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28/12/15

Economia - Debates na Assembleia da República e na Universidade Nova de Lisboa, em fevereiro, reacendem a discussão sobre o rendimento básico incondicional.



«O básico para todos

Debates na Assembleia da República e na Universidade Nova de Lisboa, em fevereiro, reacendem a discussão sobre o rendimento básico incondicional.

Podemos receber todos um “subsídio” do Estado, independentemente do nosso nível de riqueza? A ideia tem cada vez mais adeptos na Europa e, a 15 e 16 de fevereiro, será discutida em Lisboa. No primeiro dia, o debate realizar-se-á na Assembleia da República, por iniciativa do PAN – Pessoas, Animais e Pessoas. No dia seguinte, o encontro está marcado para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em ambos os encontros participará o finlandês Jurgen de Wispelaere, que faz parte da equipa que realizará o primeiro grande teste piloto na Europa. Estará também presente Yannick Vanderborght, professor de Ciência Política da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, o centro académico europeu em torno do qual se organizaram os defensores do rendimento básico.

A mais recente iniciativa relacionada com o rendimento básico terá epicentro na Finlândia. A ideia partiu do primeiro-ministro de centro-direita, Juha Sipila, que incumbiu a Segurança Social finlandesa de realizar um programa piloto. Os estudos já estão em curso e espera-se que o programa arranque em 2016. Domesticamente, existe apoio para a medida, com uma larga maioria dos finlandeses a concordar com a atribuição de um rendimento básico. Por outro lado, Juha Sipila pretende também contornar o complexo sistema burocrático da segurança social do seu país, além de encontrar instrumentos novos para um persistente e elevado desemprego, uma das faces dos quatro anos de recessão económica no país.

Juha Sipila não descobriu a roda. Desde o século XVI que vários autores, filósofos ou economistas, defenderam a atribuição de um rendimento que permitisse aos cidadãos de um território viverem com dignidade. E se a ideia até agradou a Milton Friedman e ao presidente norte-americano Richard Nixon, foi a esquerda europeia que, a partir dos anos 80 deste século, mais se tem batido pela proposta. Além da Finlândia, em Utrecht, na Holanda, e em alguns municípios do sul de França também estão planeados programas-piloto.

Na cidade de Dauphin, no Canadá, entre 1974 e 1978, foi também realizado um programa piloto para aliviar os mais pobres. Os participantes, cerca de 1000, receberam 1200 dólares canadianos por ano, durante quatro anos, numa altura em que o limiar da pobreza se situava nos 2100 dólares. Um dos comportamentos avaliado foi a situação face ao trabalho. Os investigadores concluíram que apenas as mulheres com filhos pequenos e os adolescentes passaram a participar menos no mercado de trabalho do que antes do início da experiência. Os participantes do Mincome também diminuíram as idas aos hospitais da região, sobretudo em casos relacionados com acidentes de trabalho e saúde mental.

André Coelho, 39 anos, engenheiro civil e ativista do Basic Income Portugal, organização que faz parte da rede europeia Basic Income Earth Network, não se surpreende com esses dados. “O ser humano sempre esteve ligado à atividade, sempre fez coisas”, defende, reagindo ao argumento de que um rendimento básico para todos poderia incentivar à preguiça e à inatividade. Um programa destes seria, ainda, financeiramente suportável, defende, remetendo para os estudos realizados pelo economista Miguel Horta. “seria apenas um outro modo de redistribuir os rendimentos, com os mais ricos a financiar os mais pobres”, nota.

Miguel Horta estudou o impacto de um sistema de impostos com uma taxa plana (flat rate) de 50% para todos os rendimentos sujeitos a IRS. Este dinheiro financiaria um sistema redistributivo e todos os maiores de idade (oito milhões de residentes), independentemente do seu nível de riqueza, receberiam cerca de 435 euros (a simulação foi realizada com dados de 2012). Assim, quem tivesse um rendimento de 5000 mil euros pagaria 2500 euros de imposto mas receberia 5220 euros de rendimento básico, ou seja, no final do ano o seu rendimento total atingiria 7720. “Este Rendimento Básico Incondicional terá custos (apenas) para quem tenha rendimentos superiores a 870 euros por mês e, para cada um destes, esses custos serão tanto maiores quanto maiores sejam os seus rendimentos”, defende o autor num artigo de outubro de 2015.

E como compensaria o Estado a perda de receitas provenientes do IRS? Com a extinção dos programas de apoio social, de combate à pobreza e de pagamento de subsídios de desemprego. Noutro estudo, o autor considera que o efeito será neutro ou haverá mesmo um encaixe positivo para o Estado (menos despesa). O economista e ex-dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, num artigo no Público, numa polémica com os defensores do rendimento básico incondicional, notou que parte dos desempregados passariam a receber menos através deste mecanismo do que recebem com os apoios ao desemprego atualmente existentes.

Em Portugal, o PAN foi o único partido, até ao momento, a defender uma medida desta natureza. “Com este rendimento básico diminui-se as bolsas de pobreza, o risco de criminalidade, promove a criatividade e o envolvimento na comunidade. Promove a emancipação das pessoas, libertando-as de mecanismos que fomentam ciclos de pobreza potenciando o que de melhor podem dar à sociedade”, pode ler-se no programa do partido, que este ano elegeu o seu primeiro deputado à Assembleia da República, André Silva.» in http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2015-12-28-O-basico-para-todos


(Rendimento Básico Incondicional)


(Rutger Bregman: Porque deveríamos dar um rendimento básico a todos)


(10 Razões para um Rendimento Básico Incondicional)

27/12/15

Economia - A ideia pode ser posta em prática na cidade holandesa de Utrecht e consiste em atribuir a todos os cidadãos um “rendimento básico” de 892 euros, que não depende de nenhuma outra fonte de rendimento nem obriga ninguém a procurar trabalho.



