15/06/10

Amarante - Agora até os Galináceos que no passado não gostavam de pessoalizar as obras, gostam de bustos... com poleiros doirados!

Houve em tempos uma Escola em Amarante com o nome do Grande Poeta Amarantino, Teixeira de Pascoaes. Mas, ocorre o 25 de Abril e o Poeta apelidado de conservador, foi excomungado por muitos proto-fascistas de esquerda e lá se retirou o nome de Pascoaes à Escola, ao contrário de outras terras, que não se envergonham das pessoas ilustres do passado, afinal há muitas Escolas por este País com nomes de figuras ilustres do passado, do contexto sócio-cultural e geográfico da Escola. Houve até em Amarante um ex-vereador socialista que a propósito de se colocar o nome do Grande Atleta Olímpico de Amarante, António Pinto, disse que nada devia ser pessoalizado, deveria ser tudo impessoal... mas por artes dos galináceos a que me refiro, não é que agora começam a descerrar bustos de familiares em instituições de índole educativa... mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, os galos começam a avistar os poleiros, mas agora com bustos! Perdoa-lhe Teixeira de Pascoaes, afinal agora os xuxalistas de Amarante já não te consideram escritor maldito!


Mundial de Futebol 2010 - Portugal 0 vs Costa do Marfim 0 - Selecção nacional entra no Mundial com exibição decepcionante!


«“Navegadores” à deriva empatam no jogo de estreia

Portugal não foi além de um empate a zero com a Costa do Marfim no jogo de estreia no Mundial 2010. Um remate ao poste aos 11 minutos de jogo, por intermédio de Cristiano Ronaldo, foi o momento mais colorido de uma exibição pálida da equipa das quinas.A selecção portuguesa de futebol não foi além de um nulo com a Costa do Marfim no jogo de estreia do Grupo F. Portugal dispôs de uma flagrante oportunidade de golo, com Ronaldo a enviar a bola ao poste, e pouco mais fez, em termos atacantes, até final da partida.Na primeira parte, Portugal sentiu muitas dificuldades em sair do seu meio-campo, face à maior pressão dos africanos, e o seu contra-ataque raramente conseguiu causar perigo para a baliza de Boubacar Barry.Contudo, após o descanso, Portugal surgiu um pouco mais adiantado no terreno, equilibrando as operações, mas, excepção para um remate de Meireles e de um cabeceamente de Liedson com algum perigo, voltou a não conseguir criar reais oportunidades de golo.A Costa do Marfim, que curiosamente abrandou em termos atacantes após a entrada de Drogba, teve uma poderosa reacção nos últimos minutos e poderia ter levado à vitória. Porém, a serenidade da defensiva portuguesa impediu o pior.
Com este resultado fica tudo adiado com vista ao apuramento para a fase seguinte.» in http://desporto.sapo.pt/mundial2010/artigo/2010/06/15/_navegadores_deriva_empatam_c.html

Mundial de Futebol África do Sul 2010 - Costa do Marfim 0 vs Portugal 0!

Amarante - Associação Empresarial de Amarante Promove Desfile com paixão, no Largo de São Gonçalo em Amarante!

Sábado, dia 25 de Junho, desfile com paixão, no largo de São Gonçalo em Amarante, promovido pela Associação Empresarial de Amarante!

Almada Negreiros, Grande intelectual da Vida nacional do Século XX, que por razões políticas, nem sempre é bem considerado!



«Almada Negreiros

Fonte: SAPO Saber, a enciclopédia portuguesa livre.


Almada Negreiros na I Conferência Futurista, Abril de 1917.
Almada Negreiros, de seu nome completo José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, S. Tomé, 7 de Abril de 1893Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista.
Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.

