18/05/20

Extração Mineira - As pedreiras e areeiros em processo de recuperação paisagística deveriam apenas receber resíduos de solos de escavação não contaminados.



«Pedreiras: as novas lixeiras do séc. XXI

As pedreiras e areeiros em processo de recuperação paisagística deveriam apenas receber resíduos de solos de escavação não contaminados. Quercus alerta para deposição de amianto sem qualquer controlo.

Os aterros têm levantado inúmeras questões relativamente à deposição de resíduos de forma ilegal – quer pela mistura de amianto com resíduos orgânicos, quer pela deposição de resíduos importados de países da União Europeia. Mas há outra realidade que esconde a dimensão do problema e assusta os ambientalistas: os resíduos que são depositados em pedreiras e areeiros desativados que estão em processo de recuperação paisagística. «É uma prática normal, mas isso não significa que seja adequada e, por questões financeiras, isso continua a ser feito em Portugal. Quando dizemos que erradicamos as lixeiras, não o fizemos na realidade, porque elas continuam a existir, só que escondidas», avançou ao SOL Carmen Lima, coordenadora do Centro de Informação de Resíduos da Quercus.

«Aquilo que acontece é que há várias situações em Portugal, distribuídas a nível nacional por estes areeiros e pedreiras em recuperação paisagística, que recebem de forma ilegal determinado tipo de resíduos. Aí são competitivos com os aterros, que estão licenciados, e serão futuras lixeiras do século XXI», acrescentou. As pedreiras e areeiros nestas condições só deveriam receber resíduos de escavação não contaminados – que resultam de obras feitas em solos que não estão contaminados.

À Quercus já chegaram, porém, denúncias de pedreiras e areeiros que recebem amianto sem qualquer acondicionamento, em que «os impactos do mau manuseamento e encaminhamento refletem-se nos profissionais que estarão em contacto com o mesmo durante o processo de gestão do resíduo, dado que o mesmo é carcinogénico». Azambuja, Seixal, Barreiro e Sintra são alguns dos casos relatados.

De uma forma geral, o processo de recuperação paisagística acontece quando uma pedreira encerra a sua atividade de extração e é necessário restaurar e recuperar aquela área que ficou degradada. Das escavações nas pedreiras surgem enormes buracos que é depois preciso tapar para integrar o espaço. O que acontece frequentemente é que as pedreiras são preenchidas com resíduos de solos de escavação contaminados. «Geralmente, os locais de instalação dos aterros são infraestruturas onde houve exploração de areia ou pedra que estão abandonados que têm de ter um processo de recuperação paisagística que é obrigatório e poderão fazê-lo através da instalação de um aterro», explicou Carmen Lima.

Segundo a regulamentação em vigor, é preciso assegurar o isolamento das células para deposição de resíduos urbanos ou industriais, ou seja, «o buraco tem de ser insular para impedir que haja infiltração do lixo enviado – a água das chuvas que passa pelos resíduos e, no caso de ser um aterro de resíduos industriais banais, pode arrastar contaminação», alerta a Quercus. Mas, no caso das pedreiras em recuperação paisagista – em que se considera que recebe apenas resíduos de escavação – esta proteção não existe. Não tendo esta proteção, se for lá colocado outro tipo de materiais, «haverá o arrastamento direto dos lixiviados para os lençóis freáticos e para o solo».

Além de, por vezes os resíduos serem mal classificados na obra, também é muito mais barato encaminhar resíduos para pedreiras ou areeiros. E, como estes «projetos de recuperação paisagística são fiscalizados pelas autarquias, e como as autarquias têm recursos humanos limitados de fiscalização», acaba por ser muito difícil identificar todos os casos.

