«Eutanásia Adia data da morte para ver o seu clube ganhar uma última vez Um adepto belga de futebol, que tem uma doença terminal, atrasou a sua morte para poder assistir, pela última vez, a um embate do clube do coração: o Club Brugge. Este domingo, Lorenzo Schoonbaert, de 41 anos, fez-se a acompanhar pela sua filha de sete anos, Dina, ao Estádio Breydel Stadium para dar o apito inicial da partida entre o seu clube e os rivais do Moeskroen. O homem, cuja alcunha é Lorre, submeteu-se nos últimos 20 anos a 37 operações que se mostraram mal sucedidas. Perante isto e graças à liberalização da eutanásia no país, o homem e os médicos chegaram a um acordo para que este pudesse, por sua vontade, pôr termo à vida. Porém, o homem quis adiar a data inicialmente agendada para poder subir ao campo do seu clube, horas antes de morrer. “Este é um dos meus maiores desejos antes de morrer: ver a minha equipa ganhar mais um jogo”, terá dito, citado pelo The Independent. Nas bancadas, 20 mil pessoas assistiram ao embate e mostraram o seu apoio a Lorre, erguendo uma faixa em que se podia ler “Nunca caminharás sozinho Lorre”. “O meu último desejo tornou-se real. Posso morrer em paz. Vou festejar no céu, disse o homem no final. A família confirmou que Lorenzo Schoonbaert morreu no dia seguinte.» in http://www.noticiasaominuto.com/mundo/356657/adia-data-da-morte-para-ver-o-seu-clube-ganhar-uma-ultima-vez
(Club Brugge fan Lorenzo Schoonbaert delays euthanasia appointment to see his beloved club 'win one..)
(Tribünler ve takımı önünde ötenaziye yürüyen bir taraftar: Lorenzo Schoonbaert)
«Baja TT Rota do Douro 2015 já tem o figurino definido Vila Nova de Gaia volta a acolher a Baja TT Rota do Douro, prova que este ano abre o Campeonato Nacional de Todo-o-terreno e vai estar na estrada já em 27 e 28 de Março. O Campeonato Nacional e Todo-o-terreno tem arranque marcado para o último fim-de-semana de Março, com partida e chegada em Vila Nova de Gaia e passagens pelos concelhos de Valongo, Paredes, Penafiel, Baião e Amarante. A prova arranca na Sexta-feira (dia 27), com a realização do prólogo, um traçado com cerca de 5 Kms e que se define como rápido e técnico e que reúne condições excepcionais para receber equipas e público. No Sábado, a prova arranca para Amarante, onde se inicia o sector selectivo, com extensão de 143 quilómetros, disputados nas serras do Marão e Alvão. Cerca de 90% do traçado é uma total novidade relativamente ao ano passado; de comum com a edição de 2014, realça-se a beleza das paisagens e os traçados que alternam as zonas rápidas e as zonas mais lentas e técnicas, de forma a ser possível manter o maior equilíbrio possível de andamentos. O sector selectivo é corrido em duas voltas, com paragem em Amarante para neutralização, antes da segunda passagem, ou seja, do regresso às serras do Marão e Alvão. Zonas de público A prova tem duas zonas espectáculo, de fácil acesso e óptimas condições de acolhimento para os espectadores, com zonas de curvas espectaculares e muito boa visibilidade. Amarante 1 Zona de acesso muito fácil, com uma sequência espectacular, numa passagem aérea sobre o IP4. O acesso é feito pela EN 15 até se encontrar o sector selectivo no Alto de Espinho, ou pelo IP4, estacionando no parque de merendas do Alto de Espinho e seguindo a pé até ao sector Selectivo. Amarante 2 Zona espectacular, onde é possível ver duas passagens, pois os sector selectivo está separado por cerca de 200 metros. O acesso é feito pelo IP4, utilizando a saída nº 19, com indicação de Aboadela. A partir desta localidade, seguir as indicações de Covelo do Monte. O acesso é fácil de transitar, sempre em piso de asfalto.» in http://www.multidesportos.com/baja-tt-rota-do-douro-2015-ja-tem-o-figurino-definido/
O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) defendeu esta segunda-feira que as elevadas taxas de retenção de alunos (chumbos) são «o problema mais grave do sistema educativo» em Portugal. Isto dito desta forma, até parece a “descoberta da pólvora”, relativa ao estado da nossa Educação. Refere ainda o presidente da entidade em questão, o Dr. David Justino: "Defendemos uma redução forte das retenções, mas também não queremos passagens administrativas”.
Acontece que, desde que o Dr. David Justino foi Ministro da Educação, até aos dias que correm, as eufemisticamente denominadas reformas educativas, tiveram sempre como “pedra de toque”, a obsessão orçamental, o aumento de número de alunos por turma, a diminuição dos Professores, Técnicos de Educação Especial, dos Auxiliares de Ação Educativa e o corte sistemático do envelope financeiro atribuído às escolas. Para isto tudo, que já não será pouco, não existem dados comparativos com os anos anteriores. A prestigiada comissão, acerca disto, não tem nada de relevante a referir, omitiu estes importantes constrangimentos da Educação em Portugal.