Índice

[esconder]



[editar] Vida

Almada era filho de António Lobo de Almada Negreiros, um tenente de cavalaria que foi administrador do Concelho de São Tomé, jornalista e fundador de diversos jornais. Uma parte da sua infância foi passada em São Tomé e Príncipe, terra natal da sua mãe, Elvira Sobral.
Depois da morte da mãe, em 1896, veio viver para Portugal; nesta altura, em 1900, o pai foi nomeado encarregado do Pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris, deixando os filhos José e António ao cuidado dos jesuítas no Colégio de Campolide.
Em 1911, após a extinção do Colégio de Campolide dos Jesuítas, José entra para a Escola Internacional de Lisboa, após uma breve passagem pelo Liceu de Coimbra. Nesta escola, consegue um espaço, onde irá desenvolver o seu trabalho, publicando ainda nesse ano, o seu primeiro desenho na revista A Sátira e publica o jornal manuscrito A Paródia, onde é o único redactor e ilustrador.


[editar] Revista Orpheu, polémica e Manifesto Anti-Dantas

Em 1913 apresenta na Escola Internacional de Lisboa, a sua primeira exposição individual composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu juntamente com Mário de Sá Carneiro.
Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a revista é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador mesmo, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: “…uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!
O manifesto teve algum impacto no meio artístico; é tempo de mudar as mentalidades e a sociedade e Almada fá-lo como poucos, atacando a cultura burguesa instituída e os seus representantes ao mais alto nível.
Escreve a novela A Engomadeira, em 1917


[editar] Fora de Portugal

Em 1919 vai viver para Paris, onde exerce diversas actividades e escreve a Histoire du Portugal par coeur. Em Paris, fica apenas cerca de um ano e quando regressa, vai colaborar com António Ferro, tendo inclusivamente desenhado a capa do livro deste, Arte de Bem Morrer.
Em 1927 volta a deixar Portugal, indo desta vez para Espanha, onde para além de colaborar com diversas revistas, Almada escreve El Uno, Tragédia de la Unidad, obra dedicada à pintora Sarah Afonso, com quem viria a casar em 1934, já após o seu regresso a Portugal.


[editar] Almada e o Estado Novo

Em Portugal já vigora o Estado Novo e Almada, nacionalista convicto, começa a ser solicitado para colaborar com as grandes obras do estado. O Secretariado da Propaganda Nacional – SPN, encomenda-lhe o cartaz de apelo ao voto na nova constituição; o mesmo secretariado, irá organizar mais tarde a exposição Almada – Trinta Anos de Desenho, convidando-o para se apresentar na exposição Artistas Portugueses no Rio de Janeiro em 1942.
O SPN viria ainda a atribuir a Almada Negreiros o Prémio Columbano pela sua tela intitulada Mulher.
A partir daqui, Almada dedica-se principalmente ao desenho e à pintura: Pinta os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que o público, agarrado às tradições, não aprecia; pinta o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, pelas quais recebe o Prémio Domingos Sequeira; pinta o Edifício da Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres; pinta as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e faz tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, entre muitos outros.
Tendo colaborado tanto com o Estado Novo, o que a muita gente causou estranheza, Almada, não deixaria de escrever: “As construções do Estado multiplicam-se, porém, as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ver e fixar”.
Em 1954 Almada pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa.
Os seus últimos trabalhos, já com 75 anos, são o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.
Almada Negreiros, morre em 14 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses, onde também tinha morrido Fernando Pessoa.


[editar] Obras

  • 1915 - A Cena do Ódio (poesia)
- A Engomadeira (novela)
- O Sonho da Rosa (bailado, realização)
- Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso
- Exposição Amadeo de Souza Cardoso - Liga Naval de Lisboa"
- Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX (conferência, publicada na Portugal Futurista)
- K4, O Quadrado Azul (novela)
- O Jardim da Pierrette (bailado)
- Histoire du Portugal par Coeur
- A Invenção do Corpo (conferência)
- A Invenção do Dia Claro
- Pierrot e Arlequim (teatro)
- Nome de Guerra (romance), só editado em 1938
- A Questão dos Painéis (ensaio)


[editar] Ver também

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: José Sobral de Almada Negreiros.


[editar] Ligações externas



(Mário Viegas diz Almada Negreiros "*Manifesto anti-Dantas")


F.C. do Porto - Vítor Hugo foi um Grande Jogador de Hóquei Patins, o melhor que conheci e que deu muitos títulos aos Dragões!