«E se recebesse 892 euros por mês em troca de nada?

A ideia pode ser posta em prática na cidade holandesa de Utrecht e consiste em atribuir a todos os cidadãos um “rendimento básico” que não depende de nenhuma outra fonte de rendimento nem obriga ninguém a procurar trabalho. O objetivo é encorajar todas as pessoas a encontrar empregos a longo prazo.

Pode o Governo atribuir um "rendimento básico" mensal a qualquer pessoa, quer esta trabalhe ou não, sem qualquer condicionante? Na Holanda, mais precisamente na cidade de Utrecht, talvez - pelo menos esta é a ideia que pode vir a ser aplicada, num primeiro momento a um número restrito de cidadãos e depois, se houver bons resultados, a toda a população.

A ideia, apoiada sobretudo por vereadores dos partidos de esquerda, é ajudar os cidadãos a evitar a "armadilha da pobreza", diz Nienke Horst, um conselheiro do Partido Liberal Democrata naquele município, citado pelo britânico "The Guardian". No entanto, com esta novidade também se espera que as pessoas que trocam constantemente de emprego consigam, tendo acesso a um rendimento base de 892 euros, ter tempo e estabilidade para procurar um emprego a longo prazo adequado ao seu perfil.

Embora a ideia seja, inicialmente, atribuir este rendimento apenas aos cidadãos carenciados, o conceito é mais abrangente e consiste num rendimento que é garantido de forma incondicional, sem que haja pré-requisitos ou obrigação de procurar trabalho e sem depender de fontes de rendimento.

“TEMOS DE CONFIAR NAS PESSOAS"

No entanto, se o conceito parece revolucionário, esta impressão traz dificuldades acrescidas: "Em Utrecht, não chamamos à ideia 'rendimento básico' porque as pessoas acham que isso é apenas receber dinheiro, sentar-se em casa e ver televisão", explica Heleen de Boer, uma vereadora dos Verdes naquela cidade, citada pelo "Guardian". No entanto, de Boer acrescenta que, para a ideia funcionar, há um requisito: "Penso que temos de confiar nas pessoas".

Se a experiência se concretizar, os resultados serão analisados por Loek Groot, professor da Universidade de Utrecht, para verificar se o esquema traz benefícios e se pode ser aplicado a todos os residentes da cidade.» in http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-12-27-E-se-recebesse-892-euros-por-mes-em-troca-de-nada-


10/02/13

Política Económica - A China tornou-se no maior pólo comercial do mundo em 2012, com o peso da sua balança comercial a ultrapassar o dos Estados Unidos, segundo os mais recentes dados oficiais dos dois países!



«China passa EUA é já o maior pólo comercial do mundo

A China tornou-se no maior pólo comercial do mundo em 2012, com o peso da sua balança comercial a ultrapassar o dos Estados Unidos, segundo os mais recentes dados oficiais dos dois países.

O Departamento de Comércio norte-americano revelou na sexta-feira que a balança comercial do país, a soma de importações e exportações, totalizou 3,82 biliões de dólares (2,86 biliões de euros), poucas semanas depois de as alfândegas chinesas terem anunciado uma subida da sua balança para 3,87 biliões de dólares (2,9 biliões de euros).

Enquanto a balança comercial chinesa é excedentária em 231,1 mil milhões de dólares, a norte-americana é deficitária em 727,9 mil milhões de dólares.

A China era o maior exportador mundial desde 2009, com os Estados Unidos a reterem o "título" de maior mercado importador.

Para o economista Jim O'Neill, da Goldman Sachs, a emergência da China entre os principais blocos comerciais dá-lhe uma influência crescente, tornando-se mesmo no principal parceiro comercial de países como a Alemanha ou o Brasil.

"Para muitos países em todo o mundo, a China está rapidamente a tornar-se no mais importante parceiro de comércio bilateral. (...) A este ritmo, no final da década muitos países europeus vão estar a fazer mais trocas individuais com a China do que com parceiros bilaterais europeus", disse à agência Bloomberg.

Segundo dados divulgados na semana passada pelas autoridades chinesas, as exportações aumentaram 25% em Janeiro, face ao período homólogo, enquanto as importações subiram 28,8%.

Ainda assim, a economia norte-americana continua a ter uma dimensão muito superior à chinesa, mais do dobro (15 biliões de dólares face a 7,3 biliões).

O crescimento económico chinês tem sido mais forte, atingindo uma média de 9,9% entre 1978 e 2012.

Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=67954


(A economia da China HD)


(Matéria de Capa - China - Os Passos do Gigante)


(A FARSA DO CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS COMEÇA A APARECER)

31/07/12

Política Económica - Os administradores executivos das sociedades cotadas a tempo inteiro acumulavam, em média, lugares de administração em 12 firmas de dentro e fora do grupo da sociedade onde exerciam funções!





«CMVM identifica um gestor com lugar em 73 administrações


Relatório da CMVM mostra que 17 administradores acumulavam, cada um, lugares de gestão em 30 ou mais empresas em 2010.


Os administradores executivos das sociedades cotadas a tempo inteiro acumulavam, em média, lugares de administração em 12 firmas de dentro e fora do grupo da sociedade onde exerciam funções. Os dados constam do Relatório Anual do Governo das Sociedades cotadas, relativo a 2010, divulgado hoje pela CMVM.


