não fumo, não uso drogas, nada disso. Nunca lesei ninguém, nunca roubei. Os jogadores queriam-me convencer que eu era jogador de futebol. Eu não deixava que eles se envolvessem com bebidas, com drogas. Quando eles estavam bêbados era eu que dirigia o carro. Tentava evitar que eles se envolvessem com pessoas obscuras, esse tipo de coisas. Eu sou um ídolo dos jogadores. Até os dirigentes também gostavam de mim, a imprensa também até porque essa história só veio à tona agora. Parei de jogar futebol aos 41 anos. Estou com 55 anos. Em 90 minutos mesmo só joguei uns 20 jogos. Golos? Marquei uns 15, no máximo 30. Esse negócio de jogar futebol, de filmes, isso tudo, isso não me fascina. Eu não tenho essa fixação", afirma Carlos Kaiser sobre a sua passagem pelo futebol.

Se o Cristiano Ronaldo jogasse na Seleção brasileira já tinha sido campeão do Mundo faz tempo
Sobre Portugal, Carlos Kaiser assume que Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do mundo depois de Renato Gaúcho e que se indentifica com Fernando Couto.

"Se o Cristiano Ronaldo jogasse na Seleção brasileira, o Cristiano Ronaldo já tinha sido campeão do Mundo faz tempo, só que ele joga sozinho infelizmente. Me desculpa por esta opinião. Para mim os maiores jogadores portugueses são o Ronaldo, Eusébio, Figo e Paulo Futre. Identifico-me muito com a mentalidade do Fernando Couto, um jogador muito aguerrido", afirmou Carlos Kaiser.

Waltinho: "Kaiser é um 171 do bem"

171 é um código que faz referência ao artigo nº 171 do Código Penal Brasileiro, referindo-se ao ato de estelionato, ou seja, um indivíduo que pratica crime de fraude, induzindo alguém em erro para ganhar vantagem ilícita (para si ou para terceiros) em prejuízo de outrem. No gíria popular do Brasil, apelidar alguém de '171' é chamar-lhe de embusteiro, impostor ou intrujão.

Em entrevista ao SAPO Desporto, Waltinho, ex-jogador do Sporting e amigo de Carlos Kaiser, explica como é que o 'Maior Malandro do Futebol Mundial' conseguiu conquistar a confiança de alguns dos maiores jogadores brasileiros da sua geração sendo um '171 do bem'.

O Carlos não jogava nada

"O Carlos Kaiser era um 171 do bem. Foi por isso que ele conquistou tanta amizade junto de jogadores famosos. Se fosse sacana, se fosse do mal, ninguém, especialmente eu, não seria amigo dele. Como o Renato Gaúcho, o Ricardo Rocha ou tantos outros. Ele era alguém que fazia essas aldrabices pelo bem, para ajudar as pessoas, nunca para prejudicar ninguém. Nunca tentou sacar dinheiro de ninguém. É um cara do bem, honesto, alegre, mas não jogava nada. O Carlos não jogava nada", sentenciou Waltinho ao SAPO Desporto sobre as possíveis qualidades de futebolista de Kaiser.

"Ele foi sempre honesto com presidente e com o treinador: ele sempre dizia 'eu não quero jogar. O meu negócio é ter a carteira de trabalho assinada. Porque eu tendo essa carteira de trabalho assinada eu tenho como arranjar patrocínios'", acrescentou Waltinho.

O especialista em fitness e fisioculturismo

 Carlos Kaiser durante um treino fitness e fisioculturismo no seu ginásio
Carlos Kaiser durante um treino fitness e fisioculturismo no seu ginásio créditos: D.R.

Depois de anos a forjar uma carreira de futebolista profissional, Carlos Kaiser abraçou finalmente a sua verdadeira paixão tornando-se professor de educação física e treinador de duas categorias de fitness e fisioculturismo.

"Eu treinava muito, gostava de treinar. Eu só não queria era jogar. Eu não queria ser jogador de futebol. Eu queria ser o que seu sou hoje. Professor de educação física eleito por cinco federações como o melhor treinador nas categorias de Wellness e Modus. Eu sou apresentador de dois programas no Youtube", começa por dizer Carlos Kaiser sobre a sua atual profissão.

"Eu ministro muitas técnicas que aprendi com os maiores preparadores físicos que eu tive. Paulo Paixão, Ronaldo Torres, Cláudio Café, Ademildo Geraldo Pai, Ademildo Geraldo Filho. Muitas técnicas que eu aprendi no futebol eu aplico no meu ginásio onde eu dou aulas", acrescenta Carlos Kaiser.

