06/10/12

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Amarante Paixão"



"AMARANTE PAIXÃO

Em horas mais altas que a lua, 
Silêncios dum andar acordado,
Veste o céu, minha terra nua,
Envolta em nevoeiro cerrado.

Cobres de desejo Amarante,
Até que o sol te beije, ó Marão,
Toda a noite tua, e amante,
Em húmido manto de paixão.

Pássaros acordam a fantasia,
Já há sombras que vêm e vão,
Em movimentos de arritmia,
É dia! (Des)animada pulsação.

Da torre, sinos dobram finados,
Máquina do tempo é o coração,
Levem-me naquela! Este não!
Sons de minutos desafinados.

Vida! Pontes de incerta travessia.
Trajeto! São estradas com desvio,
Desvario! Magoa a dor a nostalgia,
E as águas agitadas do meu rio.

Introspeção! Saudades que não vivi,
Dos momentos que desejei!
E quantas recordações esqueci,
Das cidades que já amei!

Em horas mais baixas que o chão,
Aqui estou… só! Não há vivalma.
Acordo esta caneta da emoção,
E com ela embalo a minha alma.

Eugénio Mourão"

05/10/12

Religião - Santa Faustina Kowalska, uma das maiores místicas da história do cristianismo do século XX, bem lembrada pelo Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa!


«Santa Faustina

Secretária da Misericórdia Divina

O século XX foi um dos períodos mais contraditórios da história humana. De um lado, grandes avanços nos mais variados campos do saber (biologia, física, tecnologia etc.); a Igreja Católica, por sua vez, viveria uma nova primavera em diversos âmbitos (bíblico, litúrgico, pastoral etc.). Por outro lado, deparamo-nos com o crescimento do agnosticismo e a proliferação das seitas; com enormes atrocidades, de proporções quase universais; milhões e milhões foram brutalmente dizimados em dezenas de guerras, bem como em carestias, pestes e catástrofes, em parte frutos da ganância e arrogância de alguns poucos.

Ao mesmo tempo, é o século de cristãos de grande envergadura, como os Papas S. Pio X, o Beato João XXIII e o Servo de Deus João Paulo II, S. Gemma Galgani e Madre Teresa de Calcutá, os santos Padres Pio e Maximiliano Kolbe, ou como os pastorinhos de Fátima. É o século outrossim de uma das maiores místicas da história do cristianismo, Santa Faustina Kowalska. Mística pois deixou-se invadir pelo mistério do amor divino, no dia a dia de uma vida escondida e laboriosa. A partir dela nasce uma nova espiritualidade, centrada na Divina Misericórdia. Eis em breves linhas um pouco da sua vida.

Origens

Faustina nasceu na aldeia de Glogowiec, distrito de Turek, prefeitura de Poznan (atualmente Swinice Warckie, principado de Konin), na Polônia, no dia 25/08/1905. Naquela época a Polônia estava sob o domínio russo. Ela é a terceira de dez filhos do casal Estanislau Kowalska e Mariana Babel, que cuidam de 5 hectares de terra (e 3 vacas!). As duas primeiras gravidezes foram muito cansativas; por isso, a terceira foi esperada com preocupação, mas tudo correu bem.

Dois dias depois do nascimento a menina foi batizada, na paróquia de Swinice Warckie (dedicada a S. Casimiro), com o nome de Helena Kowalska. Deus os abençoou com outros sete filhos. “A Helena, minha filha abençoada, santificou o meu ventre”, dirá a mãe após a sua morte. Sabemos bem pouco acerca das origens desta futura santa. As principais fontes são o seu Diário e o relato de algumas testemunhas.

Por exemplo, a sua casa, com paredes de pedra e poucos móveis, é composta por 2 divisões, separadas por um corredor. O pavimento é de terra e as paredes não são rebocadas nem caiadas. A mãe faz queijo com grande perfeição. Todas as noites rezam o terço e dão graças por tudo o que têm.

Seu pai, Estanislau, lavrador e carpinteiro, era muito piedoso. Freqüentava sempre as Missas dominicais e cantava todos os dias o ofício da Imaculada Conceição, bem como o hino matinal. Na Quaresma, cantava as lamentações da Paixão. Era muito exigente com os filhos, e por isso Helena desde os 9 anos ajuda nos serviços da casa – debulhando o trigo, levando as vacas para o pasto e ajudando na cozinha. A mãe era uma boa mulher, muito dedicada e trabalhadora, particularmente sensível com os pobres. Assim se vai moldando o caráter de Helena (Dr. H. W.,Irmã Faustina. Apóstola da Divina Misericórdia, Loyola, S. Paulo, 1983, p. 30).

Vocação

A vida espiritual de Helena começara cedo. Em seu Diário escreve: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Depois da preparação recebida do Pároco, Pe. Romano Pawlowski, em 1914 faz a Primeira Comunhão, momento que muito lhe marcou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração se torna mais assídua e fervorosa. A mãe a encontrou várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena lhe explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”.

Os pais não aceitam facilmente a vocação da filha Helena. Em 1920 e 1922 a jovem lhes pede permissão para entrar no convento, mas os pais o recusam. Não possuem recursos para lhe dar o dote necessário, estão mergulhados em dívidas – e, acima de tudo, estão muito ligados à filha. Neste período recebeu o sacramento da Crisma, em Aleksandrów (1921). De modo especial a adolescente escuta com atenção as homilias dominicais, repetindo-as durante a semana, e também a leitura da Bíblia feita pelo seu pai, que mantém em casa uma pequena biblioteca.

Com dificuldades Helena iniciou os seus estudos (1917). É obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “Papai trabalha muito e eu não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal-apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanha, mas, ante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu Diário.

Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Decide entrar no convento. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1º/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas Jesus lhe apareceu e exortou: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti” (D. 19).

Revelações

Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor:
“Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372).

O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. 

Descreve esta primeira visão:

“Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).

Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000. Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008.

Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.

Páscoa

Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor.

Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.

No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki.

A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia, ano de 1946:

“Como mensageira do exército clandestino da Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s).

O processo informativo para a canonização da Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus, Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de outubro, que marca seu nascimento para o céu.

Caro devoto e apóstolo de Jesus Misericordioso:

Se você deseja conhecer mais sobre a vida desta grande cristã, adquira o Diário de Santa Faustinae a biografia escrita por Sophia Michalenko, intitulada: Misericórdia – Minha Missão, através do nosso Apostolado.

“A Misericórdia é o maior atributo de Deus” (D. 611)
Santa Faustina Kowalska: rogai por nós!» in http://www.misericordia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=65


Santa Faustina Kowalska e as visões do Paraíso, do purgatório e do inferno. (RELATOS DO DIÁRIO)


5 de Outubro - Vivemos hoje um caldo social politicamente parecido, embora muito diferente, da "situação" que levou Salazar ao Poder!



«Portugal e a Ditadura Salazarista

O golpe desencadeado pelas forças armadas, em 1926, instaurou em Portugal, uma ditadura militar, tal como acontecia noutros países da Europa.

Contudo, a instabilidade política e os problemas económicos persistiram o que fez agravar o défice orçamental e a dívida externa do país. Foi neste contexto de grande instabilidade que o general Óscar Carmona foi eleito Presidente da República em 1928.

Ao entrar na presidência, Carmona convidou António Oliveira Salazar, professor na Universidade de Coimbra, para ministro das finanças. Este aceitou o lugar, na condição de supervisionar os ministérios e de ter direito de veto sobre os aumentos das despesas.

Salazar conseguiu aumentar em muito o valor das receitas do país, graças à redução das despesas da Saúde, Educação, dos funcionários públicos e de outras despesas.

Desde logo ele é considerado o salvador da Nação, tendo conseguido um imenso prestígio.
O seu poder incidia em criar um estado forte, que garantisse a ordem, o que não se verificava no período da Primeira República, entre 1910 a 1926.

Para ele um estado forte devia assentar essencialmente no reforço do poder executivo, em que seria o seu chefe. Assim, substituía-se um pluralismo partidário por um partido único e abolia-se os sindicatos livres.

Em primeiro lugar, Salazar, defendia a preservação de valores tradicionais tais como Deus, Pátria e Família, de modo a formar uma sociedade educada e com bons princípios de moral.

O estado forte caracteriza-se ainda pelo imperialismo colonial e nacionalismo económico, à semelhança de Mussolini e de Hitler.

Em 1933, foi nomeado Presidente do Conselho, começando desde logo a preparar o texto da futura Constituição.

A nova Constituição foi promulgada em Abril de 1933 e pôs fim ao período da ditadura militar. Desde então, iniciou-se um novo período de ditadura a que o próprio Salazar chamou de Estado Novo.

A nova constituição mantinha eleições por sufrágio universal directo e reconhecia as liberdades e os direitos individuais. No entanto, estes direitos estavam subordinados aos direitos da Nação.

Com este novo regime, proclamado por Salazar, o poder do Governo sobrepunha-se ao da Assembleia Nacional e o seu poder ao do Presidente da República.

O poder era de tal modo repressivo, que as liberdades individuais, de imprensa, de reunião e direito à greve foram seriamente restringidas.

A influência de Salazar dominava todos os sectores da vida portuguesa, em que o período do Estado Novo é, muitas vezes, denominado de “salazarismo.”

Em 1936, além de chefiar o Governo, Salazar era titular da pasta das Finanças da guerra e dos Negócios Estrangeiros.

A Legião portuguesa que caracteriza o fascismo, bem como a Mocidade portuguesa, usavam uniformes próprios e adoptaram a saudação romana.

Os direitos dos cidadãos foram muito limitados, bem como as suas liberdades. Em 1926 tinha sido instituída a censura aos meios de comunicação social, teatro, cinema, rádio e televisão. Ela visava supervisionar todos os assuntos políticos, religiosos e militares.

O seu objectivo era impedir a divulgação de actividades contra o governo, bem como escândalos de vária ordem. Alguns livros eram proibidos e impedia-se a opinião pública livre. De modo que, podemos dizer que tudo era controlado.

Havia ainda, neste regime, uma polícia política com funções de repressão de crimes políticos criada em 1933.

A característica PIDE utilizava a tortura, física e psicológica, para obter confissões e denúncias, mandava prender, opositores ao regime, violava correspondência e invadia residências. Possuía ainda uma grande rede de informadores nas escolas, no trabalho e nos centros de convívio.

Todos estes meios do período salazarista ajudaram a consolidar o poder de Salazar e a manter a ordem. O ensino era controlado através da adopção de manuais únicos que ensinavam os valores do Estado Novo.

Assim, no tempo da ditadura Salazarista, até mesmo a mente das pessoas era influenciada pelos ideais da política salazarista.» in http://www.historiadeportugal.info/portugal-e-a-ditadura-salazarista/
----------------------------------------------------------------------------------
Ao analisarmos alguns pontos da crise da primeira republica, não poderemos deixar de encontrar alguns paralelismos com a atual situação sócio-política... o que não deixa de ser preocupante!


(A Primeira República - "Um curto momento de uma longa crise")


(Debate Público: Portugal, 100 anos depois da República)


(Medina Carreira: «A economia vai derrotar esta democracia»)

Óbitos - A jornalista Margarida Marante morreu nesta sexta-feira, aos 53 anos!

Premios Stuart (Lux)

«Morreu Margarida Marante

Jornalista portuguesa tinha 53 anos.

A jornalista Margarida Marante morreu nesta sexta-feira, aos 53 anos.

Iniciou a carreira em 1976, então com 20 anos, no Semanário Tempo, mas seria na televisão que ganharia notoriedade.

Na RTP, onde entrou em 1978, primeiramente para a recém-criada RTP2, apresentou vários programas de grandes entrevistas.

