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14/05/22

Zoologia - Existem dois polos no mundo, o Polo Norte e o Polo Sul, e ainda que pareçam idênticos devido às temperaturas negativas e à grande quantidade de gelo, não são.


«Norte ou Sul? Afinal onde vivem os ursos polares e os pinguins?

Existem dois polos no mundo, o Polo Norte e o Polo Sul, e ainda que pareçam idênticos devido às temperaturas negativas e à grande quantidade de gelo, não são.

A Antártida situa-se no Hemisfério Sul e é o continente mais frio do mundo, tendo cerca de 14 milhões de quilómetros quadrados. Quanto ao Ártico, situa-se no Hemisfério Norte, e sendo praticamente composto por calotas polares e gelo, não é considerado um continente. É a região onde se encontram o Circulo Polar Ártico e o Oceano Ártico, e onde se incluem parte dos países dos Estados Unidos (Alasca), do Canadá, da Rússia, da Dinamarca (Gronelândia) e da Península Escandinava.

Apesar de ambos servirem de habitat para diferentes espécies, não têm os mesmos animais – é comum achar-se que sim, mas não passa de um mito. Os ursos polares vivem unicamente no Ártico, ou seja, na região do Polo Norte, e os pinguins (como as espécies pinguim-imperador e pinguim-de-adélia) vivem na Antártida, na região do Polo Sul.

Outras espécies que também se pode encontrar em torno destas regiões são, a Foca de weddell, o Krill antártico e a Foca leopardo (Antártida), e o Lobo do ártico, a Baleia branca e a Raposa do ártico (Ártico).» in https://greensavers.sapo.pt/mitos-afinal-onde-vivem-os-ursos-polares-e-os-pinguins/

(Animais do Ártico e da Antártida.)

01/05/22

Zoologia - Pitikok tinha tudo para ser apenas mais um galo — barulhento — a habitar no sul de França, mas o seu proprietário está a apostado a fazer dele um autêntico desafiador da lei.


«Pitikok, um barulhento galo francês, pode salvar-se da morte certa graças a uma lei caricata

Caso fez ressurgir situações semelhantes que levaram a disputadas violentas entre vizinhos e à morte dos animais contra a vontade dos seus donos.

Pitikok tinha tudo para ser apenas mais um galo — barulhento — a habitar no sul de França, mas o seu proprietário está a apostado a fazer dele um autêntico desafiador da lei. De facto, um vizinho farto do canto da ave levou o referido proprietário a tribunal, apesar de haver ainda hipóteses de esta ser ser poupada e a sua integridade não será colocada. É que ao abrigo de uma nova legislação, o “património sensorial” do campo, desde os ruidosos sinos da igreja até ao cheiro dos animais da quinta, estão protegidos

Ao longo dos últimos três anos, o proprietário do galo na aldeia de Oursbelille enfrentou repetidas queixas e deverá comparecer em tribunal em junho. “Tudo começou em 2019. O proprietário da casa ao lado — que só vem duas vezes por ano de férias — veio exigir que eu me livrasse do meu galo“, explicou a proprietária, citada pelo The Guardian.

As tentativas de encontrar um compromisso falharam, apontou, “porque a única solução proposta por queixoso era que nos livrássemos do nosso animal. Isso está fora de questão”.

O caso recorda uma série de disputas recentes que colocam pessoas com pequenas explorações agrícolas contra outros residentes, muitas vezes recém-chegados ou veraneantes que procuram a tranquilidade rural. Numa outra batalha legal relacionada com aves que fez manchetes em todo o mundo, Maurice, o galo, e o seu dono saíram vitoriosos após uma discorda com os vizinhos, em setembro de 2019, com juízes a rejeitarem as alegações de perturbação da paz.

Há ainda casos em que as disputas se tornam violentas. Em agosto de 2020,  dezenas de milhares de pessoas assinaram uma petição com o objetivo de alcançarem justiça para Marcel, um galo baleado e morto por um vizinho em Vinzieux, no sul de França. Tais incidentes levaram os legisladores a promulgar a lei do património rural em janeiro de 2021.

“Mais uma vez estamos a lidar com recém-chegados que vêm para o campo e não conseguem suportar, ou mal conseguem suportar, estes sons naturais”, disse Stephane Jaffrain, o advogado da proprietária do Pitikok.

A queixosa, uma pensionista, afirma que se trata de um caso simples de perturbação excessiva por parte de um vizinho e pede 6 mil euros de indemnização num julgamento marcado para 7 de junho. “Está a causar sofrimento genuíno ao meu cliente”, disse a sua advogada, Anne Bacarat. “Está a lutar contra o cancro e tem problemas cardíacos”.» in https://zap.aeiou.pt/pitikok-um-barulhento-galo-frances-pode-salvar-se-da-morte-certa-gracas-a-uma-lei-caricata-476039

#zoologia

#galo

#aves

22/03/22

Zoologia - Um novo estudo descobriu que as formigas Formica fusca têm a capacidade de farejar células cancerígenas em humanos.


«Formigas conseguem farejar cancro em humanos (ainda melhor do que os cães)

Um novo estudo descobriu que as formigas Formica fusca têm a capacidade de farejar células cancerígenas em humanos.

As formigas Formica fusca foram capazes de diferenciar células cancerígenas de células saudáveis em humanos, graças ao seu poderoso olfato. Segundo o Daily Mail, que noticia o feito, serão necessários mais testes clínicos antes de estes animais poderem ser utilizados em hospitais ou clínicas.

A equipa, que juntou cientistas de vários centros de investigação franceses, conseguiu treinar as formigas para detetar a doença. Até agora, esta tarefa era mais comum noutros animais, como os cães, mas sempre com uma desvantagem associada: o facto de demorar muito tempo a treinar um único cão.

Com as formigas, este problema é eliminado, dado que aprendem muito mais rapidamente.

Além de terem detetado o cancro, os autores deste estudo, que acaba de ser publicado na iScience, também conseguiram distinguir entre dois tipos diferentes de tumor mamário. Este é o reflexo de um grande avanço na Ciência, que permitirá um diagnóstico rápido, eficaz e minimamente invasivo para os pacientes.

