Antigo guarda-redes do FC Porto morreu esta terça-feira
Faleceu, durante a manhã desta terça-feira, Tibi. O antigo guardião internacional português, que defendeu as redes portistas em mais de uma centena de ocasiões, sucumbiu a doença degenerativa aos 70 anos.
Natural de Matosinhos, António José Oliveira Meireles destacou-se ao serviço do Leixões antes de ingressar no FC Porto corria a temporada de 1972/73. Os dez anos que se seguiram foram de altos e baixos para Tibi, que passou de imprescindível para Béla Guttmann a cedido por José Maria Pedroto, o treinador que promoveu a sua estreia na seleção nacional em Berna, frente à Suíça.
Regressado dos empréstimos ao Varzim e Famalicão, o vencedor da Taça de Portugal em 1977 voltou a ser dono da baliza azul e branca já sob o comando de Hermann Stessl, no início dos anos 80. Saiu do FC Porto em 1983, mais de uma década depois da sua chegada, e prosseguiu a carreira no Recreio de Águeda, no Mangualde, no Espinho e no Maia, antes de pendurar as botas no Vila Nova de Foz Côa.
«“The Blue Boy” volta a casa 100 anos depois (e há três curiosidades surpreendentes sobre a pintura do menino azul)
A pintura The Blue Boy será exibida, em janeiro, na National Gallery, em Londres. É o regresso da obra ao Reino Unido, 100 anos depois.
Há um século, The Blue Boy, de Thomas Gainsborough, tornou-se a pintura mais cara do mundo. Segundo o Artnet News, os colecionadores norte-americanos Henry e Arabella Huntington compraram a obra-prima pela soma até então inédita de 728 mil dólares, quase 645 mil euros.
O quadro atingiu o auge da sua popularidade devido à compra. Antes de partir para a sua nova casa, na Califórnia, a pintura que retratava um rapaz adolescente, vestido com um fato de cetim azul, foi exposta durante três semanas na National Gallery, numa espécie de despedida patriótica.
Em janeiro, e pela primeira vez desde que saiu do Reino Unido, The Blue Boy regressa à National Gallery, em Londres, para uma exposição. O portal revela três factos que tornam a obra-prima surpreendente e que estarão à vista dos mais curiosos, já no início do próximo ano.
Em primeiro lugar, foi o fato azul que tornou a pintura tão pouco convencional na sua época. Gainsborough estreou The Blue Boy na Academia Real em 1770, numa altura em que o seu fundador, Joshua Reynolds, estava a receber sugestões de grandes artistas romanos e florentinos adeptos dos tons quentes do vermelho.
Gainsborough decidiu fugir à regra e adotar uma abordagem bastante mais fria, enfatizando os tons azuis e verdes nos seus retratos.
Além disso, o fato não se adequa à moda dos anos 1770, fazendo lembrar os estilos dos anos 1640. É por causa da vestimenta que muitos pensam que o quadro é uma homenagem do artista a Anthony Van Dyck, o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra.
A influência de Van Dyck nesta pintura não se destaca apenas na postura do jovem, como também no traje: o menino surge como um aristocrata vestido de cavaleiro do século XVII, com meias brancas e um fato de cetim azuis, bordado a ouro.
Apesar de este conjunto ter ganhado um estatuto icónico nesta obra, Gainsborough pintou o mesmo traje noutros retratos.
Cerca de 250 anos após a sua criação, a obra-prima precisou de ser restaurada. Nesse processo, as radiografias mostraram que Gainsborough tinha incluído um cão branco à pintura, mais precisamente à esquerda do rapaz.
Mais tarde, o artista decidiu esconder o animal, substituindo-o por um aglomerado de pedras.
Não há certezas sobre o motivo que levou o artista a esconder o melhor amigo do homem da pintura, mas há quem sugira que Gainsborough pode ter tido dúvidas sobre as contribuições estéticas do cão para o retrato.» in https://zap.aeiou.pt/the-blue-boy-volta-casa-100-anos-depois-452217
«Cristiano Ronaldo distinguido como "Melhor Marcador de Sempre" nos Globe Soccer Awards
De recordar que o avançado português ultrapassou a marca dos 800 golos na carreira profissional este ano.
Cristiano Ronaldo foi distinguido com o prémio de 'Melhor Marcador de Sempre' nos Globe Soccer Award, que decorrem esta segunda-feira no Dubai.
