«A IMPLACÁVEL TEORIA DAS PROBABILIDADES Vitória por 3-0 sobre o Guimarães na quarta jornada da Liga, com golos de Marcano, Óliver e um autogolo de João Aurélio. É certo que o futebol não é uma ciência matemática ou estatística, mas no mundo dos números as probabilidades de o Vitória de Guimarães fazer jus ao nome nesta quarta jornada da Liga NOS eram quase residuais se dentro do campo jogassem os resultados obtidos nos quase 12 anos de história do Estádio do Dragão: 12 jogos, 11 derrotas e um empate. A verdade é que no campo se confirmou a teoria: o FC Porto juntou à coleção mais uma vitória sobre os minhotos (3-0), construída com golos de Iván Marcano, de Óliver Torres e com um autogolo de João Aurélio, num jogo em que os azuis e brancos foram claramente superiores, entrando assim com o pé direito em setembro, o mês de aniversário. Nuno Espírito Santo apresentou algumas novidades neste encontro: na constituição do onze inicial - Óliver e Depoitre estrearam-se a titulares, ocupando os lugares de Herrera e de Corona, titulares no clássico de Alvalade –, mas também na forma como a dispôs em campo. Os Dragões defendiam e pressionavam na primeira fase de construção do adversário em 4-4-2, com Óliver e Otávio nas alas e Danilo e André André no meio, que se transformava praticamente no 4-2-4 garantido pela largura dos laterais, cujo posicionamento fazia depender a movimentação dos alas, ora por dentro, ora por fora. Pela frente estava um Guimarães que defendia e se posicionava da mesma forma, mas num bloco claramente médio/baixo. Ambas as equipas começaram por descobrir a baliza através de lances de bola parada: primeiro foi Hurtado que num livre obrigou Casillas a uma defesa atenta (7m); depois, na sequência de um canto, André Silva ganhou a bola na grande área e rematou para o fundo das redes (19m). O Estádio do Dragão levantou-se para festejar, mas sentou-se no instante seguinte, porque o golo foi anulado pela equipa de arbitragem liderada por Jorge Sousa, que viu uma suposta mão na bola do internacional português. Nesta altura o FC Porto crescia no jogo e voltava a ameaçar Douglas em dose dupla, num cabeceamento de Depoitre que obrigou o guarda-redes a sacudir com classe a bola para canto, na sequência do qual André Silva esteve também muito perto de inaugurar o marcador (30m). Era o prenúncio para o que viria a acontecer oito minutos depois, novamente na sequência de um canto, que desta vez terminaria com êxito: desvio decisivo de Depoitre ao primeiro poste, com Iván Marcano a surgir a fazer a emenda na grande área, sem hipótese de defesa para Douglas. Já não faltava muito para o intervalo, mas ainda houve tempo para um livre convertido de forma superior por Layún levar a bola a embater numa das quinas da baliza vitoriana. Os cerca de 40 mil espectadores presentes no Dragão esboçaram mais uma festa, que ficou adiada para o primeiro minuto da segunda parte, quando uma bola rematada por Otávio desviou em Óliver e bateu Douglas. Foi o primeiro golo neste regresso ao FC Porto do médio espanhol, que voltaria a ser decisivo dez minutos mais tarde, quando cruzou rasteiro para a pequena área para João Aurélio introduzir a bola na própria baliza (56m). Ainda havia muito para jogar, mas vitória azul e branca parecia praticamente garantida, até porque eram raras as incursões do Vitória até à área portista, ainda que numa delas Bernard tenha obrigado Casillas a uma das defesas da noite. Com a mira na estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões, com a receção ao Copenhaga já na quarta-feira, Nuno Espírito Santo aproveitou para gerir a equipa e conceder os primeiros minutos de jogo ao avançado Diogo Jota, um dos últimos reforços do mercado de verão. Crónica do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/fc-porto-vitoria-guimaraes-16-17.aspx
«DRAGÕES CUMPREM MISSÃO NA MAIA Vitória por 34-23 sobre a ADA Maia, na segunda jornada do Andebol 1, vale manutenção no grupo da frente. O FC Porto continua no grupo da frente do Andebol 1, com duas vitórias em dois jogos, após bater este sábado a ADA Maia, por 34-23. Os portistas tiveram sempre o encontro na mão, defendendo com competência e encontrando várias soluções na frente para marcar, mantendo-se assim a par de Sporting, Avanca e Benfica, as outras equipas também com seis pontos na primeira fase da prova. Os golos azuis e brancos foram muito repartidos, refletindo a rotatividade posta em prática por Ricardo Costa: Yoel Morales e Miguel Martins, com cinco, foram os melhores marcadores. Com Hugo Laurentino de início na baliza, o FC Porto (a defender maioritariamente num sistema 5-1) deu a primeira sapatada no encontro com um parcial de 4-0, que passou o resultado de 4-3 para 8-3, aos dez minutos. Nem o cartão vermelho mostrado aos 23 minutos a Alexis Borges - numa decisão que parece ter sido algo exagerada – perturbou os portistas, que foram mantendo uma vantagem de cinco/seis golos e chegaram ao intervalo