«Vítor Hugo
(Hóquei em Patins)


Ganhou todos os títulos que havia para ganhar, desde os regionais, aos nacionais, europeus e mundiais. O palmarés de Vítor Hugo é impressionante, como jogador e depois como treinador. Atleta genial, enchia pavilhões com a irreverência e o talento que marcaram uma época dourada no hóquei do clube. Na memória fica, certamente, a final de Novara, que o FC Porto perdia ao intervalo por 1-5 e que virou para 7-5 nos últimos minutos da inesquecível noite de recital azul e branco. Entre as muitas distinções que recebeu, a medalha de Mérito Desportivo da República Portuguesa é apenas uma forma de reconhecer que Vítor Hugo faz parte da história do hóquei em patins e do FC Porto.» in site F.C. do Porto.

14/06/10

Sub-14: F.C. do Porto 2 vs Atlético de Madrid 1 - Jovens Dragões vencem Celorico Cup Edição de 2010!


«Futebol Clube do Porto vence Celorico Cup
2010/06/14

O Futebol Clube do Porto venceu a terceira edição da "Celorico Cup" (Sub-14), ao conseguir uma vitória sobre o Atlético de Madrid por 2-1.
A equipa portuguesa foi assim agraciada com o troféu da competição entregue pelo presidente da Câmara Municipal, Joaquim Mota e Silva.
O estádio Municipal de Celorico de Basto, esteve ao rubro, no último fim-de-semana através da realização do Celorico CUP, uma iniciativa que colocou frente a frente as equipas pertencentes aos iniciados e as equipas pertencentes aos sub-14.
O grupo dos iniciados era constituído por SD Celoricense, Amarante FC, Vitória SC e SC Salgueiros. No grupo dos Sub-14 jogou o Sporting CP, SC de Braga, Atlético de Madrid e o FC Porto.
O espectáculo teve início no sábado de manhã com os iniciados a darem o pontapé de saída. Durante a tarde foi a vez dos Sub-14. Os resultados dos jogos de sábado decidiram para que posições as equipam se iriam defrontar no dia seguinte.
O domingo foi o dia de todas as decisões. O S.C Salgueiros a venceu o torneio dos iniciados contra o Vitória SC por 1-0. Em terceiro lugar ficou o SD Celoricense e por fim o Amarante FC.
A entrega dos prémios desta série ocorreu por volta da 13h.
No domingo de tarde foi a vez de os Sub-14 entrarem em campo. O Campeão deste grupo foi o FC porto que venceu o Atlético de Madrid por 2-1 num jogo repleto de emoção. O Sporting CP ficou em terceiro com a vitória frente ao SC Braga.
A consagração do terceiro e quarto lugar deu-se no final desse jogo. As medalhas e as taças foram entregues pelo presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, pelo presidente da Assembleia Municipal, António Marinho Gomes e pelo presidente do Fermilense, Franklin Moura.
A consagração do Campeão, FC Porto, e segundo classificado, Atlético de Madrid, deu-se ao final da tarde. A entrega das taças e medalhas dos respectivos lugares foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, pelo presidente do Celoricense, Magalhães Costa, pelo vereador da Cultura e Desporto, Carlos Peixoto e ainda pelo presidente do Gandarela FC, António Carvalho.
A festa da taça culminou com uma largada de pombos e grande euforia nas bancadas do Estádio Municipal.
O presidente da autarquia realçou, uma vez mais a importância do desporto para o concelho justificando a realização do evento. "Vemos aqui muitos jovens a praticar desporto e temos a certeza que o público presente, na sua maioria de fora do concelho, foram bem acolhidos pelos celoricenses e voltarão para conhecer melhor o nosso concelho".» in http://www.mun-celoricodebasto.pt/index.php?info=YTozOntzOjQ6Im1lbnUiO3M6MzoiY2FtIjtzOjU6ImFjY2FvIjtzOjEyOiJub3RpY2lhc19sZXIiO3M6MjoiaWQiO3M6MzoiMjkwIjt9

Sub-8: Dragon Force vence torneio - A Magia do Futebol de Rua!"




