Ninguém contempla as coisas admirado. Dir-se-á que tudo é simples e vulgar... E se olho a terra, a flor, o céu doirado, Que infinda comoção me faz sonhar!
É tudo para mim extraordinário! Uma pedra é fantástica! Alto monte, Terra viva a sangrar, como um Calvário E branco espetro, ao luar, a minha fonte!
É tudo luz e voz, tudo me fala: Ouço lamúrias de almas no arvoredo Quando a tarde tão lívida se cala Porque adivinha a noite e lhe tem medo
Não posso abrir os olhos sem abrir Meu coração à dor e à alegria. Cada coisa nos sabe transmitir Uma estranha e quimérica harmonia!
É bem certo quer tu, meu coração, Participas de toda a Natureza. Tens montanhas na tua solidão E crepúsculos negros de tristeza!
As coisas que me cercam silenciosas São almas a chorar que me procuram. Quantas vagas palavras misteriosas Neste ar que aspiro, trémulas, murmuram!
Vozes de encanto vêm aos meus ouvidos, Beijam meus olhos sombras de mistério. Sinto que perco, às vezes, os sentidos E que vou a flutuar num rio aéreo..."
Teixeira de Pascoaes ------------------------------------------------------------------- Muitos Anos de Vida e de Saúde, é o que Te deseja este Amigo, nesta data de Alegria! As minhas prendas não são materiais, mas de profundidade intelectual e sentimental que sei que o Meu Amigo vai Gostar; afinal Ôchoa e Pascoaes são Poetas Pares, do Humanismo, da Terra, dos Nobres sentimentos... não sei dar senão o pouco que é muito!
«O presidente portista garante que "vai continuar a lutar e a resistir para que Lisboa não seja, realmente, cada vez mais, o centro de tudo".
"O FC Porto está a mais no país que temos"
O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, disse sexta-feira, no jantar que assinalava o 10.º aniversário dos Dragões de Amarante, que "Portugal é, cada vez mais, um país estrangulado e centralista".
"Os momentos que se vivem no nosso país são extremamente delicados e difíceis para todos aqueles que querem fazer alguma coisa fora da capital do império", afirmou o dirigente portista, enquanto criticava os sucessivos adiamentos na regionalização e garantiu aos adeptos do clube "azul e branco" que "vai continuar a lutar e a resistir para que Lisboa não seja, realmente, cada vez mais, o centro de tudo"."Por mais pasquins que Lisboa tenha ao serviço e à promoção dos seus clubes e entidades, vamos continuar a lutar com a dignidade das gentes do Norte, com as gentes deste país, de Norte a Sul, para que não se confunda com o poder centralista da capital", acrescentou.
O presidente portista disse ainda: "O FC Porto está a mais no país que temos, mas é necessário para o país que nós queremos que Portugal seja".
Pinto da Costa disse que não vai estar "muito mais tempo à frente do clube", mas sublinhou estar em condições de garantir que no dia em que alguém o suceda "será alguém que traçará um rumo de vitórias".» in http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=O-FC-Porto-esta-a-mais-no-pais-que-temos.rtp&article=298818&visual=16&layout=55&tm=29
Foi um golo de Varela, aos 81 minutos, que deu justiça ao marcador e permitiu ao FC Porto vencer o Rio Ave por 2-1, na 11.ª jornada da Liga. Farías tocou de cabeça, após canto apontado por Raul Meireles, e Varela estourou para o fundo das redes. O remate de Varela acabou por ser uma bela metáfora da vontade dos Dragões em fazerem o segundo golo. Depois de inúmeros remates terem embatido em tudo quanto é sítio menos no fundo das redes, o «míssil» de Varela teve a potência equivalente ao grito que os adeptos portistas queriam soltar há vários minutos.
Verdade seja dita, o Rio Ave foi um adversário diferente do habitual: o FC Porto costuma receber equipas encolhidas e a jogar em contenção, mas os vilacondenses procuraram o jogo pelo jogo. Os comandados de Carlos Brito defenderam com muitos homens, mas tentaram dar um ar da sua graça no ataque.