claramente na frente (17-11). Quintana assumiu a baliza no segundo tempo e, nos primeiros minutos, a ADA Maia – que teve em Zulueta, autor de nove golos, a grande figura - esboçou uma reação, reduzindo para 20-15 aos 38 minutos, após dois golos de baliza a baliza de Manuel Borges, aproveitando uma situação de inferioridade numérica dos Dragões. Porém, o encontro nunca deixou de estar controlado e, aos 45 minutos, após dois golos consecutivos de Miguel Martins, a vantagem azul e branca no marcador passou a ser de oito golos (25-17) – ou seja, a esperança maiata de poder lutar até ao fim pelo resultado diluiu-se. Os objetivos do FC Porto foram cumpridos: vitória e uma rotação forte dos 16 jogadores, que tiveram todos direito a minutos de jogo. FICHA DE JOGO ADA MAIA-FC PORTO, 23-34 Andebol 1, 2.ª jornada 10 de setembro de 2016 Pavilhão Municipal da Maia Árbitros: André Rodrigues e Nuno Gomes ADA MAIA: Reyniel Nelson, Manuel Borges (2) e João Valente(g.r.), Hugo Glória (1), Yoan Blanco (3), Angel Zulueta (9), Luís Carvalho, Francisco Leitão (3), Francisco Fontes, Francisco Albuquerque (1), Diogo Coelho (1), Bruno Borges (1), Miguel Alves, Tiago Heber (2), Pedro Vieira e António Almeida Treinador: Rui Silva FC PORTO: Hugo Laurentino e Alfredo Quintana (g.r.); Victor Iturriza, Leandro Semedo (3), Nikola Spelic (2), Yoel Morales (5), Gustavo Rodrigues, Miguel Martins (5), Patrick Lemos (1),Rui Silva (2), Daymaro Salina (1), José Carrillo (4), Ricardo Moreira (3) e Alexis Borges (2), Hugo Santos (2) e António Areia (4) Treinador: Ricardo Costa Ao intervalo: 11-17 Disciplina: desqualificação para Alexis Borges (23m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/andebol-ada-maia-fc-porto-2016-2017.aspx
«SUB-19 SOMAM E SEGUEM NO CAMPEONATO FC Porto bateu o Vitória de Guimarães (2-0) no jogo da sexta jornada. Rui Pedro e Moreto marcaram os golos. Seis jogos, seis vitórias: a equipa de Sub-19 do FC Porto segue imparável e invicta na primeira fase da Zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A. Este sábado, num duelo com um dos segundos classificados à entrada para esta jornada, o Vitória de Guimarães, venceu por 2-0, com golos de Rui Pedro (na foto) e Moreto na segunda parte de um jogo que começou por ser muito dividido. Os portistas mantêm-se, assim, isolados na liderança, agora com 18 pontos. No Estádio Luís Filipe Menezes defrontavam-se o ataque mais concretizador, o dos azuis e brancos, e a defesa menos batida do campeonato, a dos vimaranenses. E começámos por assistir a um encontro equilibrado, em que o FC Porto procurou assumir o controlo das operações, teve mais posse de bola e mais jogo no meio-campo adversário, mas em que pela frente estava uma equipa bem montada, defensivamente consistente e sempre a espreitar a baliza contrária. O primeiro lance digno de registo da primeira parte pertenceu aos Dragões, num remate de Moreto (8m), e o último também, quando Diogo Dalot viu Dani Figueira negar-lhe o golo (45m). Pelo meio, os vimaranenses ameaçaram com três investidas com algum perigo à área portista, uma das quais terminou com uma boa defesa de Diogo Costa (22m). O guarda-redes azul e branco voltaria a estar em evidência logo no início da segunda parte, ao negar com mais uma boa intervenção aquele que poderia ter sido o primeiro golo da tarde (48m). A verdade é que o FC Porto surgiu neste período bem mais dominador e rematador, obrigando os minhotos a encostar-se à sua área. Numa dessas incursões acabou por inaugurar o marcador numa jogada muito bem construída: Generoso rematou, o guardião vitoriano defendeu a bola para a frente e, na recarga, à ponta de lança, Rui Pedro assinou, de cabeça, o seu segundo golo no campeonato, o terceiro da temporada, a juntar aos outros dois que marcou pelos “bês” (53m). O Vitória de Guimarães reagiu no banco: o treinador Alex fez entrar dois novos jogadores, alterou o esquema de jogo, mas sem grandes efeitos práticos, porque os Dragões continuavam superiores e acabaram por alargar a vantagem, por intermédio de Moreto, na recarga a uma remate ao poste de Rui Pedro (73m). Faltava mais um quarto de hora para se jogar e ainda houve tempo para Diogo Costa defender uma grande penalidade muito discutível assinalada pelo árbitro e evitar que os minhotos reentrassem na discussão pelo resultado. Diogo Costa; Diogo Dalot, Diogo Queirós, Diogo Leite, Diogo Casimiro; Rui Pires (Xavier, 82m), Moreto (Dinghao, 75m) e Ayoub; Idrisa, Rui Pedro e Generoso (Paulo Estrela, 62m) formaram o onze inicial dos Sub-19, que na quarta-feira, às 15h00 se estreiam na UEFA Youth League, frente aos dinamarqueses do Copenhaga, numa partida que será transmitida na Sport TV. O campeonato regressa no próximo sábado, às 17h00, com um jogo com o Rio Ave, em Vila do Conde.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/sub-19-fcporto-guimaraes-cnja-6aj.aspx