"Hoje eu sou o vice-presidente da Federação chamada Brasil Fitness Show. Fui convidado pelo presidente André Andrade. É uma federação só de mulheres e de transsexuais. Foi eleito por cinco federações como o melhor coach de welness e modus, que são duas categorias", sentenciou o agora especialista de fitness.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/brasil-futebol/artigos/as-extraordinarias-baladas-de-carlos-kaiser-o-craque-que-fintou-as-quatro-linhas-porque-nao-gostava-de-jogar-futebol

29/11/18

Arte Teatro - Um espetáculo inédito que leva ao palco Fernando Pessoa e os heterónimos encerra os “Dias do Desassossego”, na sexta-feira, o mesmo dia em que se assinalam 25 anos da Casa Fernando Pessoa e 83 anos da morte do poeta.



«Espetáculo inédito celebra 25 anos da Casa Fernando Pessoa e fecha Dias do Desassossego

Um espetáculo inédito que leva ao palco Fernando Pessoa e os heterónimos encerra os “Dias do Desassossego”, na sexta-feira, o mesmo dia em que se assinalam 25 anos da Casa Fernando Pessoa e 83 anos da morte do poeta.

O programa da iniciativa Dias do Desassossego’18, que começou em Lisboa, no dia 16 de novembro, data de nascimento de José Saramago, chega ao fim no dia 30, a assinalar 83 anos da morte de Fernando Pessoa e o aniversário da casa que recebeu o nome do poeta.

Para marcar as efemérides, a Casa Fernando Pessoa vai apresentar um espetáculo inédito, “criado especialmente para a ocasião” pelo ator e encenador Miguel Loureiro, intitulado “Inventar os seus amigos”.

Trata-se de uma leitura encenada, que reúne em palco Fernando Pessoa e os heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, para percorrerem a heteronímia e os escritos esotéricos.

“Os cinco recolhem-se no palco e percorrem a heteronímia e os escritos esotéricos. Este trabalho intimista desenha um percurso antológico”, que marca também os 130 anos do nascimento do autor, que se assinalaram em junho, segundo a programação.

O espetáculo conta com a participação de Adriana Aboim, Álvaro Correia e Gonçalo Ferreira de Almeida, tem música de Inês Laginha, ao piano, e o desenho de luz fica a cargo de Daniel Worm.

O espetáculo, que se repete no sábado, tem um custo de oito euros.

Ainda no âmbito do programa de encerramento dos Dias do Desassossego, estão previstas visitas guiadas à Casa Fernando Pessoa, com interpretação em língua gestual.

Estas visitas, de entrada livre, “permitem desvendar as memórias e as histórias guardadas nos diferentes espaços e objetos” da Casa Fernando Pessoa, situada no n.º 16 da rua Coelho da Rocha, onde Fernando Pessoa passou os últimos quinze anos da sua vida.

"Dias do Desassossego" é uma iniciativa conjunta da Casa Fernando Pessoa e da Fundação José Saramago.» in https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/espetaculo-inedito-celebra-25-anos-da-casa-fernando-pessoa-e-fecha-dias-do-desassossego

Amarante Canadelo - As águas transparentes do Rio Olo em Amarante, são de facto, verdadeiramente espetaculares...


(Amarante, Rio Olo, Canadelo)

Ambiente e Ecologia - Muito provavelmente 2018 será o quarto ano mais quente desde que começaram os registos das temperaturas, em 1880, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).



«ESTES SÃO OS SINTOMAS CADA VEZ MAIS ALARMANTES DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Concentração recorde de dióxido de carbono (CO2), calor extremo, diminuição das superfícies geladas... Os últimos indicadores sobre alterações no clima evidenciam que é necessária a ação mundial urgente. Leio este resumo da autoria da jornalista Catherine Hours da agência de notícias France-Presse.

RECORDES DE CALOR
Muito provavelmente 2018 será o quarto ano mais quente desde que começaram os registos das temperaturas, em 1880, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Assim, o século XXI conta já com 17 dos 18 anos mais quentes alguma vez registados.

Neste verão no hemisfério norte, a Europa, o oeste dos Estados Unidos e a Ásia foram castigados por ondas de calor. Em Portugal, Escandinávia, Japão e Argélia, por exemplo, foram reportadas temperaturas recorde e também incêndios gigantescos.

No Ártico, a extensão da banquisa de gelo manteve-se muito abaixo da média durante todo o ano e registou um recorde mínimo em janeiro e fevereiro. Os glaciares também retrocederam pelo 38º ano consecutivo. Na Suécia, o pico sul da montanha Kebnekaise deixou de ser o mais alto do país, devido às temperaturas excepcionais do verão.

405,5 PARTES POR MILHÃO
A concentração dos três principais gases causadores do efeito de estufa - dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido de nitrogénio (NOX) - alcançou novos máximos em 2017 e o seu avanço prossegue este ano.