Diagnóstico em alguns minutos

Para este estudo, foram utilizadas formigas da espécie Formica fusca, que são animais bastante fáceis de encontrar. Em laboratório, os cientistas colocaram duas culturas de células numa placa de Petri: uma com células saudáveis e outra com células cancerígenas, acompanhadas de uma recompensa açucarada.

Como os insetos foram expostos às duas opções, encontraram a recompensa cada vez mais rapidamente. A dada altura, deixou até de ser necessária.

As formigas dirigiam-se diretamente para as células tumorais porque tinham aprendido a reconhecê-las através do cheiro dos compostos orgânicos voláteis.

O processo foi repetido, mas com dois tipos diferentes de cancro da mama. Mais uma vez, as formigas aprenderam a visar a que normalmente tinha a recompensa, graças ao facto de cada tumor ter compostos orgânicos voláteis distintos.

Este método poderia ser muito eficaz, pelo menos para o cancro. Agora, resta saber se as formigas conseguem detetar outras doenças, como os cães.» in https://zap.aeiou.pt/formigas-conseguem-farejar-cancro-467299

#formigas

#cancro

08/03/22

Zoologia - Decorreu, no passado sábado, no Parque Natural do Alvão, uma devolução à natureza de uma águia-cobreira, no âmbito de uma ação de voluntariado com a FNA (Fraternidade de Nuno Álvares) – Escuteiros Adultos.


«Águia-Cobreira devolvida à natureza no Parque Natural do Alvão

Decorreu, no passado sábado, no Parque Natural do Alvão, uma devolução à natureza de uma águia-cobreira, no âmbito de uma ação de voluntariado com a FNA (Fraternidade de Nuno Álvares) – Escuteiros Adultos.

Tratava-se de uma águia que apareceu ferida em Moimenta da Beira, no final de 2020, e foi tratada no hospital veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Agora que se encontrava recuperada foi devolvida ao seu habitat.

Esta é mais uma das iniciativas realizadas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), na semana em que se comemora o dia mundial da fauna selvagem.» in https://noticiasdevilareal.com/aguia-cobreira-devolvida-a-natureza-no-parque-natural-do-alvao/

13/02/22

Zoologia - Uma investigação permitiu perceber por que é que os pandas conseguem sobreviver com uma dieta quase exclusiva de bambu e a razão é porque são dos animais mais preguiçosos do mundo.


«Porque é que os pandas são dos animais mais preguiçosos do reino animal?

Uma investigação permitiu perceber por que é que os pandas conseguem sobreviver com uma dieta quase exclusiva de bambu e a razão é porque são dos animais mais preguiçosos do mundo.

Segundo os cientistas, os pandas apenas gastam pequenas quantidade de energia. O estudo indica que um panda adulto consome apenas 38% das calorias que um animal de porte semelhante consumiria e que os movimentos lentos deste animais estão ligados a níveis baixos das hormonas da tiroide. Esta percentagem de consumo energético é menor que o gasto dos coalas, que são substancialmente mais pequenos, e semelhante ao das preguiças.

É devido a este metabolismo lento que os animais conseguem subsistir apenas com uma dieta baseada em bambu. Este mistério intrigava os cientistas até agora pois o bambu é extremamente difícil de digerir e os pandas têm uma flora microbiana semelhante aos animais omnívoros, a partir dos quais evoluíram.

Quando os cientistas quantificaram as taxas de movimentação dos pandas perceberam que estes animais estão apenas ativos durante 49% do tempo e que quando se movem, a velocidade média é de apenas 20 metros por hora.

“Os pandas conseguem poupar bastante energia ao serem frugais com a sua actividade física”, indica John Speakman, professor na Universidade de Aberdeen e na Academia Chinesa de Ciências e um dos autores do estudo, à BBC. “Porém, não apenas a pouca atividade física que contribui para o seu metabolismo lento; a taxa metabólica de um panda ativo é ainda mais baixa que a de um adulto sedentário. Percebemos que este metabolismo lento está relacionado com níveis bastante baixos das hormonas da tiróide, que resultam de uma mutação genética na síntese destas hormonas e que é exclusiva dos pandas”.» in https://greensavers.sapo.pt/porque-e-que-os-pandas-sao-dos-animais-mais-preguicosos-do-reino-animal/

(O que o PANDA COME? 🐼 Tudo sobre a ALIMENTAÇÃO do panda!)

12/02/22

Zoologia - Descoberto em 1827 por Coenraad Jacob Temminck, o lince-ibérico foi considerado, inicialmente, uma subespécie do lince-euroasiático, contudo estudos genéticos e morfológicos vieram a identificá-lo como uma espécie separada.


«Lince-Ibérico: o felino mais ameaçado do mundo

Descoberto em 1827 por Coenraad Jacob Temminck, o lince-ibérico foi considerado, inicialmente, uma subespécie do lince-euroasiático, contudo estudos genéticos e morfológicos vieram a identificá-lo como uma espécie separada.

Reconhecido pelas suas manchas, orelhas triangulares, pequenas barbas e cauda curta, o lince-ibérico tem uma excelente visão, mesmo em ambientes com pouca luz. Esta característica, própria dos caçadores de curta distância, associada à sua audição apurada permite a este felino descobrir e caçar coelhos-bravos com relativa facilidade. Estes animais representam mais de 80% da sua dieta diária, sendo que em média um lince-ibérico macho come um coelho-bravo por dia, enquanto uma fêmea grávida pode comer três.

Há menos de duas décadas o lince-ibérico estava à beira da extinção, sendo a população existente bastante reduzida. “Quando começámos em 2000, nem sabíamos quantos linces existiam”, resumiu Miguel Ángel Simón, um biólogo que, durante 22 anos, trabalhou na conservação e aumento do número destes felinos ao jornal The Guardian. “Descobrimos no primeiro censo que eram 94 e pensamos que iriam desaparecer. Simplesmente não sabíamos se havia alguma maneira de salvá-los – estavam no limite e em perigo crítico de extinção. Naquela época, eram os felinos mais ameaçados do mundo”, concluiu.