«QUARTO TRIUNFO CONSECUTIVO PARA OS SUB-17 Dragões venceram na quarta jornada no terreno do Lusitano, por 5-0. A equipa de Sub-17 do FC Porto continua a contar por vitórias todos os jogos realizados na primeira fase do Campeonato Nacional de Juniores B (Série B), depois de na manhã de sábado ter goleado o Lusitano, por 5-0. No Campo 1.º de Maio, em Viseu, os Dragões sentiram algumas dificuldades para se adaptarem ao relvado sintético, mas lentamente foram tomando o controlo da partida, acabando por inaugurar o marcador aos 36 minutos, graças a uma grande penalidade convertida por Romário Baró. Apesar do domínio, os portistas chegaram ao intervalo com a vantagem mínima. No tempo complementar 10 minutos chegaram para os azuis e brancos sentenciarem a partida. Primeiro Vasco, as 50 minutos, e depois Mesquita, aos 55, colocaram o resultado em 3-0, com o 5-0 final a ficar fixado com o "bis" de Vasco, aos 76, e com um golo de Vítor Ferreira, aos 80. Após nova goleada, a equipa de Bino segue na liderança da Série B, com 12 pontos, mais três do que o segundo classificado Anadia, adversário dos Dragões na próxima jornada. Os Sub-17 portistas alinharam com Roberto Silva; Ruben Teixeira, Nuno Damas, Vasco Mesquita, Jota (Leandro, 59m); Paulo Moreira, João Mário (Miguel Magalhães, 53m), Romário Baró (cap.) (Afonso Sousa, 45m); Vasco Paciência, Vítor Ferreira e Tiago Lopes.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/sub-17-lusitano-fc-porto-cnjb-4aj.aspx
«DRAGÕES ESTÃO NA FINAL DO TORNEIO EURO CIDADE VALENÇA FC Porto derrotou o Valença por 4-3 e marcou encontro com o Óquei de Barcelos na final. O FC Porto Fidelidade venceu na noite de sexta-feira o Valença, por 4-3, e garantiu a presença na final do Torneio de pré-temporada Euro Cidade de Valença. Os Dragões vão discutir o troféu frente ao Óquei de Barcelos, que horas antes derrotou os espanhóis do Liceo Corunha por 5-4. No segundo jogo da pré-temporada (o primeiro terminou com um empate a quatro golos frente ao Liceo Corunha), realizado no Pavilhão Municipal de Valença, os Dragões conseguiram uma vitória tangencial sobre os anfitriões do torneio, que na época passada garantiram uma inédita subida ao principal escalão do hóquei em patins português. A formação azul e branca foi sempre a equipa mais perigosa sobre o rinque, sobretudo no primeiro tempo, superioridade essa que foi materializada com golos de Jorge Silva, Ton Baliu, que se estreou a marcar com a camisola portista, e Gonçalo Alves, naquele que foi o momento mais espetacular de todo o encontro. Na primeira metade, o melhor que a equipa da casa conseguiu foi reduzir a desvantagem numa altura em que os Dragões venciam por 2-0, graças a um golo de Luís Viana. No segundo tempo o 3-1 persistiu até aos sete minutos finais, altura em que o FC Porto chegou à 10.º falta e permitiu ao Valença reduzir para 3-2 num livre direto. Luís Viana fez o segundo da conta pessoal.A vantagem de dois golos foi reposta por Gonçalo Alves, a pouco mais de cinco minutos do final, mas a equipa anfitriã voltou a relançar o jogo dois minutos depois, após novo golo de Luís Viana, que fixou o 4-3, resultado final. “Estamos na pré-época. Há coisas boas e coisas não tão boas. Em momentos tivemos uma boa dinâmica. Dominámos o jogo nos 50 minutos, rematámos muito, mas não com um critério muito bom. Falhámos na definição, mas para já não há crise. Temos que melhorar alguns pormenores já para o jogo da final”, afirmou o técnico Guillem Cabestany no final do encontro. O jogo decisivo do torneio está agendado para sábado, às 18h30, de novo no Pavilhão Municipal de Valença.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/valen%C3%A7a-hc-fc-porto-fidelidade-jogo-particular-090916.aspx
«IMAGENS DE RIO CONTAMINADO NA RÚSSIA CORREM MUNDO As águas do rio Daldykan, que corre na zona de Norilsk, na Sibéria (Rússia), tingiram-se de vermelho. Captadas pela população local e partilhadas nas redes sociais as impressionantes imagens do curso de água cor de sangue estão a correr mundo. Suspeita-se que na origem do fenómeno esteja contaminação por níquel. O caso tornou-se público esta semana, mas para os locais não é uma novidade. Consta que as águas do Daldykan começaram a mudar de cor em Junho e que, de resto, não é a primeira vez que o fenómeno acontece. Por pressão da opinião pública a ocorrência está agora a ser investigada e à partida surge como suspeita da contaminação uma metalúrgica que se encontra instalada numa das margens do rio. Esta fábrica pertence à Norilsk Nickel, o maior produtor de níquel e paládio do mundo. Segundo o The Guardian, o ministério dos Recursos Naturais e Ambiente da Rússia anunciou esta quarta-feira estar a investigar queixas de poluição química de origem desconhecida, possivelmente causada por “uma fuga num cano de níquel em Norilsk”, porém de acordo com a CNN a metalúrgica nega que a poluição do Daldykan tenha ligação com alguma das suas fábricas. O fornecimento de água da cidade não provém deste rio, garante o presidente da câmara local, mas muitos residentes apanham cogumelos e morangos nas suas margens. A cidade de Norilsk, que surgiu como um campo de concentração russo (gulag) em 1935, é conhecida por seus Invernos rigorosos e alto nível de poluição industrial. Foto: Sergey Gantimurov via Twitter» in http://greensavers.sapo.pt/2016/09/09/imagens-de-rio-contaminado-na-russia-correm-mundo/
