«Cinco tiros no outro arsenal
Vídeos do jogo
Indiferente ao calibre de armas ou ao número de munições, o FC Porto desmantelou, peça por peça, bala por bala, dois arsenais no lapso de apenas quatro dias. Primeiro o de Londres, depois o de Braga. Cada um na sua vez, tombou redondo no Dragão, vergado ao peso de um futebol explosivo e letal, que a revolta aos efeitos prolongados de uma emboscada ajudou a detonar, potenciando efeitos devastadores.
O primeiro rebentamento não foi sequer surpresa, fazendo-se anunciar num assédio persistente, que deslocava o centro de decisões para as imediações da baliza de Eduardo. O rastilho, que ziguezagueava na aceleração curvilínea de Varela, fora aceso muito antes de um desvio primoroso de Raul Meireles levantar o estádio.
Havia muito, mas muito por deflagrar. O que estava para vir assemelhar-se-ia a um rebentamento em cadeia, sequenciado num misto de raça e talento replicado num extravagante colorido azul e branco, como num fogo-de-artifício bicolor. Cambaleante, o Braga tentava reerguer-se a custo, mas cairia por terra em dois minutos, percebendo, depois dos golos de Alvaro Pereira e Falcao, que pouco ficara para disputar ainda com o intervalo por vir.
O refinado sentido de oportunidade do avançado colombiano tinha tudo para colocar um ponto final na questão, que o prévio disparo do expresso do Uruguai, saído do meio de um pelotão de fuzilamento, se dispusera a acelerar. Pura ilusão. O FC Porto estourava em fibra e génio capazes de produzir mais duas explosões, numa exibição brilhante até na forma como solucionava as situações mais alarmantes na sua área. Porque também as houve. Porque o Braga também jogou.
Cinco golos é muito futebol, é uma torrente de categoria e engenho a compor um número e uma exibição para lembrar o desenlace recente perante um outro Sporting, também ele esmagado pela inspiração azul. É músculo, brilho e furor. Numa palavra, é Porto. Porto e a sua essência, a que não deve subtrair-se o mérito de derrubar dois arsenais em quatro dias com um acumulado de sete golos marcados. Chamem-lhe goleada ou, se preferirem, apenas revolta. Ao cúmulo dos dois jogos obviamente, não aos outros.
Ficha de Jogo
Liga, 20ª jornada
21 de Fevereiro de 2010
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 46.403 espectadores
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Assistentes: Bertino Miranda e José Cardinal
4º Árbitro: Hugo Pacheco
FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Raul Meireles, Fernando e Ruben Micael; Mariano, Falcao e Varela
Substituições: Rúben Micael por Tomás Costa (68m), Varela por Belluschi (77m) e Fernando por Valeri (78m)
Não utilizados: Beto, Guarín, Maicon e Miguel Lopes
Treinador: Jesualdo Ferreira
SC BRAGA: Eduardo; Filipe Oliveira, Moisés «cap», Paulão e Evaldo; Hugo Viana, Olberdam e Luís Aguiar; Alan, Paulo César e Mossoró
Substituições: Hugo Viana por Meyong (47m), Olberdam por Rafael Bastos (66m) e Mossoró por Matheus (79m)
Não utilizados: Kieszek, André Leone, Miguel Garcia e Rentería
Treinador: Domingos Paciência
Ao intervalo: 3-0
Marcadores: Raul Meireles (16m), Alvaro Pereira (35m), Falcao (37m e 73m), Belluschi (83m) e Paulão (90m)
Disciplina: Mossoró (8m), Raul Meireles (39m), Paulo César (53m), Fucile (53m), Paulão (55m), Filipe Oliveira (58m) e Rafael Bastos (85m)» in site F.C. do Porto.
Resumo de um Jogo de Gala em que os Dragões deram um Festival de Futebol!
Indiferente ao calibre de armas ou ao número de munições, o FC Porto desmantelou, peça por peça, bala por bala, dois arsenais no lapso de apenas quatro dias. Primeiro o de Londres, depois o de Braga. Cada um na sua vez, tombou redondo no Dragão, vergado ao peso de um futebol explosivo e letal, que a revolta aos efeitos prolongados de uma emboscada ajudou a detonar, potenciando efeitos devastadores.
O primeiro rebentamento não foi sequer surpresa, fazendo-se anunciar num assédio persistente, que deslocava o centro de decisões para as imediações da baliza de Eduardo. O rastilho, que ziguezagueava na aceleração curvilínea de Varela, fora aceso muito antes de um desvio primoroso de Raul Meireles levantar o estádio.
Havia muito, mas muito por deflagrar. O que estava para vir assemelhar-se-ia a um rebentamento em cadeia, sequenciado num misto de raça e talento replicado num extravagante colorido azul e branco, como num fogo-de-artifício bicolor. Cambaleante, o Braga tentava reerguer-se a custo, mas cairia por terra em dois minutos, percebendo, depois dos golos de Alvaro Pereira e Falcao, que pouco ficara para disputar ainda com o intervalo por vir.
O refinado sentido de oportunidade do avançado colombiano tinha tudo para colocar um ponto final na questão, que o prévio disparo do expresso do Uruguai, saído do meio de um pelotão de fuzilamento, se dispusera a acelerar. Pura ilusão. O FC Porto estourava em fibra e génio capazes de produzir mais duas explosões, numa exibição brilhante até na forma como solucionava as situações mais alarmantes na sua área. Porque também as houve. Porque o Braga também jogou.
Cinco golos é muito futebol, é uma torrente de categoria e engenho a compor um número e uma exibição para lembrar o desenlace recente perante um outro Sporting, também ele esmagado pela inspiração azul. É músculo, brilho e furor. Numa palavra, é Porto. Porto e a sua essência, a que não deve subtrair-se o mérito de derrubar dois arsenais em quatro dias com um acumulado de sete golos marcados. Chamem-lhe goleada ou, se preferirem, apenas revolta. Ao cúmulo dos dois jogos obviamente, não aos outros.
Ficha de Jogo
Liga, 20ª jornada
21 de Fevereiro de 2010
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 46.403 espectadores
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Assistentes: Bertino Miranda e José Cardinal
4º Árbitro: Hugo Pacheco
FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Raul Meireles, Fernando e Ruben Micael; Mariano, Falcao e Varela
Substituições: Rúben Micael por Tomás Costa (68m), Varela por Belluschi (77m) e Fernando por Valeri (78m)
Não utilizados: Beto, Guarín, Maicon e Miguel Lopes
Treinador: Jesualdo Ferreira
SC BRAGA: Eduardo; Filipe Oliveira, Moisés «cap», Paulão e Evaldo; Hugo Viana, Olberdam e Luís Aguiar; Alan, Paulo César e Mossoró
Substituições: Hugo Viana por Meyong (47m), Olberdam por Rafael Bastos (66m) e Mossoró por Matheus (79m)
Não utilizados: Kieszek, André Leone, Miguel Garcia e Rentería
Treinador: Domingos Paciência
Ao intervalo: 3-0
Marcadores: Raul Meireles (16m), Alvaro Pereira (35m), Falcao (37m e 73m), Belluschi (83m) e Paulão (90m)
Disciplina: Mossoró (8m), Raul Meireles (39m), Paulo César (53m), Fucile (53m), Paulão (55m), Filipe Oliveira (58m) e Rafael Bastos (85m)» in site F.C. do Porto.
Resumo de um Jogo de Gala em que os Dragões deram um Festival de Futebol!