Depois de depositados os resíduos de forma errada, o impacto indireto negativo reflete-se na contaminação da água – por exemplo, próximo de zonas rurais, onde as pessoas fazem furos e utilizam a água para a agricultura. Ao contrário dos aterros licenciados, que se situam longe de zonas habitacionais, as pedreiras e areeiros estão, muitas vezes, localizados junto a essas zonas. Esta situação, «poderá contribuir para a perda de fertilidade do solo, uma vez que estes produtos químicos reduzem a fertilidade dos solos, e contribuirá igualmente para impactos na saúde, uma vez que provoca a contaminação dos aquíferos».

Os casos, explicou a Quercus, são evidentes em diversos pontos do país. E, apesar de estarem localizados, maioritariamente, na zona de Lisboa, isso «não inviabiliza que não esteja a ocorrer em outras localizações de Portugal».

Os exemplos e os alertas

Na Azambuja, em Vila Nova da Rainha, numa antiga pedreira, foram identificadas práticas ilegais, como a deposição de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) e amianto. No Seixal e no Barreiro estão também identificados alguns casos – o areeiro ‘Saforal’, o areeiro ‘António Silva’, o areeiro ‘Quinta da Areia’, o areeiro ‘Sofarmil’ e o areeiro ‘J.Caetano’. Já em Sintra foram identificadas descargas ilegais de resíduos e descargas de Resíduos de Construção e Demolição sem triagem em Alfouvar e Pedra Furada. Existem ainda «relatos de deposições ilegais neste âmbito igualmente nas recuperações paisagísticas localizadas em Benavente e Sesimbra», acrescentou Carmen Lima.

Um outro exemplo, mais antigo e que ficou resolvido depois da divulgação por parte das associações ambientalistas e que exemplifica o perigo do encaminhamento de resíduos de escavações em solos contaminados, são as obras de ampliação feitas na CUF Descobertas. Quando começaram a ser feitas as escavações, os resíduos «foram encaminhados para o um processo de recuperação paisagística e só quando a contaminação começou a ser evidente é que pararam o encaminhamento», explicou a coordenadora da Quercus.

A associação ambientalista alerta que seria fundamental que o Ministério do Ambiente promovesse uma campanha de inspeção aos areeiros e pedreiras que se encontram em fase de recuperação paisagística, preferencialmente em articulação com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), com as respetivas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e com as autoridades, para que sejam identificados «os maus encaminhamentos e  atue como fator de alarme para estes espaços não receberem este tipo de resíduos».» in https://sol.sapo.pt/artigo/696977/pedreiras-as-novas-lixeiras-do-sec-xxi



Política de Saúde - O novo coronavírus já circulava silenciosamente em Wuhan, no centro da China, em outubro passado, e alastrou-se "aleatoriamente e sem mostrar sinais epidémicos", de acordo com os resultados de um estudo publicado pela revista Frontiers in Medicine.




«Covid-19: Novo coronavírus já circulava na China em outubro

O novo coronavírus já circulava silenciosamente em Wuhan, no centro da China, em outubro passado, e alastrou-se "aleatoriamente e sem mostrar sinais epidémicos", de acordo com os resultados de um estudo publicado pela revista Frontiers in Medicine.

O estudo conclui que, embora o surto tenha sido oficialmente anunciado em dezembro de 2019, depois de dezenas de casos de infeção ligados a um mercado terem sido diagnosticados em Wuhan, análises da filogenética indicam que o coronavírus estava em dormência desde outubro naquela cidade na província chinesa de Hubei.

“Nesta fase de latência, a infeção seguiu o seu curso silencioso”, afirmou a equipa de investigadores, formada por Jordi Serra-Cobo e Marc López, da Faculdade de Biologia e do Instituto de Pesquisa em Biodiversidade da Universidade de Barcelona, Roger Frutos, do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento, de França, e Christian A. Devaux, do Centro Nacional de Pesquisa Científica.

O estudo analisa a conjunção única de eventos que permitiram a expansão global do novo coronavírus, que tem um longo período de incubação, um alto número de casos assintomáticos e beneficiou da alta mobilidade internacional.

Segundo Serra-Cobo, para que uma doença infecciosa se espalhe, três condições devem ser atendidas: o patógeno deve ser capaz de infetar e reproduzir-se em seres humanos, entrar em contacto com pessoas através de um reservatório natural e espalhar-se através de um amplo circuito social.

