27/10/07

Amarante - O "dito cujo" de S. Gonçalo de Amarante, o Beato que colocou Amarante no mapa e de forma estratégica.


S. Gonçalo com os seus cravos vermelhos, na Igreja de S.º Gonçalo, em Amarante!


O famoso dito cujo de S. Gonçalo!

«Festas, Feiras e Romarias

São inúmeras as festas e romarias em Amarante. A mais importante é a que tem lugar em honra de S. Gonçalo, padroeiro do concelho, e que acontece no primeiro fim de semana de Junho, atraindo à cidade milhares de romeiros e foliões, vindos de todo o país.

Ao santo, que terá nascido em Tagilde- Guimarães por volta de 1200, e falecido em Amarante em 1262, estão associados dotes de casamenteiro, muito requisitados por moças e velhas solteiras, cujas preces se encontram caricaturadas nos doces fálicos, de tamanhos normais ou desmedidos que, nos dias de festa, se vendem abundantemente pelas ruas da cidade. As "festas pequenas" em honra de S. Gonçalo celebram-se a 10 de Janeiro de cada ano, dando início a muitas evocações que apenas o período da Quaresma faz esmorecer.

Em Fevereiro, no 1º fim de semana, comemora-se S. Brás em Telões, e, no 2º, Santo Amaro em Gondar.

Em Abril, também em Gondar, no lugar do Cavalinho, realiza-se a "Feira dos Burros", ou Feira dos 29 (por ser habitual ter lugar no dia 29), com origens na Idade Média, que arrasta multidões, ali idas para comercializar gado marrano e cavalar ou, a maioria, para assistir às corridas de burros e cavalos, muitas delas hilariantes, e celebrar a tradição.

Em Junho, depois de S. Gonçalo, evoca-se S. João em Gatão e Várzea, a 24 e 25; dia 26 celebra-se S. Paio em Oliveira; dia 29 festeja-se S. Pedro em Aboim, Ataíde e Canadelo.
Em Julho, no 3º domingo, celebra-se S. Veríssimo em Amarante e S. Tiago em Figueiró. No último domingo, comemora-se a Senhora do Campo em Gouveia-S. Simão.

O mês de Agosto é o mês grande das festas. No 1º fim de semana comemora-se o Divino Salvador em Freixo de Baixo; S. Martinho em Carneiro; Santa Maria em Gondar; Santa Ana em Telões e Senhora da Graça em Vila Caiz.

No 2º domingo, evoca-se o Sagrado Coração de Jesus em Figueiró; dias 13, 14 e 15, celebra-se a Senhora da Assunção (Senhora do Vau) em Gatão e as freguesias de Aboadela e Fregim honram Santa Maria. Nos dia 17 e 18, comemora-se S. Mamede em Bustelo e no penúltimo domingo realiza-se, em Telões, a festa em honra de Nossa Senhora de Fátima. No último domingo comemora-se a Senhora dos Remédio em Candemil e em Real celebra-se S. Raimundo.

Ainda em Agosto, mas em datas móveis, comemora-se Nossa Senhora de Moreira em Ansiães e S. Cristovão em Candemil.

Em Setembro, a 6, 7 e 8, celebra-se Nossa Senhora do Leite em S. Gens, Freixo de Cima, embora as festas durem até ao S. Miguel.» Fonte: http://www.cm-amarante.pt

Amarante, falada, pelo "coiso" do S.º Gonçalo. Aí está uma forma muito criativa, tradicional e bem humorada de promover uma terra. Gostei, particularmente desta. Viva o S. Gonçalo de Amarante!


"S. Gonçalo de Amarante
Casamenteiro das velhas
Virai-vos para as novas
Que mal vos fizeram elas!


Excelente link sobre o S.º Gonçalo de Amarante, em:
http://ismps.de/revista/Internet-Corres2/CM55-05.htm


26/10/07

Ângelo O Ochôa - Mais Poesia do Poeta!


Excelente fotografia do Poeta Ângelo Ochôa!

«‘Um dia, pra Deus, mil anos…’
111333 milénios volvidos, o sobejamente conhecido poeta,
um humano dentre os muitos filhos de Abraham,
sic dixit: Já decorreu o lapso de tempo
que demorou a extinguir-se a débil luzinha
provinda da mais longínqua das estrelas;
tenhamos agora revivida consciência do nosso último destino.
Os menininhos aprendizes das letras confundiam na cartilha
o nome impresso do vate, em tudo igual aos demais comuns nomes,
com o do avô lá de casa ou o da andorinha gémea ou o do fiel canídeo,
facto que não constituía, para as superiores instâncias, real preocupação:
Em qualquer parte dos conhecidos planetas
não escasseava a bambinos
tempo e tempo pra brincar.
Hoje em dia pouco ou nada sabemos
quanto aos pormenores relevantes
das vidas sumidas dos artistas;
no respeitante àquele com quem nos ocupávamos
há a anotar ter passado por banais constrangimentos:
Por não ter escrito nenhum soneto,
ou por não haver abraçado a sério a carreira diplomática.»


Deixem os Poetas falar, pois as probabilidades do Mundo ficar melhor, são infinitamente maiores! O Poeta Ângelo O Ochôa escreve e diz os seus Poemas, como poucos o sabem fazer!

The Cure - Uma estética musical curiosa e alternativa!








The Cure, a banda Inglesa que dourou os anos 80!