O internacional português não marcou presença no evento mas deixou um vídeo de agradecimento.
"Infelizmente não pude estar aí esta noite, mas quero agradecer a todos por este prémio. Espero estar aí no próximo ano!", disse o atacante do Manchester United.
O prémio foi entregue a Jorge Mendes, seu empresário.
"O que dizer? É a maior conquista de sempre no futebol, só Cristiano Ronaldo para marcar 800 golos na carreira. É o melhor jogador de futebol do mundo", comentou Jorge Mendes.
«Ictiossauro, a primeira criatura gigante conhecida no Planeta Terra
A primeira criatura gigante conhecida no Planeta Terra foi o Cymbospondylus youngorum, um Ictiossauro que viveu há mais de 237 milhões de anos, durante o período Triássico.
O crânio de 2 metros de comprimento descoberto nas Montanhas Augusta, uma cordilheira de montanhas no Estado de Nevada, está agora exposto no Museu de História Natural do Condado de Los Angeles (NHM). Este corresponde ao maior Cymbospondylus youngorum de que há registo, que se acredita que teria mais de 17 metros, na época em que nadava no oceano. O seu longo focinho e os dentes, indicam que se alimentava de lulas e peixes.
A descoberta do réptil marinho levou os cientistas a tentar compreender o porquê do seu rápido crescimento, e a comparar a expansão do seu comprimento com o dos cetáceos modernos, como as baleias e os golfinhos, que foi mais lenta.
“As baleias e ictiossauros partilham mais do que uma variedade de tamanhos. Eles têm planos corporais semelhantes e ambos surgiram inicialmente após extinções em massa. Estas semelhanças tornam-nos cientificamente valiosos para o estudo comparativo”, explicam os autores do estudo, agora publicado na revista científica Science.
Os dados revelam que este rápido crescimento se deve ao boom de amonites (atuais lulas) e conodontes (peixes) na época, que se deu após o final do período Permiano. “Embora suas rotas evolutivas fossem diferentes, tanto as baleias quanto os ictiossauros dependiam da exploração de nichos na cadeia alimentar para a tornar realmente grande”, esclarecem.» in https://greensavers.sapo.pt/209016-2/
«FC Porto reuniu-se com Federação de basquetebol e não vai falhar mais jogos do campeonato
Protesto dos azuis e brancos sobre a nomeação dos árbitros chegou ao fim.
O FC Porto não vai falhar mais jogos do campeonato de basquetebol devido às nomeações dos árbitros. Representantes do clube e da federação reuniram-se e emitiram um comunicado conjunto. O organismo refere que vai "intensificar as ações e projetos tendentes à melhoria contínua da qualidade da arbitragem nacional". O FC Porto "revoga a sua decisão de não participar em jogos para os quais o Conselho de Arbitragem nomeie algum dos árbitros que lhe mereceram protesto".
Caso registassem uma terceira falta de comparência, os ‘dragões’, que seguem em quinto lugar na liga, a três pontos do trio da frente, formando por Benfica, CAB Madeira e Sporting, corriam o risco de ser excluídos da competição.
Em 21 de junho, o FC Porto tinha assegurado que iria falhar os encontros da Liga portuguesa de basquetebol que fossem dirigidos pelos mesmos árbitros do último jogo da final de 2020/21.
No final do quinto e último jogo da final dos 'play-offs', ganho pelo Sporting, por 86-85, os responsáveis portistas criticaram duramente a arbitragem e admitiram mesmo deixar a modalidade.
Veja aqui o comunicado na íntegra
"A Federação Portuguesa de Basquetebol e o FC Porto analisaram em conjunto a situação decorrente da não comparência do FC Porto a dois dos jogos da Liga Betclic. Foi consensual a conclusão de que desta situação resultam elevados prejuízos para o prestigio da modalidade.
No decurso destes contactos, a Federação Portuguesa de Basquetebol manifestou o seu compromisso de intensificar as ações e projetos tendentes à melhoria contínua da qualidade da arbitragem nacional, de entre os quais se salienta:
i. A divulgação pública das avaliações e classificações dos juízes;
ii. A prestação de informação atempada sobre os árbitros escolhidos para pontos altos e fases decisivas da competição;
iii. A dinamização do grupo de trabalho criado para análise de situações de jogo relacionadas com a arbitragem;
iv. Os estudos para a implementação de meios tecnológicos necessários para a comunicação entre os elementos da equipa de arbitragem, permitindo o seu registo.