No caso da covid-19, todas essas condições foram reunidas em Wuhan, no final de 2019.

Segundo os autores, a pandemia é o resultado de um “alinhamento” excecional a nível global, ou seja, uma coincidência específica de fatores biológicos e sociais que lhe permitiram emergir e expandir-se por todo o mundo.

“O que desencadeou a epidemia foi o aparecimento, em simultâneo, de duas importantes celebrações no mesmo local – as férias em família e o Ano Novo Chinês – que colocaram muitas pessoas em contacto com outras pessoas, inicialmente infetadas, o que proporcionou a fase de amplificação necessária”.

Os autores consideram que “outro passo importante foi a mobilidade”.

O estudo lembra que “as mudanças ambientais e a ação do ser humano sobre os sistemas naturais afetam a perda de habitats e biodiversidade, afetam a dinâmica das espécies em reservatórios de patógenos e aumentam a probabilidade de contágio da espécie humana”.

“Este fenómeno é especialmente importante no sudeste da Ásia, onde se originaram as epidemias da SARS [síndrome respiratória aguda grave] e da covid-19″, aponta.

A SARS teve origem na província de Guangdong, sul da China, em 2002.

O estudo defende que é essencial proibir a posse e o uso de espécies protegidas e oferecer alternativas para evitar o impacto do mercado negro na vida selvagem.

“Mesmo que o surto se tenha originado inesperadamente em Wuhan, poderia ter sido evitado”, defendem os autores, que lembram que o início desta pandemia é comparável ao de surtos anteriores de coronavírus, como a SARS e Síndrome respiratória do Oriente Médio, ou MERS.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/covid-19-novo-coronavirus-ja-circulava-na-china-em-outubro´


(Um hospital alemão lida com a covid-19)

Zoologia - A recolha das imagens da águia-imperial-ibérica foram feitas no Parque Natural de Douro Internacional (PNDI) em 2018, no concelho de Miranda do Douro, e mais recentemente no final de abril, no concelho Mogadouro, no Campo de Alimentação de Aves Necrófagas (CAAN), instalado nas proximidades da aldeia de Bruçó.

«Avistada espécie rara de águia ibérica em Trás-os-Montes

Tem um estatuto e conservação “Criticamente em Perigo” em Portugal mas poderá estar de regresso ao território transmontano. O sistema de foto armadilhagem instalado no Douro Internacional ter registado esta espécie pela segunda vez num período de dois anos, revelou a associação Palombar.

A recolha das imagens da águia-imperial-ibérica foram feitas no Parque Natural de Douro Internacional (PNDI) em 2018, no concelho de Miranda do Douro, e mais recentemente no final de abril, no concelho Mogadouro, no Campo de Alimentação de Aves Necrófagas (CAAN), instalado nas proximidades da aldeia de Bruçó.

“Atualmente, esta espécie está restrita como nidificante em Portugal e em Espanha, constituindo por isso um endemismo da Península Ibérica e é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, estando igualmente entre as mais raras a nível mundial, tendo um estatuto e conservação ‘Criticamente em Perigo’ em Portugal”, indicou José Pereira, biólogo da associação, citado pea agência Lusa.

Esta é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, estando igualmente entre as mais raras a nível mundial, tendo um estatuto e conservação “Criticamente em Perigo” em Portugal

De acordo com um comunicado da Palombar esta “é uma águia de grandes dimensões que se caracteriza pelas asas compridas e largas e a cauda relativamente curta. A cabeça e o bico são maciços. A plumagem atravessa seis fases distintas até atingir a coloração de adulto. Esta é praticamente negra, com as penas da parte posterior da cabeça e da nuca douradas. Nas asas, um bordo branco de dimensões variáveis delimita os ombros. A base da cauda é cinzenta clara com uma barra terminal larga de cor preta”.» in https://greensavers.sapo.pt/avistada-especie-rara-de-aguia-iberica-em-tras-os-montes/


(ÁGUIA IMPERIAL - AQUILA ADALBERTI)

17/05/20

Suiça - Mais uma fotografia belíssima da Primavera na Suíça, enviada pelo Amigo de Louredo, José Morais.