The Cure - "Lovesong"

The Cure - "Lullaby"

The Cure - "Close To Me"

The Cure - A forest

The Cure - "Just Like Heaven"
«The Cure
A banda ao vivo em 2007 na Singapura.
Origem
Crawley, West Sussex
País
Inglaterra, Reino Unido
Período
1976 - actualmente
Gênero(s)
Post-PunkRock AlternativoRock GóticoNew Wave
Gravadora(s)
FictionSuretone
Integrantes
Robert SmithPorl ThompsonSimon GallupJason Cooper
Ex-Integrantes
Michael DempseyMatthieu HartleyAndy AndersonPhil ThornalleyLol TolhurstBoris WilliamsRoger O'DonnellPerry Bamonte
Página oficial
http://www.thecure.com/
Os The Cure são uma banda de rock Inglesa formada em 1976 que surge inserida no contexto do Post-Punk e New Wave. São uma banda difícil de categorizar devido ao seu som bastante peculiar, que durante o seu percurso extremamente original esteve na origem de várias correntes musicais, tais como Darkwave, Coldwave, Gothic Rock, Rock Alternativo.
Aclamados nos fins dos anos 80 e princípios dos anos 90, passaram a ser negligenciados pela imprensa na segunda metade desta década. O novo século finalmente deu-lhes o reconhecimento devido, quando se aperceberam que os The Cure se tornaram num dos grupos mais influentes do rock alternativo ao serem referidos por várias bandas como uma das suas principais influências.
Com canções como "In Between Days", "The Lovecats", "Close To Me", "Lovesong", "Friday I'm in Love", "Just Like Heaven", "Lullaby" ou "Boys Don't Cry", os The Cure tinham vendido, em 2004, mais de 30 milhões de cópias, facto que os tornam numa das bandas alternativas de maior sucesso da história.[1]
Robert Smith é o líder desta banda desde o seu início e único elemento constante desde a sua formação.
Índice[esconder]
1 História
1.1 Início e formação (1973 - 1979)
1.2 Período obscuro (1980 - 1982)
1.3 Período de indefinições (1983 - 1984)
1.4 Sucesso Comercial (1985 - 1993)
1.5 Declínio comercial (1994 - 1999)
1.6 Ressurgimento (2000 - 2007)
2 Características musicais
3 Vídeoclipes
4 The Cure na cultura popular
5 Discografia
6 Integrantes
6.1 Formação actual
6.2 Ex-integrantes
7 Concertos em Portugal, Brasil e Galiza
7.1 Portugal
7.2 Brasil
7.3 Galiza
8 Notas e referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
10.1 Oficiais
10.2 Outros
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[editar] História

[editar] Início e formação (1973 - 1979)
A história dos The Cure, confunde-se com a de Robert Smith que nasceu em 21 de abril de 1959 em Blackpool, Norte da Inglaterra, mas que acaba por se estabelecer com a família em Crawley, um súburbio de Londres poucos anos mais tarde. Durante a sua adolescência é um rapaz problemático chegando a ser suspenso da escola que frequentava por ser considerado má influência para os seus colegas de escola; embora tenha voltado à escola normalmente sem que ninguém desse conta. A sua ligação à música começa apesar de tudo na sua escola, que permitia aos alunos nos períodos em que não tinham aulas usar esse tempo em actividades culturais em vez de salas de estudo. Robert Smith decide formar uma banda para não ter que estar fechado numa sala a estudar.[2]
O primeiro grupo mais sério que teve chamava-se The Obelisk que era composto por alunos da Notre Dame Middle School de Crawley. Esta banda era composta por Robert Smith no piano, Michael Dempsey e Marc Ceccagno na guitarra, Lol Tolhurst na percusssão e Alan Hill no baixo.
Em Janeiro de 1976 após deixar os Obelisk, Marc Ceccagno forma os Malice com Robert Smith , agora também na guitarra, e Michael Dempsey, que passou a baixista, juntamente com outros dois amigos de turma da St. Wilfrid's Catholic Comprehensive School.[3] Fartando-se rapidamente, Ceccagno abandona este projecto para se dedicar á sua nova banda, os Amulet.
Pouco tempo depois entra para os Malice vindo dos Obelisk, Lol Tolhurst e um guitarrista solo, já bastante conhecido na região pelas suas aptidões, Porl Thompson.[4] Após várias tentativas para conseguirem um novo vocalista para a banda, Peter O'Toole acabou por ser o escolhido.[5] Neste periodo faziam releituras de David Bowie, Alex Harvey, Jimi Hendrix, entre outros e começaram também a escrever o seu próprio material.
Após alguns concertos que correram menos bem, Robert Smith decide recomeçar com um novo nome, Easy Cure, que surge do título de uma música escrita por Lol Tulhurst.[6] Concorrem a um concurso promovido por uma editora independente Alemã, Hansa Records, que vencem, mas rapidamente percebem que o tinham ganho não pelo seu valor mas pela sua imagem. [7] Peter O'Toole abandona o projecto e Robert assume a voz do grupo em Setembro de 1977.[8] Pouco tempo depois rescindem o contrato com esta editora por esta não ter satisfeito de forma alguma às pretensões da banda.[9]
Robert Smith deixa de achar piada ao nome da banda e muda-o para The Cure, pois soava-lhe demasiado "West Coast".[10] Entretanto Robert Smith começa também a não gostar dos solos de Porl, pois pretendia um som cada vez mais minimalista, daí que em pouco tempo Porl Thompson também abandonaria o projecto.[11]
Nesta altura os The Cure passam a ser um trio composto apenas por Robert na voz e guitarra, Michael Dempsey no baixo e Lol Tolhurst na bateria. Enviam as suas demos a todas as maiores editoras, mas não obtêm qualquer resposta, excepto do A&R da Polydor, Chris Parry. Após uma longa conversa, com vários copos á mistura, assinam um contrato com Parry mas não pela Polydor, mas pela sua própria editora que acabara de criar, a Fiction Records, tornando os The Cure a primeira banda a assinar por esta editora.[12]