O regulador identificou também que 17 administradores acumulavam lugares de administração em pelo menos 30 empresas, tendo registado também um caso de um gestor, que não é identificado, que tinha lugar na administração de 73 empresas.


O relatório também revela que a idade média dos administradores executivos desceu para 52,7 anos no final de 2010, quase menos um ano que a idade média identificada em 2009 (53,6 anos).


Os mesmos dados mostram que o mundo da gestão nas grandes empresas continua a ser um universo de homens, visto que apenas 5,9% dos cargos de administração das sociedades cotadas eram exercidos por mulheres, em 2010, o equivalente a apenas 26 cargos em 440. 


Se tivermos em consideração apenas os membros executivos, a percentagem desce para apenas 4% do total e o relatório revela ainda que nenhuma mulher desempenhava as funções de presidente da Comissão Executiva em termos efectivos.» in http://economico.sapo.pt/noticias/cmvm-identifica-um-gestor-com-lugar-em-73-administracoes_149514.html
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Grande borga que é este País de oportunidades, para uns quantos privilegiados...

17/06/12

Exportações - As exportações portuguesas de bens para a Colômbia têm vindo a crescer desde 2009 e o país é uma das apostas de empresas como a Jerónimo Martins, que prevê abrir as primeiras lojas no quarto trimestre deste ano!




«Colômbia, a nova aposta das empresas portuguesas


As exportações portuguesas de bens para a Colômbia têm vindo a crescer desde 2009 e o país é uma das apostas de empresas como a Jerónimo Martins, que prevê abrir as primeiras lojas no quarto trimestre deste ano.


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visita o Peru, Brasil e Colômbia durante a próxima semana, acompanhado de um comitiva que integra o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e vários empresários.


Segundo dados disponibilizados pela AICEP, com base nas estatísticas do INE, as exportações de empresas portuguesas para a Colômbia mais que triplicaram no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2011, para 8,7 milhões de euros.


Nos primeiros três meses do ano passado, as exportações ascendiam a 2,7 milhões de euros.


As importações portuguesas de bens colombianos caíram 3,3 por cento no trimestre, para 53,8 milhões de euros, com um saldo da balança comercial negativo em 45 milhões de euros.


Em 2011, as exportações acumuladas atingiram os 18,7 milhões de euros, valor que compara com os 13,3 milhões de 2010 e os 6,5 milhões de 2009.


Em termos de importações, em 2011 o valor era de 246 milhões de euros, contra 100,5 milhões no ano anterior.


De acordo com os dados da AICEP, no ano passado havia 171 empresas portuguesas exportadoras para a Colômbia, contra 134 em 2010 e 105 em 2009.


O número de empresas exportadoras tem vindo a aumentar desde 2008, tendo registado um impulso a partir do ano seguinte.


No que respeita a importadoras, o número total era 97 no ano passado, menos 16 que no ano anterior.


Segundo dados disponibilizados, em 2010 empresas portuguesas como a Amtrol - Alfa Metalomecânica, Bosch Termotecnologia, Celtejo, Imoplastic, Repsol Polímeros ou Mocapor constavam entre a lista das maiores exportadoras para o mercado colombiano.


A AICEP abriu este ano um escritório na Colômbia, evidenciando a importância deste mercado para as empresas portuguesas.


Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=52061

(Vive Colombia, Viaja por Ella)

09/05/12

Política Económica - Isabel dos Santos, a "Princesa" de Angola à conquista de Portugal!

O maior accionista da Zon era a CGD, com uma participação de 10,8%. Isabel dos Santos passa agora a controlar 15% do capital da empresa.

«Isabel dos Santos passa a maior accionista da ZON

A Kento Holding passa a ser a maior accionista da operadora portuguesa, ao controlar directamente 15% do capital.

A Kento Holding, controlada por Isabel dos Santos, comprou a participação de 5% que a Telefónica detinha no capital da Zon Multimédia. A empresária angolana reforça, assim, a participação directa na operadora de telecomunicações para 15%, tornando-se a maior accionista da empresa.

O Diário Económico sabe que o negócio foi alcançado pelo valor líquido de 2,34 euros por acção, isto é, descontado o dividendo, um preço que representa um investimento global de cerca de 36,2 milhões de euros.

A Kento Holding era, até agora, o terceiro maior accionista da Zon Multimédia - apenas ultrapassada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que detém uma participação de 10,88% -, ao controlar 10% do capital social. A aquisição da posição da operadora espanhola, que estava publicamente vendedora, permite à empresa tornar-se o maior investidor da operadora portuguesa, com 15% do capital. A participação é imputável na totalidade a Isabel dos Santos, uma vez que é a única accionista da Kento.

O Diário Económico sabe que este investimento da Kento Holding no reforço da posição na Zon foi realizado sem financiamento de bancos portugueses.» in  http://economico.sapo.pt/noticias/isabel-dos-santos-passa-a-maior-accionista-da-zon_144146.html



«A mulher mais poderosa de Portugal é angolana

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas. Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos.

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas. Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos.

Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos". É a nova accionista da Zon. E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro.

A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, com uma fortuna de 731 milhões de euros. Não tem metade do poder de Isabel dos Santos. E tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros. Fora o resto.

A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem concessões. O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos. Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas.

Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola.

Isabel dos Santos é accionista da Zon e sócia da PT. É accionista do BPI e sócia do BES. É accionista da Galp e a Sonangol é parceira da EDP. A empresária garante que não tem relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol. Identificando todos os interesses em causa, as relações de sociedades portuguesas alargam-se ainda à Caixa, Totta, BPN e Mota-Engil. Dá um índice bolsista.

