«Parque Escolar: Excesso de construção e desperdício
As escolas construídas pela Parque Escolar (PE) são significativamente maiores do que equipamentos idênticos no Reino Unido, Irlanda, Bélgica ou Suíça. A Inspecção-Geral de Finanças comparou a área total modernizada pela empresa com obras idênticas realizadas naqueles países e concluiu que cada aluno ocupa, em média, cerca de 9 m2, enquanto os jovens portugueses têm um espaço de 12 m2 para cada um.
Os auditores da IGF garantem, contudo, que «não é possível concluir, com base nessa comparação, que as escolas nacionais se encontram sobredimensionadas» , lê-se na auditoria. Mas se a PE tivesse seguido a média europeia em termos de área de construção por aluno, poderia ter poupado uma quantia cerca de 600 mil euros.
A própria OCDE – que estudou 108 obras levadas a cabo pela empresa pública e elogiou o seu contributo para o aumento da qualidade de ensino – refere que a metodologia seguida em Portugal levou à edificação de «espaços generosos, mas, dada a limitação de recursos, é possível que isso prejudique outros objectivos: as escolas desnecessariamente grandes irão impor custos adicionais de energia, limpeza e manutenção».
A OCDE aconselhou, aliás, uma reformulação do cálculo dos espaços necessários para as novas escolas, uma ideia que foi acolhida pela Parque Escolar na fase que está agora em execução.
A eficiência energética das obras realizadas pela Parque Escolar é também alvo de críticas da IGF. Não só o esforço energético representa o triplo do que existia nas antigas escolas – com os consequentes aumentos nas contas da luz –, como as novas legislações energética e de climatização obrigaram a mudanças que encareceram as obras em 850 milhões de euros.
Endividamento preocupa
A derrapagem financeira das obras levou a empresa a aumentar consideravelmente as dívidas à banca. Até 2012, a IGF prevê que a dívida a longo prazo da Parque Escolar suba para os 1,6 mil milhões de euros, ficando o restante financiamento garantido por fundos comunitários e pelo Orçamento do Estado. Em 2011, a empresa teve de se financiar na banca para obedecer a uma ordem dos então ministros Teixeira dos Santos e Isabel Alçada, para comprar por 73,7 milhões de euros sete prédios à Estamo.
A IGF analisou igualmente os valores das rendas que o Estado tem que pagar à Parque Escolar pelas escolas intervencionadas. A empresa exige o pagamento de 319 milhões de euros nos próximos três anos, mas a IGF entende que esse valor é excessivo e propõe a redução para cerca de 273, 3 milhões de euros.
O Governo decidirá o valor justo.
Segundo a IGF, a Parque Escolar também não respeitou as ordens dadas por Nuno Crato em Junho do ano passado. O ministro queria que a empresa reduzisse os custos em 2,5 milhões de euros, mas esta só conseguiu poupar cerca de metade desse valor (1,2 milhões). A suspensão de diversos contratos de consultoria, por exemplo, ficou-se pelos 850 mil euros (67% do objectivo que tinha sido definido pela tutela). E só foram cortados 428 mil euros nos custos com pessoal (42% do objectivo fixado).
O FC Porto perdeu este sábado dois pontos no Dragão, ao empatar (1-1) frente à Académica, num encontro em que somou oportunidades de golo no segundo tempo. O tento portista foi de penálti, convertido por Hulk, em cima do minuto 90, mas antes ficaram dois lances similares por assinalar. O árbitro Marco Ferreira, que permitiu à equipa de Coimbra praticar antijogo sem qualquer sanção, deixou passar.
Ao longo dos primeiros 45 minutos, o FC Porto não se conseguiu libertar da teia imposta pela Académica. Bem organizada e com marcações atentas, a formação de Coimbra conseguiu impedir que o futebol dominador dos portistas desse origem a remates. No entanto, convém analisar o lance que dá amarelo a Reiner, aos sete minutos: o defesa brasileiro da Académica toca a bola com o braço dentro da grande área, pelo que haveria lugar a um penálti e não a um livre directo.