Neste contexto, torna-se hilariante que um Ministro da Educação muito focalizado nas aprendizagens da língua materna e no rigor matemático, que faz questão de referir alto e em bom som que encontrou a Educação em Portugal, de tal forma que, os alunos não dominariam, a seu ver, as literacias mínimas, no capítulo de duas áreas tão importantes para o domínio de todas as aprendizagens e para o seu desenvolvimento cognitivo, como a lingua materna e as competências matemáticas essenciais; não mereça sequer um reparo nas suas políticas de restrições financeiras, de escassez de meios e focalização das práticas de ensino nessas duas áreas, que tem sido apanágio das sucessivas tutelas.
David Justino, considera importante colocar a questão orçamental na agenda dos partidos e da sociedade em geral, se se quiser combater o fenómeno que envolve cerca de 150 mil alunos no sistema de ensino (público e privado), com um custo de cerca de 600 milhões de euros, se se admitir que cada aluno custa ao Estado cerca de quatro mil euros por ano. Numa lógica quase “Tayloriana”, quer-se comparar a escola a uma unidade de produção, como se o objecto de trabalho dos docentes não fosse de tal modo complexo, do âmbito da construção de conhecimento com grupos de heterógenos de pessoas, ainda por cima, tratando-se de crianças. Deste modo, David Justino, coloca-se numa deriva de extremismo liberal, onde a contabilidade vai a níveis quase analíticos, de forma a dar mais relevância ao custo de cada aluno para o erário público, do que ao seu processo formativo.
Afinal, já se pondera quando custa um qualquer doente para o Sistema Nacional de Saúde, se vale ou não a pena evitar a sua morte, face ao preço da sua medicação e/ou hospitalização. Por este andar, qualquer dia, estabelece-se uma idade a partir da qual começa a ser muito caro manter uma pessoa viva. Sempre que se atinja essa idade, a pessoa deverá dirigir-se por meios próprios, ou por transporte de ambulância, previamente requisitado e pré-pago para o seu “assassinato assistido”, com alguma dor, para poupar nos custos, claro está! O liberalismo selvagem não tem limites, porque afasta qualquer sentido de humanidade… o que importa é a minimização do custo, a maximização do lucro, o mercantilismo humano no seu esplendor!
Desde que sou docente do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário, nem quero contabilizar as sucessivas reformas que o Ensino em Portugal, entretanto, já sofreu. E, se há mudança de governação, uma coisa é certa, muda-se o paradigma educacional. No entanto, o denominador comum passa invariavelmente, pela redução de custos, pela diminuição do orçamento da educação e pelo aumento do facilitismo e em tornar muito mais difícil reter os alunos que não tenham atingido as competências mínimas necessárias para transitarem de ano ou de ciclo educativo. Mas, nem umas palavrinhas para isto, para a redução de meios humanos e físicos, para as medidas que permitiriam uma efectiva melhoria do processo de Ensino em Portugal. Desinvestimento na Educação, a todos os níveis, não lhe merece nem uma palavra… analisar resultados é muito mais fácil!
Refere David Justino que "35% dos alunos portugueses com 15 anos já tiveram pelo menos uma retenção", o que é uma das "taxas mais altas da OCDE". Mas, com a famosa crise e austeridade a que fomos convidados a “obedecer” pelo programa da TROIKA, não podemos esperar que os nossos indicadores socioeconómicos sejam os melhores da OCDE. Ou será que o meio sóciocultural já não se reflecte no desenvolvimento cognitivo das crianças?... Com o “caldo social” em que vivemos, acham mesmo que se pode exigir mais à Escola, com a concomitante subtração continua dos recursos físicos, humanos e orçamentais.
Parece-me óbvio que, avaliando a componente cognitiva da aprendizagem em 60% e as denominadas, correntemente, como “atitudes e valores” em 40% e depois fazendo um exame final onde só se avalia a primeira das componentes, terá que se assumir à partida que irão existir óbvias discrepâncias. Negar isto, será o princípio da fuga à realidade, numa “esquizofrenia” pouco consentânea do regulador, neste caso, o Ministério da Educação. Mas, David Justino defendeu que “é preciso evitar que a avaliação interna seja um processo de sucessão de notas de exames e testes”, sublinhando que “há outras formas de avaliar” e que a avaliação interna “deve ser preferencialmente formativa”, e sem “sacrificar uma avaliação à outra”, uma vez que devem funcionar numa lógica de complementaridade. Em que ficamos afinal?...
Por último, mas não menos importante, “meter no mesmo saco”, ensino público e privado, através de uma cultura de “rankings” que compara situações que não são comparáveis, é a meu ver, no mínimo, ridículo e incompreensível. A obsessão de tudo medir e de tudo contabilizar redunda nesta confusão desnecessária de “comparar alhos com bugalhos” e depois efectuar a leitura dos resultados sem nenhum critério, através de médias aritméticas, sem mais, não deveria ser próprio de um Ministério que trata da defesa e desenvolvimento do Conhecimento.