O que faz com que tantas empresas portuguesas implorem para fazer negócios com Isabel dos Santos? E que Isabel "jogue" em equipas rivais, concorrentes confessos em Portugal, sem um pestanejo? Só uma coisa consegue tanto unanimismo: o dinheiro. A liquidez angolana, que desapareceu de Portugal. A contrapartida de acesso ao crescente mercado angolano. Os portugueses não abrem os braços a Isabel dos Santos, abrem-lhe as carteiras - estão vazias. 

O casamento entre angolanos e portugueses tem as prioridades do das famílias feudais: o interesse está primeiro, o amor virá depois, se vier. E o interesse é recíproco: os angolanos são entronizados em Portugal e na Europa; os portugueses são-no em Angola e em África. Não há equívocos, há dinheiro.

Os últimos dois grandes negócios de Isabel dos Santos em Portugal, no BPI em 2008 e na Zon em 2009, tiveram uma curiosidade cabalística: ambos foram fechados na terceira semana de Dezembro, ambos de 10%, ambos por 164 milhões. Na Zon, pagou um prémio de 26% sobre a cotação. Comprou caro? Comprou mais barato que os accionistas que estão na empresa. Comprou bem.

Isabel e José Eduardo construíram um poder tão ramificado em empresas portuguesas que só o Estado e Grupo Espírito Santo os ultrapassarão. Tanta concentração de poder é mais ameaçadora do que uma nacionalidade. Em Portugal, Isabel e José Eduardo não são Santos da casa mas fazem milagres.

psg@negocios.pt» in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=401945&template=SHOWNEWS_V2




«Isabel dos Santos

Família e educação

Filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos e da sua primeira esposa Tatiana Kukanova, natural Azeri, Isabel dos Santos viveu grande parte da sua vida em Londres, onde a sua mãe reside agora, e onde estudou engenharia elétrica. Foi também em Londres que ela conheceu Sindika Dokolo, nacional da República Democrática do Congo, com quem se casou em 2003 em Luanda. O casamento, uma festa de quatro milhões de dólares, com mil convidados, foi um dos maiores casamentos na história de Angola.[5] Muitos dos convidados que vieram de fora de Angola foram trazidos em aviões especialmente fretados, e entraram em Angola sem vistos.[6] O padrinho de casamento era o então ministro da Economia do Petróleo angolano, Desidério Costa.

[editar]Negócios

Isabel dos Santos é descrita pelo jornal português Público como "uma boa mulher de negócios, extremamente dinâmica e inteligente, que também é profissional e amigável".[7]
Aos 24 anos, ela entrou para o negócio e, desde então, tem habilmente utilizado a influência de seu pai. Ela iniciou as suas actividades na capital, Luanda, onde fundou a empresa Urbana 2000 que ganhou o contrato para a limpeza e desinfestação da cidade. Na bem conhecida Ilha de Luanda, abriu em 2006 o Miami Beach Club,[8] um dos primeiros clubes da noite na capital. Mais tarde, ela trabalhou para a Ascorp, uma empresa de comércio de diamantes em Angola. Lá, ela foi uma parceira do comerciante de diamantes israelita Lev Leviev.[9] A associação de Isabel dos Santos ao negócio dos diamantes, em Angola, é bem conhecida. Em parceria com a sua mãe, com nome mais recente Tatiana Cergueevna Regan, Isabel dos Santos constitui a 2 de Abril de 1997, em Gibraltar, a empresa Tais Ltd., na qual detinha 75 porcento das acções, cabendo o resto à sua mãe.[10]
Ela tornou-se rapidamente uma figura chave para a gestão dos bens da família e participou em várias holdings[11] para adquirir a propriedade e a participação de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal.

[editar]Investimentos em Portugal

A partir de 2008 ela ficou mais interessada em outras áreas de negócio, tais como as da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Em Portugal, detém importantes participações no Millenium BCP, através do Santoro Finance no Banco Português de Investimento[12][13][14] e Banco BIC Português,[15] bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia[16] e a ZON Multimédia,[17][18] através da Kento Holding[19] e Esperanza Holding.[20] No dia 14 de Abril 2011 a Sonae assinou um acordo de parceria com a empresa angolana Condis, detida por Isabel dos Santos e Sindika Dokolo sobre a introdução de actividades em retalho sob a insígnia Continente,[21] e sobre a participação numa sociedade imobiliária de grande envergadura.[22]
Juntamente com o seu pai, ela estabeleceu a Holding Geni,[23][24] que serve como "guarda-chuva" para os seus investimentos em Portugal. A holding está activa nos domínios da banca, do petróleo, dos diamantes e da construção. O ponto de partida foi, no entanto, a criação da Unitel em parceria com a Portugal Telecom. Para além de Isabel dos Santos, fazem parte da fundação, desde o início, Leopoldino Fragoso Nascimento (chefe das Comunicações da Presidência), Anthony Van-Dúnem (ex-secretário do Conselho de Ministros), Manuel Augusto da Fonseca, elemento do gabinete jurídico da Sonangol. A este grupo juntou-se ainda o empresário franco-brasileiro, Pierre Falcone, mais conhecido pelo chamado Angolagate.[25][26][27]

[editar]Investimentos em Angola

Com a própria empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da actividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente.[28]» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_dos_Santos


Isabel dos Santos no tapete vermelho
 (Isabel dos Santos no tapete vermelho) 
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O Dr. Mário Soares nada tem a dizer sobre isto... claro que não... está virado para a Troika...