Passaria, depois, pela revista Elle, pela rádio TSF, pelo semanário Expresso, voltando ao pequeno ecrã em 1992, desta feita para a SIC, onde permaneceu até 2001, depois de apresentar programas como «Sete à Sexta» e «Crossfire», entre outros.

Foi casada com o empresário Henrique Granadeiro, de quem teve três filhos. Foi também casada com o jornalista Emídio Rangel.» in http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/morreu-margarida-marante-margarida-marante-morreu-margarida-marante-marante-morte-tvi24/1380788-4071.html



(Entrevista a Margarida Marante, em 2010)


Reportagem - Sons do Extremo [SIC]


(Margarida Marante)


(Sida, o nome da morte)

Amarante - A Nobreza Rural das Casas de Telões é deslumbrante!

DSC03195


Muito bonitas as casas rurais de Telões, em Amarante, neste Outono quente...

04/10/12

Política Nacional - O Jornalista António Orlando, da RCP 91.8 FM "radioclube-penafiel.pt" e correspondente do "Jornal de Notícias", faz aqui um resumo brilhante da mediocridade da classe política contemporânea!



«Política cega...

O sucessivo aumento de austeridade e consequente descontentamento popular por sucessivos Governos de mentira está, em meu entender, a ser subvalorizado pelos partidos do chamado “arco do poder”. Tenho para mim que tais partidos não perceberam que o mundo mudou. 

Uma simples convocatória numa rede social pôs um milhão de pessoas na rua. 

Se até aqui o discurso e as ações políticas viviam bem (diria muito bem) com a mentira alicerçada nos jogos de taticismo politico, a rua já deu sinais inequívocos que não vai tolerar mais este estado de coisas. 

Hoje em dia há uma franja muito bem informada que se encarrega de passar a informação desmontando os truques/trapalhadas/jogos sujos políticos. A memória reservada na Internet é avassaladoramente implacável. A memória já não se perde com o passar dos dias.

Mas eles, os partidos, órgãos pilares do regime democrático, continuam entretidos a olhar para o umbigo, crentes que, na hora da verdade (eleições) continuarão impunes. 

Senão vejamos: 

O CDS tenta fazer crer que está contra o aumento da carga fiscal promovida pelo governo do qual faz parte. 

O PSD apelida de ignorantes os críticos, alegadamente recua na TSU, aumenta os impostos e prova-se por “a” + “b” que a TSU era apenas um dos lados do aumento de austeridade. Ou seja, não era um, mas dois os planos de austeridade que o Governo tinha preparado para anunciar neste outono/inverno. Tanto mais grave que a primeira parte da austeridade visava o benefício das multinacionais monopolistas (casos de EDP, Galp, Banca, PT, etc) à custa do bolso dos trabalhadores” (ver entrevista do presidente da CIP, na ultima noite à SIC Noticias).

O PS, cúmplice da situação económica a que o país chegou, diz que está contra a austeridade do Governo mas recusa censurar esse mesmo Governo. Abstém-se. Não que esteja a favor da governação, pasme-se, mas porque tem contas a ajustar com o BE e PCP. Pelo meio espera que o Governo PSD/CDS passe ao estado de carvão pelo lume brando que o vai queimando. 

Não façam dos portugueses parvos.» in https://www.facebook.com/antonio.orlando.37/posts/369952989751732?notif_t=feed_comment_reply
----------------------------------------------------------------------------------------
Brilhante este seu pequeno texto, António Orlando, em que em poucas linhas, releva muito do "statos quo" nacional, em que há um divórcio completo entre a classe política e o povo; trata-se de uma cegueira propositada e teimosa, por isso perigosa!


(CQC 2008 Portugal - Ensaio sobre a Cegueira - Zé Pedro Vasconcelos)

Cidade de Lamego - O santuário de Nossa Senhora dos Remédios, descrito de forma magistral, pela pena do meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler!



«Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

No sítio onde está situado atualmente o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios existia antigamente outro local de diversão: desde 1361 que o povo acorria à capelinha dedicada a S.to Estêvão, peregrinando ao longo do desnível de 600 metros até atingir o cimo do monte. 

Em meados do Séc. XVI o pequeno templo ameaçava ruínas, o que levou o Bispo da cidade, D. Manuel de Noronha, a mandar construir nova igreja, à qual acrescentou nova devoção: uma imagem da virgem com a menina ao colo, que mandara trazer de Roma por ser considerada na «cidade santa» como grande remediadora dos males de que os crentes se lhe queixavam. Mas enquanto a virgem ia respondendo aos apelos dos crentes aflitos, conseguindo remédio para os seus males, o santo parece ficar esquecido das súplicas dos devotos, caindo no esquecimento. 

No dia 4 de Agosto de 1748 foi eleita uma comissão para constituição da confraria que deveria providenciar a edificação de um Santuário dedicado, em exclusivo, à famosa Senhora dos Remédios. Dois anos depois, no dia 14 de Fevereiro, procedia-se ao lançamento da primeira pedra para a construção. Entretanto, arrastaram-se as obras devido à sumptuosidade que lhes foram querendo imprimir, tendo apenas terminado em Setembro de 1905. O altar-mor ostenta um trono com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios. Os dois altares laterais são dedicados aos pais da virgem, São Joaquim e Santa Ana. Os azulejos que recobrem as paredes contam a História da Virgem e estão assinados por Miguel Costa, de Coimbra. 

Atente na decoração da fachada: cada espaço possível foi ocupado, não deixando nenhuma parte da parede vazia. Atreva-se a descer o escadório composto por 686 degraus. O primeiro patamar, conhecido por Pátio dos Reis, representa 18 monarcas e sacerdotes de Israel pertencentes à árvore genealógica da Virgem. A decoração de cada patamar e as sucessivas variações de perspetiva, ajudarão a amenizar a peregrinação. E lembre-se que ainda mais difícil seria subi-los... 