A concentração de CO2, um gás que persiste durante vários séculos, foi de 405,5 partes por milhão (ppm) em 2017. A última vez que a Terra registou concentração semelhante foi há 3 ou 5 milhões de anos atrás, segundo a OMM. A temperatura na ocasião era de 2º a 3ºC mais alta e o nível do mar superior entre 10 a 20 metros ao atual.

As emissões de metano, ligadas sobretudo à queima de energias fósseis e às atividades agropecuárias, aumentaram na última década. A sua concentração chegou em 2017 a um nível equivalente a 257% do registado antes da Revolução Industrial.

+3,3 MM AO ANO
A elevação do nível dos oceanos, variável segundo as regiões, foi de 20 cm, em média, no século XX. Atualmente, eleva-se 3,3 mm por ano e o fenómeno parece estar a acelerar. O nível dos mares aumentou 25% a 30% mais rapidamente entre 2004 e 2015 em relação a 1993-2004. O degelo das calotas de gelo da Gronelândia explica em parte este aumento. Mas a Antártica pode tornar-se o principal motor: antes de 2012, o continente branco perdia 76 mil milhões de toneladas de gelo por ano. Desde então, este número disparou para 219 mil milhões de toneladas.

Se o aquecimento fosse mantido a 1,5ºC em relação à era pré-industrial, o nível dos mares subiria entre 26 e 77 centímetros até 2100, segundo projeções da ONU. Com uma temperatura 2ºC mais quente, adicionar-se-iam 10 cm, afetando mais 10 milhões de pessoas.

Sobretudo, a longo prazo, as calotas da Antártica poderão desestabilizar-se com um clima entre +1,5/2ºC mais quente, elevando o nível dos mares em vários metros ao longo dos próximos séculos.

CATÁSTROFES NATURAIS
O aquecimento global está a favorecer, de facto, episódios meteorológicos extremos, particularmente secas e ondas de calor. Até 20 de novembro, a OMM tinha registrado 70 ciclones tropicais em 2018 contra uma média histórica anual de 53.

De acordo com alguns estudos, o número de secas, incêndios, inundações e furacões ligados ao desarranjo do clima duplicou desde 1990.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas da ONU (IPCC), com +2ºC ocorrerão ondas de calor na maioria das regiões e as precipitações associadas aos ciclones serão cada vez mais intensas. As perdas associadas às catástrofes naturais atingiram 520 mil milhões de dólares anuais e colocariam todos os anos 26 milhões de pessoas na pobreza, segundo o Banco Mundial.

ESPÉCIES AFETADAS
Das 8.688 espécies ameaçadas ou quase ameaçadas, 20% já foram afetadas pelas alterações climáticas. Os recifes de coral sofreram um embranquecimento maciço nos últimos anos e uma mortalidade recorde.

Os cientistas destacam, ainda, uma multiplicação dos episódios de canícula oceânica, o que ameaça os ecossistemas marinhos.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/estes-sao-os-sintomas-cada-vez-mais-alarmantes-das-alteracoes-climaticas

Vídeo:
http://pt.euronews.com/embed/606002

F.C. do Porto Boxe - A equipa de boxe do FC Porto deslocou-se ao Museu do clube para entregar a Taça de Portugal masculina, conquistada no passado mês de julho.



«"NÃO HÁ METAS QUANDO SE QUER, QUANDO SE TEM VONTADE, QUANDO SE SONHA"
29 DE NOVEMBRO DE 2018 17:55

Equipa de Boxe entregou a Taça de Portugal ao Museu e foi elogiada por Pinto da Costa.

A equipa de boxe do FC Porto deslocou-se ao Museu do clube para entregar a Taça de Portugal masculina, conquistada no passado mês de julho. Jorge Nuno Pinto da Costa marcou presença na cerimónia, elogiando os atletas que conquistaram o troféu coletivo e os que se sagraram, recentemente, Campeões Nacionais nas respetivas categorias.

“Ainda nenhum de vós era vivo e eu fui responsável pela secção de Boxe. A secção ia terminar e o presidente de então, o senhor Afonso Pinto da Magalhães, impôs como condição para ela não acabar que eu tomasse conta dela. Felizmente, em boa hora o fiz, porque se calhar hoje vocês não estariam aqui”, recordou o presidente do FC Porto.

Pinto da Costa desafiou os atletas a lutarem pelos seus sonhos: “Vocês são o futuro do clube. Há pouco, ouvi um de vocês dizer que um dia ainda teria aqui uma estátua sua no Museu. É essa a ambição que é preciso ter. Não há metas quando se quer, quando se tem vontade, quando se sonha. Desejo-vos as maiores felicidades”.