De resto, destaque-se da produção portista dois livres desviados na grande área forasteira por Maicon (três minutos) e Janko (38). A grande oportunidade de golo do primeiro tempo foi porém protagonizada por Hulk, que surgiu isolado em cima do intervalo, mas o lance acabou cortado por Pape Sow. No entanto, ao descanso, valia o golo de Edinho, aos 39 minutos, na sequência de um cruzamento de Saulo.
Na segunda parte, o FC Porto partiu para cima da Académica e somou inúmeras oportunidades de golo, especialmente a partir do momento em que Djalma e Kléber substituíram Sapunaru e Rolando. Vítor Pereira assumiu o risco de colocar a equipa a jogar com apenas três defesas e o resultado foi um domínio absoluto sobre a partida.
Seria fastidioso enumerar todas as situações criadas pelos Dragões, mas vale a pena sublinhar o minuto 56, em que Hulk viu um cartão amarelo, por suposta simulação, num lance em que sofreu grande penalidade. Desta forma, o “Incrível” fica impedido de alinhar na próxima jornada, no terreno do Nacional, o que se torna numa dupla penalização. Aos 67 minutos, João Moutinho, que, na Luz, acertou na trave na marcação de um livre directo, repetiu o “feito”. O filme do jogo parecia apontar um desfecho cruelmente infeliz para o FC Porto.
Em cima do minuto 90, e na enésima bola lançada para a área da Académica, Pape Sow evitou com a mão que do lance resultasse uma situação de remate do FC Porto. À terceira, o madeirense Marco Ferreira lá apontou para a marca dos 11 metros e Hulk converteu o penálti, que ofereceu um pouco de justiça ao marcador. A reviravolta esteve próxima, em novo lance de Hulk, mas surgiu um corte de um jogador da Académica a evitar o desvio vitorioso.
Foi um FC Porto com mais coração do que cabeça aquele que conseguiu o empate. E, para além disso, a primeira parte foi jogada a um ritmo demasiado lento. Porém, o resultado acaba por ser mentiroso face ao volume de jogo e à acção do árbitro madeirense. E é precisamente na Madeira, na sexta-feira (19h00), que os azuis e brancos vão travar a próxima batalha na luta pelo título. E convém recordar que, independentemente deste empate, vão chegar lá como líderes da Liga.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Académica, 1-1 Liga portuguesa 2011/12, 22.ª jornada 10 de Março de 2012 Estádio do Dragão, no Porto Assistência: 36.019 espectadores
Árbitro: Marco Ferreira (Madeira) Assistentes: Sérgio Serrão e Nelson Moniz Quarto árbitro: Luís Ferreira
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Lucho; Hulk (cap.), Janko e James Substituições: Fernando por Defour (37m), Sapunaru por Djalma (53m) e Rolando por KKléber (61m) Não utilizados: Bracali, Cristian Rodíguez, Alex Sandro e Otamendi Treinador: Vítor Pereira
ACADÉMICA: Peiser; Cédric, Pape Sow, Reiner e Nivaldo; Diogo Melo, Adrien e David Simão; Saulo, Edinho e Diogo Valente Substituições: David Simão por Danilo (65m), Diogo Valente por Magique (76m) e Saulo por João Dias (94m) Não utilizados: Ricardo, Hugo Morais, Rui Miguel e Marinho Treinador: Pedro Emanuel
«JUNIORES B NA FASE FINAL APÓS GOLEADA AO MARÍTIMO (5-0)
A equipa de juniores B do FC Porto goleou este sábado o Marítimo por 5-0, em partida referente à 6.ª e última jornada da segunda fase do campeonato nacional. Os comandados de Capucho conquistaram assim o direito de disputar a fase final da liga com Vitória de Guimarães, Sporting e Benfica.
Este sábado, no mini-estádio do Olival, os Dragões nunca tiveram a vitória em causa, mas só uma segunda parte perfeita permitiu o avolumar do resultado para números confortáveis e dignos de líder.