Se visitar Lamego em Setembro, saiba que, entre os dias 6 e 8, se realiza a grande romaria iniciada por D. João VI, considerada a «romaria de Portugal». Um dos momentos altos de festa em honra da Senhora dos Remédios é a procissão do Triunfo: O andor é transportado por juntas de bois, com os carros magnificamente engalanados.» in https://www.facebook.com/groups/195115800537857/420692291313539/?notif_t=group_activity


(Lamego - Santuário Nossa Senhora dos Remédios)


(EN Lamego: Festas de Nossa Senhora dos Remédios)


(Lamego, Nossa Senhora dos Remédios)


Política Nacional - José Lello omitiu, durante 14 anos, uma conta num fundo, partilhada com a mulher, com mais de 658 mil euros. A conta foi aberta em 1988, mas o deputado do PS, apesar de estar obrigado a declará-la ao Tribunal Constitucional (TC) desde 1995, apenas o fez quando entregou a declaração de rendimentos relativa ao início de funções de deputado em 2009!



«Lello escondeu conta milionária

José Lello não declarou conta no BCP no valor de 600 mil euros.

José Lello omitiu, durante 14 anos, uma conta num fundo, partilhada com a mulher, com mais de 658 mil euros. A conta foi aberta em 1988, mas o deputado do PS, apesar de estar obrigado a declará-la ao Tribunal Constitucional (TC) desde 1995, apenas o fez quando entregou a declaração de rendimentos relativa ao início de funções de deputado em 2009. Lello justifica a omissão da conta com o desconhecimento da lei.

A declaração de rendimentos do início de funções em 2009 indica que Lello tem "50% da conta conjunta referente a um fundo gerido pelo Private Bank do BCP no valor global de 658 083 euros". O ano da abertura da conta não é indicado nessa declaração, mas num documento entregue no TC em Agosto de 2011 completa essa informação ao referir que o deputado tem "50% da conta conjunta referente a fundo aberto em 1988 e gerido pelo Private Bank do BCP". Uma informação confirmada pelo próprio José Lello.

O deputado justifica a omissão da conta de forma simples: "Durante um certo período, não conhecia bem a lei e não sabia que tinha de declarar essa conta." Foi graças a um técnico do grupo parlamentar do PS que Lello soube que tinha de declarar a conta. E sublinha: "Não tenho nada para esconder." Quando entregou a declaração do termo de funções no Secretariado do PS, no final de Setembro de 2011, a conta tinha 633 486 euros.

CONTROLO DA RIQUEZA EM RISCO

Mais de três anos depois de ter ficado com a responsabilidade de fiscalizar as declarações de rendimentos dos titulares de cargos políticos, no âmbito do combate à corrupção, o Ministério Público diz que não estão reunidas as condições adequadas para cumprir essa função.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deixa claro no seu último relatório de actividades que "se se quiser dar um conteúdo real e efectivo à referida e inovatória competência do Ministério Público será, muito provavelmente, necessário complementar o lacónico regime legal com normas de índole procedimental e de carácter organiza tório". E será também necessário obter "a colaboração de pessoal qualificado" para analisar e comparar as declarações.» in http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/lello-escondeu-conta-milionaria
--------------------------------------------------------------------------------------
Esquerda de Veludo: "Ai Lello, falas tanto, não bate a bota com a perdigota..."


(José Lello omitiu conta de €658 mil ao Tribunal Constitucional)


(José Lello no seu melhor!)


(José Lello culpa portugueses pelo seu endividamento!)

Amarante Saúde - O presidente da Câmara de Amarante disse esta quarta-feira à agência Lusa ter recebido do secretário de Estado da Saúde a garantia de que o novo hospital da cidade, concluído há um ano, vai abrir dentro de um mês e meio!



«Novo hospital de Amarante abrirá dentro de mês e meio

O presidente da Câmara de Amarante disse esta quarta-feira à agência Lusa ter recebido do secretário de Estado da Saúde a garantia de que o novo hospital da cidade, concluído há um ano, vai abrir dentro de um mês e meio.

“Foi-me dito que abrirá nesse prazo e cumprindo o programa funcional que está previsto desde o início”, acrescentou Armindo Abreu (PS).

O autarca de Amarante disse ter participado na terça-feira numa visita às instalações, acompanhando do secretário de Estado Manuel Ferreira Teixeira, do presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Castanheira Nunes, da administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e o do líder da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, o autarca de Lousada, Jorge Magalhães.

Armindo Abreu revelou ter sido informado pelos responsáveis da tutela de que decorrem ainda vários concursos para equipamento, incluindo da rede informática, e que outros, nomeadamente para meios complementares de diagnóstico, deverão abrir em breve.

Sobre o interior das instalações (a visita não foi divulgada nem aberta à comunicação social), referiu ter constatado na visita “uma bela obra com algum mobiliário”, mas admitiu que falta ainda “muita coisa” em termos de equipamentos mais avançados.

Por isso, Armindo Abreu assume estar com algum receio de que a programação volte a não se confirmar, repetindo-se o que vem ocorrendo desde o início do ano, com sucessivos adiamentos nas datas de abertura.

Ainda assim, o autarca socialista fez um balanço positivo da visita de terça-feira, evidenciando o compromisso do Governo de cumprimento do programa funcional do hospital, com todas as valências nele contemplado, incluindo a urgência básica, com apoio médico-cirúrgico até às 22:00.

Um Junho, Armindo Abreu garantia à Lusa que, se a programação funcional do novo hospital não fosse cumprida, a autarquia exigiria ao Governo a devolução dos 750 mil euros investidos pelo município.

O autarca referia-se ao acordo celebrado em 2006 entre a autarquia e o então ministro da Saúde, Correia de Campos, no qual o ministério se comprometia a construir uma nova unidade hospitalar de proximidade, com hospital de dia e cirurgia de ambulatório, num investimento de cerca de 40 milhões de euros.

Em contrapartida, a autarquia aceitava disponibilizar o terreno e assumir a construção dos acessos, num investimento de cerca de 750 mil euros.