«Dragon Force vence torneio - A Magia do Futebol de Rua




A escola de futebol Dragon Force venceu o torneio A Magia do Futebol de Rua, organizado pela Associação de Futebol do Porto. A prova, disputada no escalão sub-8, contou com 36 equipas. Ao longo de quase três meses, a equipa da Dragon Force foi intransponível, valente, talentosa e emotiva.

Os 10 alunos que disputaram o torneio foram Paulo Pimentel, Tiago Gonçalves, Rui Cunha, Luís Pinto, João Dias, Miguel Martins, Diogo Santos, Bruno Machado, Eduardo Costa e Eduardo Pinto.
» in site F.C. do Porto.

Literatura - Há cinco anos, deixou-nos Eugénio de Andrade (1923-2005)!

«A VIDA DOS LIVROS
de 14 a 20 de Junho de 2010

Há cinco anos, deixou-nos Eugénio de Andrade (1923-2005), poeta da transparência e da compreensão do quotidiano, autor de obra vasta, entre a qual se destaca: “Ofício de Paciência”, 1994; “O Sal da Língua”, 1995; “Pequeno Formato”, 1997; “Os Lugares do Lume”, 1998; “Os Sulcos da Sede”, 2001. Hoje recordamo-lo sentidamente.

Eugénio de Andrade, por José Rodrigues, 1977.


EUGÉNIO DE ANDRADE E A CIDADE DO PORTO


O Porto é uma cidade que há muito sinto como minha e se isso acontece, tal deve-se à minha ancestralidade, mas muito a Eugénio de Andrade e ao que a sua escrita e a sua sensibilidade me ensinaram a amar a única cidade-estado que houve em Portugal, no dizer de Jaime Cortesão. E se há referências indeléveis que encontramos na Cidade Invicta, as mais marcantes, disse-o o poeta, melhor do que ninguém, é essa trilogia mágica, que liga Fernão Lopes, Garrett e Camilo. E como poderemos ser mais portuguesmente fiéis à História e à alma da pátria? «A grande trindade poética que lavra, nesta pedra escura, o perfil seguro do Porto – Fernão Lopes, Garrett e Camilo – leva fatalmente à cidade uma pessoal visão de mundo, o seu génio próprio. O Porto de Fernão Lopes é quase legendário: heróico e honrado; o de Camilo, grotesco e dramático; o de Garrett irónico, pitoresco e sentimental. São três tempos (em duplo sentido: histórico e musical) do seu carácter que, embora esquematicamente enunciados, nos permitem algumas aproximações. A cidade viril de Fernão Lopes é ainda a de Herculano, Ramalho, Jaime Cortesão e Miguel Torga; Raul Brandão, Pascoaes e Agustina estão, de algum modo, na continuação do pessimismo de Camilo; de Garrett parte, dessorada, perdido por completo o seu impenitente humor, toda uma toada que de Júlio Dinis e António Nobre vem desaguar em tanta loa tacanhamente regionalista e deprimente. Isto para falarmos apenas de quem mais se debruçou na alma destas pedras, bem pouco transparente, como se vê. Não sei como é que a palavra se insinuou: convenhamos que vem pouco a propósito».


UMA CIDADE HERÓICA, DRAMÁTICA E SENTIMENTAL


E qual a força que Eugénio de Andrade usa para tornar a cidade ainda mais heróica, dramática e sentimental? Apenas a da interpretação, a de usar os sentidos para apreender a força das coisas e das pessoas. Por um momento, percebemos, como através de “Douro, Faina Fluvial” mas também através António Cruz em “O Pintor e a Cidade” que a transparência se liga ao granito, à saudade e ao humor melancólico. A cidade dos “Altos Infantes” e dessa plêiade extraordinária de portugueses de boa cepa, abertos, livres, criativos, emancipadores. «A transparência é aqui nostalgia: até a luz terá a cor do granito. Mas o granito é às vezes de oiro velho, e outras azulado, como o luar escasso que nesta noite de Outono escorre dos telhados. Quando o sol, mesmo arrefecido, incide nos vidros, as mil e uma clarabóias e trapeiras e mirantes da cidade enchem o crepúsculo de brilhos – o Porto parece então pintado por Vieira da Silva: é mais imaginário que real».