Os jovens orientados por Nuno Capucho chegaram ao intervalo com a magra vantagem de 1-0, graças ao golo de André Ribeiro apontado aos 39 minutos, o que exemplifica a boa resposta dada pelos madeirenses na primeira parte.
Com o avançar do relógio o equilíbrio foi-se esfumando e os Dragões reforçaram a sua superioridade com a melhoria da eficácia ofensiva: Belinha (41 min), Ivo (54 e 58 min) e Pedro Santos (66 min) fizeram o gosto ao pé e fecharam as contas do 1.º classificado nos 18 pontos, 20 golos marcados e zero sofridos.
O FC Porto Vitalis empatou este sábado no pavilhão do Madeira SAD, por 24-24, na primeira jornada da fase final, mas alargou a liderança do Andebol 1 de dois para três pontos. Os Dragões somam agora 33, estando Benfica (que perdeu no terreno do ABC) e Sporting empatados na segunda posição, como mais directos perseguidores.
Ao intervalo, o FC Porto vencia por 13-15, como resultado de uma grande eficácia de remate. Mesmo cometendo algumas falhas técnicas, os azuis e brancos mantiveram uma eficácia de 100 por cento nos remates durante mais de metade da etapa inaugural. Aos 17 minutos, os portistas somavam 12 remates e 12 golos, oito deles de segunda linha.
Os madeirenses, vice-campeões nacionais, recuperaram na segunda parte e, a nove minutos do fim, o FC Porto perdia por 23-20. Um “time out” solicitado por Ljubomir Obradovic revelar-se-ia decisivo, com os Dragões a conseguirem um parcial de 4-1 nos últimos minutos. Sublinhe-se o regresso, em boa forma, do cubano Quintana à baliza.
Depois de três jogos “on the road”, o campeão e líder regressou a casa para vencer o Vitória de Guimarães (75-63). O encontro da 19.ª jornada da Liga ficou marcado por um equilíbrio só desfeito nos minutos finais. Com 25 pontos, Greg Stempin distinguiu-se como o melhor marcador da partida, mas foi Rob Johnson quem emergiu na qualidade de MVP.
Após as dificuldades experimentadas no primeiro período, geradas pela intensidade defensiva do Vitória, que impôs aos Dragões uma produtividade diminuta (8) e completamente inesperada, o campeão repôs a normalidade no segundo quarto, mais que triplicando a capacidade anotadora (27-15).
Decomposta a espécie de decalque do modelo defensivo portista com que Fernando Sá surpreendeu nos minutos iniciais, os azuis e brancos assumiram o domínio do jogo, mas não o controlo absoluto, que o adversário questionava em frequentes aproximações no resultado: não igualava, mas também só por uma vez permitiu que a diferença superasse a dezena (29-27).
Com o marcador electrónico estacionado nos 49-46 à saída do terceiro período, o Vitória mantinha o jogo em aberto no último quarto, mas Stempin fechou-o a 40 segundos do final, com o cesto que proporcionou a segunda diferença da partida capaz de superar a dezena de pontos (71-60). Curiosamente, ambas da sua responsabilidade, ou não tivesse o norte-americano garantido a condição de melhor marcador, dado que não bastou para se aproximar do duplo-duplo de Rob Johnson, o MVP, com 14 pontos e 13 ressaltos.
FICHA DE JOGO:
Campeonato da Liga, 19.ª jornada 10 de Março de 2012 Dragão Caixa, no Porto Assistência: 830 espectadores
Árbitro principal: Fernando Rocha Árbitros auxiliares: Pedro Maia e Jorge Cabral
FC PORTO FERPINTA (75): Reggie Jackson (0), Carlos Andrade (12), João Santos (14), Greg Stempin (25) e Rob Johnson (14); David Gomes (0), Miguel Maria (0), José Costa (3), Miguel Miranda (6), João Soares (0), Diogo Correia (1) Treinador: Moncho López
VITÓRIA DE GUIMARÃES (63): Julian Blanks (9), Rui Mota (10), Paulo Cunha (2), Maris Gulbis (13) e Brian Morris (14); André Bessa (13), John Waller (0), João Torrié (2) Treinador: Fernando Sá
O FC Porto Império Bonança goleou este sábado o Riba D’Ave, por 8-1, em jogo da 19.ª jornada do campeonato nacional, que lidera agora com 51 pontos, mais cinco do que o Benfica. Reinaldo, Pedro Gil e Tiago Santos, com dois golos cada, foram os artilheiros de serviço de um encontro em que os Dragões estiveram melhor na segunda parte, em que apontaram seis tentos.