Isso não quer dizer que o Rio Ave tenha criado muitos lances de perigo na área do FC Porto. Bem pelo contrário, os portistas assumiram o controlo desde o apito inicial e aos dois minutos até já tinham atirado por duas vezes perto do alvo, por intermédio de Belluschi e Álvaro Pereira. O tento de Hulk, que furou a defesa do Rio Ave, sempre em progressão, aos 23 minutos, foi o corolário lógico do rumo do desafio.
Porém, pouco mais de um minuto depois, na primeira jogada de verdadeiro perigo vilacondense, João Tomás fez o empate, com sabor a injustiça. Todo o trabalho que estava para trás tinha de ser refeito e o FC Porto pôs mãos à obra logo no minuto seguinte: Bruno Alves cabeceou, na sequência de um canto, e Zé Gomes cortou em cima da linha.
Depois, o caderno de notas de qualquer jornalista que tenha estado no Estádio do Dragão regista uma série de jogadas de perigo do FC Porto, cuja descrição integral seria fastidiosa. A título de exemplo podemos relembrar um cabeceamento de Falcao, aos 33 minutos, um livre de Hulk, aos 35, um remate à queima-roupa de Raul Meireles, aos 66, e novo livre de Hulk, aos 81. Todos estes lances tiveram o mesmo destino: intervenções quase milagrosas de Carlos, guarda-redes do Rio Ave, que assinou grande exibição. E nem relembramos aqui o penálti de Falcao, que atirou à barra, aos 56.
Perante tudo isto, teria sido tremendamente injusto que o FC Porto não saísse do relvado do Dragão com os três pontos. A justiça acabou por aparecer através do pé direito de Varela, que ultrapassou o feitiço que Carlos parecia ter lançado para proteger a sua baliza.
FICHA DE JOGO
Liga 2009/10, 11.ª jornada
29 de Novembro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 22.512 espectadores.
Árbitro: Paulo Costa (AF Porto).
Assistentes: João Santos e Nuno Manso.
Quarto árbitro: Artur Soares Dias.
FC PORTO: Beto; Fucile, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Hulk, Falcao e Rodríguez.
Substituições: Belluschi por Varela (65m), Farías por Rodríguez (68m) e Guarín por Raul Meireles (85m).
Não utilizados: Nuno, Sapunaru, Rolando e Valeri.
Treinador: Jesualdo Ferreira.
RIO AVE: Carlos; Zé Gomes, Gaspar, Fábio Faria e Sílvio; Vilas Boas, Vítor Gomes e Wires; Bruno Gama, João Tomás e Sidnei.
Substituições: Vítor Gomes por Tarantini (11m), Sidnei por Chidi (62m) e Wires por Wesllem (86m).
Não utilizados: Mora, Bruno Mendes, Ricardo Chaves e Evandro.
Treinador: Carlos Brito.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: Hulk (23m), João Tomás (25m) e Varela (81m).
Disciplina: cartão amarelo a Sílvio (10m), Gaspar (37m), Álvaro Pereira (69m), Bruno Gama (73m), Carlos (77m), Tarantini (80m), Maicon (84m) e Beto (93m).
1.º Golo do F.C. do Porto Apontado pelo Incrível Hulk!
Golo do empate do Rio Ave apontado pelo temível João Tomás!
Golo da Vitória apontado por Varela, na sequência de um pontapé de canto!
O FC Porto Império Bonança venceu este sábado no terreno do Paço d’Arcos por 7-3, em encontro da sétima jornada do campeonato nacional. Pedro Gil, que apontou quatro golos, foi a estrela maior de um desafio em que os Dragões já venciam por 3-0 ao intervalo, precisamente com um “bis” do espanhol. Reinaldo Ventura (2) e Pedro Moreira foram os autores dos restantes tentos. Com esta vitória, os octocampeões nacionais asseguram a permanência no topo da tabela classificativa.» in http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/HoqueiPatins/Noticias/noticiahoquei_hoqpacodarcosfcpcro_291109_48227.asp
O FC Porto Vitalis conquistou, este sábado, o sexto triunfo consecutivo no campeonato, ao vencer o S. Bernardo, em Aveiro, por 26-27, em desafio da 9ª jornada. Destaque para a exibição de Ricardo Moreira, melhor marcador da partida, com oito golos. Os restantes remates concretizados pelos Dragões foram da autoria de Inácio Carmo (5), Filipe Mota (3), Pedro Spínola (3), Tiago Rocha (3), Dario Andrade (2), Nuno Grilo (1), Wilson Davyes (1) e Álvaro Rodrigues (1).