Para o autarca, é importante que o hospital "abra com todas as condições e bem equipado", o que poderá atrair mais médicos que têm sido deslocalizados de Amarante (Hospital de S. Gonçalo) para Penafiel (Hospital Padre Américo), no âmbito da política de funcionamento do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.» in http://www.rcmpharma.com/actualidade/politica-de-saude/04-10-12/novo-hospital-de-amarante-abrira-dentro-de-mes-e-meio
------------------------------------------------------------------------------------
Não devemos é aceitar a boa fé da Doutora Ana Paula Vitorino e do sucateiro de Ovar, que nos levaram os carris da Linha do Tâmega...


(Amarante Hospital de Amarante)

Amarante Desporto - O Desporto em Amarante, alguns considerandos… artigo a publicar na próxima edição do Jornal de Amarante!




«O Desporto em Amarante, alguns considerandos…

Muitas vezes recordo com saudade, os torneios de futebol de cinco que existiram nos tempos da minha juventude, no campo polidesportivo aberto, da florestal. Além de tudo, era um grande espaço de convívio intergeracional da população amarantina e não só, dado que à nossa cidade vinham equipas e apoiantes de todos os concelhos vizinhos. Foi para mim, um privilégio ver ali jogar atletas maiores do futebol amarantino, como Paulo Antunes, Paulo Laranjeira, Carvalho, entre muitos outros. Era igualmente, um espaço privilegiado para os atletas mais amadores se mostrarem e revelaram-se ali muitos jogadores de futebol, com bastante valor, incógnitos até então.

Entretanto, nesse local, são construídas as Piscinas Municipais de Amarante, que poderiam e deveriam ter potenciado uma prática desportiva no campo da natação, com as duas vertentes exigíveis num investimento deste tipo: manutenção e desportiva. Nesta área, no campo desportivo, fomos claramente ultrapassados por concelhos vizinhos: Penafiel, Fafe e Felgueiras. Felgueiras é a este nível, um município exemplar, que apostou forte na vertente competitiva, levando a que muitos jovens dos concelhos limítrofes, lá se dirijam, para praticarem natação de alto nível competitivo. 

Recentemente, Amarante evolui, com a construção das Piscinas de Real, em Vila Meã, num investimento mais bem pensado e adequado. Futuramente, Amarante acabará por ter de gastar muito dinheiro, para corrigir erros do passado, com a construção de um complexo de piscinas, mas desta vez, com muito mais acerto e abrangência desportiva futura…

Entretanto na década de oitenta começam a pulular pelas freguesias campos de futebol pelados e sem estruturas físicas de apoio que, foram dando lugar a torneios entre freguesias, até à constituição da FADA (Federação Associações Desportivas de Amarante), que colocou muita gente amadora a jogar futebol de onze, numa vertente mais séria… acho até que, de algumas forma, se perdeu o espírito inicial, tornando-se demasiado competitiva, mais polémica e azeda, com muito menos convívio enriquecedor. Mesmo assim, considero que a FADA contribuiu e muito, para o crescimento do desporto nas freguesias, assim como das suas infra estruturas e do seu desenvolvimento sócio cultural.

Foram posteriormente construídas duas infra estruturas desportivas em Amarante: o Pavilhão Gimnodesportivo e o Complexo Desportivo da Costa Grande. Também aqui se lamenta que um investimento desta envergadura, não tenha atingido os patamares de funcionamento impostos ao seu aproveitamento integral. Note-se que o Pavilhão Gimnodesportivo, não dispõe de altura mínima exigida para a prática desportiva profissional de voleibol, segundo me informaram técnicos da área, obstaculizando a organização de eventos desportivos que envolvam torneios internacionais, nomeadamente para jogos de Seleções Nacionais. A Pista de Atletismo da Costa Grande, não permite a organização de qualquer prova de atletismo ao nível de campeonatos nacionais, segundo me informaram, pessoas ligadas ao Atletismo. Sendo certas ou não estas premissas, penso que Amarante perde, ao não organizar com regularidade, eventos desportivos que tragam à nossa terra muitos atletas e público, pois perdemos visibilidade e oportunidade de dar uma imagem de cidade de vanguarda na área desportiva.

No automobilismo, em que Amarante tem uma enorme tradição, quem não se lembra do Dia de “São Rali”, em que a nossa Cidade era visitada por milhares de entusiastas do desporto automóvel e turistas em geral, nacionais e internacionais, parece que estamos a definhar. Agora, pelos vistos, nem o mais conceituado piloto amarantino, Vítor Pascoal, é patrocinado pelo nosso município; mas, imagine-se, recebe o apoio do Município de Baião, que não me parece que tenha mais recursos financeiros que o nosso. Vai daí, o nosso grande piloto não pode concorrer no escalão maior da modalidade… e o nome de Amarante já não aparece com a mesma evidência, nas provas de automobilismo nacionais.

Na canoagem, em que até já tivemos um atleta olímpico, Joaquim Queirós, existe agora com a construção da Barragem de Fridão, a ameaça de destruição do Complexo Desportivo das Fontainhas, em que o ABC desenvolve o seu trabalho de treino, onde se disputam provas nacionais e internacionais, estágios de equipas de todos os cantos do mundo; portanto, uma infra estrutura de grande impacto e relevo desportivo, para Amarante. Também nisto, parece que mais uma vez vamos perder, pois o mínimo que se exigiria era que se pedissem contrapartidas sérias ao principal beneficiário da obra, a EDP…