Face ao 14.º classificado do campeonato, os portistas entraram em força na partida e chegaram ao 2-0 em cinco minutos, graças aos tentos de Pedro Gil (na conversão de um livre directo) e Filipe Santos (assistido por Pedro Gil, que fez um passe por baixo das pernas). José Miguel Soares reduziu a vantagem portista, aos 14, estabelecendo o resultado ao intervalo (2-1).
Apesar de Reinaldo Ventura ter desperdiçado um penálti e de algumas bolas nos ferros, o FC Porto não esteve no seu melhor na etapa inicial, revelando-se pouco eficaz e, a espaços, pouco inspirado ofensivamente.
O bloco baixo do Riba D’Ave dificultou o trabalho portista, mas não resistiu no segundo tempo, em que os Dragões conseguiram um parcial de 6-0. Com um jogo de ataque mais alegre e eficaz, os golos foram-se sucedendo: Tiago Santos (26m), Reinaldo (29 e 33m, de livre directo), Pedro Gil (33m) e Gonçalo Suíssas (40m) foram os marcadores. Tiago Santos, na conversão de uma grande penalidade, fechou a contagem, no último minuto.
No próximo sábado, o FC Porto terá um desafio decisivo no rinque do Liceo da Corunha, na discussão do acesso à “final 8” da Liga Europeia.
FICHA DE JOGO
FC Porto Império Bonança-Riba D’Ave, 8-1 Campeonato nacional, 19.ª jornada 10 de Março de 2012 Pavilhão Dragão Caixa, no Porto
Árbitros: Joaquim Carpelho (Setúbal), Paulo Romão (Lisboa) e Carlos Morais (Porto)
FC PORTO: Nelson Filipe (g.r.), Filipe Santos (cap.), Pedro Moreira, Pedro Gil e Tiago Santos Jogaram ainda: Gonçalo Suíssas, Nelson Pereira e Reinaldo Ventura Treinador: Tó Neves
RIBA D’AVE: Telmo Fernandes (g.r.), Pedro Salgado, António Cruz, André Alves e Joel Ferreira (cap.) Jogaram ainda: Vitor Pimenta, José Soares, Pedro Pereira (g.r.), Pedro Sousa e Pedro Nogueira Treinador: Fernando Sousa
Ao intervalo: 2-1 Marcadores: Pedro Gil (2m e 33m), Filipe Santos (5m), José Miguel Soares (14m), Tiago Santos (26m e 50m, pen.), Reinaldo (29m e 33m) e Gonçalo Suíssas (40m)
«Pão cozido com recheio de lampreia é novidade em Entre-os-Rios
Farinha cozida a forno de lenha e recheada de pedaços suculentos de lampreia é a novidade da edição deste ano do festival daquela iguaria, que decorre até domingo em Entre-os-Rios, Penafiel.
O pão de lampreia, como é designada esta proposta gastronómica, foi criado, pela primeira vez, pelas mãos afinadas de Maria Rosa, uma comerciante afamada na região pelo pão com chouriço e a bola de carne que vende regularmente, com grande sucesso, nas festas e romarias.
Há algumas semanas, com a proximidade do festival da lampreia, Maria Rosa foi desafiada por um vereador da autarquia de Penafiel a juntar a sua destreza na confeção do pão com chouriço, de dezenas de anos, a um ex libris do concelho, a lampreia de Entre-os-Rios.
A massa usada é exatamente igual à do pão com chouriço, garante a comerciante.