A perda de habitat e a dizimação do coelho-bravo nos anos 50 e 80 foram dois dos principais fatores de redução da população destes felinos. Desde essa altura a população de linces aumentou consideravelmente, sendo que alguns especialistas sugerem que em 2040 esta espécie possa estar fora de perigo de extinção, caso os esforços para a sua conservação se mantenham.

Segundo o último censo efetuado em Espanha, existem atualmente 855 exemplares na Península Ibérica, um salto gigante dos cerca de 100 existentes à entrada do século XXI. Em Portugal estima-se que o número exceda os 120 exemplares.

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO

Em 2020 arrancou o quarto projeto LIFE dedicado ao lince-ibérico – o LynxConnect, este projeto agrega 20 parceiros ibéricos, sendo coordenado pela Consejería de Agricultura, Ganadería, Pesca y Desarrollo Sostenible da Junta de Andaluzia. Em Portugal participam o ICNF, a Infraestrutras de Portugal e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo.

Com um orçamento superior a 18 milhões de euros, o LynxConnect pretende consolidar a população destes felinos no Vale do Guadiana, assim como reforçar a conetividade entre as subpopulações de Andaluzia, Castilla-La Mancha e da Extremadura espanholas. Outro dos seus grandes objetivos é descobrir novos territórios onde este felino possa ser introduzido com sucesso.» in https://greensavers.sapo.pt/lince-iberico-o-felino-mais-ameacado-do-mundo/

O Lince-Ibérico - (Parte I)

O Lince-Ibérico - (Parte II)


08/02/22

Zoologia - Um crocodilo selvagem, que ficou com um pneu durante mais de cinco anos preso no seu pescoço, na Indonésia, foi na segunda-feira passada resgatado, salvo e já voltou à natureza.


«Crocodilo é libertado após passar cinco anos com um pneu preso ao pescoço

Acredita-se que alguém poderá ter tentado apanhar o animal, mas sem sucesso.

Um crocodilo selvagem, que ficou com um pneu durante mais de cinco anos preso no seu pescoço, na Indonésia, foi na segunda-feira passada resgatado, salvo e já voltou à natureza. O animal foi ajudado por moradores da província de Palu.

Trabalhadores de conservação têm tentado atrair o crocodilo de água salgada desde 2016, depois de residentes da cidade de Palu, na ilha de Sulawesi, terem visto o animal com um pneu pertencente a uma mota à volta do seu pescoço. Mas foi um residente local que acabou se encontrar com o réptil de 5,2 metros de comprimento - visto regularmente a apanhar sol no rio Palu no centro de Sulawesi - na segunda-feira passada.

Tili, um vendedor de aves de 34 anos de idade, usou frango como isco e cordas para apanhar o animal. "Eu só queria ajudar, detesto ver animais presos e a sofrer", disse. As suas duas primeiras tentativas para salvar o animal falharam porque as cordas não eram suficientemente fortes para enfrentar o seu peso, contou, ao The Guradian. Depois, acabou por utilizar cordas feitas para puxar barcos. "O crocodilo era incrivelmente pesado, todos estavam a suar e a ficar muito cansados". O animal foi libertado de volta à água após o salvamento.

Os conservacionistas acreditam que alguém pode ter colocado deliberadamente o pneu à volta do pescoço do crocodilo, numa tentativa falhada de o apanhar como animal de estimação.» in https://sol.sapo.pt/artigo/761714/crocodilo-e-libertado-apos-passar-cinco-anos-com-um-pneu-preso-ao-pescoco-

30/01/22

Zoologia - Os biólogos descobriram na altura que este animal tem a capacidade de produzir um choque elétrico de 860 volts, um limite superior ao anteriormente pensado de 650 volts.


«Sabia que a Enguia-elétrica caça em grupo (e tem a descarga elétrica mais poderosa do reino animal)

A enguia-elétrica da espécie Electrophorus voltai foi identificada pela primeira vez em 2019, no rio Amazonas, na Floresta da Amazónia. Os biólogos descobriram na altura que este animal tem a capacidade de produzir um choque elétrico de 860 volts, um limite superior ao anteriormente pensado de 650 volts.

Uma investigação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia acerca da espécie revelou que, tal como os mamíferos, estes animais também caçam em grupo. A descoberta mudou a perceção que os cientistas tinham da E.voltai, dado que a consideravam um predador noturno solitário. Além disso, em termos de predação, os peixes são conhecidos por agir individualmente.

A equipa observou a atividade das enguias elétricas no Rio Iriri. Os resultados demonstram que  caçavam duas vezes por dia, ao amanhecer e ao anoitecer, em grupos com mais de 100 enguias. Avançavam em conjunto prendendo pequenos peixes, na parte mais rasa do lago – local onde estes descansam – e depois algumas atacavam em subgrupos.

“Esta predação social poderia ter surgido com base numa regra simples a nível individual: continue a caçar com os mesmos indivíduos enquanto tiver sucesso, e assim forma-se um grupo estável”, explica o autor Carlos David de Santana, na Science. Os cientistas procuram agora estudar melhor as enguias elétricas, de maneira a perceber se esta predação se restringe ou não apenas à espécie E.voltai.

Durante a mesma investigação foram analisadas 107 amostras de ADN de várias enguias e encontradas três espécies: a já conhecida Electrophorus electricus, e as novas Electrophorus voltai e Electrophorus varii. Outro resultado foi que a E.voltai é capaz de produzir um choque de 860 volts – ultrapassando os 650 volts previamente registados – “tornando-o o gerador de bioeletricidade mais forte conhecido”, confirma Santana. Ao The New York Times, Santana afirmou que a voltagem não é suficiente para matar um ser humano saudável.