29/02/12

Política Económica - Portugal exportou 13 toneladas de ouro adquiridas pelas lojas de compra e venda deste metal em segunda mão em 2010!




«Portugal exportou 13 toneladas de ouro em segunda mão


Portugal exportou 13 toneladas de ouro adquiridas pelas lojas de compra e venda deste metal em segunda mão em 2010.


"Em 2010, exportaram-se 13 toneladas de ouro compradas por essas casas [de compra de ouro usado]. Eram investimentos de famílias mais débeis", disse hoje o presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, Manuel Alcino, que hoje foi ouvido pelo grupo de trabalho sobre compra e venda de ouro, que funciona na Assembleia da República.


Manuel Alcino disse não ter dados sobre a quantidade de ouro exportada no ano passado, mas adiantou que em 2010 existiam em Portugal quatro mil lojas deste ramo, um número que aumentou para cinco mil em 2011.


Além da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, foram também ouvidas hoje pelo grupo de trabalho responsáveis da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, das associações de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, de Comerciantes do Porto e Portuguesa de Joalharia Contemporânea.


Os responsáveis de todas as entidades ouvidas pelos deputados defenderam a necessidade de regular a actividade da compra e venda de ouro em segunda mão, afirmando que a mesma carece de legislação adequada.


Paulo Martinho, da Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, afirmou que nas lojas de compra e venda em segunda mão o ouro é adquirido a "valores muito inferiores ao valor de mercado" e não é feita qualquer avaliação por um técnico.


A Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul defendeu que os cálculos do valor de compra de ouro têm de ter em atenção a cotação diária, "para que não haja situações de aproveitamento".


Já o presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, Nuno
Camilo, afirmou que as coimas previstas para esta actividade, que vão dos 250 euros aos 2.500 euros, "são um convite ao incumprimento", acrescentando existir uma "incapacidade muito grande de meios para poderem fiscalizar".


A legislação que regulamenta a actividade tem mais de 30 anos e não prevê que seja dada uma autorização específica para o comércio de compra e venda de ouro usado, apenas sujeitando a licenciamento quem comercialize estes produtos, independentemente de serem novos ou usados.» in http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-exportou-13-toneladas-de-ouro-em-segunda-mao_139284.html




(Corrida ao ouro português)

Política Económica - Em entrevista o jornal Público, o Nobel da Economia considera ser "bastante óbvio que [aderir ao euro] foi um erro para a Grécia e eu diria que também para Portugal"!




«Krugman: Adesão de Portugal ao euro foi um erro


Paul Krugman diz que Portugal tem duas opções: "viver em condições muito difíceis" ou "dar um passo mais radical".


Em entrevista o jornal Público, o Nobel da Economia considera ser "bastante óbvio que [aderir ao euro] foi um erro para a Grécia e eu diria que também para Portugal". Sem euro, argumenta, haveria hoje "menos carros nas ruas, mas mais pessoas com trabalho".


O economista considera que a impossibilidade presente de, tal como no passado, desvalorizar o escudo para ganhar competitividade encarcerou Portugal "numa prisão terrível". "Por causa do euro, Portugal tem muito poucas opções, muito pouco espaço de manobra. E sair do euro, nesta fase, é um passo extremo que não está em cima da mesa", afirmou, notando contudo que "se nada mais funcionar, sair o do euro torna-se numa opção real". Para Krugman "a Grécia está rapidamente a chegar a esse ponto, mas Portugal não."


Vendo sinais positivos na evolução das exportações e na estagnação dos salários na indústria, Paul Krugman sublinha que os portugueses "vão ter de viver com estas condições muito difíceis e tentar mitigar o sofrimento. Ou então, em alternativa, dar um passo mais radical." E esse passo radical pode chegar já em 2013: Se "daqui a um ano, o crescimento da economia fica abaixo do que está previsto no memorando de ajustamento e o défice fica acima. Aí, se a troika pedir mais medidas de austeridade, Portugal tem de dizer que não."


Na mesma entrevista, o economista diz ter pouco para aconselhar a Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar: "Eu realmente tenho dificuldade em dar conselho ao Governo português. Aliás, detesto dizê-lo, mas não faria as coisas de forma muito diferente daquilo que está a ser feito agora."» in http://economico.sapo.pt/noticias/krugman-adesao-de-portugal-ao-euro-foi-um-erro_139245.html



(Paul Krugman - O receio de uma nova Grande Depressão)
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Mas dizer isso aos políticos que foram considerados heróis e visionários, por nos meterem neste barco... só um estrangeiro, mesmo!

24/01/12

Política Económica - Já compraram a EDP, querem a REN e a banca, mas no negócio dos pastéis de nata os chineses já lideram!




«China é o país onde se produz e consome mais pastéis de nata


Já compraram a EDP, querem a REN e a banca, mas no negócio dos pastéis de nata os chineses já lideram. O típico doce português nunca esteve tanto nas bocas do Mundo, depois de, na semana passada, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter lançado a pergunta: «Por que não conseguimos exportar o pastel de nata?».


Pedro Passos Coelho subscreveu ao apelo à internacionalização da iguaria. «Não sou um especialista, sou um consumidor que aprecia muito os pastéis de nata. E julgo que é melhor não glosar mais este tema, para não parecermos aqui uns gulosos pela doçaria portuguesa, que é boa», afirmou o primeiro-ministro.


Contudo, é no outro lado do Mundo que mais se produzem e consomem os pastéis de nata. Por cá, o famoso estabelecimento em Lisboa, os Pastéis de Belém, vende cerca de 20 mil unidades por dia. Em Hong Kong, há pastelarias que vendem o dobro.