A primeira formação dos The Cure: Lol Tolhurst, Robert Smith e Michael Dempsey
O primeiro single da banda, "Killing An Arab" é lançado no Natal de 1978, single esse que é bem recebido pela crítica inglesa sem no entando deixar de criar polémica junto de pessoas menos informadas que pensaram que a música teria conteúdo racista.[13] O primeiro álbum, Three Imaginary Boys, só sai em junho de 1979, e foi igualmente recebido com muito boas críticas, ao ponto de apelidarem os The Cure de "os novos Pink Floyd" (do período de Syd Barrett).
No entanto o som que caracteriza o álbum, ainda com algumas influências punk, músicas rápidas e directas, já não são a imagem do Robert Smith desta altura mas sim de um Robert do passado, do periodo Easy Cure.[14] A capa original deste álbum tem a particularidade de não ter imagem alguma da banda mas sim três objectos comuns a representar a banda (candeeiro, aspirador e um frigorífico) e não ter o nome das músicas, apenas umas imagens relacionadas com cada uma delas, criando um certo mistério em torno da banda.[15] Mas o que Chris Parry queria demonstrar com esta atitude era que a banda valia pela sua música e não pela sua imagem. Nesta altura eles queriam demonstrar que eram apenas simples pessoas a fazer música, sem qualquer tipo de imagem.[16]
Começam a turnê de promoção ao álbum e pouco depois são convidados para serem a banda de suporte para a banda Siouxsie & The Banshees. Após uma invulgar deserção no seio desta banda em plena turnê, Robert Smith oferece-se para o lugar de guitarrista até ao fim desta e passaria a fazer os dois sets, tanto pelos Cure como pelos Banshees.[17]
Editam mais dois singles: "Boys Don't Cry" em julho e "Jumping Someone Else's Train" em outubro.
Assim, inicia-se a verdadeira essência da banda, desligando-se de sua fase embrionária mais ligada ao Easy Cure. O baixista, Michael Dempsey não se revia na direcção que a banda estava a tomar e decidiu afastar-se antes que Robert Smith o fizesse.[18] Robert decide convidar o baixista Simon Gallup e o amigo deste, o teclista Matthieu Hartley.[19]

[editar] Período obscuro (1980 - 1982)
Após a gravação deste primeiro álbum, Robert inicia pouco depois a gravação do periodo mais "negro" dos The Cure; a trilogia, Seventeen Seconds, Faith e Pornography. Este período é considerado por uma parte consideravel de fãs como a melhor fase da banda, na qual foram produzidas canções belas e soturnas como "A Forest", "Play For Today", "Primary", "All Cats Are Grey", "Faith", "Charlotte Sometimes", "One Hundred Years", "The Figurehead" ou "A Strange Day". À ilusão do Seventeen Seconds, segue-se a letargia do desespero em Faith. Todo esse desespero e emoções contidas transformam-se em raiva, ódio e num desespero ainda mais exacerbado em Pornography, tornando este álbum um marco para a música alternativa.
Robert Smith, que estava insatisfeito por não ter o controlo sobre certos aspectos, nesta altura passou a tomar as rédeas de todo o processo criativo e co-produziu Seventeen Seconds juntamente com Mike Hedges.[20] A Forest foi o primeiro single dos Cure a entrar no top de singles do Reino Unido, e foi a primeira música que se pôde ouvir deste novo período. Bastante diferente do que tinha sido feito anteriormente, é no entanto, a essência deste novo período e mesmo de toda a carreira.
Após a turnê de 1980, Matthieu Hartley deixa a banda. Hartley afirmou, "apercebi-me que a banda estava a ir numa direcção suicida, música sombria - do tipo que não me interessava de maneira nenhuma". [21]
Em 1981, satisfeitos com o ambiente reproduzido por Mike Hedges, gravam novamente com este produtor, desta vez o album Faith, que consegue levar mais adiante o ambiente depressivo presente no álbum anterior.[22]

Robert Smith nos teclados na Picture Tour de 1981.
Na Picture Tour de 1981 os concertos assemelhavam-se a cerimónias religiosas, com uma atmosfera altamente depressiva ao ponto da audiência não aguentar e provocar graves tumultos.[23] Nesta turnê, antes dos concertos, em vez de uma banda de suporte, apresentavam o filme Carnage Visors de Ric Gallup (irmão de Simon Gallup), um filme animado que criava a atmosfera pretendida para o início do concerto. Robert Smith vivia tão obsorvido neste ambiente depressivo, que em certas ocasiões chegava a terminar os concertos em lágrimas; já para o fim da turnê recusava-se a tocar músicas do primeiro álbum.[24]
Em 1982 editam um dos álbuns mais importantes da banda, Pornography, que é o pico deste período mais sombrio da banda. Um álbum gravado no limite da lucidez já muito perto da insanidade, provocada por vários excessos, sendo o mais evidente o consumo desmesurado de todo o tipo de drogas.[25] Este comportamento por parte de todos os membros da banda, torna-os demasiado frios e distantes e iria criar problemas entre eles em pouco tempo.[26] Este álbum inicia com a linha, "It doesn't matter if we all die" ("Não interessa se todos morrermos"), que define exactamente o pensamento da banda nesta altura. O desespero e o ódio presente no álbum pode ser abreviado pela concisão dessas primeiras palavras que ouvimos neste álbum.
Apesar das preocupações legítimas quanto a este álbum não ter um som comercial, é o primeiro álbum da banda a atingir o top 10 no top do Reino Unido, atingindo o oitavo posto.
Nesta altura começam também a alterar a sua postura de não-imagem e encetam uma mudança no seu visual na digressão do álbum Pornography. Pintam os olhos com batom (que com o suor dava uma sensação de estarem a sangrar dos olhos) e começam a deixar crescer o cabelo duma forma desgrenhada.
Vivia-se um ambiente de "cortar à faca" dentro da banda e os concertos eram feitos quase sem qualquer diálogo entre os membros. Este período, que levou os membros da banda ao limite das suas capacidades físicas e psíquicas, culminou em cenas de pancadaria entre Simon Gallup e Robert Smith em plena turnê de 1982.[27] Os The Cure como eram conhecidos até então tinham acabado. No fim da turnê a banda tinha acabado, apesar de oficialmente, o fim nunca ter sido confirmado.[28] Simon Gallup estava fora da banda.