“Não é suficiente para matar uma pessoa. A tomada produz uma corrente constante. O ‘E. voltai’ dá uma descarga alternada. Quando ele descarrega da primeira vez, o choque dura de 1 ou 2 segundos, e ele precisa de um tempo para recarregar”.» in https://greensavers.sapo.pt/mapa-do-fundo-do-oceano-deve-estar-pronto-em-2030/

(ISSO É O QUE VAI ACONTECER SE VOCÊ TOCAR EM UMA ENGUIA ELÉTRICA)

20/01/22

Zoologia - O Ministério do Ambiente e da Ação Climática e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) concluíram o processo de recolha dos últimos animais selvagens entregues voluntariamente pelos circos, indica o Ministério em comunicado.



«Animais selvagens entregues pelos circos devolvidos à Natureza

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) concluíram o processo de recolha dos últimos animais selvagens entregues voluntariamente pelos circos, indica o Ministério em comunicado.

No total, foram transportados, para santuários na Alemanha e em Espanha, três crocodilos, quatro cobras, dois tigres e um leão. Esses santuários, escolhidos pela sua experiência no maneio e manutenção de animais selvagens, garantirão o seu bem-estar.

Através do programa de entrega voluntária criado pelo ICNF, numa parceria entre o Fundo Ambiental (FA), a Fundação Primadomus e a associação representativa das atividades circenses (Associação de Defesa das Empresas e Artistas de Circo Portugueses – ADEACP), os animais foram encaminhados para centros de acolhimento, de acordo com as características e necessidades biológicas e etológicas de cada animal.

A Fundação Primadomus foi responsável pelo transporte dos animais a partir de Portugal, em viaturas equipadas com contentores climatizados, com videovigilância e com o acompanhamento permanente de um médico veterinário especialista em animais selvagens, tendo em vista a salvaguarda do bem-estar dos animais durante a viagem.

A ação foi desenvolvida no âmbito do reforço da proteção dos animais detidos e utilizados em circos, segundo a Lei n.º 20/2019, de 22 de fevereiro. Esta determinou o fim da utilização de animais selvagens pelos circos até 2025.» in https://greensavers.sapo.pt/animais-dos-circos-devolvidos-a-natureza/


#zoologia    #fundaçãoprimadomus    #animais    #selvagens    #natureza    #icfn

#circos    #ministériodoambiente

15/01/22

Zoologia - Uma investigação conjunta de arqueólogos e historiadores ingleses concluiu que os cavalos da Idade Medieval eram do tamanho dos póneis modernos.


«Longe de serem os animais imponentes dos filmes, os cavalos da Era Medieval eram como os póneis modernos

Uma investigação conjunta de arqueólogos e historiadores ingleses concluiu que os cavalos da Idade Medieval eram do tamanho dos póneis modernos.

Nos filmes, são sempre de grande porte e fiéis aos seus cavaleiros nas batalhas, mas uma nova pesquisa concluiu que os cavalos da Idade Medieval não eram as grandes feras que se imaginavam, avança o The Guardian.

A descoberta partiu de equipa de arqueólogos e historiadores e foi detalhada num estudo publicado na International Journal of Osteoarchaeology. Foram examinados os ossos de 2000 cavalos desde o século IV ao século XVII encontrados em castelos, num cemitério de cavalos medieval e em 171 sítios arqueológicos em Inglaterra.

Do lado da análise histórica, foram estudados registos históricos e histórias sobre cavaleiros que descreviam os cavalos. A conclusão? Os cavalos de batalha da altura estavam longe de ser imponentes e tinham um tamanho muito semelhante ao dos póneis modernos.

“Parece que as coisas não eram exatamente como são retratadas. Na cultura popular, os cavalos de batalha são frequentemente representados como do tamanho de um cavalo shire. Mas não era bem assim. A maioria dos cavalos medievais eram surpreendentemente pequenos. Há muitos poucos que tinham o tamanho representado nos filmes ou até nas exposições”, revela Alan Outram, professor de arqueologia da Universidade de Exeter.

A altura da maioria dos cavalos não costumava passar de cerca de 1.47 metros e uma das poucas exceções encontradas foi um cavalo do período em que a dinastia Norman estava no poder, que tinha 1.52 metros.

Mas quando a questão é o cavalo ideal para os guerreiros medievais, o tamanho não importa. Os animais mais pequenos também eram precisos para se atormentar um inimigo que estava a recuar, fazer incursões de longo alcance e transportar equipamentos.

Apesar do tamanho pequeno dos cavalos, isto não significa que os criadores não investissem muito tempo e dinheiro a tentarem trazer ao mundo os animais mais aptos e segundo Outram, na época gastava-se mais dinheiro nos cavalos do que nas pessoas. Os criadores também se focavam mais no temperamento e nas melhores características para a guerra do que propriamente no tamanho.

Para Oliver Creighton, o principal investigador do estudo, o cavalo de guerra é fundamental para se entender a sociedade medieval inglesa como um símbolo de estatuto social “ligado de perto com o desenvolvimento da identidade aristocrática”.

Há ainda mais pesquisas a fazer, especificamente para se encontrarem esqueletos dos cavalos em campos de batalha e se poder ter a certeza de que o animal era usado na guerra e que não era simplesmente usado para a agricultura.

Os próximos passos incluem analisar as descobertas no sítio em Westminster e estudar mais a armadura dos cavalos e o ADN dos seus ossos.» in https://zap.aeiou.pt/cavalos-era-medieval-poneis-modernos-456561

25/12/21

Zoologia - Foi em 1907 que o zoólogo espanhol Angel Cabrera descreveu pela primeira vez o lobo-ibérico, que se distinguia como subespécie do lobo-cinzento devido ao seu porte mais pequeno, coloração amarelo-acastanhada e focinho diferente.


«Lobo-Ibérico: o maior canídeo selvagem em Portugal

Foi em 1907 que o zoólogo espanhol Angel Cabrera descreveu pela primeira vez o lobo-ibérico, que se distinguia como subespécie do lobo-cinzento devido ao seu porte mais pequeno, coloração amarelo-acastanhada e focinho diferente.