O Eng. Campos, para mim sempre o Tio Guilherme que, com a sua Esposa Minha Prima Júlia, foram os meus verdadeiros Tios em termos sentimentais, que jamais esquecerei pela sua bondade e forma íntegra de estar na vida... e pelas Férias que passei várias vezes no Convento de Mancelos com os meus Primos! Simplesmente, tempos de outro Mundo! O Meu Primo Guilherme adorava fotografia, tinha até um mini-estúdio onde revelava as inúmeras e fantásticas fotografias que tirou. Destaco aqui um trabalho fotográfico que ele levou a cabo na Igreja de Mancelos, junto aos seus múltiplos jazigos ancestrais. Aqui fica uma prova do seu trabalho desinteressado que muito deve dizer aos verdadeiros Mancelenses!
«Presidente no 10.º aniversário da Casa de Amarante
O presidente do FC Porto vai participar, esta sexta-feira, nas comemorações do 10º aniversário da Casa de Amarante. Jorge Nuno Pinto da Costa vai ser acompanhado pelo presidente da Assembleia Geral do FC Porto, Sardoeira Pinto, pelo responsável pelas Filiais e Delegações, Alípio Jorge Fernandes, e pelo ex-atleta António Frasco.
A apresentação será feita por Salvato Trigo (Reitor da Universidade Fernando Pessoa) e incluirá uma mesa redonda que terá como intervenientes António Mega Ferreira, Pedro Baptista e Celeste Natário, com moderação de Carlos Magno
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«Terá lugar no próximo dia 12 de Dezembro, sábado, pelas 15h30, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, o lançamento do quarto número da revista “Nova Águia”, cuja edição reflecte três temas centrais: Pascoaes, Portugal e a Europa.
A apresentação será feita por Salvato Trigo (Reitor da Universidade Fernando Pessoa) e incluirá uma mesa redonda que terá como intervenientes António Mega Ferreira, Pedro Baptista e Celeste Natário, com moderação de Carlos Magno.
No editorial da publicação pode ler-se – a propósito de Pascoaes – que «quem ficar refém da mera leitura, e desatenta, dos textos da fase renascentista e saudosista de Pascoaes, não aperceberá que ele, mesmo nesse período muito circunscrito da sua vida, e mormente na poesia anterior e na prosa posterior, é um poeta e um pensador maior europeu e mundial».
Dirigida por Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio, a revista, hoje adaptada ao século XXI, pretende seguir as “pisadas” de uma das mais importantes revistas nacionais, do início do século XX, intitulada “A Águia”, que contava, então, com a colaboração de importantes figuras da Cultura como Teixeira de Pascoaes, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
De periodicidade semestral, este número conta com a participação de vários autores e inclui um CD com uma palestra de Teixeira Pascoaes, gravada em 1952, no Porto, no qual se pode ouvir a “abissal voz de vate a invocar os fundos da Alma Ibérica”, dizem os responsáveis da publicação. A Câmara Municipal de Amarante prestou, também, o seu contributo ao ceder texto e desenho únicos de Ilídio Sardoeira, responsável pelo estudo do encontro de Heisenberg por Pascoaes.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=268
Eurythmics é um duo musical britânico formado em 1980 por Annie Lennox e Dave Stewart e ficou ativo durante toda a década de 80.
"Uma loira platinada e um cérebro pensante que cuida de arranjos, produção e direção artística". Muitos considerariam, assim, a grosso modo, o duo Eurythmics. Mas Annie Lennox e Dave Stewart foram muito mais do que isso. A história dos dois começou ainda nos anos 70 em bandas convencionais de rock, antes de se firmarem como um dos mais interessantes e originais nomes dos anos 80 e 90.
Após comemorar os 25 anos de carreira, a dupla teve todos os seus discos editados de forma remasterizada e com faixas bônus.
Embora nenhum disco ainda esteja programado, o Eurythmics voltou para uma série de apresentações. O que ninguém sabe ainda é se a volta é definitiva ou apenas momentânea.