(Fotografia espetacular da Primavera, na Suíça, enviada pelo Amigo de Louredo, José Morais)

Zoologia - Elementos do Serviço Marítimo da Guardia Civil espanhola avistaram, este sábado de manhã, na praia de La Mamola, na costa de Granada, um tubarão com mais de oito metros de comprimento.



«Tubarão peregrino com mais de oito metros avistado em praia espanhola

Elementos do Serviço Marítimo da Guardia Civil espanhola avistaram, este sábado de manhã, na praia de La Mamola, na costa de Granada, um tubarão com mais de oito metros de comprimento.

O animal da subespécie tubarão-frade foi avistado a nadar a cerca de quatro metros do areal. De acordo com autoridades espanholas, este é a segunda vez que a Guarda Civil avista um tubarão-frade na costa espanhola.

No início de maio, na praia de Calahonda, na costa andaluz, foi avistado outro tubarão frade, desta vez com cerca de três metros.

Segundo uma publicação da Guardia Civil no Twitter, é o segundo avistamento deste tipo de animal em menos de duas semanas.» in https://greensavers.sapo.pt/tubarao-peregrino-com-mais-de-oito-metros-avistado-em-praia-espanhola/

16/05/20

Política de Saúde - O rastreio efetuado pela Câmara de Vila Real a 163 professores e funcionários das escolas públicas do concelho detetou um caso positivo antes do regresso às aulas presenciais na segunda-feira, disse hoje o município.



«Rastreio a professores e funcionários detetou caso positivo em Vila Real

O rastreio efetuado pela Câmara de Vila Real a 163 professores e funcionários das escolas públicas do concelho detetou um caso positivo antes do regresso às aulas presenciais na segunda-feira, disse hoje o município.

A autarquia transmontana decidiu testar todo o pessoal docente e não docente antes de serem retomadas as aulas presenciais para os alunos do 11.º e 12.º anos, das escolas secundárias Camilo Castelo Branco e São Pedro e no Agrupamento de Escolas Morgado Mateus.

O rastreio abrangeu 163 professores e funcionários e, segundo o município, "um deles teve resultado positivo".

"A pessoa em questão já está informada deste resultado. Revela-se assim acertada a iniciativa de testar o pessoal docente e não docente, antes do reinício das aulas presenciais, pois evitou-se um eventual foco de propagação da doença", afirmou a autarquia.

Apesar de "não ter sido considerada prioritária" a testagem destes profissionais ao nível nacional, o município de Vila Real decidiu avançar nas escolas do concelho, tendo sido "uma das poucas autarquias do país em que isso aconteceu".

O objetivo da medida foi "garantir alguma confiança neste regresso parcial às aulas presenciais".

A iniciativa foi implementada em articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro I - Marão e Douro Norte.

Segundo o ACES, o concelho de Vila Real esteve 10 dias sem casos positivos. Com o caso positivo revelado hoje aumentou para 151 o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus neste município.

Portugal contabiliza 1.203 mortos associados à covid-19 em 28.810 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas que entram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.» in https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/rastreio-a-professores-e-funcionarios-detetou_5ec01a2ae5ed81495a35587b

Criminalidade - “Coronacrimes” é o nome utilizado pela Europol para descrever este tipo de abordagem, especialmente notória no campo do investimento, segundo indica o jornal El País.



«“Coronacrimes”: fraudes e burlas financeiras ganham força durante a pandemia
Por Executive Digest 16:07, 16 Mai 2020

A crise sanitária tem andado de mãos dadas com uma crise económica, que deverá afetar negócios dos mais diferentes sectores, bem como trabalhadores e famílias. Mas há ainda outro perigo à espreita: o clima de desconfiança, incerteza e insegurança será propício a um aumento de fraudes e burlas financeiras.