Com a designação científica de Canis lupus signatus, esta espécie ocupava no início do século XX praticamente toda a Península Ibérica. Hoje em dia estima-se que existam pouco mais de 2200 exemplares, dos quais cerca de 300 no norte de Portugal, ocupando no nosso país apenas 20% da área de distribuição original, com dois núcleos populacionais separados pelo rio Douro.

A norte existe na quase totalidade dos distritos de Bragança e de Vila Real e em parte dos distritos do Porto, de Viana do Castelo e de Braga; a sul ocupa parte dos distritos de Aveiro, de Viseu e da Guarda. Podem ser encontrados em locais caracterizados por uma baixa densidade populacional humana e importante atividade agropecuária.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural de Montesinho e o Parque Natural do Alvão, três núcleos lupinos, devido à sua estabilidade, são uma fonte regular de animais dispersantes, tendo por isso uma influência determinante na manutenção das alcateias que ocorrem nas regiões envolventes, caracterizadas por uma maior instabilidade.

O lobo é o maior canídeo selvagem vivo, sendo esta subespécie caracterizada por cabeça volumosa, de aspeto maciço, com orelhas rígidas e triangulares, curtas e pouco pontiagudas. Os olhos são frontalizados, oblíquos, em relação ao focinho, e cor de topázio. Socialmente vive em grupos familiares, as alcateias, constituídas normalmente por um casal reprodutor e pelos seus descendentes diretos. Estas alcateias são constituídas por cerca de 3 a 12 animais que ocupam um território definido (a dimensão, em Portugal, varia entre 150 e 300 km2), variando o efetivo da alcateia e a dimensão do seu território ao longo do ano.

Os lobos reproduzem-se uma vez por ano, nascendo as crias – em média cinco por ninhada – em abril/maio, após cerca de dois meses de gestação. As crias normalmente mantêm-se com os seus progenitores por 10 a 54 meses, dispersando da alcateia natal, com 1 a 2 anos de idade e durante o outono/ início do inverno e primavera.

Predador por natureza, o lobo-ibérico alimenta- se de animais herbívoros de médio e grande porte, que podem ir de javalis a ovelhas, cabras, vacas ou veados, o que muitas vezes é uma dor de cabeça para pastores e agricultores, que os tentam afugentar ou matar de forma a protegerem os seus animais. Segundo a UICN, o lobo apresenta a nível mundial, desde 1996, o estatuto de “Baixo Risco”, com indicação de dependente de conservação para a Península Ibérica.

Em Portugal, o lobo está protegido desde 1988, sendo proibido o seu abate ou captura e a destruição ou deterioração do seu habitat. Há mais de uma década que o lobo é classificado como “Em Perigo de Extinção” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. A nível europeu, o lobo é uma espécie prioritária para a conservação segundo a Diretiva Habitats.» in https://greensavers.sapo.pt/lobo-iberico-o-maior-canideo-selvagem-em-portugal/

(Lobo Ibérico - Norte de Portugal)


01/12/21

Zoologia - A criação da baratas em quintas é uma prática comum na China, onde atingem uma escala massiva, havendo centenas delas espalhadas pelo país.


«As secretas quintas de baratas na China são uma verdadeira mina de ouro

As quintas de criação de baratas são uma verdadeira mina de ouro na China. No entanto, muitas delas são mantidas em segredo.

A criação da baratas em quintas é uma prática comum na China, onde atingem uma escala massiva, havendo centenas delas espalhadas pelo país. Para se ter uma noção da dimensão da indústria, o número total de baratas criadas anualmente excede a população humana mundial.

Estas baratas são utilizadas principalmente na produção de cosméticos e medicamentos, ou para ração animal, escreve o Interesting Engineering.

Por exemplo, a farmacêutica Gooddoctor alega ter feito 684 milhões de dólares em receitas com a venda de uma “poção” feita à base de baratas e vendida a milhares de hospitais.

O custo de criação de uma pequena quinta de baratas é baixo e requer poucos recursos, além de obviamente trazer lucros elevados.

Um relatório de 2018 revela que a quinta de baratas da Gooddoctor produz seis mil milhões de baratas todos os anos. É considerado o maior centro de criação de baratas do mundo.

O produto deste tipo mais popular da Gooddoctor foi usado por mais de 40 milhões de pacientes até agora.

As baratas são autênticos animais de guerra, dada a sua alta resiliência. Muito raramente ficam doentes e não têm grandes exigências dietéticas, já que se alimentam de praticamente qualquer coisa.

Para ajudar à festa, replicam-se muito rapidamente. Em apenas um ano, uma única barata e as suas crias podem dar à luz a mais 300.000 baratas.

A criação de baratas é um negócio particularmente viável na China, onde muitos acreditam que produtos feitos à base de baratas podem curar cicatrizes, calvície, distúrbios respiratórios, problemas gástricos e até mesmo tumores cancerígenos.

Há ainda quem acredite que as baratas podem ser usadas como uma alternativa alimentar mais saudável e rica em proteína para peixes, aves, porcos e outros animais.

No entanto, há riscos associados à criação de baratas nestas quintas. Num incidente em 2013, em Dafeng, China, mais de um milhão de baratas escaparam e infestaram campos de milho, casas e edifícios próximos.

A população local viu-se obrigado a escapar do exército de insetos, obrigando a uma desinfestação em grande escala na zona.

Isto levou a que pessoas apresentam reclamações se souberem que há uma quinta de baratas nas proximidades, temendo uma infestação catastrófica de baratas como a de 2013.

Como tal, muitas quintas de criação de baratas na China operam de forma secreta, com as empresas a omitirem do seu nome qualquer referência a baratas para não assustar as pessoas.

Daniel Costa, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/as-secretas-quintas-de-baratas-na-china-sao-uma-verdadeira-mina-de-ouro-447625

21/08/21

Zoologia - Um tubarão-bebé nasceu no tanque onde habitam duas fêmeas de tubarão no Acquario Cala Gonone, na Sardenha, Itália.