O casal trabalhou junto pela primeira vez no grupo The Tourist em 1978, quando também começaram a namorar. Dois anos depois, eles saíram do grupo e terminaram o romance, mas não a parceria profissional. Nasceu o Eurythmics, com visual andrógino e um pop com soul music e rock.
Em 1983, esse "estranho" duo entrou para a história através do Michael Jackson, The Police e David Bowie nas paradas com a gélida e cativante Sweet Dreams (Are Made of This). Ao mundo era apresentado o Eurythmics, formado pela extraordinária cantora Annie Lennox e o talentoso faz-tudo Dave Stewart. O duo teve algumas paradas e voltas e atualmente se encontra em atividade, encantando seus antigos e novos fãs.
«AMARANTE: Amigos da biblioteca/museu edita livro do frade Tomás de Santa Teresa
(25-11-2009)
Esta obra descreve com pormenor o estado de destruição em que ficaram muitas localidades desta região após a passagem do Exército Napoleónico em Abril-Maio de 1809 aquando da II Invasão Francesa.
Acaba de ser editado pelo Grupo dos Amigos da Biblioteca/Museu Municipal de Amarante o livro "Viagem Sentimental à Província do Minho", do Frade Tomás de Santa Teresa.
Esta obra descreve com pormenor o estado de destruição em que ficaram muitas localidades desta região após a passagem do Exército Napoleónico em Abril-Maio de 1809 aquando da II Invasão Francesa. Foi escrita poucos meses após os acontecimentos a que se refere e dá-nos também uma ideia do número de vítimas das atrocidades praticadas pelos franceses.
É, por isso, uma obra fundamental para se compreender com exactidão o que então aconteceu e as suas consequências na vida quotidiana da Vila de Amarante mas ainda de várias freguesias dos extintos concelhos de Gestaço, Ovelha, Gouveia de Riba Tâmega, Santa Cruz de Riba Tâmega e ainda outras localidades.
Foi escrita poucos meses após a retirada dos franceses e resultou de uma viagem que o seu autor fez às terras por onde eles passaram.
Será apresentado no próximo dia 5 de Dezembro, às 16:00 horas, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, em Amarante.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=2684
Já tinha sido assim em Londres. Injusto. Mas no Dragão a dose, por excessiva, eleva o grau da maldade que o resultado fez a quem jogou mais e melhor. Incapaz, ainda assim, de provocar grande dano para lá da frustração de uma derrota num jogo de topo que o FC Porto deveria e merecia ter ganho.
Se dúvidas havia quanto ao projecto de jogo do FC Porto, já qualificado para os oitavos-de-final da Champions, um minuto foi tempo de sobra para as desfazer. Aos 52 segundos, muito antes de qualquer ensaio de encaixe, Raul Meireles estava já cara-a-cara com Cech, num lance que deixaria de valer numa decisão equívoca da equipa de arbitragem sueca.
O ajuste estratégico chegou depois, em 15 minutos de ponderação e cálculo, método com que o Chelsea procurava emergir, não conseguindo, no entanto, provocar mais do que uma intervenção atenta de Beto. No extremo oposto, Cech revelar-se-ia decisivo pouco depois, defendendo remate de Belluschi e recarga de Falcao.
Na altura, já o campeão português definia os ritmos e reaproximava o adversário da sua baliza, que não tardaria a estremecer num remate de Belluschi que embateu na trave, enquanto Cech, não podendo fazer mais, se limitava a seguir a trajectória da bola com o olhar.
Mas o resultado, que pouco, ou quase nada, quis ter a ver com o que se passara no relvado, seria selado por Anelka. Indiferente à reacção e à persistência portista, manteve-se inalterável num cabeamento de Rodríguez e, posteriormente, num remate de Hulk.