Pedro Ribeiro, Márcio Cardoso e Fábio Gonçalves levaram o FC Porto à conquista da Taça de Portugal, a 29 de julho, no Centro Social Luso Venezolano, em Nogueira da Regedoura. A 25 de novembro, Pedro Ribeiro sagrou-se Campeão Nacional de Seniores Consagrados na categoria de 64 kg. Nancy Moreira (64kg) e Eva Branco (69kg) também se sagraram campeãs nacionais nas respetivas categorias, durante o Campeonato Nacional de Seniores Consagrados realizado no passado fim de semana, na Arena de Matosinhos.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181129-pt-nao-ha-metas-quando-se-quer-quando-se-tem-vontade-quando-se-sonha


(Equipa de Boxe entregou a Taça de Portugal ao Museu)

28/11/18

Liga dos Campeões: F.C. do Porto 3 vs Schalke 1 - FC Porto bateu o Schalke, venceu o Grupo D ainda com uma jornada por disputar e segue para os oitavos de final da liga milionária.



«CLASSE DE CHAMPIONS
28 DE NOVEMBRO DE 2018 22:28

FC Porto bateu o Schalke (3-1), venceu o Grupo D ainda com uma jornada por disputar e segue para os oitavos de final da liga milionária.

O FC Porto recebeu e bateu esta quarta-feira o Schalke (3-1), no Estádio do Dragão, em jogo da 5.ª e penúltima jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. Com os “oitavos” já garantidos após a vitória do Lokomotiv Moscovo sobre o Galatasaray (2-0), os Dragões vão vencer o Grupo D, independentemente do que aconteça na derradeira jornada. Com golos de Éder Militão (52m), Corona (55m) e Marega (90m+4), o FC Porto levou a melhor sobre o vice-campeão alemão e segue para a fase a eliminar da Liga dos Campeões pela 14.ª vez.

O FC Porto entrou em campo já matematicamente apurado para os oitavos de final, mas como Sérgio Conceição tinha afirmado na antevisão desta partida, os campeões nacionais só tinham uma coisa no pensamento: a vitória. Nos primeiros 20 minutos, duas grandes oportunidades para os Dragões, ambas negadas em grande estilo por Ralf Fährmann a Danilo (15m) e Marega (19m). O Schalke não causou grandes calafrios à defensiva portista nos 45 minutos iniciais, mas o maior domínio azul e branco não teve reflexo no marcador.

Tudo foi diferente na etapa complementar e a superioridade do FC Porto ganhou ainda mais força, mas o que importa ressalvar é que, desta vez, traduziu-se em golos. E foram logo dois num espaço de apenas três minutos. Aos 52, Éder Militão estreou-se a marcar de Dragão ao peito após assistência milimétrica de Óliver Torres, cabeceando sem hipóteses para Ralf Fährmann. Aos 55, Corona finalizou uma excelente jogada coletiva e deu maior conforto à vantagem portista, que se justificava plenamente, diga-se em abono da verdade.

O Schalke nunca mais teve forças para se recompor e o FC Porto chegou a ser avassalador na segunda parte, encostando o vice-campeão alemão à sua área durante grande parte do tempo, mesmo que Bentaleb ainda tenha reduzido através de uma grande penalidade (89m). Já em período de compensação (90m+4), Marega assinou o 3-1 final e somou o quarto jogo consecutivo a marcar na Liga dos Campeões, tornando-se o segundo jogador da história do FC Porto a fazê-lo na prova milionária. Em 1999/00, (Super) Mário Jardel marcou em cinco encontros seguidos.

Os campeões nacionais somaram o terceiro triunfo em outros tantos jogos em casa nesta fase de grupos, igualando assim o registo do FC Porto de Vítor Pereira em 2012/13. Se vencer o Galatasaray na Turquia, na última ronda, os azuis e brancos chegam aos 16 pontos, número que atingiram em 1996/97, sob o comando de António Oliveira e com Sérgio Conceição entre os craques portistas.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181128-pt-classe-de-champions


(Share - FC Porto v Schalke 04 HIGHLIGHTS)

Amarante Fregim - Quinta da Capela, tarde de outono em Fregim, antes da chuva que se prevê, as cores continuam sublimes...


(Amarante, Fregim, Quinta da Capela, tons outonais)

UEFA Youth League: F.C. do Porto 3 vs Schalke 0 - FC Porto venceu o Schalke, por três bolas sem resposta, no Olival, e depende apenas de si próprio para seguir em frente na prova.



