«Carlos Tê e o fim da parceria com Rui Veloso: “Não há relações felizes para sempre"
"“Não adianta insistir numa coisa em que já foi feito quase tudo e em que eu não acredito muito", frisou Carlos Tê.
Carlos Tê, autor de várias letras de canção de Rui Veloso, falou sobre o fim da sua parceria com o músico. "As coisas acabam naturalmente. Foram 25 anos, é muito tempo", frisou à revista Sábado.
Na entrevista, o músico sublinhou que houve "uma certa saturação e as coisas perdem a sua frescura". "Não adianta insistir numa coisa em que já foi feito quase tudo e em que eu não acredito muito. A música popular teve o seu apogeu e agora perdeu a sua centralidade", defendeu.
"Excetuando o primeiro disco, em que tive uma participação só ao nível da escrita, nos outros sempre estive muito perto do estúdio. Fazer discos dessa maneira implica passar a vida a correr para Lisboa. Só mesmo quando se é novo! Era um bocado heroico", afirmou à revista.
«Eurovisão: a história que inspirou "Love is on my side", o tema dos The Black Mamba
Com “Love is on my side” Portugal leva à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba. Em conversa com o SAPO Mag, o músico contou a história que inspirou a letra do tema.
Quase 40 países competem, esta semana, no Festival Eurovisão da Canção, que decorre em Roterdão, nos Países Baixos, e no qual Portugal estará representando pelos The Black Mamba com a canção “Love is on my side”.
Depois de um ano de paragem, devido à pandemia da covid-19, o concurso regressa com a 65.ª edição, que acontece na terça-feira (primeira semifinal), na quinta-feira (segunda semifinal) e no sábado (final).
Os Países Baixos ganharam o direito de organizar a Eurovisão depois de vencerem a edição de 2019, em Israel, com o tema “Arcade”, interpretado por Duncan Laurence.
A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio do ano passado, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, devido à pandemia da covid-19, decidiu adiá-la um ano.
Ao todo serão 39 os países em competição e, de modo a garantir que o concurso acontece mesmo, os concorrentes gravaram as atuações nos seus países, para poderem participar caso não fosse possível viajarem para Roterdão.
A gravação, entregue previamente pelas estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP), teve de “acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.
A organização terá de utilizar a gravação de pelo menos um dos 39 países: a Austrália, cuja delegação se viu impedida de viajar para os Países Baixos.
Embora a 55.ª edição do Festival Eurovisão da Canção seja disputada por 39 países, apenas 33 competem nas semifinais (16 na primeira e 17 na segunda).
Os restantes seis países - os chamados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Países Baixos) - têm acesso garantido à final.
Em cada semifinal são escolhidos dez países. Portugal irá competir na quinta-feira por um lugar na final, durante a segunda semifinal, na qual participam também São Marino, Estónia, República Checa, Grécia, Áustria, Polónia, Moldávia, Islândia, Sérvia, Geórgia, Albânia, Bulgária, Finlândia, Letónia, Suíça e Dinamarca.
Na primeira semifinal competem Lituânia, Eslovénia, Rússia, Suécia, Austrália, Macedónia do Norte, Irlanda, Chipre, Noruega, Croácia, Bélgica, Israel, Roménia, Azerbaijão, Ucrânia e Malta.
As duas semifinais e a final vão ter público a assistir ao vivo, tendo a organização colocado à venda este mês 3.500 bilhetes por espetáculo. Além disso, de acordo com informação disponível no 'site' oficial do Festival Eurovisão da Canção, o Governo dos Países Baixos autorizou a organização a ter também público em seis ensaios.
Este ano, “todas as delegações, artistas e equipa de produção seguem um protocolo rigoroso e não terão contacto com elementos do público”.
Com “Love is on my side” Portugal leva à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba.
Tatanka é um dos fundadores dos The Black Mamba, banda formada em 2010 e que se move no universo dos blues, da soul e do funk.
Em paralelo com os The Black Mamba, Tatanka iniciou uma carreira a solo em 2016, “num registo mais pessoal e de regresso às suas raízes, contando histórias e apresentando temas originais em português”. O álbum de estreia, “Pouco Barulho”, chegou em 2019.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.
«Simone de Oliveira releva em entrevista que os seus filhos tiveram pais incógnitos durante 10 anos
Simone de Oliveira falou sobre o casamento de que fugiu, por ser vítima de violência doméstica. Falou ainda sobre o nascimento dos filhos, fruto de uma "grande paixão" com um homem que conheceu na Queima das Fitas no Porto e que acabou por ir viver para África.