«Tubarão-bebé “milagre” nasce em tanque apenas com fêmeas e intriga cientistas

Um tubarão-bebé nasceu no tanque onde habitam duas fêmeas de tubarão no Acquario Cala Gonone, na Sardenha, Itália.

O tanque não mantém nenhum macho há mais de 10 anos, sendo que este pode ser o primeiro caso registado de reprodução assexuada na espécie.

O tubarão-bebé é uma fêmea, e foi chamado Ispera. Acredita-se que o tubarão seja o resultado da reprodução da partenogénese – uma reprodução assexuada na qual um óvulo pode se desenvolver num embrião sem ser fertilizado por um espermatozoide.

Os especialistas acreditam que o tubarão-bebé é, na verdade, um clone da sua mãe. A equipa enviou amostras de DNA dos dois tubarões adultos para um laboratório para confirmar as suspeitas

O nascimento da partenogénese resulta na clonagem da progenitora, pois o embrião recebe material genético de apenas um indivíduo. Uma forma comum deste tipo de reprodução é quando o óvulo é fertilizado por uma célula-ovo ainda imatura que se comporta quase como um espermatozoide.

A partenogénese é relativamente comum em invertebrados, como vermes, insetos, alguns aracnídeos e crustáceos. Raramente foi observada em vertebrados, incluindo alguns anfíbios, lagartos e peixes.» in https://greensavers.sapo.pt/tubarao-bebe-milagre-nasce-em-tanque-apenas-com-femeas/


#zoologia    #tubarão    #itália    #sardenha    #acquariocalagonone

18/02/21

Zoologia - Um habitante de uma aldeia de Bragança ganhou uma companhia para jantar depois de ter salvado uma raposa que agora o visita todos os dias em casa para comer e regressa à vida selvagem depois do repasto.


«Salvou uma raposa e ganhou companhia diária ao jantar numa aldeia de Bragança

Um habitante de uma aldeia de Bragança ganhou uma companhia para jantar depois de ter salvado uma raposa que agora o visita todos os dias em casa para comer e regressa à vida selvagem depois do repasto.

Fernando Almeida tem partilhado fotos e vídeos nas redes sociais desta inesperada relação com o animal selvagem que já lhe entra literalmente em casa, lhe come da mão e até partilha o comedouro com outros animais domésticos, como dois gatos.

Fernando vive junto à estrada na aldeia de Oleiros, perto da cidade de Bragança, e contou à Lusa que a história desta relação começou em novembro, quando ia a conduzir e viu uma raposa prostrada na estrada.

Desconfia que “deve ter levado alguma pancada de algum carro, porque não tinha ferimentos visíveis, devia estar maçada”.

Levou o animal para casa e deu-lhe de comer “durante quatro ou cinco dias, até que ficou boa, começou a andar e foi-se embora”.

“De repente, desapareceu para aí uns 15 dias”, contou, e esteve desaparecida até que, uma noite, Fernando Almeida estava a ver um filme na cozinha e levou um susto ao ver um vulto na janela onde costuma pôr comida aos gatos.

Afinal era a raposa que tinha regressado e, “a partir daí, volta todos os dias à hora de jantar e não vai embora” até Fernando lhe dar de comer.

“Parece que conhece o barulho da carrinha, quando chego, aparece ela”, enfatizou, em relação à pontualidade do animal quando Fernando chega a casa depois do dia de trabalho.

A raposa come, “está por ali e depois desaparece até ao outro dia”.

A proximidade entre ambos permite até que o animal coma da mão deste homem, que já levou uma mordidela desculpada pela voracidade com que a raposa se atira ao alimento.

Fernando contou à Lusa que passou a comprar carne propositadamente ou recolhe as chamadas aparas dos talhos para a raposa.

“Ela é maluquinha por frango”, diz.

Fernando observa também o comportamento da raposa que come no local onde lhe põe a comida, mas também apanha e “leva na boca quatro ou cinco pedaços, vai não se sabe para onde, e volta para continuar a comer”.

“Não sei se leva para guardar”, questiona-se.

Até pode ser “um raposo”, mas Fernando batizou-a de “Linda” e garante que quando lhe chama pelo nome ela responde.

E da mesma forma que aparece, desaparece para o monte até à próxima hora de jantar, pois, como vincou Fernando, “ela é selvagem, não está presa”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/salvou-uma-raposa-e-ganhou-companhia-diaria-ao-jantar-numa-aldeia-de-braganca

24/11/20

Zoologia - Uma mensagem alemã perdida por um pombo-correio foi encontrada cerca de 110 anos depois de ter sido enviada, em Ingersheim, França.


«Mensagem militar alemã enviada por pombo-correio aparece 110 anos depois

Uma mensagem alemã perdida por um pombo-correio foi encontrada cerca de 110 anos depois de ter sido enviada, em Ingersheim, França.

De acordo com o canal televisivo CNN, a mensagem foi encontrada num campo, em meados de setembro, por um casal que passeava em Ingersheim, no nordeste de França.

Segundo Dominique Jardy, curador do Museu Memorial de Linge, que fica nas proximidades, a mensagem foi enviada através de um pombo-correio por um oficial alemão a outro, em 1910, quando esta região ainda fazia parte da Alemanha.

O responsável do museu acrescenta que a mensagem foi dobrada dentro de uma pequena cápsula de alumínio e o que nela está escrito é difícil de decifrar. Um amigo alemão, a quem Jardy pediu o favor de traduzir a mensagem, disse que o oficial, que estava baseado na cidade de Colmar, estava a relatar exercícios militares alemães na área.

“O pelotão Potthof recebe fogo quando alcança a fronteira oeste do campo de manobras, o pelotão Potthof pega fogo e recua depois de um tempo. Em Fechtwald, meio pelotão foi desativado. O pelotão Potthof recua com pesadas perdas”, pode ler-se na mensagem, de acordo com a agência France-Presse.

Jardy explica que estas perdas são uma estimativa baseada nos jogos de guerra e não nas mortes reais, explicando que esta é uma prática comum durante os exercícios militares.