“Coronacrimes” é o nome utilizado pela Europol para descrever este tipo de abordagem, especialmente notória no campo do investimento, segundo indica o jornal El País. Juntamente com outras entidades como a Interpol, alerta, quase todos os dias, para a proliferação de esquemas através da Internet. Os avisos viram a frequência aumentar desde que a pandemia de COVID-19 teve início.

Um relatório divulgado pela Europol indica que golpes associados à compra e venda de material sanitário são mais abundantes numa primeira fase – em que ainda nos encontramos. Seguir-se-ão duas outras etapas marcadas pelas consequências económicas e financeiras da pandemia. Nesta altura, o mais provável é que, tal como aconteceu em crises anteriores, se verifique um aumento do número de fraudes bancárias e de empréstimos, lavagem de dinheiro e corrupção.

Na vizinha Espanha, os avisos chegam também da Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que traça um cenário pouco animador. Diz que embora ainda seja cedo para tirar conclusões sobre a crise atual, é possível deduzir que se “intensificou o contacto de investidores com empresas falsas na internet, uma vez que a atividade presencial está limitada pelo confinamento”.

As autoridades destacam também o perigo de chamadas, mensagens de texto ou mesmo cartas enquanto veículos de fraude. Nem todos os perigos se escondem online. Propostas que prometem rentabilidade elevada devem ser analisadas com cuidado, especialmente quando são inesperadas.

Será também bom lembrar que, regra geral, nenhuma entidade financeira envia avisos aos seus clientes indicando que têm apenas 24 horas para pagar mil euros se não quiserem ver as respectivas contas canceladas, ou outras mensagens do mesmo tipo.» in https://executivedigest.sapo.pt/coronacrimes-fraudes-e-burlas-financeiras-ganham-forca-durante-a-pandemia/

Amarante Mancelos - Extraordinária fotografia do passado, dos Pais da minha Amiga, Assunção Silva, de Mancelos, Pidre.


(Pais da minha Amiga, Assunção Silva, de Mancelos, Pidre, o Pai de Figueiró, a Mãe de Pidre)

Amarante Saúde - Os presidentes das juntas de Jazente e da União de Freguesias de Aboadela, Sanche e Várzea, em Amarante, defenderam hoje a reabertura das extensões de saúde encerradas em março, nas duas localidades.



«Freguesias de Amarante defendem reabertura de extensões de saúde

Os presidentes das juntas de Jazente e da União de Freguesias de Aboadela, Sanche e Várzea, em Amarante, defenderam hoje a reabertura das extensões de saúde encerradas em março, nas duas localidades.

"A decisão de encerrar a extensão de Várzea foi absurda e ainda é mais absurda por continuar fechada", afirmou à Lusa Henrique Monteiro, presidente da União de Freguesias de Aboadela, Sanche e Várzea.

A Unidade de Saúde de Cuidados Personalizados (USCP) do Marão, transferida em 2010 para a antiga escola primária de Várzea, atende cerca de 3.700 utentes das localidades da encosta poente da serra do Marão.

O autarca assinala a "extrema importância" do equipamento, por servir "uma população cada vez mais envelhecida e com poucas opções de transporte público".

O presidente critica a falta de diálogo das autoridades locais de saúde, junto das quais disse ter tentado evitar o encerramento, no período de confinamento.

"Receamos que se possa ter encontrado um pretexto para encerrar esta unidade, definitivamente. E isso seria inaceitável, porque faz muita falta à população", acentuou.

Em Jazente, o presidente da junta afirma-se também "indignado" com a "falta de diálogo" da tutela.

Carlos Oliveira contou hoje à Lusa que o encerramento do polo de Jazente do USCP de Amarante, que funciona no edifício-sede da autarquia, foi comunicado no dia 13 de março, por correio eletrónico

"A partir daí, todas as tentativas de diálogo com o ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] Baixo Tâmega foram infrutíferas. Não atendem os telefones", criticou.