FICHA DE JOGO
UEFA Champions League, Grupo D, 5ª jornada
25 de Novembro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 38.410 espectadores
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Fredrik Nilsson e Mathias Klasenius
4º Árbitro: Martin Ingvarsson
FC PORTO: Beto; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi e Raul Meireles; Varela, Falcao e Rodríguez
Substituições: Varela por Hulk (60m), Belluschi por Guarín (71m) e Sapunaru por Farías (79m)
Não utilizados: Nuno, Valeri, Maicon e Tomás Costa
Treinador: Jesualdo Ferreira
CHELSEA: Cech; Ivanovic, Ricardo Carvalho, John Terry «cap» e Zhirkov; Mikel; Ballack, Deco, Malouda; Anelka e Drogba
Substituições: Ballack por Essien (68m), Deco por Joe Cole (76m)
Não utilizados: Turnbull, Kalou, Alex e Belletti
Treinador: Carlo Ancelotti
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Anelka (69m)
Disciplina: cartão amarelo a Fernando (50m), Ballack (58m) e Raul Meireles (79m)» in site F.C. do Porto.
View More Free Videos Online at Veoh.com Resumo de um Jogo em que o F.C. do Porto jogou bem, mas não chegou para um Chelsea muito forte!
A Feira Anual de Santa Catarina realiza-se nos dias 25 e 26 de Novembro na Vila de Celorico de Basto. Santa Catarina de Alexandria (festa em 25 de Novembro), nasceu e viveu na Alexandria no início do século IV.
As feiras e romarias tiveram desde os tempos mais remotos grande importância económico-mercantil na comunidade local.
Como refere a obra “Descripção de Basto” «em 1343 creio que já alli era a Vila, (do Castello de Celorico de Basto) porque alli se faziam umas grandes feiras annuaes, que principiavam no ultimo de Janeiro, de que fallão as inquirições de el-rei D. Affonso IV, e é de presumir que fosse então a cabeça do concelho.» e prossegue «Creio, porém, que primeiramente a cabeça do concelho e Villa de Basto era no logar que actualmente se chama Chello, porque o nome, com pequena alteração, é da antiga cidade que já disse havia em Celorico, e também porque alli ha um sitio chamado a Feira, aonde parece que tiveram assento primeiro as feiras do castello, acima ditas, o que indica ter sido cabeça do concelho.»
A grande Feira Anual de Santa Catarina (Feira Franca de Gado) durante décadas teve grandes concursos pecuários subsidiados pelo Grémio de Lavoura e Câmara Municipal, sendo o dia 25 dedicado ao gado bovino de raça barrosã e maronesa, enquanto o dia 26 era destinado ao gado suíno, sem distinção de raças mas com as secções de varrascos, porcas criadeiras, porcos ou porcas de quatro meses a um ano de idade e porcos gordos. No largo da feira (onde foi construído o edifício do Palácio da Justiça) foi instalada, em 1955, uma magnifica balança para pesagem do gado.
Dia de feira ou de romaria era, e ainda é, dia de convívio à volta de um copo de vinho verde acompanhado pelas sardinhas grandes a pingar na b’roa de milho.
Não há feira rural, em especial feira de gado, sem o seu lado festivo. Em dia de feira compra-se, vende-se e sabem-se novidades. A feira anual continua a ser o ponto de encontro por excelência da comunidade.
As colheitas estão feitas, começa a pensar-se no novo ano agrícola, interessa comprar e vender sim, mas também apreciar, comparar, aprender e ensinar nesse grande mostruário que é a feira.
Nos últimos anos o concurso pecuário, das raças frísia, galega, barrosã e maronesa, só para criadores do concelho, realiza-se durante a manhã do dia 26 de Novembro. Marcam sempre presença as roulotes das farturas, a pista dos carrinhos eléctricos, os carrosséis, tendas e estendais de bugigangas, de tudo se pode comprar nesta feira que actualmente decorre na zona envolvente ao Mercado Municipal.
A Vila, neste momento,
Apresenta um ar festivo,
O seu ambiente é atractivo,
Aumenta o seu movimento;
Pela sua Feira Grande
Que anualmente aqui faz.
- E que vantagens lhe traz,
seu nome mais longe expande.
Abre o curral, tira o gado,
Veste o fato domingueiro,
E ei-lo todo festeiro
Para o local destinado.
- P'ra, na feira, comparecer
Percorre longo percurso
Pois sabe que há um concurso
Por isso... vem concorrer.
Negócios... todos bem feitos;
os vendedores ambulantes
e os locais comerciantes
não s'tavam mal satisfeitos.
- Consta que uns tais «viajantes»
que tiram do bolso a massa
fizeram ali sua praça
sendo os melhores feirantes.