[editar] Período de indefinições (1983 - 1984)
Em 1983, Robert Smith fazia também parte integrante da banda Siouxsie & The Banshees e é neste periodo com esta banda que Robert adopta a sua imagem de marca, inspirada na Siouxsie Sioux, pretendendo de alguma forma integrar-se estéticamente nesta banda de rock gótico; lábios esborratados de batom, olhos pintados e o cabelo levantado de uma forma despenteada.[29] Fez tanto sucesso que a sua imagem tornou-se um ícone.
O Robert nesta altura sentia-se perfeitamente confortável em ser somente guitarrista ao contrário do papel que tinha que desempenhar nos Cure, daí que temendo perder Robert Smith definitivamente para os Banshees, Chris Parry (dono da Fiction Records) incita-o a gravar algo diferente e mais comercial.[30]
Antevendo um descontentamento e desilusão dos fãs, o Robert sugere gravar com um nome diferente que não The Cure, mas Chris Parry consegue convencê-lo dos beneficios.[31] Por outro lado, Robert nesta altura estava com intenções de terminar com os Cure ou no mínimo, com todo o misticismo à sua volta daí que não foi difícil convence-lo a gravar algo completamente antagónico ao que os Cure representavam até esta altura. Assim em 1983 surgem os singles Let's Go To Bed e mais tarde The Walk (#12/UK) e The Lovecats (#7/UK). Como Lol Tolhurst já não conseguia evoluir mais na bateria, passou para os teclados. Andy Anderson, seria o baterista nestas gravações e futuramente seria o novo baterista da banda enquanto que o produtor e baixista, Phil Thornalley seria o novo baixista.[32]
Nesta altura, numa altura de indefinição quanto ao futuro dos Cure, Robert Smith inicia um projecto paralelo com o baixista dos Banshees, Steve Severin de nome The Glove. Apenas editam um álbum que foi bastante marcante para os dois, Blue Sunshine. Andy Anderson seria o baterista dos The Glove.[33]
Em 1984 os The Cure editam The Top, já com Porl Thompson, que já tinha estado ligado aos Easy Cure.[34] Este é um álbum na globalidade psicadélico, também influênciado pela passagem do Robert pelos Banshees e também pela digressão que estes fizeram por Israel.[35] É bastante diferente de tudo já alguma vez feito e deveras estranho, mas que com o tempo se torna cada vez mais apelativo e cativante. Um álbum que de tão estranho, foi recebido friamente e em parte Robert concorda com as críticas pois segundo ele, na altura, os The Cure eram ele e umas quantas pessoas e não verdadeiramente uma banda, de maneira que álbum foi quase completamente feito por ele. Robert Smith tocou neste álbum todos os instrumentos, com a excepção da bateria e saxofone.[36] The Caterpillar (#14/UK) é o único single deste álbum. Da tour de 1984 seria editado um vídeo gravado no Japão denominado de Live In Japan.

[editar] Sucesso Comercial (1985 - 1993)
Em 1985, após uma longa conversa num bar, Simon Gallup regressa aos Cure e Andy Anderson entretanto já tinha sido substituido por Boris Williams na tour do The Top.[37] The Head On The Door é lançado e desta vez conseguem verdadeiramente atingir o "mainstream". Os singles "In Between Days" e "Close To Me" são músicas que ainda hoje se ouvem em qualquer lugar. "A Night Like This" é o terceiro single do álbum. Para além desses clássicos este álbum possui outras preciosidades que marcam a história da banda como a Sinking, Push, The Baby Screams, entre outras. Foi um álbum que marcou a banda e os deu a conhecer ao mundo, pois até aqui tinham sido uma banda apenas conhecida em certos circuitos alternativos. Acerca deste álbum, Lol Tolhurst afirma, "Foi o álbum mais variado que já fizemos, um pouco como uma compilação de singles..."[38]
Em 1986 é quando o sucesso se torna num fenómeno de popularidade assim que os The Cure lançam a compilação Standing on a Beach/Staring at the Sea. Boys Don't Cry que em 1980, quando foi lançado não teve o sucesso esperado, em 1986 torna-se um hino da banda. Neste mesmo ano, Robert Smith chocou o mundo da música quando apareceu de cabelo cortado; a MTV dedicou vários blocos noticiosos acerca do assunto. Acerca do assunto, Robert afirma: "É muito mau quando as pessoas te reconhecem pelo teu corte de cabelo e não pela musica. Eu estava farto de ver tantas pessoas que se pareciam comigo."[39] Da tour de 1986 seria editado o vídeo In Orange.
Em 1987 gravam no sul de França um disco duplo, Kiss Me Kiss Me Kiss Me, um projecto arrojado, com músicas pop belas contrastando com músicas cheias de raiva, relembrando o periodo mais negro da banda. "Why Can't I Be You", "Catch", "Hot Hot Hot!!!" e "Just Like Heaven" são algumas músicas do lado pop que contrastam com "The Kiss", "Torture" ou "If Only Tonight We Could Sleep", "The Snakepit" entre outras. Actuam pela primeira vez num país Lusófono - o Brasil. Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo foram as cidades visitadas. Lol Tolhurst, estava com cada vez mais dificuldades para actuar ao vivo devido aos seus problemas de alcoolismo levando Robert Smith a optar por convidar Roger O'Donnell dos The Psychedelic Furs para o assistir.[40]