Aquele equipamento, disse, serve várias freguesias da zona da Aboboreira e do vale do rio Ovelha.

Carlos Oliveira receia também que a suspensão daquela resposta de saúde se possa tornar definitiva, lembrando que há seis anos esse cenário chegou a ser equacionado.

"É um receio que nunca foi embora e que agora se agrava", admitiu, enquanto reforçava a importância de reabrir o equipamento.

Fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) explicou hoje, num esclarecimento à Lusa, que o encerramento dos dois equipamentos ocorreu por não "reunirem condições para a prestação de cuidados em segurança, quer para os profissionais, quer para os utentes", no contexto da pandemia de covid-19.

Sobre a reabertura reclamada pelos presidentes das duas juntas, no caso concreto da UCSP Marão, a ARS-N adiantou que está "a trabalhar para a retoma da atividade para breve, embora condicionado e limitado o acesso, de acordo com os planos de contingência transversais a todas as unidades".

Em relação ao polo de Jazente da UCSP Amarante, a ARS-N adiante que "ainda não estão reunidas as condições para a sua reabertura", sinalizando ser "uma unidade com menos de 500 inscritos que tinha duas manhãs por semana de atendimento médico".

A tutela sinalizou depois que, no contexto da pandemia, "foram feitas articulações com muitas juntas de freguesia e câmaras municipais, em relação à renovação do receituário e outras situações para evitar que os utentes, em particular os mais idosos, saíssem de casa e diminuir a cadeia de transmissão do coronavírus". Foi também, concluiu, "feito o reforço do contacto telefónico com os utentes para resolução de muitas situações passíveis de se resolver à distância".» in https://www.noticiasaominuto.com/pais/1479965/freguesias-de-amarante-defendem-reabertura-de-extensoes-de-saude

15/05/20

Política de Saúde - Investigadores da Universidade de Agricultura do Sul da China identificaram o pangolim como o “possível hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus.



«Animal acusado de ser responsável pela covid-19 pode ser a solução para tratá-la

Alguns investigadores indicaram o pangolim como possível culpado pelo novo coronavírus. Agora, um novo estudo sugere que o animal pode servir de exemplo para encontrar um tratamento para a doença.

O pangolim, um pequeno mamífero em risco de extinção e um dos animais mais contrabandeados do mundo, foi acusado de ser o transmissor do novo coronavírus. Investigadores da Universidade de Agricultura do Sul da China identificaram o pangolim como o “possível hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus.

Agora, um novo estudo publicado na semana passada na revista científica Frontiers in Immunology, aponta este animal como parte da solução para um tratamento eficaz contra a doença. O pangolim tem uma estranha resposta imune ao coronavírus que tem intrigado vários cientistas.

Uma equipa de investigadores analisou dados do genoma de pangolins e compararam as suas sequências genómicas às de outros animais. Os cientistas descobriram que os pangolins conseguem tolerar o coronavírus, apesar de não terem nenhum tipo de defesa antiviral usada pela maioria dos outros mamíferos.

Os pangolins não têm dois genes que normalmente desencadeiam uma resposta imune. “Descobrimos que, como os morcegos, os pangolins têm um defeito genético na resposta a vários vírus, provavelmente incluindo os coronavírus”, disse à Inverse o autor correspondente Leopold Eckhart, investigador da Universidade Médica de Viena.

No caso do novo coronavírus, a maioria dos analistas aponta o morcego com fonte primária: segundo um estudo recente, os genomas do novo coronavírus são 96% iguais aos que circulam no organismo daquele animal.

A resposta dos pangolins é relevante uma vez que a forma como o sistema imunológico de algumas pessoas reage à covid-19 pode explicar a razão pela qual elas ficam especialmente doentes. A resposta “causa mais danos do que o próprio vírus”, explica Eckhart. Embora não seja regra geral, pode ocorrer em 15% dos pacientes de covid-19.