O que varia é o recheio, constituído por pedaços de lampreia à bordalesa, previamente cozinhados.
A massa e o recheio são levados ao forno aquecido. A cozedura demora cerca de 15 minutos.
Reaberta a porta do forno, o bolo, fumegante, surge transfigurado, com um tom mais moreno, crocante e transpirando um aroma convidativo. Os apreciadores de lampreia, que já degustaram, asseguram que este bolo é um pitéu.
Neste festival da lampreia, Maria Rosa vende cada exemplar, na sua banca, a dois euros e meio, um valor que, garante, não é suficiente, atendendo ao custo elevado da lampreia.
"Não é para ganhar dinheiro, é para ajudar a divulgar a lampreia de Entre-os-Rios", disse, confessando não saber como iriam reagir os fregueses à novidade.
Aproveitando o festival da lampreia, muitas pessoas acorrem a Entre-os-Rios para comprarem aquela iguaria. Os apreciadores procuram, sobretudo, algumas senhoras idosas, vendedoras e guardiãs dos segredos da preparação da lampreia, como Conceição Semide, de 74 anos, na arte desde os 10.
Esta comerciante, herdeira de uma mercearia dos avós, junto à estrada que atravessa a localidade ribeirinha do Douro, prepara, à vista de quem quiser, com denodo, cada lampreia.
Enquanto os clientes, na borda da estrada, aguardavam a sua vez, a septuagenária explicou à Lusa que a preparação é fundamental para garantir que a iguaria resulte mais saborosa no prato dos comensais.
Cada lampreia, depois de apanhada no rio, fica de 10 a 15 dias num tanque com água de mina, não comendo durante esse período.
A preparação, pouco antes da venda, inclui a lavagem com água a ferver para tirar o aspeto viscoso e a rega do animal com vinagre de sangue, temperado com salsa.
"As nossas lampreias podem ir logo diretas para as cozinhas das pensões", disse, querendo demonstrar a qualidade do preparo.
Por isso, Conceição Semide garante que tem alguns clientes há mais de 40 anos. Os mais fiéis vêm de longe, alguns de Lisboa, muitos do Porto e outros de Trás-os-Montes.
Não fosse a clientela fidelizada por décadas de trabalho, hoje o negócio podia estar mais difícil, porque, observou, cada vez mais gente se dedica à venda de lampreia.
"É por causa do desemprego", afirmou, conformada.
Hoje, em resultado da crise, a lampreia está um pouco mais acessível, custando cada exemplar entre os 15 e os 30 euros, consoante o tamanho.
«Campanha que denuncia "senhor da guerra" do Uganda é fenómeno viral
Um documentário sobre a situação das crianças soldado do Uganda, criado pela organização não governamental Invisible Children, está nas bocas do mundo. O vídeo, de quase 30 minutos, já foi visto e partilhados milhões de vezes.
Uma organização não governamental conseguiu chamar a atenção de todos nos últimos dias. Decididos a denunciar o "senhor da guerra" do Uganda, Joseph Rao Kony, os membros da organização Invisible Children criaram, há duas semanas, um documentário sobre o flagelo das crianças soldado, inserido numa falsa "campanha eleitoral" por Kony2012. O objetivo é trazer o nome de Kony ao conhecimento de todos e, consequentemente, lutar pela sua perseguição e condenação internacional.
Para já, o primeiro intuito parece ter sido conseguido. Senão vejamos os números: só no Youtube, onde o vídeo foi partilhado pela primeira vez há três dias, o documentário já acumula mais de 26 milhões de visualizações. O vídeo também tem sido muito partilhado nas redes sociais e a hashtag #StopKony já foi utilizada centenas de milhares de vezes no Twitter. Também expressões relacionadas com o tema, como "LRA", "Uganda" ou "Invisible Children", já fizeram parte dos "Trending Topics" mundiais. O Google+ tem, igualmente, sido um dos veículos utilizados no passa-a-palavra mundial. Também a comunidade do Instagram, um serviço de publicação e retoque de fotografias, se tem juntado à causa e diversas fotografias da campanha Kony2012 estão entre as mais partilhadas.