O apetite dos chineses pelos pastéis de nata existe há décadas, sendo este o produto português mais conhecido no Oriente – onde entrou via Macau, com o nome de egg tart (tarte de ovo). O lançamento asiático dos bolos ficou a dever-se ao inglês Andrew Stow, que os provou pela primeira vez em 1988 na confeitaria mais conhecida de Portugal – Pastéis de Belém. Passado um ano, decidiu abrir a pastelaria Lord Stow’s, na vila de Coloane, Macau.


O sucesso foi imediato. O pastel de nata ‘à Stow’, servido sem canela, como os asiáticos preferem, conquistou a Ásia e foi reinventado um pouco por toda a região. Através de Margaret, ex-mulher de Andrew, chegou mesmo aos balcões da cadeia norte-americana Kentucky Fried Chicken (KFC), a maior na China. Aliás, este é o único país onde o gigante da fast food integra o pastel de nata no menu. Só em 2010, a KFC vendeu 300 milhões de egg tarts, encaixando 232 milhões de euros.


Em resposta ao repto do ministro Álvaro, o responsável da Confraria do Pastel de Nata diz: «Há décadas que se exportam pastéis de nata. E como Vancouver, no Canadá – onde o ministro da Economia viveu largos anos –, foi dos primeiros destinos deste produto, está visto que o Governo não fez os estudos de mercado suficientes», ironiza Vicente Themudo Castro. Talvez por isso, e devido à falta de apoio às pequenas empresas, dois dos maiores exportadores de pastéis de nata em Portugal são espanhóis – a Frida Alimentar e a Europastry, segundo Vicente Themudo Castro.


Pastéis de Belém fora da rota da internacionalização


Miguel Clarinha, um dos gerentes da confeitaria Pastéis de Belém – que facturou cerca de oito milhões de euros no ano passado, não conta internacionalizar o doce. «Já pensámos nisso, quer exportar quer abrir lojas lá fora. Mas, de momento, não faz parte dos nossos planos». Segundo Clarinha, 30% dos clientes da confeitaria são turistas, «oriundos um pouco de toda a parte, mas a maioria vem de Espanha».


Pelo contrário, a Pluriarte já tentou exportar pastéis de nata de chocolate para a China e Angola, mas não encontrou «o parceiro certo», explica Maria Felicidade Rebordão, responsável da empresa.


Segundo dados da ACIP – Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, este sector possui cerca de 9.000 empresas de panificação e pastelaria e 2.500 empresas similares.


Quanto aos principais destinos de exportação, o Brasil, os PALOP, a Europa e os EUA encabeçam a lista. Contudo, por «não haver uma grande associação – por falta de apoios, incluindo do Estado –, não há números relativos a vendas ou exportações globais», diz Carlos Alberto dos Santos, presidente da ACIP. Pelos mesmos motivos «ainda não foi possível franchisar os pastéis, o que é uma oportunidade de negócio que Portugal perde». «O que é certo é que nem o Estado nem nenhum privado pegou no pastel de nata e o registou em todo o Mundo. Agora estão outros, como os chineses, a tirar dividendos», lamenta.


sara.ribeiro@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=39656
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Os Chineses comem tudo... qualquer dia apagam-nos a luz e a seguir apagam-nos a nós...


(Chineses em Portugal para aprender português)

09/12/11

Política Nacional - Camilo Lourenço analisa as últimas declarações de Sócrates de forma contundente!




«Já perceberam porque estamos falidos?


José Sócrates diz que pagar dívidas do Estado é ideia de criança: "Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são, por definição, eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei".
E acrescentou: "Claro que não devemos deixar crescer a dívida muito, porque isso pesa depois sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal, é essencial financiamento para desenvolver a economia".


Caro leitor, já percebeu por que estamos na bancarrota? Sócrates não percebe nada de Economia e não aprendeu com os erros. Vejamos: se o Estado se endividar para fazer investimentos úteis, o retorno desses investimentos é suficiente para amortizar a dívida contraída. Não há razão para não pagar dívida se há dinheiro. Foi isso que fizeram Suécia e Irlanda (esta até ao colapso do seu sistema financeiro) nos últimos 20 anos.


As dívidas só se mantêm elevadas, e por isso têm de ser "roladas", quando os investimentos não criam riqueza. Como aconteceu connosco na última década e meia. Além de que "rolar" dívida é arriscado: quando os mercados percebem que o Estado se viciou em endividamento, penalizam os detractores.


Mais: se de repente o Estado tiver de se endividar para fazer a uma emergência, o stock de dívida (e o seu custo) disparam para níveis proibitivos. Exactamente o que Sócrates fez nos últimos três anos: levou a dívida pública de 68% para 100% do PIB (com retorno zero).


Só há uma coisa que não percebo nesta conversa: onde mesmo é que Sócrates "estudou" estas teorias? Definitivamente não se deve tirar cursos ao fim-de-semana…


camilolourenco@gmail.com» in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=524395
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Esta análise de Camilo Lourenço, aos dislates e diatribes de Sócrates, o estudioso Domingueiro, diz tudo!


(Comentário de Luís Ferreira Lopes ao clima económico e à dívida pública nacional)

13/09/11

Política Económica - As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado!




«Teoria Keynesiana


Conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida económica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.


O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina económica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.


A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.» in http://www.economiabr.net/teoria_escolas/teoria_keynesiana.html
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Com o Mundo à beira do colapso económico, mormente a sociedade ocidental, vale a pena refletir, sobre o atual modelo económica e nas suas variantes mais válidas...