Por Evélio, in Notícias de Basto, 1954» in http://www.celoricodigital.blogspot.com/2006/11/feira-de-santa-catarina.html
«Santa Catarina de Genova – a santa do puro amor.
Santa Catarina de Genova foi uma santa dotada por Deus de excepcionais graças e foi classificada uma das maiores místicas.
Da sua experiência pessoal de purificação nasceu o seu brillante "tratado do purgatório". Foi determinante o seu influxo na vida eclesial do seu tempo, com o movimento do divino amor inspirado por ela, sobre a espiritualidade moderna através da escola francesa dos séculos XVI-XVII que trouxe muita admiração por ela. Morreu consumada pelo fogo devorante do amor na madrugada do dia 15 de setembro de 1510. Foi canonizada no ano 1737 pelo Papa Clemente XII. Pio, no ano 1943, a proclamou "Padroeira dos hospitais italianos".
Aos 12 anos teve a primiera visão do amor de Deus, na qual Jesus dividiu com ela alguns sofrimentos da sua Santa Paixão. Aos 13 anos decediu abraçar a vida religiosa no convento das irmãs de Nossa Senhora das Graças, onde sua irmã Limbania era já uma religiosa. Falou com o diretor da Ordem, mas não aceitavam meninas muito jovens na congregação. Isto causou uma forte ferida no coração de Catarina, mas não perdeu a sua fé no Senhor.
Aos 16 anos se casou com Juliano Adomo; matrimonio não por amor, mas por opportunismo político a qual foi submissa. Os primeiros anos foram tristes e desolados devido ao caráter difícil do marido. Catarina conseguiu superar a crise, depois da visão de Cristo que espalhava sangue e daquele momento ela se dedicou ao exercício da caridade.
Depois, o Nosso Senhor durante uma outra aparição, fez reclinar a cabeça de Catarina no seu peito, dando-lhe a graça de poder ver tudo através dos seus olhos e sentimento através do Seu coração traspassado.
Sempre demonstrou grande reverência e amor pela Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, o seu espírito permaneceu sempre recolhido, sobretudo recebendo a sagrada comunhão, muitas vezes lhe aconteceu de cair em êxtase e chorando orava Deus de perdoar os seus pecados.
A penitência que Catarina praticou era muito forte, tão forte que o nosso Senhor em uma ocasião lhe ordenou que cessasse de praticar estas mortificações e penitência tão severas e a isto, ela obdeceu.
Catarina morreu no dia 14 de setembro de 1507, dia da Exaltação da Cruz. O seu corpo foi sepultado no hospital onde serviu por mais de 40 anos. Alguns anos mais tarde, foi aberta a sua sepultura, os seus vestidos não apresentavam sinais de decomposição, o seu corpo era intacto, igual ao dia em que foi sepultada.
Jesus revela a Santa Catarina de Genova, o Purgatório e o Inferno.
Através do Divino fogo com a qual foi purificada na vida mortal, ela pode entender o estado das almas do Purgatório. Jesus lhe disse: "A alma é como ouro, deve ser purificada no fogo".
Revelou a ela que como o sol não pode penetrar em uma superfície coberta, assim e ao mesmo modo, também a chama do seu amor não pode penetrar nas almas que blocam o resistem a receber o seu Amor Purficador, porque Ele respeita a liberdade dos homens.
A alma que não deseja ser purificada na vida terrena e não encontra prazer na purificação, deverà sofrer uma purificação mais forte no Purgatório. Porque aqui na terra encontra complacência e consolação no Senhor.
As chamas com as quais a alma é purificada aqui na terra, são as chamas do amor divino, no Purgatório as chamas que queimam e purificam todos os nossos pecados não são chamas do amor divino por isto causam dor, angústia: não existe compaixão. E mesmo que o nosso amor pelo Senhor cresce, não tira nem diminui o tormento que se sente, mesmo quando se percebe os raios do Amor de Deus.» in http://digilander.libero.it/monast/purga/porto/caterina.htm
Quentin Tarantino junta-se a Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Christoph Waltz, Mike Meyers, Michael Fassbender e Mélanie Laurent num tributo a "Quel Maledetto Treno Blindato", um filme de guerra italiano, de 1978, realizado por Enzo Castellari e que saiu nos EUA com o título "The Inglorious Bastards".