O vídeo apela a um evento massivo no dia 20 de abril a que deram a designação de "Cover the Night", com o intuito de espalhar pelo mundo panfletos e posters com a cara de Joseph Kony. Diversas páginas de evento têm sido, com esse intuito, criadas no Facebook para diversas cidades, como é o caso de Glasgow, Florida ou Melbourne.
A causa está a receber o apoio de diversas celebridades, como Rihanna ou P. Diddy, que têm ajudado a passar a mensagem ao público mais jovem que os segue nas redes sociais. Aliás, tal é pedido pela organização que deixa, na página de recolha de apoios, diversas ligações diretas a celebridades e políticos, incentivando os utilizadores a enviarem uma mensagem sobre a causa a pessoas como Oprah, Mark Zuckerberg ou Justin Bieber.
A iniciativa Kony2012 pretende denunciar Kony, que, como líder de um exército/guerrilha conhecido como LRA, tem comandado um conflito que afeta pelo menos quatro países africanos há praticamente duas décadas. Entre as suas principais vítimas estão as crianças, que rapta e transforma em escravos sexuais e soldados, razão que o colocou na lista de procurados pelo Tribunal Internacional desde 2005.
No entanto, algumas dúvidas têm sido levantadas relativamente ao grupo em si. Uma página no Tumblr, com o nome de Visible Children, por exemplo, coleciona algumas das críticas que circulam sobre a organização, que teve a sua génese em 2006. Entre as mais graves encontram-se dúvidas quanto ao orçamento da organização e onde este é gasto e relativamente à ajuda dada ao exército do Uganda, que também tem fama de ser violento.
Em resposta às dúvidas levantadas nos últimos dias, a página oficial do grupo no Tumblr tem, na primeira página, alguns esclarecimentos. "Fizemos tudo o que conseguimos para ser o mais inclusivo, transparente e factual que possível. Construimos esta organizalção com a ideia do 'ver para crer' na cabeça e é por isso que somos uma organização baseada em conteúdo média. Nós queremos que vocês vejam tudo o que estamos a fazer, porque estamos muito orgulhosos com o que fazemos", pode ler-se na nota partilhada ontem, quarta-feira, e que já acumula mais de mil partilhas.» in http://www.jn.pt/blogs/nosnarede/archive/2012/03/08/campanha-para-denunciar-quot-senhor-da-guerra-quot-do-uganda-233-fen-243-meno-viral.aspx
«Amarante: Comerciantes unem-se para dizer não à crise na 9ª edição da feira de stock-off
A nona edição deste certame promete preços ainda mais baixos para ajudar os clientes nesta época antes da páscoa.
Entre os dias 9 e 11 de março, a Associação Empresarial de Amarante (AEA) vai realizar a 9ª edição da Feira de Stock-off, com a presença de cerca de 20 lojistas.
Como em anos anteriores, devido ao êxito desta atividade, é esperada também para esta edição uma grande afluência.
O objetivo do Stock-off passa por escoar os produtos ainda existentes nas lojas, atraindo os clientes com os preços apelativos que se irão praticar.
Nesta iniciativa, onde os descontos oscilam entre os 30 e os 70 por cento, podem encontrar-se os mais diversos artigos, desde roupa, calçado, artigos desportivos, mobiliário, eletrodomésticos, entre outros.
A feira terá lugar no piso 0 do Pavilhão Desportivo de Amarante junto aos hipermercados.
Estranha esta divisão zona centro, vai o Amarante aos Açores fazer um jogo quase sem público... estranho futebol português, que viabilidade poderá ter...
O ministro da Educação acaba de demitir a administração da Parque Escolar, liderada por João Sintra Nunes. A decisão surgiu no dia em que o SOL noticiou que a empresa está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).