«Descubra porque 536 foi um dos piores anos para se viver na Terra
“Foi o começo de um dos piores períodos para estar vivo“, disse o arqueólogo e historiador medieval Michael McCormick. De acordo com o especialista, houve um nevoeiro que bloqueou os raios solares, fazendo com que as temperaturas caíssem drasticamente, desencadeando anos de caos em todo o mundo: nevou na China em pleno mês de agosto, proliferaram-se secas fortes – como as que afetaram a civilização Moche do Peru – em vários países e impôs-se uma fome generalizada devido às colheitas agrícolas perdidas.
Os relatos de historiadores sugerem por detrás deste bizarro nevoeiro estiveram várias erupções vulcânicas catastróficas. As consequências causadas pelo acentuado arrefecimento global foram tão fortes que se refletiram nos detritos acumulados desde os núcleos de gelo na Antártida até aos anéis das árvores na Gronelândia.
É que, nesse ano, uma gigantesca erupção de um vulcão na Islândia deu origem a uma nuvem densa e negra que acabou por mergulhar a Europa, o Médio Oriente e partes da Ásia numa escuridão que tornou dia e noite indistintos e se prolongou por 18 meses. No verão de 536, as temperaturas caíram para os 2,5ºC (uma descida de 1,5ºC), o que marcou o início da década mais fria dos últimos 2300 anos, desastrosa para a produção agrícola e marcada pela consequente fome. Pouco depois, em 541, chegava a peste bubónica que matou milhões de pessoas na região Este do Império Romano e provocou um colapso económico que se prolongaria por três décadas.
De acordo com este artigo da CNN, essa erupção vulcânica e o surto de peste de 542 dinamitaram então a economia europeia, levando a uma estagnação que terá durado até 575. Entretanto, em 540 e 547, deram-se novas explosões vulcânicas de grande envergadura. Em declarações à “Science”, Michael McCormick, um historiador de Harvard, foi taxativo sobre o ano 536: “Foi o começo de um dos piores períodos para se estar vivo, se não for o pior ano.”» in https://greensavers.sapo.pt/saiba-porque-536-foi-um-dos-piores-anos-para-se-viver-na-terra/
«“Tão grande como um carro”. Fóssil revela o maior animal invertebrado de sempre
O maior fóssil de sempre de um milípede gigante (tão grande como um carro) foi encontrado numa praia no norte de Inglaterra.
O fóssil pertence a um animal chamado Arthropleura e data do período Carbonífero, há cerca de 326 milhões de anos (mais de 100 milhões de anos antes da era dos dinossauros). O mesmo revela que este artrópode foi o maior animal invertebrado de todos os tempos.
O espécime, encontrado em 2018 numa praia de Northumberland, em Inglaterra, é composto por vários segmentos de um exoesqueleto articulado, muito semelhante à forma dos milípedes de hoje em dia.
Além de ser apenas o terceiro fóssil deste tipo já encontrado (os outros dois foram descobertos na Alemanha), é também o mais antigo e o maior: cerca de 75 centímetros de comprimento. Mas a criatura original teria cerca de 2,7 metros e pesava cerca de 50 quilos.
“Foi uma descoberta incrivelmente empolgante. O fóssil é tão grande que foram precisas quatro pessoas para o carregar”, recorda, em comunicado, Neil Davies, investigador da Universidade de Cambridge e autor principal do estudo.
Ao contrário do atual clima frio e húmido, Northumberland tinha um clima mais tropical durante o Carbonífero, quando esta região ainda ficava perto do Equador. Os invertebrados e os primeiros anfíbios viviam da vegetação dispersa à volta de uma série de riachos e rios. O espécime identificado pelos cientistas foi encontrado precisamente num canal fossilizado.
Anteriormente, o grande tamanho deste animal tinha sido explicado por um pico no oxigénio durante o fim do Carbonífero e no período Permiano. Mas como este novo fóssil veio de rochas depositadas antes desse pico, o oxigénio não pode ser a única explicação. Os investigadores acreditam que para atingir um tamanho tão grande, o Arthropleura deve ter tido uma dieta rica em nutrientes.
“Embora não possamos saber com certeza o que comiam, havia muitas nozes e sementes nutritivas disponíveis naquela época. E podem até ter sido predadores que se alimentavam de outros invertebrados e até mesmo de pequenos vertebrados, como anfíbios”, disse Davies.