"Os dois irmãos", Valentin Serov, 1899 «A violência de ser jovem… Corria o final da década de setenta em Amarante e dois jovens deslocavam-se de uma freguesia vizinha, para Fregim. Nada de anormal, numa altura em que as crianças eram muitas e se deslocavam a pé, diariamente, da escola para sua casa, ou para a de familiares, em qualquer freguesia do interior de Portugal. Um era mais novo e magrito, de cabelos entre o castanho e o loiro, o outro mais velho e mais alto, de cabelo negro, tinha um atraso cognitivo que não era percetível fisicamente. Os caminhos que mais não eram do que atalhos sulcados nos montes, então bem povoados de árvores, o que lhes conferia uma certa aura de mistério e de imensidão: caminhos de floresta. Os irmãos viveram os seus primeiros anos na cidade do Porto e toda aquela ruralidade era algo inóspita para eles, de tal forma que, não conseguiam como os meninos da aldeia, trepar pinheiros, correr e saltar por entre bordas e montes, jogar à bola em qualquer pedaço de terreno improvisado, ter a força e a destreza deles em qualquer situação. Só brilhavam um bocadinho na Escola, onde a sua mundovisão era mais alargada, fruto de convivências precoces com livros, televisão, música, cinema; algo que não era tão comum na aldeia. E, é uma verdade científica largamente comprovada: o meio afeta as aprendizagens nas complexas imbricações mentais que o cérebro humano comporta e despoleta, perante os estímulos exteriores. Na escola, no recreio, os dois irmãos era alvo de chacota fácil, pois não tinham, nem de perto, nem de longe, a capacidade e a destreza dos outros meninos, sendo praticamente humilhados em todos os jogos e brincadeiras mais rudes que se faziam então. Nas provas de confrontação pela força, os meninos da aldeia tiveram ali duas presas fáceis, pois que os dois irmãos não estavam habituados a tais níveis de agressividade, quer verbal, quer na dimensão física. Como os irmãos não se deixavam ficar, apesar de mais fragilizados, tinham que suportar as esperas fora da escola, com ameaças rudes, humilhações e atos de intimidação física. Quanto finalmente se libertavam daqueles apertos, fugiam às pedras que os rapazes da aldeia lhe mandavam, como balas disparadas de espingardas, usando fisgas, objetos que os primeiros nunca tinham visto. No final da tarde, pelo caminho para Fregim, onde iam lanchar a casa de familiares, encontravam outros meninos de outras escolas existentes naquela altura, muito mais do que atualmente, sendo intercetados por rapazes que não conheciam, aqueles dois irmãos lá tinham que se defender da melhor forma possível das ameaças e das ofensas corporais e psicológicas, e, mal se libertassem do grupo, toca a correr, fugindo das pedradas. Segundo Thais Pacievitch “Bullying é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um individuo, ou grupo contra outro(s) individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro.”. Foi necessário este estrangeirismo para descrever um fenómeno que sempre existiu, nos meios escolar e sociais, e que sempre fez sofrer pessoas, mormente, quando se está perante seres diferentes, com deficiências físicas e/ou cognitivas. Estávamos no inicio da década de oitenta, e, esses rapazes atuavam em grupo, sendo que, só um ou dois tentavam agredir de alguma forma, os dois irmãos e, as pedradas nunca eram mandadas na direção destes, sendo apenas para os assustar. Ademais, os dois irmãos depressa se integraram, com as suas provas de coragem a enfrentar uma ou duas criaturas mais cruéis e ficaram a gostar da escola e dos seus amigos, alguns para toda a vida. Hoje, em pleno século XXI, e em que putativamente somos mais evoluídos, mas que até nas faculdades se vivem rituais que se dizem de integração dos caloiros, em que a humilhação e a degradação do ser humano atinge proporções, muitas vezes, catastróficas, será que estamos melhor?... Na minha experiência de vinte anos de docente do terceiro ciclo e ensino secundário, não posso estar muito otimista. A violência psicológica e física entre alunos é recorrente, as tecnologias criaram novas formas de assédio moral e não é raro ver alunos abandonados, sozinhos, solitários, no interior espaço escolar. E jovens já assassinam outros jovens com grande violência, por problemas de namoricos mal resolvidos! É igualmente de preocupar a violência verbal e até física entre alunos e Pais. Os velhos são maltratados pelas próprias famílias como não há memória. Quantos são abandonados em urgências de hospitais no período de férias dos familiares diretos?... Ora, as crianças absorvem as primeiras noções de educação, as noções do Bem e do mal, no seio