A semana ficou marcada por uma guerra de números entre Nuno Crato e a Parque Escolar. Crato foi ao Parlamento explicar que as obras da empresa tinham tido uma derrapagem de 400% em relação ao custo médio por escola inicialmente estimado. A empresa reagiu com um comunicado que acusava as notícias feitas acerca das declarações do ministro de serem um ataque ao «seu bom nome, e a honra e reputação dos seus dirigentes e colaboradores».
O gabinete de Nuno Crato não deixou sem resposta os números avançados pela administração da empresa pública e enviou às redacções um comunicado lembrando que «aquando da apresentação pública do Programa de Modernização da rede escolar, a 19/03/2007, foi referida pela empresa Parque Escolar a intervenção em 332 escolas, pelo valor total de 940 M€», mas que em 2011 se percebeu que as obras em apenas 205 escolas tinham custado de 3,168 milhões de euros.
Ou seja, o custo médio estimado por obra em 2007 era de 2,82 milhões de euros. Mas no ano passado constatou-se que o valor médio gasto em cada escola tinha sido de 15,45 milhões de euros.
Esta sexta-feira, o SOL avançou que o DIAP de Lisboa abriu um inquérito à Parque Escolar, depois de uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças ter revelado várias irregularidades.
Segundo o relatório a que o SOL teve acesso, existem suspeitas de que a fiscalização de algumas obras tenha sido feita com base em documentos falsificados, tendo sido pagos alguns trabalhos que não foram realizados.
Mas há outras decisões da administração liderada por Sintra Nunes, que estão a ser investigadas no inquérito. Entre elas está a má planificação das obras e o desvio financeiro que se verificou em relação ao plano inicial.
Entretanto, o Tribunal de Contas está a realizar também uma auditoria à empresa criada pelo Governo de José Sócrates, que se encontra em fase de contraditório.
«Parque Escolar: Inspecção de Finanças critica escolha de materiais de luxo
Mobiliários de luxo, materiais de construção excessivamente caros, deficiente funcionamento dos equipamentos de clilmatização instalados e desperdício energético – são queixas conhecidas de alunos e professores das escolas modernizadas pela Parque Escolar. A censura sai agora reforçada com conclusões idênticas da auditoria da Inspecção-Geral de Finanças (IGF).
Só nas chamadas instalações especiais (equipamentos eléctricos, climatização, gás e água), a Parque Escolar já gastou mais de 325 milhões de euros. Este valor representa 27% do custo total (1,1 mil milhões de euros) da 3.ª fase do Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário.
Parte desse valor explica-se, segundo os auditores, «por terem sido utilizadas algumas soluções com custo ou qualidade excessivos ao nível das instalações especiais».
A aplicação de iluminação decorativa, a utilização exagerada de equipamentos de halogéneo, a duplicação dos sistemas móveis de audiovisuais, o uso massivo de estores eléctricos (que nem sempre funcionam), a iluminação de parede quando já existe no tecto, são alguns dos muitos exemplos de desperdício dados pela IGF.
Rega em espaços sem jardim
Tal como o SOL já noticiou, foram instalados sistemas de rega em espaços que não têm jardins ou quadros electrónicos que não podem ser usados por falta de canetas especiais. Na Secundária de Pombal, por outro lado, foi construída uma biblioteca com um pé-direito de dois andares para colocar estantes que, por lei, não podem ter mais de dois metros.
Já na Escola Secundária de Tomar, foram instalados 12 candeeiros do arquitecto Siza Vieira – que custaram 20 mil euros –, pelo simples facto de constarem no projecto de arquitectura. Apesar desse artigo de luxo, os responsáveis pela gestão explicaram ao SOL, em Outubro, que não tinham dinheiro para pagar a conta da electricidade – problema que se multiplica um pouco por todo o país.
Os auditores constataram também nas visitas que realizaram às escolas já modernizadas que, tal como os alunos e professores referiram em diversas reportagens publicadas no SOL, existe «uma excessiva dependência de sistemas de ventilação mecânicos», por deficiente ventilação natural. Isso faz com que existam muitas queixas sobre a temperatura das salas, que são geladas no Inverno e um ‘forno’ no Verão.