Os resultados foram publicados, esta terça-feira, na revista científica Journal of the Geological Society.
«Tragédia no futebol argelino: Jogador sofreu traumatismo craniano e faleceu em campo
Sofiane Loukar caiu no terreno de jogo após uma disputa de uma bola pelo ar com um adversário, ainda regressou ao relvado, mas dez minutos depois desfaleceu em campo.
Sofiane Loukar, futebolista do MC Saïda, formação do segundo escalão do futebol da Argélia, faleceu em pleno jogo frente ao ASM Orán depois de uma pancada na cabeça que lhe causou um traumatismo craniano.
Loukar, de 30 anos, caiu no terreno de jogo do Estádio Habib Bouakeul de Orán após uma disputa de uma bola pelo ar com um adversário. Tudo se passou no minuto 26 da primeira parte do encontro. Depois de receber assistência médica, Loukar ainda voltou ao campo, antes desfalecer dez minutos depois e não voltar mais a levantar-se, apesar das tentativas de reanimação das equipas médicas, de acordo com o diário 'El Khabar'.
«Lobo-Ibérico: o maior canídeo selvagem em Portugal
Foi em 1907 que o zoólogo espanhol Angel Cabrera descreveu pela primeira vez o lobo-ibérico, que se distinguia como subespécie do lobo-cinzento devido ao seu porte mais pequeno, coloração amarelo-acastanhada e focinho diferente.
Com a designação científica de Canis lupus signatus, esta espécie ocupava no início do século XX praticamente toda a Península Ibérica. Hoje em dia estima-se que existam pouco mais de 2200 exemplares, dos quais cerca de 300 no norte de Portugal, ocupando no nosso país apenas 20% da área de distribuição original, com dois núcleos populacionais separados pelo rio Douro.
A norte existe na quase totalidade dos distritos de Bragança e de Vila Real e em parte dos distritos do Porto, de Viana do Castelo e de Braga; a sul ocupa parte dos distritos de Aveiro, de Viseu e da Guarda. Podem ser encontrados em locais caracterizados por uma baixa densidade populacional humana e importante atividade agropecuária.
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural de Montesinho e o Parque Natural do Alvão, três núcleos lupinos, devido à sua estabilidade, são uma fonte regular de animais dispersantes, tendo por isso uma influência determinante na manutenção das alcateias que ocorrem nas regiões envolventes, caracterizadas por uma maior instabilidade.
O lobo é o maior canídeo selvagem vivo, sendo esta subespécie caracterizada por cabeça volumosa, de aspeto maciço, com orelhas rígidas e triangulares, curtas e pouco pontiagudas. Os olhos são frontalizados, oblíquos, em relação ao focinho, e cor de topázio. Socialmente vive em grupos familiares, as alcateias, constituídas normalmente por um casal reprodutor e pelos seus descendentes diretos. Estas alcateias são constituídas por cerca de 3 a 12 animais que ocupam um território definido (a dimensão, em Portugal, varia entre 150 e 300 km2), variando o efetivo da alcateia e a dimensão do seu território ao longo do ano.
Os lobos reproduzem-se uma vez por ano, nascendo as crias – em média cinco por ninhada – em abril/maio, após cerca de dois meses de gestação. As crias normalmente mantêm-se com os seus progenitores por 10 a 54 meses, dispersando da alcateia natal, com 1 a 2 anos de idade e durante o outono/ início do inverno e primavera.
Predador por natureza, o lobo-ibérico alimenta- se de animais herbívoros de médio e grande porte, que podem ir de javalis a ovelhas, cabras, vacas ou veados, o que muitas vezes é uma dor de cabeça para pastores e agricultores, que os tentam afugentar ou matar de forma a protegerem os seus animais. Segundo a UICN, o lobo apresenta a nível mundial, desde 1996, o estatuto de “Baixo Risco”, com indicação de dependente de conservação para a Península Ibérica.
Em Portugal, o lobo está protegido desde 1988, sendo proibido o seu abate ou captura e a destruição ou deterioração do seu habitat. Há mais de uma década que o lobo é classificado como “Em Perigo de Extinção” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. A nível europeu, o lobo é uma espécie prioritária para a conservação segundo a Diretiva Habitats.» in https://greensavers.sapo.pt/lobo-iberico-o-maior-canideo-selvagem-em-portugal/
«Restos mortais de cinco mamutes com 220 mil anos encontrados em Inglaterra
Esqueletos encontrados em condições "quase perfeitas" estão a maravilhar arqueólogos e vão ser incluídos num documentário de David Attenborough.