Robert Smith em 1985
Em 1989, surge o album que é considerado de uma forma mais ou menos consensual o melhor álbum da banda, Disintegration. Gravado numa fase particularmente difícil para o Robert, que na altura vivia a angústia da passagem para os trinta anos e da consciencialização de que o passado não volta, conseguiu canalizar todo o seu desespero para as suas letras e música.[41] Nunca o triste e belo estiveram tão perto da perfeição e foi considerado o álbum do ano para a Melody Maker. Com este disco e especialmente com os singles alcançam bastante atenção mundial. "Fascination Street", "Pictures Of You", e principalmente, "Lullaby" e "Lovesong" atingem óptimas posições nos "tops". Laurence Tolhurst, é afastado da banda devido aos seus problemas com o álcool e fraca contribuição para a banda, após um últimato do resto da banda a Robert Smith; Roger O'Donnell que já tinha sido contratado em 1987, assegura a função totalmente. [42] Após uma longa turnê mundial, que inclusive passa por Lisboa (Estádio de Alvalade), Robert despede-se com um "goodbye and I'll never see you again" (adeus e eu nunca mais vos verei novamente). Também afirmou á imprensa que esta seria a última tour que faria.[43] No entanto as suas ameaças não se viriam a confirmar.
Em 1990, "Lullaby" recebe um Brit Award para a categoria de melhor vídeoclipe.[44] Neste mesmo ano O'Donnell opta por deixar a banda e é substituído por um roadie, Perry Bamonte, que nunca tinha tocado teclados na vida.[45] Ainda em 1990, Robert Smith surpreende todo o mundo com um álbum de remixes de algumas das suas mais conhecidas músicas. Mixed Up é o nome do álbum, o qual choca tanto a crítica mundial como os seus próprios fãs. Deste album serão extraídos os singles, "Never Enough" e "Close To Me" versão remix.
Em 1991, os leitores do jornal de música Britânico, Sounds, elegem os The Cure como a melhor banda ao vivo. Ganham também o prémio para melhor video promocional (Never Enough), enquanto Robert ganha o prémio de melhor músico e melhor voz masculina.[46] Ainda em 1991, vencem outro Brit Award; desta vez são distinguidos como a melhor banda britânica.[47]
Em 1992 sai um novo disco de originais, Wish, que tinha a dificil missão de superar o admirável Disintegration. Por isso mesmo para muitos foi uma decepção mas esquecendo o facto de ser praticamente impossível superar tal álbum, Wish não deixa de ser notável. A Letter To Elise, High (#8/UK) e especialmente Friday I'm In Love (#6/UK) foram os singles, que mais uma vez atingiram os "tops" mundiais. O álbum atingiu o top de albuns mais vendidos no Reino Unido e foi segundo nos Estados Unidos. Ignorando a parte comercial, este álbum possui igualmente temas incontornáveis como Open, From the Edge of the Deep Green Sea, To Wish Impossible Things, entre outras. Foi o álbum de originais dos Cure que mais vendeu.
Os The Cure tinham atingido o auge da sua fama. Seguiu-se mais uma gigantesca tour mundial, da qual seriam editados dois álbuns; Show (com o lado mais comercial) e Paris (priorizando as canções mais intimistas). Aqui terminava mais uma fase dos The Cure. Boris Williams e Porl Thompson estavam de partida.[48]

[editar] Declínio comercial (1994 - 1999)
Após a debandada, Robert Smith estava também a lidar com o processo que Lol Tolhurst lhe moveu em 1991, contra a sua pessoa e a Fiction Records, por direitos sobre o nome da banda e mais direitos financeiros que julgava ter.[49] Apesar de ter perdido o caso, Lol Tolhurst causa danos na banda, que neste periodo praticamente deixou de existir.

Simon Gallup na sua pose habitual
Em 1995, Robert consegue juntar alguns elementos e começa a pensar mais seriamente num novo álbum. Roger O'Donnell tinha sido convidado de novo para os teclados, Perry deixa os teclados e passa para a guitarra a tempo inteiro e Simon continua no baixo. Como solução para a falta de baterista, decidem colocar um anúncio na NME. Jason Cooper consegue o lugar. [50]
Fazem uma pequena tour, por alguns dos principais festivais da Europa e desta vez passam por Portugal, mais concretamente, Lisboa, no festival super bock super rock.
Em 1996 sai o novo álbum, Wild Mood Swings, após o Wish de 1992, um período demasiado longo para um mundo demasiado activo e sedento de novas direcções que praticamente já os tinha esquecido e vivia absorvido pela moda do Britpop. No entanto o álbum fica bastante longe das expectativas criadas mesmo pelos próprios fãs. Um álbum bastante heterogéneo e com umas sonoridades completamente atípicas até então. Pela primeira vez um álbum de originais dos Cure tinha vendido menos que o seu antecessor.[51] Seguiu-se uma nova tour mundial, que mesmo apesar do fracasso comercial do álbum, enchia os recintos por todo o mundo. Apresentam-se novamente no Brasil, para concertos em São Paulo e Rio de Janeiro.
Iniciava-se uma longa travessia no deserto, preenchida por alguns festivais de Verão, algumas colaborações e uma nova compilação de singles, Galore, em 1997, mas que desta vez não teve o sucesso esperado, apesar dos excelentes singles que esta compilação contém. O nome The Cure já não vendia como antes...
Em 1998, contribuem para a banda sonora do album dos Ficheiros Secretos (x-files), com a música More Than This e também fazem uma cover da World In My Eyes, para o álbum de tributo aos Depeche Mode, For The Masses.
Ainda em 1998 voltam a Portugal pela terceira vez, inseridos uma vez mais no contexto de uma pequena tour por alguns festivais Europeus; agora regressavam para um concerto no festival do Sudoeste.