«SUB-19 CONTINUAM NA LUTA PELOS "OITAVOS" DA UEFA YOUTH LEAGUE
28 DE NOVEMBRO DE 2018 16:15

FC Porto venceu o Schalke (3-0), no Olival, e depende apenas de si próprio para seguir em frente na prova.

A equipa de Sub-19 do FC Porto recebeu e bateu esta quarta-feira o Schalke (3-0), no Olival, em jogo referente à 5.ª e penúltima jornada do Grupo D da UEFA Youth League. Romário Baró (18m e 37m) e Afonso Sousa (48m) assinaram os golos dos Dragões, que passam a somar os mesmos dez pontos que o Galatasaray, o adversário portista na derradeira ronda. Os Dragões dependem apenas de si próprios para passar aos oitavos de final da prova.

O FC Porto entrou bem no jogo, mas as coisas tornaram-se menos difíceis a partir dos 15 minutos, altura em que Smolinski viu o segundo cartão amarelo num lance em que até poderia ter visto o vermelho direto. Em inferioridade numérica, o Schalke não teve argumentos para contrariar o domínio portista e ainda viu Romário Baró brilhar intensamente com dois belos golos (18m 37m). Na etapa complementar, Afonso Sousa (48m) estabeleceu o 3-0 final com que os Dragões bateram a equipa alemã.

“Não está feito ainda, mas era importante vencer hoje. Sabíamos que ia ser difícil e acabámos por ter alguma sorte com a expulsão de um jogador do Schalke. Vencemos por 3-0 na Alemanha, mas esse resultado não espelhava o valor do Schalke. Estivemos à altura do jogo e conseguimos uma vitória confortável e merecida. Vamos para a última jornada com ambição de passar à próxima fase. Vamos à Turquia para conquistar os três pontos”, afirmou o treinador Mário Silva, no final da partida, em declarações ao Porto Canal.

Na 6.ª e última jornada do Grupo D da UEFA Youth League, o FC Porto viaja até Istambul, na Turquia, para defrontar o Galatasaray. O encontro está marcado para dia 11 de dezembro (terça-feira), às 11h00.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-SCHALKE, 3-0
UEFA Youth League, Grupo D, 5.ª jornada
28 de novembro de 2018
CTFD PortoGaia

Árbitro: Eldorjan Hamiti (Albânia)
Árbitros assistentes: Egin Doda e Ilir Tartaraj (Albânia)

FC PORTO: Francisco Meixedo (g.r.), Tiago Matos, Pedro Justiniano, Levi Faustino, Diogo Bessa, Paulo Estrela (cap.), Fábio Vieira, Romário Baró, Afonso Sousa, João Mário e Fábio Silva
Substituições: João Mário por Ángel Yesid (63m), Diogo Bessa por Tomás Esteves (70m), Romário Baró por Vítor Ferreira (70m), Fábio Vieira por Boris Enow (82m) e Fábio Silva por Taddeus Nkeng (82m)
Não utilizados: João Gonçalo (g.r.) e Cláudio Silva
Treinador: Mário Silva

SCHALKE: Lenze (g.r.), Smolinski, Thiaw, Wiemann (cap.), Riemer, Mercan, Hempel, Boujellab, Yildiz, Kutucu e Goller
Substituições: Yildiz por Seturski (63m), Mercan por Jones (63m), Goller por Humpert (71m), Kutucu por Ahrend (72m) e Riemer por Bachmann (78m)
Não utilizados: Lingk (g.r.) e Cross
Treinador: Norbert Elgert

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Romário Baró (18m e 37m), Afonso Sousa (48m)

Disciplina: cartão amarelo a Smolinski (12m e 15m), Diogo Bessa (13m), Thiaw (41m), Romário Baró (62m), Ángel Yesid (65m), Boris Enow (90m+4); cartão vermelho a Smolinski (15m)» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20181128-pt-sub-19-continuam-na-luta-pelos-oitavos-da-uefa-youth-league

Amarante Cultura - As exposições estarão patentes ao público nos espaços de exposições temporárias da Casa da Granja até ao dia 20 de janeiro de 2019.



«CASA DA GRANJA — AMARANTE

No próximo dia 1 de dezembro, sábado, pelas 15h30, serão inauguradas na Casa da Granja, em Amarante, as seguintes exposições:
— Exposição de pintura "Paisagens comuns" do pintor galego Manolo Busto
— Exposição de fotografia "Rostos Transmontanos" de Paulo Patoleia

As exposições estarão patentes ao público nos espaços de exposições temporárias da Casa da Granja até ao dia 20 de janeiro de 2019.» in https://www.facebook.com/veronica.teixeirapinto/posts/2033528336734319


«Rostos Transmontanos» de Paulo Patoleia

27/11/18

Espaço - Foram reveladas as primeiras imagens recolhidas à superfície do planeta vermelho, esta terça-feira depois da sonda InSight da NASA ter aterrado com sucesso em Marte esta segunda-feira.