Segundo a CNN, a dificuldade em decifrar o que está escrito neste pedaço de papel está a gerar algum debate sobre se a mensagem foi enviada em 1910 ou 1916. No entanto, o curador do museu está convencido de que se trata da primeira opção, não só porque não está a par de nenhuma manobra militar em torno de Colmar em 1916, mas também porque a nota usa termos específicos para exercícios militares em vez de guerra.

Jardy explica ainda que artefactos como esta mensagem quase nunca são encontrados nos dias que correm, logo, é algo “muito raro” e “verdadeiramente excecional”.

A mensagem vai agora ser exibida no Museu Memorial de Linge, que conta a história de uma batalha entre as forças francesas e alemãs em 1915.

França cedeu Ingersheim e a sua área circundante à Alemanha, em 1871, depois da guerra franco-alemã, mas o território voltou a mãos francesas, em 1918, com a vitória dos Aliados na Primeira Guerra Mundial.» in https://zap.aeiou.pt/mensagem-militar-110-anos-depois-358483

18/08/20

Zoologia - A ciência já não o avistava há 50 anos, mas foi descoberto vivo e bem de saúde no Corno de África, mais concretamente no Jibuti, este mamífero que é da espécie musaranho-elefante que pertence à família Macroscelidida.


«Tem tamanho de rato, mas nome de elefante. E estava desaparecido há 50 anos

A ciência já não o avistava há 50 anos, mas foi descoberto vivo e bem de saúde no Corno de África, mais concretamente no Jibuti.

Este mamífero é da espécie musaranho-elefante que pertence à família Macroscelidida. É um bicho diurno, acasala para a vida, consegue correr até aos 30km/h e suga formigas com o seu nariz em forma de tronco. Todavia, de acordo com o The Guardian, os investigadores não tinham registos sobre o seu paradeiro desde 1968.

No entanto, isso mudou em 2019, quando os cientistas começaram a procurar novamente o animal. Porém, não na Somália, de onde tinham vindo os únicos relatórios de que há registo sobre a espécie, mas sim no vizinho Jibuti. E foram os habitantes locais a conseguir identificar a criatura a partir de fotografias antigas.

A equipa que redescobriu o mamífero aproveitou o conhecimento geográfico dos locais e o facto deste tipo de musaranho precisar de abrigo para se proteger das aves de rapina e colocou armadilhas, besuntando os possíveis locais de abrigo com uma mistura de manteiga de amendoim, papas de aveia e fermento.

A experiência, sabe-se agora, foi um sucesso pois apanharam um espécime logo na primeira armadilha, num local montanhoso, rochoso e seco. O animal foi identificando pelo tufo de pêlo na sua cauda — que o distingue das outras espécies de musaranhos.

"Foi incrível", disse Steven Heritage, investigador da Universidade Duke nos EUA. "Quando abrimos a primeira armadilha e vimos o pequeno tufo de pêlo na ponta da sua cauda, apenas olhámos um para o outro [outro membro da equipa presente] e não pudemos acreditar", rematou.

Segundo escreve o britânico The Guardian, a equipa ficou feliz por testemunhar que não parece existir qualquer ameaça iminente ao seu habitat natural — o local onde foi colocada a armadilha não é indicado para a atividades do ser humano como a agricultura, sugerindo que é provável que o futuro do animal não seja colocado em causa.» in https://24.sapo.pt/vida/artigos/tem-o-tamanho-de-um-rato-mas-nome-de-elefante-e-estava-desaparecido-ha-50-anos-ate-agora

(Musaranho Elefante do Deserto de Kalahari)

07/06/20

Zoologia - O animal, com um peso a rondar os 250 quilogramas, foi avistado na confluência dos rios Pisuerga e Douro, na zona de Pesqueruela, em Valladolid, Espanha.

«Autoridades espanholas procuram crocodilo de 250 kg no rio Douro

A polícia de Simancas, em Valladolid, juntamente com o Serviço de Proteção da Natureza (Seprona), procuram por um crocodilo nas águas dos rios Douro e Pisuerga.

O animal, com um peso a rondar os 250 quilogramas, foi avistado na confluência dos rios Pisuerga e Douro, na zona de Pesqueruela, em Valladolid, Espanha.

Os especialistas que analisaram uma pegada do réptil acreditam que se trata de um crocodilo do Nilo, uma "espécie muito agressiva", segundo o El País.

De acordo com o jornal espanhol, a operação começou depois de o animal ter sido avistado por três pessoas entre sexta-feira e sábado.

O réptil foi avistado pela primeira vez na sexta-feira por dois rapazes de 13 anos, que alertaram as autoridades, que posteriormente confirmaram a informação revelada pelos jovens.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/autoridades-espanholas-procuram-crocodilo-de-250-kg-no-rio-douro

18/05/20

Zoologia - A recolha das imagens da águia-imperial-ibérica foram feitas no Parque Natural de Douro Internacional (PNDI) em 2018, no concelho de Miranda do Douro, e mais recentemente no final de abril, no concelho Mogadouro, no Campo de Alimentação de Aves Necrófagas (CAAN), instalado nas proximidades da aldeia de Bruçó.

«Avistada espécie rara de águia ibérica em Trás-os-Montes

Tem um estatuto e conservação “Criticamente em Perigo” em Portugal mas poderá estar de regresso ao território transmontano. O sistema de foto armadilhagem instalado no Douro Internacional ter registado esta espécie pela segunda vez num período de dois anos, revelou a associação Palombar.

A recolha das imagens da águia-imperial-ibérica foram feitas no Parque Natural de Douro Internacional (PNDI) em 2018, no concelho de Miranda do Douro, e mais recentemente no final de abril, no concelho Mogadouro, no Campo de Alimentação de Aves Necrófagas (CAAN), instalado nas proximidades da aldeia de Bruçó.

“Atualmente, esta espécie está restrita como nidificante em Portugal e em Espanha, constituindo por isso um endemismo da Península Ibérica e é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, estando igualmente entre as mais raras a nível mundial, tendo um estatuto e conservação ‘Criticamente em Perigo’ em Portugal”, indicou José Pereira, biólogo da associação, citado pea agência Lusa.