Foram recentemente inaugurados três centros escolares, com toda a pompa e circunstância, no nosso concelho. Trata-se de estruturas educativas de excelência, mas que e quanto a mim, pecam num aspeto essencial. Haverá algum projeto educativo no século XXI que não privilegie a prática desportiva, a saúde e os hábitos de higiene?... - Penso que a resposta é óbvia: -Não! Onde estão as estruturas desportivas desses Centros Escolares?... Lembram-se quando foi defendida a construção de um Centro Escolar na freguesia de Real, ao invés da localização em Mancelos, com o argumentação a centrar-se na proximidade às Piscinas Municipais de Vila Meã, estribada na ideia de permitir uma prática desportiva regular aos alunos… e porque será que a taxa de utilização do pavilhão Gimnodesportivo de Vila Caiz, é muitas vezes superior à do Pavilhão Municipal de Amarante?... Será que em Vila Caiz se faz melhor promoção e gestão da política desportiva?... Será que as Escolas de Vila Caiz aproveitam o seu pavilhão com maior efetividade?... Será que Amarante vai continuar a ter alunos em escolas que não têm um pavilhão Gimnodesportivo? - É que estar à frente em matéria de educação é algo mais holístico, do que ter apenas mais Centros Escolares… 

No futebol, área que me diz muito, como antigo atleta juvenil e sócio do Amarante F.C., ainda espero sentado, a conclusão dos tão desejados e prometidos relvados sintéticos, para apoio à formação. Já há muitos jovens amarantinos que têm que se deslocar diariamente aos concelhos vizinhos de Penafiel, Paços de Ferreira, Freamunde, para poderem evoluir na sua progressão enquanto atletas, participando em campeonatos nacionais. Amarante tem muitas tradições no crescimento de atletas de grande qualidade, mas ultimamente a sua missão está dificultada com a impossibilidade de participação nos campeonatos nacionais de formação, pelo que podendo ser um centro de excelência para o desenvolvimento de atletas na nossa região, somos agora um dos municípios mais atrasados nesta área; basta olhar à nossa volta… muitos atletas na formação, ajudam a ter mais subsídios camarários, em detrimento de outras associações, mas não garantem a qualidade do processo formativo.

A nossa riqueza é grande em termos de património natural, com esplendidas praias fluviais, excelentes percursos na natureza, de montanha e há desportos que surgiram nos últimos tempos que têm evidenciado muito sucesso: ciclismo, atletismo, caminhadas em roteiros pré-definidos, paintball, competições de jipes, etc. A Ecopista do Tâmega, no meu entender de leigo na questão, mas de utilizador com alguma assiduidade da mesma, é um excelente e belíssimo percurso, mas não deveria permitir a convivência entre ciclistas e peões, dado que devido á orografia do percurso, com algumas descidas acentuadas, promove uma velocidade excessiva dos ciclistas, o que causa sempre um grande desconforto aos utilizadores pedonais da ecopista, que chegou a ser apelidada de ciclovia por muita gente, mas que, decididamente, não tem essa vocação… e qualquer dia pode haver um acidente grave, que naturalmente, não se deseja!

Helder Barros (http://informaticahb.blogspot.com, artigo a publicar na próxima edição do Jornal de Amarante)»


(Estratégias para o desporto em Amarante)


03/10/12

Liga dos Campeões: F.C. do Porto 1 vs PSG 0 - Dragões continuam a ter um grande prestígio internacional!

James ao serviço da vitória portista




















«Quem quer ser milionário?

Um golo espectacular de James, a sete minutos dos 90, permitiu ao FC Porto bater o Paris Saint-Germain por 1-0, somar a segunda vitória em dois jogos no grupo A da Champions League e dar um passe de gigante rumo à próxima fase da competição. A equipa francesa, recheada de vedetas, foi vulgarizada no Dragão e é caso para perguntar: com um futebol destes, quem quer ser milionário?

O presidente do PSG, o catari Nasser Al-Khelaifi gastou mais de 250 milhões de euros em jogadores como Ibrahimovic, Thiago Silva e Pastore, nos últimos dois anos. O FC Porto mostrou de novo ser capaz de fazer mais com menos: começou por entrar muito bem no jogo, trocando a bola a preceito, em passes geralmente curtos e em progressão. O futebol que os Dragões praticaram durante boa parte da primeira parte foi bonito, perante um adversário que se mostrou temeroso dos azuis e brancos. Com as linhas recuadas e apostando apenas no contra-ataque, os franceses deram sempre a ideia de que sairiam do Dragão satisfeitos com um empate.

Aos cinco minutos, já o guarda-redes Sirigu tinha passado por duas situações aflitivas: primeiro defendeu um cabeceamento de James e depois foi João Moutinho, após assistência de Jackson Martínez, a rematar às malhas laterais  No banco do PSG, Marco Ancelotti gesticulava, pois estava a sofrer um aperto inédito na época parisiense. Ibrahimovic encabeçou a reacção forasteira, cabeceando ao lado e obrigando Helton a defesa atenta, com um toque pouco ortodoxo. Pelo meio, aos 17 minutos, Moutinho rematou rente ao poste. Mesmo não conseguindo manter sempre o mesmo ritmo, o FC Porto nunca largou o domínio do encontro.

Até ao intervalo, os Dragões desfrutariam de mais dois lances para golo. Aos 28 minutos, James, de pé esquerdo, obrigou Sirigu a desviar para canto. Cinco minutos depois, Jackson cabeceou por cima da trave um livre cobrado por João Moutinho. Contas feitas, somavam-se cinco ocasiões de golo para a equipa da casa e duas para o Paris Saint-Germain. O nulo era lisonjeiro para os franceses.

No recomeço, Jackson e James tiveram oportunidades de remate em boa posição, mas apareceu sempre uma perna de um jogador adversário. O FC Porto reentrou efectuando de novo uma pressão muito alta, mas algo saía invariavelmente mal no capítulo do remate, mesmo quando os lances eram bem delineados. Exemplo disso foi um “tiro” à meia-volta de James, de primeira, em que a bola saiu milimetricamente ao lado do poste. Um minuto depois, aos 60, surgiria a melhor oportunidade de golo dos Dragões até ao momento: Moutinho ganhou a bola a meio-campo e isolou Varela, que não foi capaz de evitar Sirigu.