[editar] Ressurgimento (2000 - 2007)
Em 2000 os The Cure regressam para, segundo Robert Smith, completar a trilogia iniciada com os álbuns Pornography e Disintegration que agora seria completada com Bloodflowers e logo após a turnê de suporte para o álbum, acabaria com os Cure.[52] Mais uma vez a sua "ameaça" não seria concretizada. O disco, apesar de não estar ao nível dos outros dois, reanima sem dúvida os The Cure, reavivando o entusiasmo pela banda. O album foi nomeado para um Grammy Award na categoria de melhor álbum de rock alternativo.[53] Seguiu-se uma nova turnê mundial, que foi vista por mais de um milhão de pessoas e uma certa aclamação geral pela banda. Este seria o último álbum de originais que gravariam pela Fiction Records.
Em 2002 realizaram uma nova turnê europeia por alguns dos maiores festivais do velho continente entre os quais, uma vez mais o Festival do Sudoeste em Portugal e no fim do ano, mais concretamente em novembro fazem três concertos inesquecíveis, os famosos concertos da trilogia (Pornography, Disintegration e Bloodflowers) nas cidades de Bruxelas e Berlim. Em cada uma destas três noites a banda apresentou ao vivo as três obras completas perante uma audiência em delírio. As duas últimas noites podem ser revistas parcialmente no DVD "Trilogy" entretanto editado pela banda.
Apesar de já algumas bandas o terem referido no passado, é por esta altura que começam mais frequentemente a referir Smith e os Cure como uma das suas principais influencias. Smashing Pumpkins, Placebo, Interpol, Mogwai, Deftones, Bloc Party, Dinosaur Jr., Blink 182, Jane's Addiction, My Chemical Romance, são algumas das bandas que podemos referir, já não referindo uma interminável lista de bandas góticas que foram e são obviamente muito influênciadas pelos The Cure. A banda é considerada uma das bandas que mais influênciou o rock alternativo moderno..[54] E com isto a banda recebe um prémio da revista inglesa Q, "The Most Inspiring Band" perante uma plateia que recebeu Robert Smith de pé.[55]

The Cure ao vivo em 2004
Em 2004 lançam um novo álbum com o simples título de The Cure, gravado pela Geffen Records e produzido por Ross Robinson. Aclamado pela imprensa internacional e pelos fãs e segundo alguma imprensa, o melhor álbum desde o Disintegration.[56] A MTV promove uma homenagem aos The Cure, MTV Icon, com a presença de bandas que nos apresentam releituras da banda ou de alguns músicos em representação das suas bandas que falam acerca do quão importantes foram os The Cure para as suas bandas e para eles próprios. Estiveram presentes: Razorlight, AFI, Red Hot Chili Peppers, Audioslave, Air, Good Charlotte, The Rapture, The Killers, Marilyn Manson, Metallica, Interpol, Deftones, Blink 182, Placebo, etc.
Entram para o Rock Walk of Fame, e passam a figurar ao lado das maiores lendas de música rock mundial.[57] Após uma pequena turnê europeia, que desta vez passa pelo Festival de Vilar de Mouros, Robert promove uma nova revolução na banda; Perry e Roger saem da banda sem grandes revelações dos motivos para tal e Porl Thompson, guitarrista e ídolo dos fãs da banda estava de regresso. A estreia neste seu regresso deu-se no palco de Paris do Live 8.
Em 2005 fazem uma nova turnê com a "nova banda" por alguns dos maiores festivais Europeus e que em 2006 seria editado em DVD com o nome Festival 2005.
Durante o período entre 2005 e 2007 Robert Smith tem adiado sucessivamente a apresentação do próximo álbum da banda alegando falta de inspiração, inclusive adiando uma turnê que passaria pelos Estados Unidos e Canadá a fim de terminar o álbum o mais rápido possível.
Em Julho de 2007 teve início uma digressão mundial que começou na Ásia e passou pela Oceânia (Austrália e Nova Zelândia) mas foi abruptamente adiada pelos motivos acima referidos. Em 2008 esta tour passa pela Europa - inclusivé Portugal - posteriormente seguirão para a América do Norte.