«Estas são as primeiras imagens recolhidas em Marte pela sonda da NASA

A sonda InSight vai estudar o interior de Marte.

Foram reveladas as primeiras imagens recolhidas à superfície do planeta vermelho, esta terça-feira depois da sonda InSight da NASA ter aterrado com sucesso em Marte esta segunda-feira.

A primeira imagem captada pela sonda foi partilhada nas redes sociais pela NASA, com a descrição: “Quem me dera que estivessem aqui! A NASA InSight enviou a sua primeira foto depois de aterrar em Marte”. 

A sonda tem como missão estudar o interior de Marte e vai permanecer em Marte durante dois anos.» in https://ionline.sapo.pt/636133


(AO VIVO: Nasa lança a sonda InSight para estudar interior de Marte)

Amarante Aboadela - Mais um belíssimo espigueiro da nossa região, ainda com os materiais originais...


(Amarante, Aboadela, Espigueiro tradicional da região)

Antropologia - Um antropólogo indiano, que foi um dos poucos a alguma vez estar em contacto com a tribo dos sentineleses, revela que o caso do jovem morto à flechada tem dado uma conotação “injusta” ao grupo.



«Quem são os sentineleses? Indiano é dos poucos que teve contacto com a tribo

Um antropólogo indiano, que foi um dos poucos a alguma vez estar em contacto com a tribo dos sentineleses, revela que o caso do jovem morto à flechada tem dado uma conotação “injusta” ao grupo.

Não se sabe muito sobre a tribo dos sentineleses, localizada no mar de Andamão (Oceano Índico), que vive praticamente isolada do resto do mundo, com um perímetro de segurança de cinco quilómetros a rodeá-los. Há pouca informação sobre a tribo, contudo há um homem que já teve contacto com os nativos quando liderou uma expedição à ilha em 1991, o antropólogo indiano T.N. Pandit. 

Este é um dos únicos contactos com a tribo de Sentinela que alguma vez foi documentado, sendo Pandit um dos únicos homens a ter-se aproximado dos indígenas. Agora, com a morte do jovem missionário dos Estados Unidos e com as atenções viradas para a tribo, o antropólogo falou sobre a sua experiência com os sentineleses à BBC, afirmando que a reputação que a tribo ganhou devido à morte do norte-americano é “injusta”.

O antropólogo T. N. Pandit, de 86 anos, foi o chefe regional do ministério indiano dos Assuntos Tribais, o que o levou várias vezes a visitar a ilha. Segundo o especialista, esta é uma tribo que passou milhares de anos em isolamento e é apesar de tudo uma tribo “pacifica”, e justificou: "Durante as nossas interações, eles ameaçaram-nos, mas nunca chegaram ao ponto de nos matar ou magoar. Sempre que eles começavam a ficar agitados, nós afastávamo-nos".

Questionado sobre John Allen Chau, que queria evangelizar a tribo, o antropólogo indiano afirmou sentir-se "muito triste com a morte deste jovem que veio desde a América até aqui. Mas ele cometeu um erro”. Para o especialista, o norte-americano “teve muitas oportunidades de se salvar. Mas insistiu e pagou com a sua vida”.

Pandit viajou pela primeira vez até àquela ilha no mar de Andamão em 1967, fazendo parte de uma expedição. O antropólogo recorda que na altura os membros da tribo se esconderam na selva, assim que avistaram visitantes e que, noutras viagens feitas mais tarde, chegaram a lançar flechas para os membros da expedição, o pouco contacto que houve só foi alcançado na visita de 1991.

Nas viagens, os antropólogos levavam com eles objetos que acabavam por deixar na ilha como presentes: "Levámos vasos e panelas, grandes quantidades de cocos, ferramentas de ferro, como martelos e facas. Connosco iam três homens Onge (outra tribo local) para nos ajudar a interpretar o discurso e comportamento dos sentineleses", revelou num ensaio, citado pela BBC, que escreveu sobre as suas expedições. "Mas os guerreiros sentineleses receberam-nos com rostos zangados e armados com os seus longos arcos e flechas", acrescentou.

Após estes insucessos iniciais, os membros das expedições foram conseguindo construir uma relação de confiança e perceber os comportamentos da tribo. Um dos exemplos dado por Pandit é quando decidiram oferecer um porco, que acabou por ser morto pela tribo e enterrado no areal. 