Ancelotti pressentia o perigo e trocava de lateral-direito, procurando “estancar” a sangria que Varela impunha no flanco esquerdo do ataque portista. Van der Wiel deu lugar a Jallet, aos 62 minutos, e aos 74 Vítor Pereira colocava no terreno de jogo Atsu, saindo Varela. A exibição do português nada deixou a desejar, mas a velocidade do ganês causou de imediato “estragos”: na primeira vez em que tocou na bola testou as luvas de Sirigu, e, aos 79, teve uma arrancada fantástica, de uns 30 metros, que terminou numa defesa milagrosa do guardião do PSG.

A justiça tardava, mas chegaria aos 83 minutos, num momento em que o FC Porto estava completamente instalado no meio-campo dos franceses, que já nem tentavam sair a jogar. Moutinho “inventou” uma jogada na esquerda, Fernando desviou o cruzamento de cabeça e a bola sobrou para James, que, na direita do ataque, rematou colocado, de primeira, fazendo o Dragão explodir. Mais do que merecidamente.

FICHA DE JOGO

FC Porto-Paris Saint-Germain, 1-0
UEFA Champions League, grupo A, segunda jornada
3 de Outubro de 2012
Estádio das Antas, no Porto
Assistência: 36.509? espectadores

Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann
Quarto árbitro: Stephen Child
Assistentes adicionais: Lee Probert e Lee Mason

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Varela por Atsu (73m), Lucho por Defour (81m) e James por Mangala (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber
Treinador: Vítor Pereira

PARIS SAINT-GERMAIN: Sirigu; Van der Wiel, Thiago Silva, Sakho (cap.) e Maxwell; Verratti, Chamtôme, Matuidi e Nenê; Ménez e Ibrahimovic
Substituições: Van der Wiel por Jallet (62m), Ménez por Lavezzi (73m) e Lavezzi por Pastore (80m)
Não utilizados: Douchez, Alex, Armand e Kevin Gameiro
Treinador: Carlo Ancelotti

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: James (83m)
Cartões amarelos: Thiago Silva (5m), Fernando (45m+1) e Jallet (71m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar» in 
http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfcppsgcro_031012_71081.asp



بورتو 1-0 باريس سان جيرمان - الجولة 2 - دوري... por MediaMasrTv


(Excelente golo de James Rodriguez a dar a vitória justíssima aos Dragões)

Amarante Desporto - 2.ª Gala da Associação Desportiva de Amarante, no dia 6 de outubro de 2012!


ADA, a desenvolver o deporto Amarantino há 35 anos...


(ADA - Andebol)


(ADA Andebol-1º Mega Churrasco 25-6-2011)

Amarante - O Padre Gonçalo não se esquece do Dia de São Veríssimo, nem da obra que realizou no lugar homónimo, em Amarante!




«BIOGRAFIA DE SÃO VERÍSSIMO

Testemunho de uma cristandade, de que pouco se conhece, o culto dos mártires Veríssimo, Máxima e Júlia, surge envolto em nebulosa, que apenas permite com rigor atentar na perenidade de uma memória cultivada em Lisboa, muito embora se estenda por outras zonas, como Coimbra, Braga e Porto. Na Diocese do Porto, têm S. Veríssimo como padroeiro as paróquias de Paranhos, Valbom, Nevolgilde, Lagares (Felgueiras) e São Veríssimo, de Amarante.

Uma das referências mais antigas referentes aos mártires de Lisboa surge no Martyrologium de Usuardo que, em 858, percorre diversas cidades hispânicas em busca de relíquias. Os testemunhos litúrgicos multiplicam-se ao longo dos séculos X e XI, sendo convergentes, ao consignarem o dia 1 de Outubro para memória dos três irmãos. O Padre Miguel de Oliveira sustenta a opinião de que “os santos mártires de Lisboa já estavam inscritos nos calendários uns 200 anos depois do seu martírio”. Devoção guardada no seio da comunidade moçárabe, o seu eco chega a Osberno, que, na relação da conquista de Lisboa, nos dá conta das ruínas do santuário que lhes estava devotado.

O percurso da vida destes mártires, impossível de averiguar com rigor, aparece descrito num códice quatrocentista da Biblioteca Pública de Évora, (cód. CV/1-23d). Segundo a “Legenda”, os irmãos lisboneses, Veríssimo, Máxima e Júlia, durante a perseguição de Dioclesiano (imperador romano de 284 a 305 d. C.), apresentaram-se espontaneamente ao executor dos éditos imperiais, confessando a fé cristã. Tentou ele dissuadi-los, com promessas e ameaças e, como nada conseguisse, mandou-os prender. Vitoriosos da prova do cárcere, aplicou-lhes o juiz vários tormentos: açoites, ecúleo, unhas de ferro, lâminas em brasa. Como ainda resistissem, mandou arrastá-los pelas ruas da cidade e, por fim, degolar. Assim alcançaram a palma do martírio a 1 de Outubro de 303 ou 304.

Não contente com o que lhes fizera em vida, perseguiu-os o juiz depois de mortos, ordenando que os cadáveres ficassem insepultos, para servirem de pasto aos cães e às aves, Como as feras os respeitassem, mandou então que os lançassem ao mar com pesadas pedras. Ainda os barqueiros não tinham regressado à praia e já os santos despojos lá se encontravam. Recolheram-nos piedosamente os cristãos e sepultaram-nos no lugar onde depois se erigiu uma Igreja que ainda por memória se chama “dos santos”.

Em 1529, a comendadeira D. Ana de Mendonça, mandou colocar as relíquias em cofre de prata, ao lado direito do altar mor, com o epitáfio seguinte: “Sepultura dos santtos martyres S. Verissimo, Santa Maxima & Iulia, filhos de hum senador de Roma, vindos a esta cidade a receber martyrio, por reuelação do Anjo. Iazem nesta sepultura os seos santos corpos, os quaes há 1350 annos que padecerão & forão trasladados a esta casa onde jazem”.