Arqueólogos e paleontólogos estão entusiasmados com a descoberta dos restos mortais de cinco mamutes em ótimo estado de conservação, nos Cotswolds, no Reino Unido. Os esqueletos foram identificados como pertencentes a dois adultos, dois juvenis e uma cria pequena, que viveram na zona de Swindon, no sul de Inglaterra, há cerca de 220 mil anos. Foram encontrados juntamente com os restos mortais ferramentas e armas provavelmente utilizadas por homens Neandertais para caçar estes animais.
Os arqueólogos envolvidos na escavação estimam que os animais tenham vivido há cerca de 220 mil anos, durante um período interglacial em que o Reino Unido foi ocupado por Neandertais. O local onde os mamutes foram encontrados representava um ponto de abrigo fértil e ameno onde estes parentes do Homo sapiens se refugiaram para escapar às temperaturas cada vez mais baixas a norte do território que hoje pertence à Grã-Bretanha.
A equipa espera fazer ainda mais descobertas, pois apenas uma pequena fração do vasto local de escavação já foi explorada. No local, que está a ser descrito como uma mina de ouro para arqueólogos, foram encontrados todo o tipo de criaturas, das maiores às mais pequenas: alces duas vezes maiores do que os atuais, cujas hastes chegavam aos 3 metros de amplitude, escaravelhos de estrume, caracóis ou mesmo plantas e sementes fossilizadas.
O local de escavação poderá vir a ser uma fonte de informação sobre como viviam os nossos antepassados, e as descobertas serão incluídas num documentário da BBC apresentado pelo naturalista David Attenborough: Attenborough e o Cemitério dos Mamutes, a ser exibido no Reino Unido a 30 de dezembro.
Um gigante do passado
Para Lisa Westcott Wilkins, da DigVentures, a empresa de arqueologia envolvida na escavação, “excitante não chega para descrever” as descobertas. “Outros mamutes foram encontrados no Reino Unido, mas não neste estado de preservação. Eles estão em estado quase perfeito”, continua, acrescentando que os sítios arqueológicos deste período, embora raros, são críticos para compreender o comportamento e estilo de vida dos Homens de Neandertal no Reino Unido e na Europa.
De acordo com Ben Garrod, biólogo evolucionário e professor na Universidade de East Anglia, encontrar um esqueleto de mamute completo é extremamente raro. Os mamutes em questão são mamutes-da-estepe, a maior espécie já registada. Podiam chegar a pesar 15 toneladas, quase o dobro ou mesmo o triplo de um elefante africano. Mas, na época que antecedeu a sua extinção, diminuíram para “apenas” 10 toneladas, diz Garrod.
“Pensamos que isso foi uma adaptação à mudança no ambiente, clima e disponibilidade de recursos. Estava a tornar-se mais frio nessa altura, os recursos estavam a ficar mais escassos, e isso levou a que a espécie encolhesse. Além disso, teria havido sem dúvida uma pressão local por parte da caça e da concorrência de outras espécies”, explica.
O professor explica ainda que a descoberta pode ajudar a perceber a forma como estes animais morreram. Podem ter sido caçados por grupos de Neandertais – o que explicaria a presença de ferramentas de caça no local de escavação e marcas nos ossos que podem advir de facas ou machados para arranjar carne – ou ter ficado presos em deslizamentos de terra ou cheias que tornaram o solo lamacento, impossibilitando-os de se movimentarem.
«Procura-se: Rei / Gerente de Bar para uma ilha isolada em Inglaterra
A ilha de Piel, de 20 hectares, abriu concurso público para um novo “rei” — que terá que gerir o espaço e o pub da vila local, sem se deixar incomodar pela solidão.
Um conselho deu início a um dos processos de recrutamento mais caricatos do Reino Unido, ao procurar alguém para administrar o Ship Inn, na ilha de Piel, na costa de Barrow-in-Furness.
De acordo com o The Guardian, quem conseguir o lugar torna-se rei ou rainha do local, com um estatuto “mais ao menos” oficial, e terá de se sentar no trono, enquanto leva com cerveja em cima, de acordo com a cerimónia de coroação.