UM RIO QUE MARCA A CIDADE


O rio marca a cidade, não podemos compreendê-la, nem compreender-nos, sem essa ligação íntima entre o Douro e o Porto. Daqui houve nome Portugal – e a afirmação não é de somenos – é fundamental, já que as qualidades do Porto são naturalmente assumidas em relação ao todo nacional. E temos de ouvir o poeta: «É urgente o amor. / É urgente um barco no mar. / É urgente destruir certas palavras, / ódio, solidão e crueldade, / alguns lamentos, / muitas espadas. /É urgente inventar alegria, / multiplicar os beijos, as searas, / é urgente descobrir rosas e rios / e manhãs claras. / Cai o silêncio nos ombros e a luz / impura, até doer. /É urgente o amor, é urgente permanecer». Torna-se necessário, no fundo, entender a força das palavras. E Eugénio marcou sempre pelo timbre do dizer, pela coerência, pela força de clamar entre as pessoas. As palavras marcam a ligação íntima entre pessoas e pessoas, entre pessoas e lugares. Continuemos, pois, a ouvi-lo: «1. Sê tu a palavra, / branca rosa brava. / 2. Só o desejo é matinal. / 3. Poupar o coração / é permitir à morte / coroar-se de alegria. /4. Morre de ter ousado / na água amar o fogo. /5. Beber-te a sede e partir / - eu sou de tão longe. / 6. Da chama à espada / o caminho é solitário. / 7. Que me quereis, / se me não dais / o que é tão meu?». E como não recordar, como procura do essencial: «Colhe todo o oiro»: «Colhe todo o oiro do dia / na haste mais alta / da melancolia»? Eugénio de Andrade diz-nos exactamente o que está em causa na Arte Poética. Aí está a tal coerência entre o ser e o dizer, entre o proclamar e o agir. Talante de bem fazer – na expressão do Infante. Mas aqui o talante é do poeta incansável, empenhado, atento, de olhos bem abertos. «O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação. Este fogo de conhecimento que é também fogo de amor, em que o poeta se exalta e consome, é a sua moral. E não há outra. Nesse mergulho do homem nas suas águas mais silenciadas, o que vem à tona é tanto uma singularidade como uma pluralidade. Mas, curiosamente, o espírito humano atenta mais facilmente nas diferenças que nas semelhanças, esquecendo-se, e é Goethe quem o lembra, que o particular e o universal coincidem, e assim a palavra do poeta, tão fiel ao homem, acaba por ser palavra de escândalo no seio do próprio homem». E é o poeta que clarifica, ele mesmo: «É contra a ausência do homem no homem que a palavra do poeta se insurge, é contra esta amputação no corpo vivo da vida que o poeta se rebela. E se ousa "cantar no suplício" é porque não quer morrer sem se olhar nos seus próprios olhos, e reconhecer-se, e detestar-se, ou amar-se, se for caso disso, no que não creio. De Homero a S. João da Cruz, de Virgílio a Alexandre Blok, de Li Bay a William Blake, de Bashô a Kavafis, a ambição maior do fazer poético foi sempre a mesma: Ecce Homo, parece dizer cada poema». A dignidade liga-se à vida e às pessoas, na sublimidade da palavra!


