«Portugal não soube abrir o canivete suíço
A seleção lusa perdeu em Basileia com a Suíça por 2-0, num jogo onde evidenciou debilidades defensivas e alguma precipitação no último terço.
Portugal entrou com o pé esquerdo no apuramento para o Mundial2018. A seleção lusa perdeu em Basileia com a Suíça por 2-0, num jogo onde evidenciou debilidades defensivas e alguma precipitação no último terço. Embolo e Mehmedi fizeram os golos helvéticos. Numa qualificação onde apenas o primeiro colocado apura-se duramente, Portugal terá de ir buscar estes três pontos noutros campos se quiser vencer o Grupo B.
No primeiro encontro de Portugal, após a ressaca da festa que foi a conquista do Euro2016, Fernando Santos manteve-se fiel aos seus princípios. Apostou no 4-4-2, com Bernardo Silva a ser a novidade no onze, em detrimento de João Mário que ficou no banco, tal como Quaresma.
Frente a um adversário sempre complicado, a formação lusa entrou bem no encontro. Aos cinco minutos Éder tentou o golo mas o herói de Paris tinha a pontaria desafinada. Aos sete ficou por marcar uma grande penalidade, por mão na bola de Djourou na área suíça. O árbitro espanhol Mateus Lahós mandou seguir.
A jogar em casa (apesar de se ouvir mais os adeptos portugueses no St. Jakob Park), a Suíça foi subindo no terreno. O meio-campo luso tinha dificuldades apesar de haver quatro jogadores naquele sector. O primeiro golo surgiu aos 23 minutos. Embolo aproveitou uma defesa incompleta de Patrício após livre de Rodriguez para cabecear e fazer o 1-0. Sete minutos depois, os helvéticos davam uma ´machadada` nas aspirações lusas, com Mehmedi a fazer o 2-0 após lance de contra-ataque em que os suíços foram para a frente só com três jogadores.
Ao intervalo a eficácia helvética fazia a diferença, contra a passividade lusa na defensiva. Os médios portugueses não conseguiram travar a saída do adversário para o ataque, pelo que Pepe, Raphael Guerreiro, Cédric e José Fonte tiveram de mostrar atenção para afastar o perigo da baliza lusa em várias ocasiões.
Fernando Santos também não gostava do que via, pelo que no regresso para a segunda parte deixou o apagado William Carvalho e Éder no banco, fazendo entrar João Mário e André Silva.
Com uma equipa mais ofensiva (ficou ainda mais com a entrada de Quaresma para o lugar de Moutinho), Portugal foi à procura de um golo que o pudesse relançar na luta por pontos. Os comandos de Vladimir Petkovic recuaram no terreno, passaram a defender mais perto da sua baliza, tirando espaço aos criativos lusos. Tudo o que era cruzamento acabava quase sempre nas cabeças de Djourou ou Schar ou então nas mãos do guarda-redes Sommer.
No segundo tempo o contra-ataque suíço passou a ser uma raridade mas nem por isso deixou de existir. Aos 71 minutos Dzemaili teve o terceiro golo no pé mas o seu remate saiu enrolado, fácil para Patrício. Aos 86 foi Derdiyok a estar perto do golo mas Patrício defendeu com segurança.
Por esta altura já Fonte (77 e 84 minutos) e Nani tinham estado perto do golo mas Sommer continuava com as redes intactas. A oportunidade de Nani foi negada pelo poste, num lance em que o extremo não cabeceou da melhor forma. No banco luso já se gritava golo.
Numa qualificação onde apenas o primeiro colocado apura-se diretamente, Portugal terá de ir buscar estes três pontos noutros campos se quiser vencer o Grupo B, onde estão ainda as seleções da Hungria, Letónia, Ilhas Faroé e Andorra. Sem Cristiano Ronaldo é mais complicado.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/seleccao/portugal/clube-portugal/artigo/2016/09/06/suica-portugal-cronica-final