Esta é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, estando igualmente entre as mais raras a nível mundial, tendo um estatuto e conservação “Criticamente em Perigo” em Portugal

De acordo com um comunicado da Palombar esta “é uma águia de grandes dimensões que se caracteriza pelas asas compridas e largas e a cauda relativamente curta. A cabeça e o bico são maciços. A plumagem atravessa seis fases distintas até atingir a coloração de adulto. Esta é praticamente negra, com as penas da parte posterior da cabeça e da nuca douradas. Nas asas, um bordo branco de dimensões variáveis delimita os ombros. A base da cauda é cinzenta clara com uma barra terminal larga de cor preta”.» in https://greensavers.sapo.pt/avistada-especie-rara-de-aguia-iberica-em-tras-os-montes/


(ÁGUIA IMPERIAL - AQUILA ADALBERTI)

17/05/20

Zoologia - Elementos do Serviço Marítimo da Guardia Civil espanhola avistaram, este sábado de manhã, na praia de La Mamola, na costa de Granada, um tubarão com mais de oito metros de comprimento.



«Tubarão peregrino com mais de oito metros avistado em praia espanhola

Elementos do Serviço Marítimo da Guardia Civil espanhola avistaram, este sábado de manhã, na praia de La Mamola, na costa de Granada, um tubarão com mais de oito metros de comprimento.

O animal da subespécie tubarão-frade foi avistado a nadar a cerca de quatro metros do areal. De acordo com autoridades espanholas, este é a segunda vez que a Guarda Civil avista um tubarão-frade na costa espanhola.

No início de maio, na praia de Calahonda, na costa andaluz, foi avistado outro tubarão frade, desta vez com cerca de três metros.

Segundo uma publicação da Guardia Civil no Twitter, é o segundo avistamento deste tipo de animal em menos de duas semanas.» in https://greensavers.sapo.pt/tubarao-peregrino-com-mais-de-oito-metros-avistado-em-praia-espanhola/

07/05/20

Zoologia - Dois espécimes da também chamada "vespa assassina", ou Vespa mandarina segundo a sua denominação científica, foram encontrados no estado de Washington (noroeste) no final do ano passado e, desde então, cientistas têm tentado rastrear a presença de mais exemplares.



«Alarme após descoberta de 'vespas assassinas' nos Estados Unidos

A mortal vespa asiática gigante foi vista pela primeira vez nos Estados Unidos, despertando alarme sobre a população de abelhas já vulnerável.

Dois espécimes da também chamada "vespa assassina", ou Vespa mandarina segundo a sua denominação científica, foram encontrados no estado de Washington (noroeste) no final do ano passado e, desde então, cientistas têm tentado rastrear a presença de mais exemplares.

O inseto é nativo da Ásia Oriental e do Japão e pode medir cerca de 5 cm, quase oito quando se tem em consideração a envergadura das asas. É corpulento e, com um veneno poderoso e uma mandíbula afiada, capaz de invadir e "massacrar" uma colmeia de abelhas em poucas horas.

Karla Salp, porta-voz do departamento de Agricultura de Washington, afirma que "como a maioria das espécies invasoras, não há como saber como esta vespa asiático gigante chegou à América do Norte".

"Existem várias teorias, mas todas são suposições e provavelmente nunca saberemos", acrescentou. Uma delas diz que vieram em um contentores de carga por acaso.

Armadilhas por toda a América do Norte
Foram colocadas armadilhas em toda a região para capturar outras vespas que possam existir na área, para impedir que se espalhem na América do Norte e se estabeleçam permanentemente. "Neste período de armadilhas e com a ajuda da educação pública e o incentivo para informar sobre avistamentos suspeitos, esperamos ter uma ideia melhor de onde estão para erradicá-las", considera Salp.

O único ninho encontrado até agora na América do Norte foi destruído. Aconteceu na ilha de Vancouver.

"Os extensos estudos realizados no outono de 2019 não mostraram nenhum sinal de presença", afirmou Paul van Westendorp, apicultor da Columbia Britânica, Canadá.

Chris Looney, entomologista do departamento de Agricultura de Washington, explicou que quando as vespas invadem uma colmeia, matam as abelhas literalmente arrancando-lhes a cabeça com as suas garras. Depois, ocupam o ninho por uma semana ou mais, alimentando-se de pupas e larvas.

Já nos últimos 15 anos, as colónias diminuíram devido a um fenómeno conhecido como "problema de colapso", no qual as abelhas operárias de uma colmeia desaparecem abruptamente.

O risco que representam para os humanos é significativamente menor. Estima-se que cerca de 50 pessoas morrem no Japão todos os anos por causa destes insetos. "Geralmente não atacam pessoas", disse Salp. "Só atacarão se se sentirem ameaçadas. Portanto, desde que não se pise um ninho ou se aproxime de uma colmeia de abelhas que tenham assumido, há um risco muito baixo de que piquem".

Nas redes sociais já são um dos temas mais populares
Nas redes sociais, as "vespas assassinas" entraram para os assuntos mais comentados. "Agora tenho que me preocupar com uma vespa a matar-me. O mundo está a acabar", escreve uma utilizadora no Twitter, @drizzydrea18.

"Cancele os seus planos e objetivos para 2020", publicou @joserosado com uma imagem de dois braços musculosos em uma queda de braços: um identificado como o coronavírus e o outro como a vespa.

"A resposta nas redes sociais tem sido interessante", afirmou Salp. "Raras vezes uma espécie invasora recebe tanta atenção nos meios". "Esperamos que o resultado final seja que as pessoas se familiarizem mais com as espécies nativas e que possam relatar às autoridades caso vejam algo que lhes pareça suspeito", conclui.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/alarme-apos-descoberta-de-vespas-assassinas-nos-estados-unidos


Ataques da vespa asiática ás colmeas - (vespa velutina nigrithorax)
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