BREVE ROTEIRO


Eugénio de Andrade é o pseudónimo de José Fontinhas, que nasceu no Fundão, na Póvoa das Atalaia, tendo vindo para Lisboa com dez anos, com a mãe. Foi aluno do Liceu Passos Manuel e da Escola Machado de Castro, tendo começado a escrever poesia em 1936. Em 1943 parte para Coimbra, onde volta depois de cumprir o serviço militar obrigatório. É o tempo em que se relaciona com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. É funcionário público, em 1947, exercendo funções de inspector administrativo no Ministério da Saúde. Três anos depois, fixa-se no Porto, onde mora na Rua Duque de Palmela, 111, morada celebrizada pelo poema com esse mesmo título: «Pelo lado dos lódãos ao fim do dia / depressa se chega agora no verão / à pedra viva do silêncio / onde o pólen das palavras se desprende / e dança dança dança até ao rio». Aí habitará até que se muda, em 1994 para o Passeio Alegre, na Foz do Douro. Recebeu inúmeras distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis (1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). Em Setembro de 2003 a sua obra “Os sulcos da sede” foi distinguida com o prémio de poesia do Pen Clube. Morreu na sua casa da Foz a 13 de Junho de 2005, faz agora cinco anos. E recordemos o seu poema “O Sal da Língua”: «Escuta, escuta: tenho ainda / uma coisa a dizer. / Não é importante, eu sei, não vai / salvar o mundo, não mudará / a vida de ninguém - mas quem / é hoje capaz de salvar o mundo / ou apenas mudar o sentido / da vida de alguém? / Escuta-me, não te demoro. / É coisa pouca, como a chuvinha /que vem vindo devagar. / São três, quatro palavras, pouco mais. / Palavras que te quero confiar. / Para que não se extinga o seu lume, /o seu lume breve. / Palavras que muito amei, / que talvez ame ainda. / Elas são a casa, o sal da língua».

Guilherme d'Oliveira Martins» in http://www.e-cultura.pt/Artigo.aspx?ID=228

A Naifa - Agora sem João Aguardela Fisicamente, mas com a sua marca espiritual e indelével!





A Naifa - "Esta depressão que me anima"

A Naifa - "Filha de duas Mães" - (ao vivo)

A NAIFA - "A Música"


A Naifa - "Monotone" - (ao vivo)

A Naifa - "Señoritas"

A Naifa - "Calças Vermelhas"

A Naifa - "Todo o Amor do Mundo" - (ao vivo)

A Naifa - "Rapaz a Arder"

A Naifa - "A Verdade apanha-se com enganos" - (Braga)

A Naifa - "Fé"

A Naifa - "Desfolhada Portuguesa" - (Faro)

Simone de Oliveira - "Desfolhada"

A Naifa @ FMM Sines - (Porto Covo)

«A Naifa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A Naifa
Informação geral
País Portugal
Gêneros fado
pop
Período em atividade 2004 - atualmente
Página oficial ANaifa.com
Integrantes
Luís Varatojo
João Aguardela
Maria Antónia Mendes
Vasco Vaz

A Naifa é um projecto musical português nascido em 2004, que conjuga as linguagens clássicas do fado com aquilo que podemos latamente chamar de pop (num sentido não depreciativo).

Suas canções são criadas a partir de poemas de autores portugueses como Adília Lopes, José Mário Silva e José Luís Peixoto, interpretados na voz de Maria Mendes.

O baixista da banda João Aguardela viria a falecer, em 20 de Janeiro de 2009, vítima de cancro no estômago, no Hospital da Luz em Lisboa.

[editar] Integrantes

[editar] Discografia

[editar] Ligações externas


"Esta Depressão Que Me Anima

A gorda do café
muito antiga e perfumada
passe bem minha senhora
que eu não me importo nada

uma rima obsessiva
indecente nas suas maneiras
desligado o motor do carro
as criadas tornavam-se indisciplinadas

vivo do que me dão
nunca falto às aulas de esgrima
e todos os dias agradeço a Deus
esta depressão que me anima

o rapaz da drogaria
amarelo e mal tratado
convidou-me a sair
encontrei-o no teatro

uma prosa enferrujada
inconveniente e desajeitada
não encontro vestido que me sirva
já não sirvo para nada"

Atletismo - Equipa feminina do FC Porto vence Nacional de Clubes!