[editar] Características musicais

The Cure em concerto em 2005.
A música dos The Cure tem sido categorizada como gothic rock, subgénero do rock alternativo, como uma das principais bandas. No entanto, a banda tem constantemente rejeitado categorizações, particularmente de uma banda de rock gótico. Robert Smith disse em 2006, "É patético quando o 'gótico' ainda se cola ao nome The Cure", e acrescentou, "Nós não somos categorizáveis. Suponho que fossemos post-punk quando aparecemos, mas na totalidade é impossível [...] Eu só toco 'música Cure', seja lá o que isso for."[58]
Smith também expressou o seu tédio pelo rock gótico, descrevendo-o como "incrivelmente estúpido e monótono. Verdadeiramente lastimoso."[59]
Apesar de serem vistos como produtores de música obscura e sombria, os Cure também obtiveram sucesso com algumas músicas alegres. A Spin Magazine, escreveu que "Os Cure sempre foram uma banda do tipo: ou [...] Robert Smith está a afincadamente dedicado numa tristeza gótica ou está a lamber um pegajoso algodão-doce dos seus dedos manchados de batom".[60]
As caracteristicas principais têm sido sempre referidas como "linhas de baixo melódicas e dominantes; vozes lamuriosas e sufocantes; e uma obsessão por letras existencialistas, quase um desespero literário".[61]
A maior parte das músicas dos Cure começam com as partes de baixo e de bateria de Smith e Gallup. Ambos gravam demos em casa e depois em estúdio aperfeiçoam as suas ideias.[62]
Smith afirmou em 1992, "Eu penso que quando as pessoas falam comigo acerca do 'som à Cure', referem-se ao baixo de 6 cordas, guitarra acústica, e à minha voz, mais o som de cordas do Solina".[62]
Por cima desta base é acrescentado "grandes camadas de guitarras e sintetizadores"[63]
Os teclados sempre foram um componente no som da banda desde o Seventeen Seconds, e a sua importancia aumentou com o uso proeminente no Disintegration.[64]
[editar] Vídeoclipes
Os The Cure têm feito vídeos para os seus singles desde 1980, quando fizeram o seu primeiro vídeo para a "A Forest". Os seus primeiros vídeos têm sido descritos como "cenas tenebrosas" e têm sido difamados pela sua fraca qualidade, particularmente pela própria banda. Lol Tolhurst disse um dia, "aqueles videos eram absolutos desastres; nós não eramos actores e as nossas personalidades não se cruzavam"[65] Foi com o vídeo para a "Let's Go To Bed", a sua primeira colaboração com o realizador Tim Pope, que os Cure ficaram conhecidos pelos seus vídeos. Pope viria a gravar a maioria dos vídeos dos Cure, e os seus vídeos ajudaram sem dúvida a aumentar o numero de fãs nos anos 80.[66]
Quando realizava os vídeos dos Cure, foi concedido a Pope o controlo de escolher qualquer conceito que ele quisesse, que foi desde meter a banda num guarda-fatos e atirá-los por um precipício até ao mar ("Close To Me"), a ter uma aranha gigante a devorar Robert Smith ("Lullaby"). Pope explicou a atracção por trabalhar com os Cure ao dizer, "Os Cure são o expoente máximo para um realizador trabalhar, porque ele (Robert Smith) entende realmente a câmara. As suas músicas são tão cinemáticas. Quero dizer, por um lado há a estupidez e o humor, certo, mas interiormente está lá toda a obsessão psicológica e claustrofóbica (de Smith)." [editar] The Cure na cultura popular
São várias as referências aos The Cure e à sua música na cultura popular. Vários filmes têm usado o título de músicas dos Cure para títulos de filmes, incluindo Boys Don't Cry (1999) e Just Like Heaven (2005). As musicas dos Cure têm também entrado em bandas sonoras, incluíndo American Psycho (2000) e Marie Antoinette (2006).
A série de TV One Tree Hill tem feito várias referências aos The Cure. Vários episódios têm nomes de músicas da banda: "To Wish Impossible Things", "From The Edge of the Deep Green Sea", "The Same Deep Water as You" e "Pictures of You". No último epísódio da primeira temporada a música "Apart" teve um papel proeminente. Adicionalmente, na terceira temporada, Peyton e Elie entram em desacordo em relação a qual é o melhor álbum dos Cure; Disintegration ou Wish.
Em algumas situações, a imagem obscura dos Cure tem sido parodiada. Na segunda temporada da série "The Mighty Boosh" (Os Poderosos Boosh em Portugal), Moon, canta o refrão da "The Lovecats". Noutro ponto nesta série, falam no "Goth Juice", o mais poderoso spray de cabelo conhecido pelo homem. Feito das lágrimas de Robert Smith.
The Mary White House Experience tinha um quadro chamado "Robert Smith" em que o actor Rob Newman imitava Robert Smith a cantar musicas particularmente alegres duma forma melancólica, ao estilo dos Cure.
Robert Smith deu voz a si próprio na primeira temporada da serie animada South Park a pedido de um dos criadores, Trey Parker, um fã dos Cure.[67] Smith apareceu no episódio "Mecha-Straisand", aonde lutou contra a gigante metálica Barbra Streisand. Assim que se afasta triunfante pela montanha acima no fim do episódio, o personagem Kyle Broflovski grita "O Disintegration é o melhor album de sempre".» in wikipédia.

Mais informações detalhadas sobre esta banda, em:
http://www.thecure.com/default.asp

"Close To Me
I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought this day would end
I never thought tonight could ever be
This close to me
Just try to see in the dark
Just try to make it work
To feel the fear before you're here
I make the shapes come much too close
I pull my eyes out
Hold my breath
And wait until I shake...
But if I had your faith
Then I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door was a dream
I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought this day would end
I never thought tonight could ever be
This close to me
But if I had your face
I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door
Was a dream"

25/10/07

Política Educativa - Ranking das Escolas Portuguesas, será piada?


Cada vez fico mais espantado com a nossa agenda mediática, embora, com tanto bombardeamento, acho que já deveria estar preparado, para tal. Eu, na qualidade de professor profissionalizado, desde o ano de 2003, onde concluí a Profissionalização em Serviço, na Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico do Porto, sempre aprendi, com os excelentíssimos professores universitários, formadores de professores, coisas tão simples e lógicas como estas: "Avaliar não é medir"; "Projecto Educativo de Escola - Cada Escola, um projecto pedagógico diferente"; "Projecto Curricular de Turma - Cada turma, um projecto pedagógico diferente"; e em última análise: "Um aluno - um projecto educativo único". Pois, mas vai daí, aparece a herdada obsessão orçamental, antes muito contestada, mas actualmente, estranhamente entranhada, e toca a meter tudo na gaveta... houve um político bem conhecido do passado recente que, também tinha este estranho hábito; quando dava jeito, metiam-se as ideologias na gaveta! Depois de eu ter sido formado e informado, pensava eu que bem, os eloquentes governantes medem tudo pelo mesmo padrão, tanto faz ser escola ou colégio de meninos ricos, ou uma escola de um bairro degradado, ou do interior esquecido. Medir e atirar números, isso é o que está a dar, com os famosos rankings, palavra usada para classificar atletas, numa qualquer prova desportiva. Ensinaram-nos e formataram-nos a respeitar os projectos individuais e considerar a diversidade. Até nos ensinaram que o meio condiciona o conhecimento, pois é, mas agora vão fazer tábua rasa de tudo isso; tipo lavagem cerebral! Afinal avaliar é medir, afinal o que conta são os números! E então comparar colégios que só aceitam alunos com notas superiores a catorze valores, com escolas de bairros sociais... queria ver os professores dos colégios de gente bem posta na vida, a trabalhar nesses projetos educativos, seria um desafio muito motivador e rico para eles e para as suas carreiras. Penso que o facto dos média lançarem estes números e ninguém discutir estas coisas com profundidade, só tem um objetivo partilhado; acabar e liquidar com a Escola Pública, a tal conquista de Abril, mais uma que se vai acabar... Os problemas familiares e sociais que a escola pública remedeia e mitiga, isso não interessa nada; eles, os burocratas dos gabinetes da capital, capitalista, querem é números, reduzir tudo a números! Não, não é uma obsessão, é uma ideológica contradição!