Os aspetos negativos do trabalho são o clima incerto, ou a solidão de viver num local tão remoto. Por outro lado, podem observar-se focas e pássaros, desfrutar de um pôr do sol deslumbrante e, para alguém com problemas de auto estima, pode sempre lembra-se que é um rei ou uma rainha.
John Murphy tem liderado passeios à ilha há quase 40 anos e refere que quem conseguir o trabalho tem de ser “extremamente dedicado”.
“Não se pode simplesmente ir a Tesco comer pão, quando se está na ilha de Piel”, explica. “É preciso ter dedicação e uma paixão pela solidão, pela paz e pelo sossego. É preciso ter uma personalidade específica”.
O Ship Inn está na ilha há mais de 200 anos e é possível lá chegar através de um ferry, que funciona entre abril e setembro, ou numa caminhada guiada pela areia. Para alguns, a magia está na história do local. Para outros está no pub.
Importância histórica da ilha
Foi construído um castelo na ilha, no início de 1300, pelos monges da Abadia de Furness, com o objetivo de afastar os invasores escoceses. O edifício encontra-se agora ao cuidado da English Heritage.
Frank Cassidy, conselheiro do Barrow Labour, notou que a ilha e o castelo foram testemunhas silenciosas de um evento significativo da história inglesa.
Em junho de 1487, Lambert Simnel, pretendente ao trono inglês de 10 anos, desembarcou na ilha, com um exército de 8.000 soldados, vindos da Irlanda, a caminho da batalha.
Dizia-se que Simnel era o verdadeiro Conde de Warwick, e o legítimo herdeiro do trono de Inglaterra.
Os soldados ainda marcharam em Londres, mas foram derrotados na Batalha de Stoke Field, em Nottinghamshire, a última da Guerra das Rosas.
Segundo Frank Cassidy, “foram esmagados”. “Mas se tivessem derrotado Henry VII, o resto da história inglesa teria sido bastante diferente“.
As pessoas vão agora à ilha para celebrar festas de aniversário ou para beber uns copos, antes de acamparem durante a noite.
“Mesmo que estejam de mau humor, as vistas de Piel são deslumbrantes“, explica John Murphy. “Já devo ter dormido em cima de cada folha daquela ilha, bêbedo ou sóbrio, e adoro-a”.
O que é pedido aos candidatos?
A Câmara Municipal de Barrow está a tentar recrutar um senhorio, com um contrato de arrendamento de 10 anos, a tempo da época alta, que começa em abril.
Um relatório dos membros do conselho de Barrow descreve Piel como um local único, sendo que “é preciso apreciar as limitações oferecidas pelo poder, tempo, acesso e localização, dentro de uma área de interesse científico”.
Para além de gerir o pub, o candidato selecionado terá de administrar a própria ilha. Quem estiver encarregue destas funções, é coroado “Rei de Piel”, numa cerimónia que envolve uma espada enferrujada, e termina com baldes de cerveja a serem despejados sobre a cabeça.
Ainda de acordo com a tradição, qualquer pessoa que se sente no trono voluntaria ou involuntariamente terá de pagar bebidas a todos os presentes.
A cidade de Barrow está rodeada de estaleiros navais, que constroem submarinos nucleares, e não é frequentemente considerada um destino turístico. Mas, de acordo com Murphy, isso tem vindo a mudar.
“Barrow está a registar um aumento do turismo, com visitantes que se apercebem que estão apenas a 20 minutos da Região dos Lagos, e que o alojamento é metade do preço que pagam lá”, realça o atual Rei de Piel.
Murphy afirma que adora o seu trabalho mas que, com 73 anos, está demasiado velho para o manter. Inclusive já entregou a sua liderança nos passeios à ilha a “pernas mais jovens”, mas ainda pretende estar em Piel, a contar as suas histórias.
“Eu adoro a ilha de Piel incondicionalmente, bem como a paz da solidão. Também adoro o facto de Barrow ser uma cidade industrial e, no entanto, ter este pedaço de terra aqui ao lado, isolado, a uma distância que se faz num piscar de olhos”, conclui.
Contra os adversários e todas as peripécias causadas por outros, o FC Porto venceu o Benfica por 3-0 com golos de Evanilson (2) e Vitinha e qualificou-se para os quartos de final da Taça de Portugal.