O primeiro avanço significativo foi em 1991, após várias expedições na tentativa de estabelecer contacto: os sentineleses aproximaram-se dos visitantes, enquanto não carregavam armas pela primeira vez. "Ficamos perplexos quando permitiram que nos aproximássemos (...) A decisão de nos conhecer foi deles e o encontro foi feito nos seus termos (...) Saltámos para fora do barco, com a água a chegar aos nossos pescoços. Distribuímos cocos e outros presentes. Mas não nos era permitido ir a terra", conta o antropólogo. 

O antropólogo revela que não estava com receio de que os sentineleses o pudessem atacar, mas teve sempre cuidado ao aproximar-se dos membros da tribo.

O grupo tentou comunicar através de linguagem gestual com os membros da tribo, mas estes estavam entretidos com os presentes: "Eles estavam a falar entre si, mas não conseguimos perceber a sua linguagem. Pareceu semelhante às linguagens faladas por outras tribos da área."

Num momento mais tenso durante esta troca de presentes, Pandit relembra que chegou a ser ameaçado porque “não era bem-vindo”: "Quando estava a dar cocos, acabei por me separar da minha equipa e comecei a aproximar-se da costa (...) Um pequeno sentinelês fez uma cara estranha, tirou a sua faca e, com sinais, mostrou-se que cortava a minha cabeça. Chamei imediatamente pelo barco e afastei-me (...) O gesto do rapaz é significativo. Ele tornou claro que eu não era bem-vindo."

O Governo indiano deixou de fazer estas expedições, e agora só vai à ilha esporadicamente para verificar se a tribo continua viva. 

A tribo encontra-se isolada devido ao facto de que qualquer contacto com o “mundo exterior” pode pôr em causa a saúde dos sentineleses, visto que não devem ser imunes às doenças que são consideradas comum, como por exemplo uma gripe.

Em todas as expedições que Pandit participou cada participante foi previamente examinado e apenas os que se encontravam de boa saúde puderam fazer parte da expedição. 

Pandit nega a classificação da tribo como “hostil”: "Estão a olhar de forma errada para isto. Nós é que somos os agressores aqui (...) Nós é que estamos a tentar entrar no seu território".

"Os sentineleses são amantes da paz. Eles não procuram atacar pessoas. Eles não visitam áreas vizinhas e causam problemas. Este é um raro incidente", defendeu Pandit, que acredita que as missões para deixar presentes na ilha devem acontecer, mas diz que os sentineleses não devem ser incomodados”, nota o especialista, acrescentando que "devemos respeitar o seu desejo de ficarem sozinhos."

Esta é uma opinião partilhada pela organização não-governamental Survival International, que apelou às autoridades encarregues da recuperação do corpo que abandonassem a missão. 

Segundo as autoridades indianas, John Allen Chau não tinha autorização para realizar a viagem até á ilha e por isso teve de pagar a dois pescadores para que o levassem ilegalmente. O missionário norte-americano conseguiu chegar à ilha sozinho, com a ajuda de um caiaque, mas rapidamente foi atacado com flechas que o mataram.

A missão de recuperação do corpo está agora em curso “com a maior sensibilidade possível”, visto que “mataram alguém vindo do exterior e sofreram um choque psicológico”, revelou o diretor-geral da polícia em Andamão e Nicobar, Dependra Pathak, citado pelo The Guardian.» in https://sol.sapo.pt/artigo/636122


(A tribo mais isolada do Mundo - Ilha sentinela do Norte)

Zoologia - As térmitas 'Syntermes dirus' medem apenas um centímetro, mas durante quase quatro milénios criaram no Brasil uma rede subterrânea de túneis, cujas escavações deixaram 200 milhões de montes de terra numa superfície do tamanho da Grã-Bretanha.



«Construtoras por excelência da "Mãe Natureza", as térmitas criaram no Brasil uma cidade subterrânea do tamanho da Grã-Bretanha

As térmitas 'Syntermes dirus' medem apenas um centímetro, mas durante quase quatro milénios criaram no Brasil uma rede subterrânea de túneis, cujas escavações deixaram 200 milhões de montes de terra numa superfície do tamanho da Grã-Bretanha.

"É o maior exemplo conhecido de bioengenharia e construção na superfície da terra por uma só espécie (para além do ser humano), e tudo feito por um inseto de mais ou menos um centímetro de comprimento", explica à AFP Roy Funch, biólogo americano naturalizado brasileiro.

Toda esta obra de engenharia animal estende-se numa superfície de 230.000 km2, no nordeste do Brasil. Funch e outros três investigadores (dois americanos e um britânico) publicaram a sua descoberta na semana passada na revista científica Current Biology.

Eles detalham no artigo que a área escavada por estes insetos para criar uma estrutura como essa equivale a "4.000 pirâmides de Gizé", no Egito, também elas milenares.