“Acreditamos que os pangolins têm outra maneira eficaz de lidar com infeções por vírus”, diz Eckhart. “Essa resposta até agora desconhecida pode ser interessante para o desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes com infeções virais”.

O investigador ainda não sabe se as descobertas feitas através do seu estudo podem ajudar a encontrar um tratamento para a doença. Ainda é demasiado cedo para isso, realça. No entanto, tem esperanças que possa fazer parte da solução.

“Acho que ainda podemos obter muitas ideias novas que podem ser relevantes para a medicina”, antecipa Eckhart.» in https://zap.aeiou.pt/animal-covid-19-solucao-tratamento-323859


(Mamífero em extinção pode ser transmissor do novo coronavírus)

Desporto Futebol - Depois de passar no fim da época transata, por uma importante mudança do futsal para o futebol, desde cedo percebeu ter feito a escolha certa, ficando apenas a dois tentos da marca das melhores marcadoras da II Divisão Nacional.

14/05/20

Mundo - Belas imagens que o meu amigo de Louredo, José Morais, nos envia da Primavera na Suíça...





(Extraordinárias fotografias das montanhas Suiças, nesta primavera, da autoria do meu amigo, José Morais)

História e Arqueologia - Um novo estudo confirma a ideia de que alguns templos e túmulos egípcios estavam, de facto, orientados para certas regiões do céu.



«Pirâmides egípcias estavam mesmo alinhadas com os pontos da bússola

Um novo estudo confirma a ideia de que alguns templos e túmulos egípcios estavam, de facto, orientados para certas regiões do céu.

A ideia de que muitas estruturas antigas foram intencionalmente construídas de forma a estarem alinhadas com objetos celestes não é novidade. No entanto, o autor deste novo estudo, Fabio Silva, considera que a maioria destas investigações sobre esse fenómeno não é confiável, porque não usam testes estatísticos para entender a probabilidade de que os supostos padrões sejam coincidências.

Como tal, o cientista desenvolveu um método estatístico que permite identificar padrões genuínos e não meras obras do acaso, escreve a New Scientist. O estudo será publicado na edição de junho da revista científica Journal of Archaeological Science.

“Existem muitas estruturas antigas que foram consideradas alinhadas com objetos celestes, como o Stonehenge, mas devemos verificar a hipótese dessas atribuições“, disse Fabio Silva, da Universidade de Bournemouth, citado pela Agenzia Italia. “A maioria dos estudos baseia-se no mapeamento de múltiplas estruturas criadas por uma cultura, ou seja, na procura por padrões que possam estar relacionados com as posições das estrelas ou do planeta num determinado período”.

O método da equipa liderada por Fabio Silva considera os fatores de erro que afetam tanto o solo como o céu. Um estudo de 2009 identificou sete locais relacionados com a posição das estrelas, mas com o método estatístico do novo estudo, apenas dois desses locais foram confirmados.

Muitas pirâmides foram construídas para serem alinhadas com os quatro pontos cardeais, tanto por razões religiosas como culturais.

“Os antigos egípcios, por exemplo, acreditavam que o norte era ‘o lugar da ascensão da alma’. Por esse motivo, estruturas como a Grande Pirâmide de Gizé tinham entradas viradas para o norte”, explica Bernadette Brady, cientista da Trinity Saint David University, no País de Gales, que não esteve envolvida no estudo.

Também estruturas como o Templo de Karnak estão voltadas para o amanhecer do solstício de dezembro, que era considerado um evento astronómico relevante em diferentes culturas.

“Algumas investigações são baseadas na ideia de que os construtores reproduziam o padrão de estrelas ou corpos celestes ao observar o céu do centro das estruturas, mas o objetivo e os métodos de trabalho poderiam ter sido diferentes. A principal dificuldade nesse tipo de especulação é que é bastante simples partir de preconceitos inconscientes”, conclui Silva.» in https://zap.aeiou.pt/piramides-egipcias-alinhadas-bussola-323824


(PIRÂMIDES DO EGITO - COMO ELAS FORAM CONSTRUÍDAS ?)