familiar. Numa casa sabemos que o desenvolvimento estrutural da sua construção, assenta nos bons alicerces que se fizeram previamente. A Escola tem na sociedade atual uma tarefa hercúlea: educar filhos, pais, e, às vezes avós que, coitados, têm muitas vezes que suportar a educação dos netos, pois os pais são ausentes, pelos mais diversos motivos: emigração, toxicodependência, prostituição, desemprego, pobreza, etc.. Há alunos que não se conseguem adaptar a turmas e a escolas, por motivos de Bullying. Algo que é muito difícil de ultrapassar pois, muitas das vítimas, remetem-se ao silêncio com receio de retaliações. No entanto, a sua situação tende sempre para o isolamento, estados depressivos e comportamentos desajustados. Enquanto se detetam e não detetam estas situações, decorre muito tempo que deixa marcas físicas e psicologias, indeléveis: o Bullying mais perigoso não se vê, não é como uma briga de meninos que, depois de separados, fica tudo bem… Mas também temos a televisão e a Internet como difusores privilegiados de informação no mundo em que vivemos, e, então, em prime time temos a violência mais atroz, servida em doses múltiplas, repetida vezes sem fim, quanto mais sangue e imagens cruéis contenha, mais audiências a notícia goza… sou, sempre fui, algo pessimista, mas enquanto não me provarem o contrário, penso que uma sociedade que não tem por base sólida, a família, nunca poderá deixar de ser um edifício que vive num equilíbrio muito precário. E é verdade, o Bullying antigo das nossas aldeias, até servia para fortalecermos a nossa personalidade enquanto jovens em crescimento e para fomentar muitas amizades… para a vida!» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2016/09/a-violencia-de-ser-jovem.html
The Cranberries - "Zombie"
"Zombie Another head hangs lowly Child is slowly taken And the violence caused such silence Who are we mistaken But you see it's not me It's not my family In your head, in your head they are fighting With their tanks and their bombs And their bombs and their guns In your head In your head they are cryin' In your head, in your head Zombie Zombie Zombie What's in your head, in your head Zombie Zombie Zombie Another mother's breakin' Heart is taking over When the violence causes silence We must be mistaken It's the same old theme since 1916 In your head In your head they're still fightin' With their tanks and their bombs And their bombs and their guns In your head In your head they are dyin' In your head, in your head Zombie Zombie Zombie What's in your head, in your head Zombie Zombie Zombie"
«DEZ GOLOS DE CARRILLO NUMA ESTREIA VITORIOSA FC Porto bateu Belenenses por 38-21, no Dragão Caixa, em encontro da 1.ª jornada do Andebol 1. O FC Porto entrou da melhor forma na edição 2016/17 do Andebol 1, ao bater no Dragão Caixa o Belenenses, por 38-21, em encontro em atraso da primeira jornada, devido à participação dos portistas na Taça EHF, no fim-de-semana. Foi uma noite tranquila para a equipa e em cheio para José Carrillo, um dos cinco reforços azuis e brancos que estiveram em campo, já que o espanhol não falhou um único remate e foi o melhor marcador, com dez golos (cinco foram de livre de sete metros). Mas houve mais portistas em destaque, como Rui Silva e Miguel Martins (quatro golos) e ainda Hugo Laurentino, que entrou em campo após a exclusão de Quintana, na primeira parte, e efetuou várias defesas importantes, incluindo duas em livres de sete metros. Os Dragões demoraram 35 segundos a chegar à vantagem (golo do inevitável Carrilo, que mostrou uma enorme variedade de recursos técnicos) e chegaram a meio da primeira parte com uma vantagem de cinco golos (9-4). Alfredo Quintana foi expulso aos 17 minutos, num lance em que saiu de baliza e embateu sem maldade num adversário, mas cumpriram-se as regras do jogo. E a verdade é que o FC Porto não desceu de produção, com Laurentino a entrar em ação da melhor maneira, com duas defesas, a primeira das quais a um livre de sete metros de Nuno Roque, um ex-Dragão. Ao intervalo, o marcador assinalava 18-10. O Belenenses ainda ensaiou uma reação, reduzindo para seis golos a desvantagem no início do segundo tempo (18-12) e mantendo essa distância durante cerca de dez minutos. Foi o melhor que os lisboetas conseguiram fazer, porque a partir dos 40 minutos deixaram de acompanhar o ritmo dos azuis e brancos, que aproveitaram para alargar a vantagem até ao 38-21 final e gerir o esforço. Ricardo Costa utilizou todos os atletas disponíveis (entre os jogadores de campo, apenas Spelic e Leandro Semedo não marcaram) e terá certamente ficado satisfeito com a exibição, nomeadamente em termos ofensivos. O FC Porto marcou de quase todas as maneiras e feitios, sendo alguns dos golos resultado de bons lances coletivos. E vários jogadores, para além dos já mencionados, mostraram estar num bom momento de forma. FICHA DE JOGO FC PORTO-BELENENSES, 38-21 Andebol 1, 1.