«Equipa feminina do FC Porto vence Nacional de clubes

A equipa feminina do FC Porto sagrou-se este domingo campeã nacional de clubes ao ar livre, interrompendo uma série de 15 títulos consecutivos do Sporting, que foi segundo classificado, com menos 10 pontos. As azuis e brancas somaram 144 pontos, cumprindo a promessa do coordenador técnico João Campos, que tinha garantido que a equipa iria lutar pela vitória final.
Na prova realizada no Estádio Universitário de Lisboa, os Dragões não participam na variante masculina. As atletas campeãs são Lina Grincikaité, Egle Balciunaité, Lilian Silva, Sónia Fernandes, Cláudia Rodrigues, Natalija Cakova, Ineta Radevica, Sandra Tavares, Vanda Pina, Kristina Saltanovic, Rafaela Almeida, Leslie Delgado, Liliana Viana, Tânia Duarte, Carla Ratão, Isabel Vieira, Polina Jelizarova, Austra Skujyte e Laura Iganne.

Vencedores da I Divisão - Femininos
Comprimento - Naide Gomes (Sporting) - 6.84 m (v:+2.1) 400 m Barreiras - Patrícia Lopes (Sporting) - 58.71 800 m - Elga Balciunaite (FC Porto) - 2:03.27 Dardo - Sílvia Cruz (Sporting) - 53.05 m 200 m - Lina Grincikaite (FC Porto) - 23.38 v: +1.3 Peso - Austra Skujyte (FC Porto) - 17.05 m Altura - Natalja Cakova (FC Porto) - 1.80 m 3000 m - Polina Jelizarova (FC Porto) - 9:25.77 4x400 m - JOMA - 3:47.80» in site F.C. do Porto.

13/06/10

Sub-17: FC Porto 1 vs Vitória de Guimarães 0 - Jovens Dragões continuam na corrida pelo título nacional deste escalão!

«Sub-17: FC Porto vence Vitória de Guimarães (1-0)

A equipa sub-17 do FC Porto venceu por 1-0 o Vitória de Guimarães, em encontro da quarta jornada da fase final do Campeonato Nacional de Juniores B, disputado este domingo no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia. O único tento da partida foi apontado por Lupeta, aos 63 minutos. Os azuis e brancos somam agora nove pontos, menos um do que o primeiro classificado, o Sporting.
A equipa dos Dragões foi a seguinte: Eloi Silva, Ruben Teixeira, Hugo Basto, Tiago Ferreira, Bragana, Paulo Jorge, Erik Gray (Jlio, 72m), Alves (Marcel, 57m), Lupeta, T Z cap e Adriano (Fábio, 57m).» in site F.C. do Porto.

Política Nacional - Mário Nogueira acusa Governo de "faltar à verdade junto do tribunal"!

«Mário Nogueira acusa Governo de "faltar à verdade junto do tribunal"

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acusou hoje o Ministério da Educação (ME) de ter "faltado à verdade junto do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja".
O ME alegou, naquela instância, que a não inclusão da avaliação de desempenho na graduação dos concursos de professores provocaria graves prejuízos, obrigando, designadamente, a um "grande atraso no início do ano letivo", diz o dirigente sindical.
Foi com base naquelas informações que o TAF de Beja decidiu, "como se infere do próprio acórdão", dar razão ao recurso apresentado pelo Ministério contra uma providência cautelar interposta pela Fenprof, visando retirar a avaliação de desempenho do concurso de colocação de professores, acrescenta.
"O Ministério diz uma coisa a uma parte, neste caso aos sindicatos, e depois vai dizer outra ao tribunal", acusa Mário Nogueira, recordando que o secretário geral do ME garantiu à Fenprof que "estava tudo preparado" para avançar com os concursos de professores com a inclusão da avaliação de desempenho ou sem ela.
A Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação informou "estar preparada para as duas soluções: contar ou não contar" com a avaliação de desempenho no concurso, revela Mário Nogueira. De resto, sublinha, isso mesmo é afirmado na ata relativa a uma reunião realizada entre o ME e a Fenprof e assinada por ele próprio e pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação (SEAE).
"Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação não falou verdade junto do tribunal, pois alegou com a criação de prejuízos que sabia não existiram", conclui o dirigente sindical, adiantando que, "perante este facto, a Fenprof", através do Sindicato dos Professores da Zona Sul, vai "recorrer da decisão, logo que receba a notificação" do TAF.
Além disso, acrescenta, "esta ação ainda se encontra na fase de decisão da providência, pelo que ainda terá de decorrer a ação principal".
Mário Nogueira, que falava ao final da tarde de hoje, numa conferência de imprensa, em Coimbra, admite, por outro lado, que a Fenprof venha a mover "um processo de litigância por má fé" contra o ME.
O SEAE, Alexandre Ventura, garantiu, na sexta feira, que, na sequência daquele acórdão e de um outro, no mesmo sentido, do TAF de Lisboa, a avaliação de desempenho será incluída na graduação dos concursos de professores.
O ME, revelou o governante, foi notificado das decisões dos TAF de Lisboa e de Beja, dando razão ao recurso apresentado contra uma providência cautelar interposta pela Fenprof (visando retirar a avaliação de desempenho do concurso de colocação de professores), na sexta feira. (Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico). Lusa» in http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Mario+Nogueira+acusa+Governo+de+faltar+a+verdade+junto+do+tribunal.htm
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O Senhor Mário Nogueira só agora é que descobriu que este governo é perito no jogo da mentira... ou melhor dizer dizendo, na falta de verdade... eufemísticamente, como gostam os políticos!