Simone de Oliveira, 82 anos, casou aos 19 anos para dois meses e meio depois fugir deste casamento. Era vítima de violência doméstica: "Casei-me com 19 anos e voltei para casa dos meus pais, que foram espetaculares, espantosos, porque uma mulher fazer isto na década de 1950 não era fácil", conta em entrevista ao "Diário de Notícias", a propósito do espetáculo "A Valsa da Vida", no teatro Tivoli BBVA.
O efeito psicológico desta relação — que a deixou "muito doente", com "medo" e sem coragem para andar "sozinha na rua" — foi tratado com a música. Simone de Oliveira nunca pensou "ser artista, nem representar", mas como gostava de cantar, acabou no Centro de Preparação de Artistas da Rádio. Depois de insistência, o pai cedeu e falou com o diretor. O objetivo era um: "melhorar" a sua "saúde e não para ser artista."
Em 1965 já estava a representar Portugal no primeiro concurso da Eurovisão. Mas não foi uma carreira fácil: o seu nome "híbrido" era um obstáculo, aponta ao jornal, e, além disso, tinha sido mãe sem ser casada, "outra bronca", que a fez ter "filhos incógnitos durante mais de dez anos."
Não os pode registar como seus filhos: "Tinha sido casada pela Igreja e eles ficavam com o nome do senhor com quem eu tinha casado. Dizem que não há mães incógnitas, mas foi o que eu fui durante dez anos. Está-me atravessado."
Os filhos nasceram de uma "grande paixão" com um homem que ainda hoje é vivo e que conheceu na Queima das Fitas no Porto. Tal como Simone de Oliveira, também tinha sido casado, mas estava separado. "Tive dois filhos porque quis ter os dois filhos."
Engenheiro, este homem quis ir para África. Simone não quis. "Imagine eu, com 23 anos e dois filhos, a ir para Tete [Moçambique], viver numa tenda no mato. Disse-lhe: 'Vá você!' Lembro-me de o meu pai lhe dizer: 'Ó António José vai levar esta miúda com dois filhos para o mato?' Não fui. E ele obliterou completamente que tinha filhos, só anos depois veio a Portugal conhecer os filhos."
Após a sua partida, o homem ter-se-à "esquecido" dos filhos. "Criei os dois filhos sozinha, por isso, trabalhei, trabalhei, trabalhei. Nunca recebi um tostão nem fui para o tribunal pedir nada. Nunca deu nada, nem em situações muito periclitantes em que tive de pedir ajuda."
Quando a filha Eduarda completou os 10 anos, Simone de Oliveira precisava de uma cédula para a inscrever na quarta classe. "Eram muitos os filhos de pais incógnitos e houve um ministro que decidiu que todas as crianças em Portugal tinham de ter o nome do pai e o da mãe. Havia o Registo Secreto, que era um livro imenso, preto, em que se punha o nome do pai e da mãe — em caso de morte —, nas cédulas pessoais não tinham nem pais nem avós", conta.
"Eu sabia que podia dar prisão, mas disse que perdi as cédulas deles, acho que a senhora da conservatória percebeu. Foi ao livro dos registos secretos e começou a ler: "Maria Eduarda de Macedo Coimbra Mano, filha de..., neta paterna de..., neta materna de..." Só dizia para mim: está quase, está quase. Agarrei naquilo, fui para a casa dos meus pais, em Alvalade (onde vive o meu filho), e disse: "Está aqui. Consegui!" O meu pai abriu uma garrafa de champanhe e deitou por cima da cabeça dos meus filhos."» in https://magg.sapo.pt/celebridades/artigos/simone-de-oliveira-releva-em-entrevista-que-os-seus-filhos-tiveram-pais-incognitos-durante-10-anos
(Eurovision Portugal 1969 - Simone de Oliveira - Desfolhada Portuguesa)
«Morreu o músico Vitor Reino, fundador da Ronda dos Quatro Caminhos e Maio Moço
O músico, psicólogo e investigador Vítor Reino, fundador da Ronda dos Quatro Caminhos, morreu na "noite de sexta-feira para sábado", em Almada, disse hoje à Lusa fonte da Associação Nacional para a Inclusão dos Cidadãos com Deficiência Visual.
Natural da aldeia de Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova, Castelo Branco, onde nasceu, em 1956, Vítor Reino destacou-se na recolha, divulgação e recriação de tradições musicais portuguesas, tendo promovido a criação de grupos como Almanaque, Ronda dos Quatro Caminhos e Maio Moço.
Cego desde a infância, era formado em Psicologia, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa, sendo autor de uma obra de investigação na área das deficiências visuais.
A música surgiu no seu percurso em 1974, primeiro como orientador e intérprete de projetos ocasionais, depois com o propósito de uma abordagem mais sistematizada da música tradicional portuguesa, a que os primeiros grupos, Almanaque e Ronda dos Quatro Caminhos, deram forma.