Quanto à naturalidade, nada se costuma afirmar com certeza. Só em época muito recente os hagiólogos os fizeram filhos de um senador romano e os imaginaram em Roma, em colóquio com um anjo que os mandou a Lisboa para confessarem a fé. Esta lenda reflectiu-se na iconografia: os três mártires são apresentados em traje e hábito de romeiros, com bordões compridos nas mãos, como pode ver-se num belo conjunto de três imagens, do séc. XVII, expostas ao culto na Igreja do extinto Mosteiro de Santos-o-Novo, em Lisboa, hoje paroquial de São Francisco de Assis, que guarda as relíquias dos mártires.

“Um sinal perene, e hoje particularmente eloquente, da verdade do amor cristão é a memória dos mártires. O seu testemunho não fique esquecido. Eles anunciaram o Evangelho, dando a vida por amor. Sobretudo nos nossos dias, o mártir é sinal daquele amor maior que contém em si todos os outros valores. A sua existência reflecte aquela palavra suprema, pronunciada por Cristo na cruz: « Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem » (Lc 23, 34). O fiel que tenha considerado seriamente a sua vocação cristã, dentro da qual o martírio aparece como uma possibilidade preanunciada na Revelação, não pode excluir esta perspectiva do horizonte da própria vida. Estes dois mil anos depois do nascimento de Cristo estão marcados pelo persistente testemunho dos mártires.

Também este século, que caminha para o seu ocaso, conheceu numerosíssimos mártires, sobretudo por causa do nazismo, do comunismo e das lutas raciais ou tribais. Sofreram pela sua fé pessoas das diversas condições sociais, pagando com o sangue a sua adesão a Cristo e à Igreja ou enfrentando corajosamente infindáveis anos de prisão e de privações de todo o género, para não cederem a uma ideologia que se transformou num regime de cruel ditadura. Do ponto de vista psicológico, o martírio é a prova mais eloquente da verdade da fé, que consegue dar um rosto humano inclusive à morte mais violenta e manifestar a sua beleza mesmo nas perseguições mais atrozes.

Inundados pela graça no próximo ano jubilar, poderemos mais vigorosamente erguer ao Pai o nosso hino de gratidão, cantando: Te martyrum candidatus laudat exercitus (o exército resplandecente dos mártires canta os vossos louvores). Sim, é o exército daqueles que « lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro » (Ap 7, 14). Por isso, a Igreja espalhada por toda a terra deverá permanecer ancorada ao seu testemunho e defender zelosamente a sua memória. Possa o povo de Deus, revigorado na fé pelos exemplos destes autênticos campeões de diversa idade, língua e nação, cruzar confiadamente o limiar do terceiro milénio. À admiração pelo seu martírio associe-se, no coração dos fiéis, o desejo de poderem, com a graça de Deus, seguir o seu exemplo, caso o exijam as circunstâncias.

João Paulo II, Incarnationis mysterium. Bula de Proclamação do Grande Jubileu, n,13.

Bibliografia:

MARTINS, Mário, A legenda dos santos mártires Veríssimo, Máxima e Júlia do códice C/V1-23d, da Biblioteca de Évora, in Revista Portuguesa de História 6 (1961) 155-166.

ID, A legenda dos santos mártires e o Flos Sanctorum de 1513, in Brotéria 72 (155-165).

MIGUEL DE OLIVEIRA, PE., Lenda e História. Estudos Hagiográficos, União Gráfica, Lisboa, 1964, 149-165.

JOÃO SOALHEIRO, Veríssimo, Máxima e Júlia, mártires de Lisboa, in EXPOSIÇÃO DO GRANDE JUBILEU DO ANO 2000, Cristo, fonte de esperança. Catálogo, Porto 2000, 188-189.» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4641306481782&set=a.1680907073647.2090621.1566673735&type=1

(Centro Pastoral de Amarante, obra lançada pelo Ex.mo Padre Gonçalo)
--------------------------------------------------------------------------------------------
Magnífico texto do Padre Gonçalo, que deixou marca nas paróquias de São Gonçalo e São Veríssimo.

O Centro Pastoral de Amarante, além da sua função de apoio religioso às supracitadas paróquias, tem sido uma autêntica sala de visitas da Cidade de Amarante. 

Acolhe desde acontecimentos formativos, aulas de dança, permite a realização de grandes dimensões, conferências, colóquios, palestras; enfim veio suprir uma grave lacuna de Amarante: a ausência de um espaço multiusos, com a devida dignidade.



Bem haja, Padre Gonçalo, alguns amarantinos nos quais me incluo, jamais o esquecerão e à sua abnegada obra que desenvolveu em Amarante, mormente, no campo social, na rede de humanidade que criou...


(A Igreja de São Veríssimo em Amarante)

02/10/12

Liga dos Campeões: Galatasary 0 vs S.C. Braga 2 - Bracarenses reforçam prestígio internacional na Turquia!

Guerreiros do Minho conquistam Istambul

«Guerreiros do Minho conquistam Istambul

O Sporting de Braga venceu no terreno do Galatasaray por 2-0.

O Sporting de Braga venceu hoje fora o Galatasaray, por 2-0, em jogo da segunda jornada do Grupo H da Liga dos Campeões de futebol.

Em Istambul, o médio português Ruben Micael (27 minutos) e o brasileiro Alan (90+4) deram os primeiros três pontos ao Sporting de Braga na competição, enquanto os turcos continuam sem pontos.

O Manchester United passou a ter seis pontos, depois de vencer fora o Cluj, que ainda esteve em vantagem, com um tento de Kapetanos (14 minutos), mas o holandês Van Persie acabou por garantir a reviravolta, aos 29 e 49.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/liga_dos_campeoes/artigo/2012/10/02/guerreiros_do_minho_conquistam_i.html
-----------------------------------------------------------------------------------
Grande Braga, mais uma equipa do norte de Portugal a ganhar cada vez mais prestígio internacional!



2012.10.02 (19h45) - Galatasaray 0-2 Sp. Braga