Durante a II Grande Guerra assistem-se a corajosas lutas: do tenente Aldo Raine (Brad Pitt), conhecido como Aldo, o Apache, especialista nos escalpes e líder dos Sacanas, um grupo de soldados americanos escolhidos para espalhar o terror entre os nazis, eliminando-os com especial requinte; de Bridget von Hammersmark (Diane Kruger), uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa; e de Shosanna (Mélanie Laurent), uma rapariga judia sobrevivente ao massacre da sua família que acaba em Paris, a gerir um cinema durante a ocupação dos alemães.
Nessa sala de cinema, durante a grande estreia de "O Orgulho da Nação", um filme de propaganda nazi, em que o próprio Hitler e os principais líderes tinham previsto marcar presença, o grupo dos Sacanas e Shosanna cruzam-se com um objectivo comum: a destruição do III Reich.
«Justiça poética e outros assuntos
Por: Luís Miguel Oliveira (PÚBLICO) em 26 de Agosto de 2009
Ao centrar o filme no poder das imagens e das palavras, Quentin Tarantino dá a "Sacanas sem Lei" uma dimensão que transcende em muito a questão da Segunda Guerra Mundial.
Faríamos mal em acreditar que "Sacanas sem Lei" é o simples filme de aventuras na Segunda Guerra Mundial que a publicidade (alguma, pelo menos) tem querido vender. Tarantino recolhe elementos de múltiplos filmes de aventuras, na Segunda Guerra Mundial e não só (em certos momentos, a memória do "western", como género e como "mundo", é extremamente importante), mas o que faz com eles está bem longe de ser simples ou, sequer, típico. Por outro lado, e isto também é uma razão, esta Segunda Guerra Mundial não é bem a que conhecemos. Ou é a que conhecemos mas com um "twist", o "twist" suficiente para a lançar numa espécie de universo alternativo. Na cena crucial de "Sacanas sem Lei", quando as pilhas de rolos de película de nitrato pegam fogo ao estado-maior do Terceiro Reich, torna-se claro que Tarantino não reconstitui, reinventa, e que o seu filme é um exercício de história alternativa, de história ficcional.
Não necessariamente implausível nos seus pormenores decisivos: a película de nitrato ardia facilmente (como, se por mais nada, o leitor saberá através do "Cinema Paraíso" de Tornatore...) e os nazis gostavam muito de assistir a estreias de gala dos seus filmes de propaganda. Essa cena do incêndio, e como Tarantino não se tem cansado de dizer em entrevistas, reflecte o "poder do cinema" de modo simultaneamente "literal e metafórico". Ora tendo o Terceiro Reich vivido pelo cinema, e sido em parte não negligenciável uma construção para o cinema, que aqui o Terceiro Reich morra pelo cinema é menos um cúmulo absurdista do que um fecho de círculo, tão lógico e inevitável como qualquer outro. Num certo sentido, a Segunda Guerra de Tarantino é uma guerra decidida pelas imagens, combatida com as imagens.
Mais uma vez, o exagero é muito leve: toda a propaganda de qualquer dos lados em conflito sabia-o bem, fosse o lado dos alemães, dos americanos ou dos ingleses (Churchill chegou a comparar um filme, o "Mrs Miniver" de Wyler, a um "bombardeiro"). Elemento essencial da propaganda, consistia numa apropriação da imagem do inimigo, para a desviar, para a tornar na caricatura de si próprio. Em "Sacanas sem Lei" isto é, mais uma vez, "literal e metafórico": tudo se joga pela maneira como se podem controlar, interferir, dominar, as imagens do inimigo. É o que faz Shosanna, a miúda judia que gere o cinema que é o lugar central da acção, quando interpõe, por entre as imagens do filme de propaganda dos nazis, planos de si própria, em estética quase "riefenstahliana", a anunciar aos presentes o que lhes vai acontecer (e o plano em que o ecrã está já a ser consumido pelas chamas mas ainda se vê a imagem da rapariga a gritar algo como "olhem bem para mim, eu sou o rosto da vingança judaica!" é o plano mais absolutamente assombroso de "Sacanas sem Lei"). E é, a outro nível, o que fazem os "Bastardos", o grupo de americanos que dá ao nome ao filme mas tem uma presença quase secundária (em termos de "screen time", pelo menos), com a história das suásticas cravadas nas testas dos nazis que encontram pelo caminho: usar a imagem do inimigo, dominá-la, e utilizá-la contra ele (alguns dos nazis de "Sacanas sem Lei" terão tido mais dificuldade em viver anonimamente na América do Sul, depois da guerra, do que os seus equivalentes da vida real).