24/10/07

Olimpico de Marselha 1 vs F.C. Porto 1 - Empate soube a pouco!



«Magia branca
Não é título forçado ou exercício rebuscado, é um conceito, um novo conceito de F.C. Porto europeu que silenciou Marselha, iluminou a Côte D’Azur e encantou o Vélodrome. O Dragão trajou de branco imaculado e teve momentos do mais puro futebol, instantes perfumados e desenhos de sonho. No fim, todavia, prevaleceu um empate absurdo, um escasso ponto e a sensação suprema da injustiça.
O arranque do F.C. Porto foi assombroso num estádio que se mantinha em erupções repetidas, procurando intimidar os visitantes e espicaçar os seus jogadores. Em escassos 20 minutos, Raul Meireles disparou para golo, valendo os desvios milagrosos de Mandanda e o poste direito da baliza francesa para evitar a consumação da superioridade portista.
O domínio era evidente e mantinha o Marselha em sobressalto, em constante desassossego, num afã desorientado incompreensivelmente premiado pela fortuna. O F.C. Porto estava demolidor, variando o sentido dos seus ataques, diversificando soluções, congeminando e executando em velocidade. Faltava apenas o clique final, a explosão, a perfeição que se pressentia em cada jogada.
Após o intervalo, Jesualdo Ferreira lançou Hélder Postiga para dar ainda maior presença ofensiva aos truques dos magos de branco. E o F.C. Porto não necessitou de mais de cinco minutos para conceber três chances de golo, com Lisandro a cabecear para mais uma grande defesa de Mandanda, Quaresma a rematar com muito perigo e Postiga, isolado brilhantemente por Raul Meireles, a acertar na rede lateral.
Começava a ser desesperante para os portistas. Tamanha demonstração de força, espírito colectivo e qualidade merecia muito mais. Merecia, por exemplo, vitória antecipada e descanso precoce, merecia, quem sabe, a robustez de uma goleada. Nunca a incerteza. Jamais a desvantagem, que chegaria no minuto 69. Saída dos pés de Niang, avançado do Marselha que, no derradeiro minuto da primeira parte, teve uma entrada brutal sobre Raul Meireles, estranhamente merecedora de atitude benevolente do árbitro.
Mesmo chocando de frente com o azar, quando voava a grande velocidade, o F.C. Porto foi capaz de manter-se confiante, insistindo no seu futebol entusiasmante. Numa dessas maquinações, Lucho isolou Lisandro, que acabou derrubado por Mandanda, o herói marselhês. Grande penalidade, cobrada com classe pelo capitão. Justiça mínima? Mal menor? Pouco. Mesmo muito pouco. A magia branca justificava bastante mais.
FICHA DO JOGO
UEFA Champions League (Grupo A - 3ª jornada)
Estádio Vélodrome, em MarselhaÁrbitro: Manuel Mejuto González (Espanha)Assistentes: Yuste Jiménez e Calvo Guadamuro4º árbitro: Fernandez Borbalan
MARSELHA: Mandanda; Bonnart, Zubar, Faty e Givet; Cana «cap.» e Cheyrou; Niang, Valbuena e Zenden; CisséSubstituições: Zenden por Arrache (55m), Givet por Taiwo (67m) e Cissé por Ayew (88m)Não utilizados: Hamel, Oruma, M’Bami e MoussilouTreinador: Eric Gerets
F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Lucho González «cap.» e Raul Meireles; Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez e QuaresmaSubstituições: Mariano Gonzalez por Hélder Postiga (46m), Raul Meireles por Leandro Lima (70m)Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Cech, Sektioui, BollatiTreinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0Marcadores: Niang (69m) e Lucho González (78m, g.p.)Disciplina: Cartão amarelo a Niang (72m), Stepanov (74m) e Mandanda (77m)» in site F.C. Porto.
Definitivamente, hoje em Marselha, não houve justiça no futebol. O F.C. do Porto, dominou em todos os aspectos este jogo, contra uma equipa que em dois jogos tinha duas vitórias, a última das quais em Liverpool, em Wembley. Somos a equipa portuguesa com mais pontos na liga dos campeões e também com melhores perspectivas de apuramento para a fase seguinte. Lá fora como cá dentro, somos os melhores de Portugal. Eu sei que dói na imprensa da capital, na escrita do pinhões (agora femininos e ressabiados...), nos jornais do regime, mas o clube do norte, é o melhor de Portugal, doa a quem doer. Contra factos, os argumentos são ridículos; viva o F.C. do Porto, o melhor de Portugal e arredores! Mais uma vez, grandes partidas de Lucho Gonzalez, Ricardo Quaresma, Paulo Assunção, Raúl Meireles e Bruno Alves, verdadeiros Dragões!


Algumas imagens deste jogo dominado pelo F.C. Porto!