ª jornada 7 de setembro de 2016 Dragão Caixa, no Porto Árbitros: Rúben Maia e André Nunes FC PORTO: Alfredo Quintana (g.r.); Spelic, Yoel Morales (4), Rui Silva (4), Carrillo (10), Ricardo Moreira (2) e Alexis Borges (1) Jogaram ainda: Hugo Santos (1), António Areia (4), Hugo Laurentino (g.r.), Miguel Martins (4), Gustavo Rodrigues (1), Daymaro Salina (3), Victor Iturriza (2), Patrick Lemos (2) e Leandro Semedo Treinador: Ricardo Costa BELENENSES: Miguel Espinha (g.r.), Carlos Siqueira, Filipe Pinho, Nuno Roque (6), Gonçalo Ribeiro (6), Ivo Santos (2) e Pedro Pinto (1) Jogaram ainda: Gonçalo Valério, Tiago Ferro (1), João Moniz (g.r.), Nuno Pinto (1), Diogo Domingos (2), Fábio Semedo, João Raquel (2) e Diogo Simão Treinador: João Florêncio Jr. Ao intervalo: 18-10 Disciplina: desqualificação para Alfredo Quintana (17m) e Ivo Santos (27m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/andebol1-jornada1-fcporto-belenenses.aspx
Tanita Tikaram - "And I think of you" Tanita Tikaram - "Only The Ones We Love" Tanita Tikaram - "Good Tradition" "Twist In My Sobriety All God's children need travelling shoes Drive your problems from here All good people read good books Now your conscience is clear I hear you talk girl Now your conscience is clear In the morning I wipe my brow Wipe the miles away I like to think I can be so willed And never do what you say I'll never hear you And never do what you say Look my eyes are just holograms Look your love has drawn red from my hands From my hands you know you'll never be More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety We just poked a little pie For the fun people had at night Late at night don't need hostility The timid smile and pause to free I don't care about their different thoughts Different thoughts are good for me Up in arms and chaste and whole All God's children took their toll Look my eyes are just holograms Look your love has drawn red from my hands From my hands you know you'll never be More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety Cup of tea, take time to think, yea Time to risk a life, a life, a life Sweet and handsome Soft and porky You pig out 'til you've seen the light Pig out 'til you've seen the light Half the people read the papers Read them good and well Pretty people, nervous people People have got to sell News you have to sell Look my eyes are just holograms Look your love has drawn red from my hands From my hands you know you'll never be More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety More than twist in my sobriety"
«FALECEU ANTÓNIO BARBOSA DE MELO Antigo presidente da Assembleia da República foi distinguido com o Dragão de Honra em abril de 1993. António Barbosa de Melo faleceu esta quarta-feira, aos 83 anos, em Coimbra. Natural de Penafiel, Barbosa de Melo foi presidente da Assembleia da República e foi também um notável portista, tendo sido distinguido a 3 de abril de 1993 com o Dragão de Honra, a mais alta distinção dos prémios anualmente atribuídos no universo do FC Porto. O clube apresenta as mais sentidas condolências à família. Barbosa de Melo nasceu a 2 de novembro de 1932 na Casa da Cruz Coberta, em Lagares, freguesia de Penafiel. Especialista em Direito Administrativo, foi investigador e professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito e onde concluiu o Curso Complementar de Ciências Político-Económicas, equivalente ao atual mestrado. Começou por estudar na Escola Masculina de Lagares, prosseguindo os estudos na cidade do Porto, primeiro no Colégio Brotero (Foz do Douro) e, posteriormente, no Liceu D. Manuel ll até se mudar para Coimbra em 1954. Em termos políticos, foi um dos fundadores do PSD e fez parte da comissão para a elaboração da lei eleitoral para a Assembleia Constituinte (entre junho e agosto de 1974), da qual também foi deputado entre 1975 e 1976. A par de Jorge Miranda, foi uma das vozes mais empenhadas em consagrar as normas constitucionais que salvaguardassem o pluralismo democrático e a liberdade económica na Lei Fundamental. Exerceu novamente o mandato de deputado na Assembleia da República entre 1976 e 1977 e 1991 e 1999. Foi eleito o nono Presidente da Assembleia da República, funções que exerceu durante a VI Legislatura (1991-1995), e foi também membro do Conselho de Estado de 1985 até 2005.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/faleceu-barbosa-de-melo.aspx