Não há outro adjetivo que possa simbolizar melhor a entrada arrasadora do FC Porto na partida que “À Porto”. Os Dragões partiram praticamente em vantagem com um golo no primeiro minuto de Evanilson. Num lançamento longo de Zaidu, Fábio Cardoso ganhou o duelo aéreo no primeiro poste e a bola sobrou para Mehdi Taremi. O iraniano foi derrubado e o esférico sobrou para o brasileiro, que encostou para o fundo das redes adversárias. Redes essas que viriam a voltar a balançar por culpa da classe e arte de Vitinha. Depois de um canto batido pelo 20 azul e branco, Otávio ficou com a bola e voltou a colocá-la na área. Depois de um duelo aéreo, com Helton Leite fora da baliza, o esférico sobrou para Vitinha que, de primeira, colocou a bola por cima do guardião benfiquista.
O FC Porto destacava-se, nesta altura, pela positiva e, pelo contrário, Fábio Veríssimo e Luís Godinho começavam a deixar a desejar no ajuizamento do jogo. Aos 11 minutos, Luis Díaz foi empurrado ostensivamente por Otamendi dentro da área encarnada, sem que o central tenha mostrado qualquer intenção de jogar a bola, e nem o árbitro nem o VAR escrutinaram de forma correta o lance, tendo deixado seguir. O Benfica tentou, a espaços, responder ao domínio portista no encontro e, aos 16 minutos, chegou ao golo por Darwin, bem anulado por fora de jogo, já que o avançado uruguaio estava quatro centímetros adiantado.
Luis Díaz, no seu jeito habitual, mostrou em campo porque é um dos 100 melhores jogadores do mundo no momento, tal como o The Guardian o elegeu, e foi fundamental no terceiro golo do FC Porto. À passagem da meia hora, o génio colombiano desmarcou-se em diagonal a partir da esquerda, deixou Vertonghen no chão e, com a frieza que só um jogador de topo tem, assistiu Evanilson para o seu bis no embate.
Até ao final da primeira parte, os pupilos esta noite orientados por Vítor Bruno dispuseram de várias ocasiões claras de aumentar a diferença no placar, mas não conseguiram chegar ao quarto tento. Primeiro, Mehdi isolou Evanilson que, com alguma atrapalhação, ainda conseguiu entregar a bola a Luis Díaz, mas o extremo não conseguiu encontrar o caminho da baliza benfiquista (35m). Aos 41 minutos, Luis Díaz (quem mais haveria de ser?) ganhou na velocidade à defensiva lisboeta, passou por Helton Leite, mas tentou o mais difícil: entregar a Mehdi Taremi.
A equipa de arbitragem teimou em ser protagonista e em condicionar a partida e, primeiro aos 33 minutos, sancionou uma cotovelada intencional de Taarabt a Otávio com…uma falta do brasileiro. Aos 45 minutos, numa intenção declarada há vários minutos, o árbitro da partida expulsou o avançado portista por uma falta inexistente sobre João Mário e, além de o tirar deste encontro, impediu-o de estar presente no próximo jogo do campeonato…frente ao Benfica.
No regresso dos balneários, foram novamente os azuis e brancos que estiveram no limiar do golo, não fosse um poste com grossura a mais que a desejada. Numa incursão pela direita com grande protagonismo de Zaidu, o nigeriano cruzou ao segundo poste e Mehdi Taremi, isolado, acertou no poste esquerdo da baliza de Helton Leite (55m). Perante um Benfica com mais uma unidade, mas sem clarividência para sequer ousar em criar perigo junto de Marchesín, Fábio Veríssimo assumiu o protagonismo ao estar envolvido em várias decisões contraproducentes, sempre em prejuízo dos azuis e brancos. Como a justiça tarda, mas não falha, Otamendi acabou por ver o segundo cartão amarelo e o respetivo cartão vermelho na sequência de uma das muitas faltas sobre Luis Díaz.
Ainda assim, com rigor, ambição, paixão e muita competência, com os valores que honram o símbolo e a história do FC Porto, os Dragões ultrapassaram toda e qualquer peripécia e seguiram em frente no que foi um clássico à antiga. Três laços bem atados na prenda que todos os portistas queriam: o FC Porto está nos quartos de final da Taça de Portugal.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20211223-pt-um-classico-a-moda-antiga
Highlights | Resumo: FC Porto 3-0 Benfica - (Taça de Portugal 21/22)