16/07/11

Política Económica - Estes Senhores, os Cowboys da Moody's vão ter que fazer uma aterro muito grande, na América, de costa a costa, pois... é tudo lixo!




«Moody’s corta Caixa, BES, BCP e Montepio para “lixo”



A agência Moody’s reduziu o ‘rating’ de sete bancos portugueses. Cinco instituições foram colocadas na categoria de “lixo”.
Na sequência do ‘downgrade' ao ‘rating' de Portugal, as notações da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Espírito Santo (BES), Espírito Santo Financial Group, Millennium bcp e Montepio Geral foram reduzidas para uma categoria considerada "lixo". Ou seja, a Moody's associa à dívida destas instituições elevada vulnerabilidade ao risco de incumprimento. As classificações da dívida do BPI e do Santander Totta também desceram mas são ainda consideradas de boa qualidade, embora com algum risco.
O anúncio do ‘downgrade' aconteceu poucas horas depois de anunciado que os cinco bancos portugueses sujeitos aos testes de ‘stress' europeus passaram no exame. Em comunicado, a Moody's avisa que apesar desta redução, os ‘ratings' da banca nacional continuam em vigilância negativa, ou seja, existe o risco de novo ‘downgrade' em breve.
Essa eventual revisão em baixa adicional do ‘rating' depende do grau de exposição à dívida portuguesa, dos riscos relacionados com a crise da dívida soberana europeia, nomeadamente das dificuldades de financiamento, do impacto do ambiente macroeconómico na qualidade dos activos dos bancos e dos planos de desalavancagem a ser definidos com Bruxelas, enumera a Moody's.
"Esta decisão quanto aos bancos portugueses vem no seguimento do ‘downgrade' da do 'rating' da República Portuguesa a 5 de Julho, que sugere uma menor capacidade do governo português em ajudar o seu sistema financeiro", lê-se num comunicado da Moody's, que foi alvo de forte críticas um pouco por toda a Europa por causa da baixa de ‘rating' a Portugal.
CGD, BES e BCP têm agora uma notação de "Ba1", a primeira do limiar da categoria "lixo". Um nível abaixo ficou a Espírito Santo Financial Group e o Montepio, ambos com uma classificação de "Ba2". Já o BPI, agora com um ‘rating' de "Baa3" fica a apenas um passo de ‘junk'. Um pouco mais acima está o Santander Totta com "Baa1", continuando a beneficiar de pertencer ao grupo financeiro espanhol Santander. O ‘rating' do BPN será revisto em separado depois de concluído o processo de revisão, explica a Moodys, que não mexeu na classificação de "Ba2" do Banif.
Esta redução no ‘rating' significa, na prática, dificuldades acrescidas de financiamento para os bancos portugueses e, por consequência, menos crédito e crédito mais caro para as famílias e as empresas portuguesas. Tudo isto no meio de uma recessão económica em Portugal, cujo PIB deve contrair 2% este ano.» in

«Zé Povinho faz 'manguito' à Moody's
A empresa Faianças Bordallo Pinheiro vai esta tarde lançar uma edição especial da conhecida personagem do Zé Povinho na qual aparece a fazer um 'manguito' à Moody's, reagindo à descida do ‘rating’ da dívida portuguesa, esta semana.

"O Zé Povinho não ficou alheio às ondas de choque provocadas por uma das notícias de que mais se tem falado em Portugal, e decidiu mostrar todo o seu descontentamento enviando um 'manguito' à agência de notação financeira que recentemente baixou o ‘rating’ da dívida portuguesa para 'lixo'", lê-se no comunicado de imprensa, que revela que a primeira figura irá estar à venda a partir de 22 de julho.

Esta edição especial da figura criada por Rafael Bordallo Pinheiro na revista 'A Lanterna Mágica' em 1875 será comercializada "dentro de uma caixa própria, acompanhada de um postal endereçado à Moody’s, onde cada um poderá escrever a sua opinião e, posteriormente, enviar para a sede da agência de ‘rating’".

De acordo com a empresa, "esta peça, que traduz um sentimento generalizado em muito países europeus, tem sido alvo de interesse por parte de inúmeras pessoas da Grécia, Irlanda e Itália e dado o evoluir da situação, espera-se que outros países venham a aderir à iniciativa pois existe um interesse crescente por simbologias de protesto com história, como esta".

No dia 5 deste mês, a Moody's em quatro níveis o 'rating' de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk). A decisão originou um coro de protestos por parte dos principais líderes europeus e tem motivado uma série de iniciativas em Portugal como manifestações e ataques ao site da agência.» in http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1168279.html

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Já sabemos que vamos ser vitimas letais, mais tarde ou mais cedo destas agências... mas não penso que tenhamos que lhes pagar mais!
Que vão desgraçar outros... ouvi ontem o Snr. Obama, o tal democrata da justiça à moda da América, a dizer que na América não pode acontecer o que está a acontecer à Grécia e a Portugal... mas isto não é uma economia global?...

07/07/11

Política Económica - Câmara Municipal do Porto não renova contrato com a Fitch!