«Portugal carimba passagem ao Euro2017 Gelson Martins marcou o único golo do encontro que dita a passagem dos portugueses para o Euro2017, que se disputará no próximo verão na Polónia. A seleção Sub-21 de Portugal venceu, esta terça-feira, a Grécia por 1-0 no Estádio Cidade de Barcelos, garantindo assim a qualificação para o Euro2017, que se disputará no próximo verão na Polónia. Depois de ter desperdiçado a oportunidade de carimbar a qualificação na sexta-feira passada, diante de Israel, em Paços de Ferreira, Portugal não desperdiçou esta nova oportunidade e resolveu já esta tarde, no Minho, graças a um golo de Gelson Martins aos 54 minutos. Em Barcelos, contra os gregos, Rui Jorge apostou numa equipa sem um ponta de lança de raiz, uma vez que Gonçalo Paciência começou no banco de suplentes. O ataque português foi constituído por Gelson Martins, Ricardo Horta e Diogo Jota. Em relação ao último jogo, Iuri Medeiros saiu do onze. A seleção orientada por Rui Jorge começou bem o encontro na cidade minhota e logo aos 16 minutos a seleção lusa podia ter marcado, não fosse a incrível acção de Vouros a fazer de guarda-redes e a negar o golo a Rúben Neves, mesmo em cima da linha. Aos 20 minutos, o árbitro assinalou falta a Gelson Martins, depois de derrubar Tsimikas. Contudo, antes, o jogador grego tinha feito carga de ombro sobre o jogador português, originando muitos protestos do público presente. A meio do primeiro tempo, devido ao calor em Barcelos, houve uma pausa técnica para os jogadores se refrescarem. No reatamento da partida, Rúben Semedo perdeu a bola para Ioannidis e acabou por derrubá-lo quando este seguia para a baliza. Por sorte, Tobias estava também na jogada, senão podia ter visto o vermelho. Até ao final do primeiro tempo, os jogadores portugueses foram perdendo o ritmo e a concentração, fazendo que o (muito) público em Barcelos ficasse desanimado com a partida. O inicío do segundo tempo foi bem jogado pelos internacionais portugueses com o golo a surgir aos 54 minutos. Na sequência de um canto de Bruno Fernandes, a bola sobrou para André Horta que rematou forte para defesa difícil de Barkas e, na recargam apareceu Gelson Martins a encostar para o fundo das redes. Já com Paciência em onze, Portugal encostou a equipa grega à sua área, tendo sido avassalador no ataque. Contudo, a seleção de Rui Jorge terminou o encontro apenas com um (importante) golo, mas mostrou que precisa de afinar a pontaria dos atacantes. Portugal, vice-campeão europeu do escalão, lidera o Grupo 4 de qualificação com 22 pontos (oito jogos disputados, com sete vitórias e um empate), garante já o apuramento direto para o Euro2017.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/seleccao/euro_sub_21/artigo/2016/09/06/cronica-portugal-grecia-apuramento-euro2017
«Portugal não soube abrir o canivete suíço A seleção lusa perdeu em Basileia com a Suíça por 2-0, num jogo onde evidenciou debilidades defensivas e alguma precipitação no último terço. Portugal entrou com o pé esquerdo no apuramento para o Mundial2018. A seleção lusa perdeu em Basileia com a Suíça por 2-0, num jogo onde evidenciou debilidades defensivas e alguma precipitação no último terço. Embolo e Mehmedi fizeram os golos helvéticos. Numa qualificação onde apenas o primeiro colocado apura-se duramente, Portugal terá de ir buscar estes três pontos noutros campos se quiser vencer o Grupo B. No primeiro encontro de Portugal, após a ressaca da festa que foi a conquista do Euro2016, Fernando Santos manteve-se fiel aos seus princípios. Apostou no 4-4-2, com Bernardo Silva a ser a novidade no onze, em detrimento de João Mário que ficou no banco, tal como Quaresma. Frente a um adversário sempre complicado, a formação lusa entrou bem no encontro. Aos cinco minutos Éder tentou o golo mas o herói de Paris tinha a pontaria desafinada. Aos sete ficou por marcar uma grande penalidade, por mão na bola de Djourou na área suíça. O árbitro espanhol Mateus Lahós mandou seguir. A jogar em casa (apesar de se ouvir mais os adeptos portugueses no St. Jakob Park), a Suíça foi subindo no terreno. O meio-campo luso tinha dificuldades apesar de haver quatro jogadores naquele sector. O primeiro golo surgiu aos 23 minutos. Embolo aproveitou uma defesa incompleta de Patrício após livre de Rodriguez para cabecear e fazer o 1-0. Sete minutos depois, os helvéticos davam uma ´machadada` nas aspirações lusas, com Mehmedi a fazer o 2-0 após lance de contra-ataque em que os suíços foram para a frente só com três jogadores. Ao intervalo a eficácia helvética fazia a diferença, contra a passividade lusa na defensiva. Os médios portugueses não conseguiram travar a saída do adversário para o ataque, pelo que Pepe, Raphael Guerreiro, Cédric e José Fonte tiveram de mostrar atenção para afastar o perigo da baliza lusa em várias ocasiões. Fernando Santos também não gostava do que via, pelo que no regresso para a segunda parte deixou o apagado William Carvalho e Éder no banco, fazendo entrar João Mário e André Silva. Com uma equipa mais ofensiva (ficou ainda mais com a entrada de Quaresma para o lugar de Moutinho), Portugal foi à procura de um golo que o pudesse relançar na luta por pontos. Os comandos de Vladimir Petkovic recuaram no terreno, passaram a defender mais perto da sua baliza, tirando espaço aos criativos lusos. Tudo o que era cruzamento acabava quase sempre nas cabeças de Djourou ou Schar ou então nas mãos do guarda-redes Sommer. No segundo tempo o contra-ataque suíço passou a ser uma raridade mas nem por isso deixou de existir. Aos 71 minutos Dzemaili teve o terceiro golo no pé mas o seu remate saiu enrolado, fácil para Patrício. Aos 86 foi Derdiyok a estar perto do golo mas Patrício defendeu com segurança. Por esta altura já Fonte (77 e 84 minutos) e Nani tinham estado perto do golo mas Sommer continuava com as redes intactas. A oportunidade de Nani foi negada pelo poste, num lance em que o extremo não cabeceou da melhor forma. No banco luso já se gritava golo. Numa qualificação onde apenas o primeiro colocado apura-se diretamente, Portugal terá de ir buscar estes três pontos noutros campos se quiser vencer o Grupo B, onde estão ainda as seleções da Hungria, Letónia, Ilhas Faroé e Andorra. Sem Cristiano Ronaldo é mais complicado.