Com Maio Moço, fundado em 1985, Vítor Reino e os músicos que o acompanhavam construíram uma discografia premiada, que envolve álbuns como "Inda Canto Inda Danço", com danças de raiz popular, "Amores Perfeitos", sobre poemas de autores como Camões e Fernando Pessoa, "Estrada de Santiago", viagem musical pelo país, e "Canto Maior", reunião de romances, danças, cantigas infantis, de trabalho, de amor e de matriz religiosa, de inspiração tradicional.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/morreu-o-musico-vitor-reino-fundador-da-ronda-dos-quatro-caminhos-e-maio-moco
Maio Moço - "Quadras ao gosto popular"
Maio Moço - "Sericotão" - (Açores)
Maio Moço - "Olhos Negros" - (Vídeo Oficial -1994)
Maio Moço - "Tirana"
Maio Moço - "Lá nos verdes campos"
Maio Moço - "Chegou e bateu"
Maio Moço - "A tirana morreu ontem"
Maio Moço - "Nau Catrineta"
"Maio Moço - Nau Catrineta
É Final de Semana, é dia de curtição
Testei o som do carro regulei meu paredão
Aqui rola de tudo
Samba, reggae, o boi bumbá
O brega bem rasgado o modão e o tcha tcha tcha (x2)
«Festival da Eurovisão: "Pensava que iam adiar, mas não cancelar", confessa Elisa Elisa, vencedora do Festival da Canção RTP, conversou com o SAPO Mag sobre o cancelamento da edição de 2020 do Festival Eurovisão da Canção. A edição de 2020 do Festival Eurovisão da Canção não se vai realizar, confirmou a organização em comunicado enviado à imprensa. As semifinais e a final do concurso estavam agendadas para maio, em Roterdão (Países Baixos). A União Europeia de Radiodifusão refere que ao longo das últimas semanas foram “exploradas várias opções alternativas que permitissem que o concurso fosse por diante”, mas a “incerteza gerada pela transmissão da doença COVID-19 pela Europa – e as restrições postas em prática pelos governos dos participantes e pelas autoridades holandesas – fez com que fosse tomada a difícil decisão de que é impossível continuar com o evento ao vivo como planeado”. "Estamos tão comovidos quanto o facto de o Festival da Eurovisão não se poder realizar em maio e sabemos que toda a família Eurovisão, em todo o mundo, continuará a oferecer amor e apoio um ao outro neste momento difícil", diz a organização.» in https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/festival-da-eurovisao-pensava-que-iam-adiar-mas-nao-cancelado-confessa-elisa
(Elisa - "Medo de sentir" | Grande Final | Festival da Canção 2020)
"Medo de Sentir Elisa Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter exibições 684 Qual é a saída Eu acho que já não sei amar E se o amor me convida Agora não consigo aceitar Parece que é rotina A minha solidão teima em voltar Eu não era assim Mas agora tenho medo de sentir Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim (Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre) Se me dás a tua mão Eu não sei como vou reagir Se falas de coração Parece que estou outra vez a ouvir Mais uma ilusão Que não tarda muito em partir Eu não era assim Mas agora tenho medo de sentir Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim O que ele guarda, diz tudo o que eu sinto por ti Eu já tentei mudar Mas a vida levou O melhor que eu tinha em mim E se um dia eu voltar Esperarás por mim? Eu não era assim Mas agora tenho medo de sentir Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim O que ele guarda, diz tudo o que eu sinto por ti (Pergunta ao tempo, ele sabe tudo sobre mim) Oh, oh"
Pedro Barroso - "Menina dos olhos d´água" Pedro Barroso - "Esperança" Pedro Barroso - "Balada do Desespero" Pedro Barroso - "Viva quem canta" Pedro Barroso - "Bonita" Pedro Barroso - "Longe" Pedro Barroso - "Companheira" Pedro Barroso - "Lua" Pedro Barroso e Simone de Oliveira - "Medley" Pedro Barroso - "Nunca é tarde" Pedro Barroso - "Pedra Filosofal"
"Menina Dos Olhos de Água Pedro Barroso
Menina em teu peito sinto o tejo E vontades marinheiras de aproar Menina em teus lábios sinto fontes De água doce que corre sem parar Menina em teus olhos vejo espelhos E em teus cabelos nuvens de encantar E em teu corpo inteiro sinto feno Rijo e tenro que nem sei explicar Se houver alguém que não goste Não gaste, deixe ficar Que eu só por mim quero te tanto Que não vai haver menina para sobrar Aprendi nos esteiros com Soeiro E aprendi na fanga com Redol Tenho no rio grande o mundo inteiro E sinto o mundo inteiro no teu colo Aprendi a amar a madrugada Que desponta em mim quando sorris És um rio cheio de água lavada E dás rumo à fragata que escolhi Se houver alguém que não goste Não gaste, deixe ficar Que eu só por mim quero te tanto Que não vai haver menina para sobrar"