Os habitantes do lugar conhecem desde sempre como "murundus" estes montes de 2,5 metros de altura e nove metros de diâmetro, cobertos pela vegetação da 'caatinga', o bioma semiárido do nordeste brasileiro.

Mas a desflorestação por ação humana deixou mais visíveis os termiteiros, e o uso de imagens de satélite permitiu concluir a área que cobrem. Mais de 90% pertence ao estado da Bahia. "Ficou então clara a sua extensão, e a importância científica do fenómeno", acrescenta Funch.

As imagens divulgadas no estudo mostram vastas extensões de terra pontilhada por estes montes cónicos, praticamente idênticos e com uma distribuição regular, separados por cerca de 20 metros uns dos outros.

O desenho da cidade

Para determinar a antiguidade da obra, os cientistas recolheram amostras do solo de onze montes e verificaram qual foi a última vez que estiveram expostas ao sol. A amostra mais antiga tinha 3.820 anos. Estas idades são comparáveis às das térmitas mais antigas do mundo, na África, diz a publicação.

Agora que foi determinado que estes termiteiros são parte de uma grande "cidade" subterrânea, a ideia dos cientistas é continuar a investigar a sua distribuição e funcionamento. Sabe-se, por exemplo, que os termiteiros têm um túnel vertical que conecta os canais subterrâneos com a superfície.

Os montes de terra que ficam na superfície são simplesmente a terra removida pelas térmitas para realizar a sua obra. "Os montes aparentemente não têm a função de abrigar os ninhos das térmitas. Servem somente como lugares de 'despejo' do material retirado dos túneis que estes animais cavam, continuamente, debaixo do chão", explica Funch.

Sabe-se também que estas estruturas subterrâneas servem para esses insetos se protegerem do "meio inóspito (e perigoso) da superfície". Segundo o estudo publicado, os túneis nunca ficam abertos ao meio ambiente exterior, de modo que não se trata de um sistema de ventilação, mas de uma via de comunicação.

À noite, quando há comida disponível, grupos de 10 a 50 'trabalhadores' e 'soldados' emergem dos montes através de tubos temporários de oito milímetros de diâmetro, escavados a partir de baixo. Depois de usados, os túneis temporários fecham-se hermeticamente.

"Não temos ideia da arquitetura das 'cidades' dos insetos. Devem ter um salão da rainha, 'berçários', espaços para guardar comida, etc., e muitos túneis a conectar tudo, mas é tudo ainda desconhecido para a ciência", acrescenta o biólogo.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/construtoras-por-excelencia-da-mae-natureza-as-termitas-construiram-uma-cidade-subterranea-do-tamanho-da-gra-bretanha


Vast 4,000-Year-Old Spatial Pattern of Termite Mounds/Curr. Biol., Nov. 19, 2018 - (Vol. 28, Issue 22)

26/11/18

Amarante Criminalidade - Acabou por voltar sempre para a habitação da progenitora, em Louredo, Amarante, repetindo-se o terror para a octogenária.



«Ex-preso espanca a mãe de 87 anos em Amarante Cumpriu pena por bater na vítima.

Voltou às agressões mal saiu.

Um homem de 48 anos foi detido, na quarta-feira, por agredir de forma recorrente a própria mãe, de 87 anos. 

O suspeito já havia sido condenado em dois processos por crimes idênticos contra a idosa, em 2013 e 2014. 

Acabou por voltar sempre para a habitação da progenitora, em Louredo, Amarante, repetindo-se o terror para a octogenária. Em maio de 2017, assim que terminou de cumprir pena de prisão, passou a residir, novamente, na casa da vítima. 

Foi detido, na quarta-feira, por militares do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR de Penafiel, após novos episódios de violência física e psicológica. O homem, alcoólico, foi levado ao Tribunal de Marco de Canaveses e ficou proibido de frequentar a habitação da mãe, bem como de contactar a idosa por qualquer meio que seja. 

O primeiro processo judicial remonta a 2013. O operário da construção civil foi, então, condenado a pena suspensa de dois anos de prisão. Segundo o 1º Sargento Diogo, chefe do NIAVE, a idosa era, na altura, protegida por um outro filho, mais novo, que tentava travar o irmão. 

Um ano depois, o agressor viria a ser novamente condenado, mas a três anos de pena efetiva, que cumpriu. Ao ver o irmão preso e a mãe protegida, o filho mais novo emigrou para França. Só que, assim que saiu em liberdade, em maio de 2017, o agora detido - que criou alarme social na vizinhança - voltou a residir na casa da mãe e aos episódios de violência psicológica e física - era recorrente a vítima apresentar hematomas no corpo.» in https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/ex-preso-espanca-a-mae-de-87-anos-em-amarante