12/06/10

Poesia - O Meu Amigo Ângelo Ôchoa, interpela-nos com: "O super-criativo dramaturgo dos entremezes"!

«O super-criativo dramaturgo dos entremezes

misturou dinheiro com borboletas, entenda-se

actores falhados, recém-formados no Conservatório,

alimentando milhentas ilusões,

Cristo, Benigni, Buda, Fellini, Kafka, Saramago e Dario Fo.

Ilusionista, minimalista, sensacionalista

fez personagens comer montes de erva,

sacando-as à insídia tabagista.

Enfim reconhecido por Hollywood e Academia,

que tais momos símios reabilitou.

Outrora por foro médico declarado somente

esquizofrénico-paranóide de discurso alucinatório ilógico,

ao lhe perguntarem insistentemente se ouvia vozes

respondia: Não, não, infelizmente não ouço.

Montou, explicamos, super espectáculo exótico:

Arranjou carrinha com articulações bizarras,

foi conquistando mundo, Leste dentro,

enquanto Sua Santidade peregrino

conseguia avanços diplomáticos,

que contribuíam para sucessivos degelos

entre fundamentalistas ortodoxos

para não mencionar dinossauros marxistas.

Estrondoso êxito para barbárie,

autêntica festa, sonho e loucuras delirantes:

Estrelas decadentes luzeiros e fogo soprado,

sobremaneira convincentes prò bom Deus pasmado.

Achou um jeito seu, animista, de tratar luzinhas,

odores, super atletas, marcações, actores

desdobrando-se em contorcionismos,

improvisos, arranques, imprevistos malabarismos.

Não que fosse circo ou ópera bailada,

mas inédito festival.

Conseguiria obter universal aplauso,

pois movia quanto mais primitivo há no fenómeno humano.

Autêntico iluminista místico malabar, suposto autor realizador filósofo

encenador, alongou devaneios após devaneios, decénios após decénios,

num comummente designado intermédio pós modernidade.

Acabou por colher louros possíveis,

áureas estatuetas, Pulitzer, Nobel.

Criança que mais não desejava senão ouvir pássaros

na manhã a louvar sem fim.»
in
Dos Sonhos Poemas

Poeta Ângelo Ochôa


"O super-criativo dramaturgo dos entremezes"

Amarante - Quinta da Aldeia, Gateira, Mancelos, Lagar de Azeite da Minha Avó, Arminda Babo, com telhado em colmo!

Quinta da Aldeia, Gateira, Mancelos, Amarante! Lagar de Azeite da Minha Avó, Arminda Babo, com telhado em colmo e onde muita gente fez o seu azeite e comeu batatas a murro com azeite feito de fresco... (Fotografia de 28-01-1951)

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