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/seleccao/portugal/clube-portugal/artigo/2016/09/06/suica-portugal-cronica-final
«E se o aquecimento global extinguisse o café? Relatório do Climate Institute deixa alertas a propósito do assunto. Um relatório do Climate Institute, divulgado pela imprensa britânica, adverte para a possibilidade de extinção do café em 2080 devido aos efeitos exercidos pelos aquecimento global. Segundo o documento, a subida das temperaturas e a utilização de pesticidas seriam responsáveis pela deterioração dos terrenos usados no cultivo da planta de que resultam os grãos, assim podendo desaparecer o tão apreciado produto. Os riscos de extinção para variedades como a Arábica começam logo em 2050, de acordo com o relatório. No caminho para o desaparecimento, haverá primeiro perda drástica de qualidade em questões de aroma e sabor, avisa o documento. A tendência é ainda para que os preços subam e a produção se torne cada vez mais difícil. Além disso, outra consequência dramática será a destruição de centenas de milhar de postos de trabalho.» in http://economico.sapo.pt/noticias/e-se-o-aquecimento-global-extinguisse-o-cafe_256571.html
«NESTA ALDEIA ITALIANA VIVE-SE MAIS DE 100 ANOS E A CIÊNCIA DESCOBRIU O SEGREDO Os centenários, particularmente numerosos numa região próxima de Salerno, no sul de Itália, revelaram esta segunda-feira alguns dos seus segredos de longevidade: a quase ausência de um marcador sanguíneo no seu organismo, ao contrário dos comuns mortais. Com 81 centenários contabilizados no início de setembro, de um total de 700 habitantes, Acciaroli intrigou particularmente um grupo de cientistas americanos, que passaram vários meses na região de Cilento, situada entre o mar e a montanha no sul de Salerno, em Campania, para descobrir o segredo desta longevidade excecional. Investigadores da Universidade de San Diego, na Califórnia, ajudados por colegas da Universidade La Sapienza, de Roma, chegaram durante a primavera passada para estudar o mistério dos moradores locais que desafiam a morte, e esta segunda-feira divulgaram os primeiros resultados deste estudo. A propensão destes centenários a quase nunca sofrer de doenças cardíacas ou cognitivas, como o Alzheimer, explica-se pelo facto de que há um marcador biológico que está estranhamente pouco presente nos seus organismos. Trata-se de um vasodilatador chamado adrenomedulina, de acordo com um comunicado do grupo de investigadores. Este marcador sanguíneo está presente "de maneira muito menor nas pessoas estudadas, e parece agir como um poderoso fator de proteção, favorecendo um desenvolvimento ótimo da microcirculação", ou seja, a circulação sanguínea capilar, segundo o texto. A pesquisa vai continuar O estudo também revelou "metabolitos (pequenas moléculas) presentes nos seus organismos, que poderiam influenciar positivamente na longevidade e no bem-estar dos centenários de Cilento", acrescenta o comunicado, sem especificar a molécula. Os cientistas decidiram estender este estudo piloto e desenvolver a sua investigação, o que também irá incluir uma campanha de angariação de fundos para atingir este objetivo. Além de avançadas análises sanguíneas (DNA, metabolismo, etc), os investigadores realizaram ainda controlos cardíacos e neurológicos, explicou à AFP Alan S. Maisel, professor de medicina cardiovascular da universidade de San Diego. Os investigadores interessaram-se muito pela alimentação destas pessoas, a famosa dieta mediterrânea, à base de azeite, que elas próprias produzem, mas também na genética. Os centenários podem ter um gene que consegue extrair as propriedades benéficas de certos produtos consumidos regularmente "como o alecrim, que melhora as capacidades do cérebro", disse o professor Maisel. Entre os 80 idosos que participaram no estudo, 25 dos quais eram centenários, nenhum sofria de Alzheimer. Todos praticavam uma atividade física diariamente como a pesca, a manutenção do seu jardim ou uma caminhada, neste povoado de ruas íngremes. "Muitas destas pessoas aparentemente mantêm uma atividade sexual", revelou ainda o investigador.» in http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/estudo-revela-segredo-de-longevidade-de-aldeia-italiana-onde-se-vive-mais-de-100-anos