Justiça poética, claro, que como sabemos não tem forçosamente a ver nem com "justiça" nem com "poesia". É outra das coisas que liga "Sacanas sem Lei" aos filmes de Tarantino como "Kill Bill" ou "Deathproof"; e a personagem de Shosanna, cuja família é morta na primeira sequência, obviamente se aparenta com as mulheres em missão de vingança desses filmes.
Filme sobre imagens, "Sacanas sem Lei" não é menos um filme sobre palavras. Tarantino, dialoguista genial que chega ao ponto, nas entrevistas, de dizer que se vê como um "escritor" antes de ser ver como um cineasta, constrói praticamente todas as sequências como "peças de conversa", integralmente assentes num delicado equilíbrio do poder decorrente da linguagem e de quem a usa, e de como a usa - não é por acaso que uma das cenas mais prodigiosamente tensas de "Sacanas sem Lei" (a da taberna, com o jogo das adivinhas) decorre sob o signo dos sotaques e das expressões idiomáticas (mesmo quando são apenas gestuais, como descobre o pobre oficial inglês interpretado por Michael Fassbender). E ao centrar o filme, com uma expressão quase teórica, no poder das imagens e das palavras, no poder da linguagem visual e da linguagem falada, Tarantino conquista-lhe uma dimensão fria, "intelectual", nem por isso demasiado subterrânea, que transcende em muito a questão da Segunda Guerra Mundial. É um filme sobre o poder e sobre os instrumentos do poder, que hoje já não são analógicos mas digitais. Como se pega fogo a um monte de ficheiros de computador?
Por: João Lopes (DIÁRIO DE NOTICIAS) em 27 de Agosto de 2009
Picasso, heterodoxia e antinazismo
Com Brad Bitt, Mélanie Laurent e Christoph Waltz (prémio de melhor actor em Cannes), Inglourious Basterds/Sacanas sem Lei é um filme em que Quentin Tarantino põe à prova as fronteiras da história e da dramaturgia clássica.
Dos EUA chegam-nos ecos de algumas polémicas sobre o grau de “verdade” dos factos encenados por Quentin Tarantino em Sacanas sem Lei. Parece-me uma discussão pueril, enredada nas exigências desse “verismo” de telejornal que nos quer reduzir a crianças inertes, para sempre amarradas aos bancos da escola. É mesmo uma discussão que nos faz recuar ao ponto de começarmos a pôr em causa a Guernica de Picasso porque os cavalos não estão muito “parecidos”... Será preciso lembrar que a questão da “aparência” figurativa ou factual não basta para entender o que aconteceu nas artes dos últimos 150 anos?
Sim, é verdade que Quentin Tarantino introduz delirantes derivações na sua “reconstituição” da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente no tratamento de uma viagem de Adolf Hitler a Paris. Acontece que ele não está a fazer um tradicional filme de guerra. É mesmo duvidoso que Sacanas sem Lei se possa classificar, apenas, como filme de guerra (quanto mais não seja porque a expressão remete para um género altamente codificado da produção cinematográfica dos anos 40/50). Tal como em Pulp Fiction (1994) ou Jackie Brown (1997), a convocação de mil e uma referências cinéfilas desemboca numa mesma questão, central e obsessiva: o poder devastador das palavras. É verdade: Sacanas sem Lei é, no essencial, um filme de longos e elaboradíssimos diálogos através dos quais compreendemos que a identidade de cada um se está constantemente a decidir através da maior ou menor coincidência do seu corpo com a sua voz. Ou, se preferirem: da sua imagem com as suas palavras. Será preciso acrescentar que, em tempos de banalização digital, estamos perante uma complexa e exuberante celebração da dimensão mais carnal do cinema? Acredito que os mais inquietos se mostrem perturbados com a heterodoxia dos artistas e perguntem: e a ideologia? Essa é fácil: é antinazi.»