«Raquel Tavares anuncia fim da carreira: "Deixem-me só ser" O anuncio foi feito, esta manhã, no programa de Cristina Ferreira, na SIC. "Cantar é a minha vida desde que me lembro de ser gente", mas "decidi que quero viver o resto da minha vida além da forma como vivi nos últimos 28 anos", começou por dizer. A fadista, que fará 35 anos esta semana, explicou que esta é a decisão mais difícil que já tomou. "Decidi parar de cantar, já parei", afirmou emocionada a cantora, que diz ter dado o seu último concerto em outubro, nos Armazéns do Chiado, em Lisboa. “Nesse concerto disse às pessoas que ia partir para uma fase nova da minha vida a um ritmo menos veloz. Porque o ritmo da vida artística, é rápido, é tão rápido. É tudo tanto, e ao mesmo tempo, que deixei de conseguir acompanhar", disse. "Cheguei a uma fase em que estava doente", acrescentando que "já estava muito incapaz há muito tempo. Fui para lá do meu limite”. "Eu trabalho com emoções, não canto nunca a feijões. Não há uma vírgula poética que eu cante porque sim. Não me proponho a fazer mais ou menos, nunca. No último ano e meio subi a palco, muitas vezes, doente, sem nada para cantar", continuou. Nos últimos meses, Raquel Tavares assumiu atuar várias vezes doente, com febre, tendo também perdido dez quilos. “Neste momento cantar é uma coisa que me faz mal. Na minha cabeça, este é um ponto final”, garante. “Antes de sermos artistas, somos pessoas. Temos vidas difíceis (...) Eu não sou uma figura pública, sou artista e gosto é de cantar", disse à apresentadora da SIC. A fadista agradeceu ainda às oportunidades que o público lhe deu, a quem diz "ser muito grata", e pediu desculpa por algumas situações, como não estar disponível para dar autógrafos depois de um concerto. "Chego a casa e sinto-me muito sozinha. Aos 35 anos, o que é que eu tenho? Tu já tens um filho, eu não tenho. Tu tens a tua mãe lá em casa, eu não tenho. Estamos rodeados de gente, a gritar, mas ninguém nos ouve”, diz visivelmente emocionada e pedindo desculpa por "poder estar a ser muito agressiva". "Deixo muita gente na mão, e desculpem-me por isso. Já não dava mais", termina. Sobre o futuro? "Não tenho medo de trabalhar" diz assegurando "que vai tentar outras hipóteses". A conversa termina com a fadista abraçada a Cristina Ferreira. Em lágrimas, Raquel Tavares pede: "deixem-me ser, deixem-me só ser". Raquel Tavares editou quatro álbuns de estúdio: "Porque Canto Fado" (1999), "Raquel Tavares" (2006), "Bairro" (2008) e "Raquel" (2016).» in https://24.sapo.pt/vida/artigos/raquel-tavares-anuncia-fim-da-carreira-deixem-me-so-ser
Raquel Tavares - "Detalhes" Raquel Tavares - "Meu Amor de Longe" Raquel Tavares - "Emoções" Raquel Tavares - "Fera ferida" "Meu Amor de Longe Raquel Tavares
No Largo da Graça já nasceu o dia Ouço um passarinho, vou roubar-lhe a melodia Meu amor de longe ligou Abençoada alegria Junto ao miradouro, pombos e estrangeiros Vão a cirandar como fazem o dia inteiro Meu amor de longe já vem Pôs carta no correio Barcos e gaivotas do Tejo Vejam o que eu vejo, é o sol que vai brilhar Meu amor de longe está Prestes a chegar Talhado para mim Mal o conheci, eu achei-o desse modo Logo pude perceber o fado que ia ter Por ver nele o fado todo Chega de tragédias e desgraças Tudo a tempo passa, não há nada a perder Meu amor de longe voltou Só para me ver Fiz um rol de planos para recebê-lo Fui pintar as unhas, pôr tranças no cabelo Meu amor de longe há-de vir Beijar-me no castelo Eu a procurá-lo, ele a vir afoito Carro dos Prazeres, número 28 Meu amor de longe saltou Iluminou a noite Vamos celebrar ao Bairro Alto Madrugada, baile no Cais do Sodré Meu amor de longe sabe bem Como é que é Talhado para mim Mal o conheci, eu achei-o desse modo Logo pude perceber o fado que ia ter Por ver nele o fado todo Chega de tragédias e desgraças Tudo a tempo passa, não há nada a perder Meu amor de longe voltou Só para me ver"