«Câmara do Porto não renova contrato com a Fitch

Económico com Lusa   

Rui Rio revelou hoje que a Câmara do Porto não renovou o contrato com a agência de notação financeira Fitch.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, afirmou hoje que a autarquia não renovou o contrato com a agência de 'rating' por ter "uma dificuldade tremenda" em trabalhar com quem não considera sério.
"Tenho visto esta recente notícia da Moody's [redução do nível atribuído à dívida pública portuguesa] da mesma maneira que vi outras e que me levaram, enquanto presidente da Câmara do Porto, pura e simplesmente, a não renovar o contrato com a agência de 'rating' que tínhamos, já que não considero que sejam atitudes sérias. Eu tenho uma dificuldade tremenda em trabalhar com quem não considero sério", disse Rui Rio à Lusa, à margem da apresentação do livro Não Basta Mudar as Moscas, de Jaime Ramos.
Segundo o presidente da Câmara do Porto, quando as agências de 'rating' fazem isto, "obviamente não estão a fazer um trabalho sério". Com esta consideração, adiantou, a Câmara do Porto, que admite que terá sido a primeira a pedir um 'rating' em Portugal, é também a primeira que não renovou o contrato - "porque para isto não estou", enfatizou.
Segundo informação do Gabinete de Comunicação da Câmara do Porto dada a Agência Lusa, a autarquia fez o seu primeiro contrato com estas agências em 2005, tendo na altura começado com a Moody's e a Fitch. O contrato que Rui Rio agora não renovou era com a Fitch.
Mais do que não considerar um trabalho sério o das entidades em causa, Rio avança: "Considero que é um trabalho que há-de estar subordinado a alguns interesses".
Por esta razão, justifica, não renovou os contratos. "Esta é a melhor resposta que se pode dar. É evidente que estou a dá-la à escala de uma câmara. Um país é diferente".
O presidente da Câmara do Porto questiona assim para que servem as agências de 'rating', ao não actuarem de "uma forma límpida, transparente e correcta". E interroga a propósito: "Desde as eleições [05 de Junho] até hoje, o que é se alterou no curto prazo para modificar a perspectiva de longo prazo?"
Na sua perspectiva, "o que se alterou foi a estabilidade política, que é maior, e a vontade de cumprir, que é igual ou maior". Desta forma, a decisão de cortar o 'rating' "não faz sentido nenhum".
Assim, Rio não percebe "como é que se continua a dar valor e crédito a quem age desta forma".» in 
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Lixo

O desmesurado poder arbitrário que estas agências têm, não lhes pode dar o direito de colocar o futuro de uma nação em risco... 
Na Grécia a democracia foi implementada quase há 3000 anos, a nação Portuguesa tem quase 800 anos, não venham os colonizadores europeus do continente Americano, desde o Século XIX, deitar a nossa moral ainda mais abaixo, ao apelidarem a nossa economia de lixo... o Dr. Mário Soares tem uma frase célebre onde referia que os Portugueses têm direito à indignação... pois indignemos!
Os nossos filhos não merecem que lhes deixemos esta honra suprema, de sermos apelidados de lixo e de não reagirmos à ofensa...
Lixo são os interesses Americanos que não caíram com Bush; estas agências querem espremer ao máximo o Povo Europeu, guerra económica, com um especulação gratuita e inoportuna, completamente sem freio... 
Está na hora de dizer chega. Se for preciso teremos que partir tudo como fazem os gregos, pois de lixo moral estão cheios, estes especuladores do Mundo Novo (podre à nascença)...

Política Nacional - "Moody's corta 'rating' de Portugal para 'lixo'"


Moody's corta 'rating' de Portugal para 'lixo'

Eudora Ribeiro

A agência de 'rating' cortou em quatro níveis a notação de Portugal para 'Ba2' devido ao risco de o País precisar de um segundo resgate.
A Moody's desceu o 'rating' de Portugal de 'Baa1' para 'Ba2' e revelou que a nova nota se mantém com perspectivas negativas, o que quer dizer que podem seguir-se novos 'downgrades' à nota do País em breve.
A agência de 'rating' explica esta revisão em baixa com dois factores. Por um lado, a casa de 'rating' argumenta que existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados com "taxas de juro sustentáveis" no segundo semestre de 2013.
A Moody's indica também que existe uma "possibilidade crescente de a participação dos investidores privados [nesse segundo 'bailout'] ser imposta como pré-condição" de uma nova ronda de empréstimos internacionais, tal como está a ser estudado em relação à Grécia.
Por outro lado, a Moody's justifica o 'downgrade' com o agravamento dos receios de que Portugal não será capaz de cumprir a 100% as metas de redução do défice e da dívida acordadas com a União Europeia (UE) e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do empréstimo de 78 mil milhões de euros, devido aos "desafios formidáveis que o País está a enfrentar ao nível da redução das despesas, cumprimento das obrigações fiscais, crescimento da economia e apoio ao sistema financeiro".
Recorde-se que Portugal se comprometeu em reduzir o défice para 5,9% no final deste ano e para 3% do PIB em 2013.
A Moody's também desceu a dívida de curto prazo de Portugal para 'Not prime', o nível equivalente a 'lixo' na dívida de longo prazo.
Trata-se do primeiro 'downgrade' ao 'rating' do País desde as eleições que deram a maioria ao PSD e surgem numa altura em que o Governo de coligação PSD/CDS-PP já anunciou que será cobrado este ano um imposto extraordinário equivalente a 50% do subsídio de Natal para acelerar a redução do défice.
A Fitch e a Standard and Poor's têm um 'rating' de 'BBB-' para Portugal.» in 

Moody`s corta "rating" de Portugal em quatro níveis para "lixo".
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O poder destas agências de "rating" é, no mínimo, estranho... se nós apertamos o cinto e mesmo assim somos lixo, só seremos ouro para estes senhores, que têm o poder de abanar uma nação, quando morrermos todos à fome... revolta amigos, quererem desaparecer a secular Nação Portuguesa... acho que caminhamos para uma guerra global provocada pelos poderes Político e Económico!

O murro no estômago que foi dado a Portugal... pelas Agencias de rating!
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