A Escola Pública e inclusiva constitui-se, quanto a mim, numa das mais importantes conquistas de Abril. A dignidade da pessoa passa como diz a música de Sérgio Godinho, pela conquista de: “A Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação.”. A Escola Pública tenta acolher todos com a máxima proficiência e com recursos cada vez mais escassos. Tal trata-se de uma tarefa hercúlea, uma equação praticamente impossível, uma verdadeira utopia como referem os valores maiores das Ciências da Educação, mas, vão-se fazendo milagres de integração de jovens oriundos de contextos sociofamiliares complexos e diversos, como nenhuma escola privada jamais o conseguirá; pois, essa não é a sua missão, mas deverá ser sempre a da Escola Pública e Universal.
Gostava, igualmente, de conhecer os rácios de técnicos especializados, por número de alunos, que estão atualmente afetos ao ensino especializado, numa Escola que se quer inclusiva e universal, pois não pode, nem deve, excluir ninguém. O Apoio Pedagógico Individual é realizado, vastas vezes, em grupos de cerca de vinte alunos. No entanto, não é objeto das estatísticas que levaram o Dr. David Justino e lucubrar sobre o Ensino Português.
Houve um tempo, bem recente, em que pulularam escolas privadas de educação superior, como cogumelos e foi um fartote de diplomados que raramente lá punham os pés. E, num país em que a corrupção e o amiguismo são quase endémicos, constata-se que alguns desses diplomados, quando assumiram posições superiores no governo da nação, foram os que mais degradaram o funcionamento da Escola Pública, designadamente, rebaixando e humilhando, não raras vezes, a classe docente. E tal comportamento só poderá estranhar aos mais distraídos, que falam de Educação sem a conhecerem minimamente...»
Pink Floyd - "Another Brick in the Wall" - (Official Music Video - Lyrics In Description)
Pink Floyd - "Another Brick In The Wall" - (HQ)
Pink Floyd - "Another Brick In The Wall" - (Full version)
Pink Floyd - "Another Brick in the Wall" - (lyrics)
"Another Brick In The Wall Parte1 Daddy's flown across the ocean Leaving just a memory Snapshot in the family album Daddy what else did you leave for me? Daddy, what'd'ja leave behind for me? All in all it was just a brick in the wall All in all it was all just bricks in the wall "You! Yes, you behind the bikesheds, stand still lady! " When we grew up and went to school There were certain teachers who would Hurt the children in any way they could (oof!) By pouring their derision Upon anything we did And exposing every weakness However carefully hidden by the kids But in the town it was well known When they got home at night, their fat and Psychopathic wives would thrash them Within inches of their lives Parte 2 We don't need no education We dont need no thought control No dark sarcasm in the classroom Teachers leave them kids alone Hey! Teachers! Leave them kids alone! All in all it's just another brick in the wall All in all you're just another brick in the wall We don't need no education We don't need no thought control No dark sarcasm in the classroom Teachers leave us kids alone Hey! Teachers! Leave us kids alone! All in all it's just another brick in the wall All in all you're just another brick in the wall "Wrong, Guess again! If you don't eat yer meat, you can't have any pudding How can you have any pudding if you don't eat yer meat? You! Yes, you behind the bikesheds, stand still laddie! " Parte 3 I don't need no arms around me And I don't need no drugs to calm me I have seen the writing on the wall Don't think I need anything at all No! Don't think I'll need anything at all All in all it was all just bricks in the wall All in all you were all just bricks in the wall"
«"Anne Frank: A História Nunca Contada" estreia no NGC 4 de março de 2015 Tornou-se uma das obras mais famosas e importantes do século XX, mas o que aconteceu depois do final abrupto do diário de Anne Frank logo após ter sido enviada para um campo de concentração? O National Geographic Channel (NGC) estreia o documentário "Anne Frank: A História Nunca Contada", que segue a vida da jovem e da sua família logo após a saída do anexo secreto onde estiveram escondidos durante dois anos. No mês em que se celebra o suposto 70.º aniversário da morte de Anne Frank, o NGC dedica-lhe um documentário especial com estreia no dia 12 de março, pelas 20h35. Este documentário conta a história do que aconteceu depois de ela e a sua família terem sido presos e levados para um campo de concentração nazi onde a adolescente de 15 anos foi absorvida pelo terror do sistema nazi dos campos de extermínio. Através de declarações de testemunhas oculares de sobreviventes do campo e fotografias e vídeos históricos, este especial mergulha na brutalidade e o terror de Auschwitz, Sobibor e Bergen-Belsen. Tendo sobrevivido apenas sete meses após a sua apreensão, Anne Frank é confrontada com a doença pouco tempo antes libertação dos campos de concentração. Neste documentário, duas amigas de Anne Frank relembram tantos os dias de escola em Amesterdão como os dias antes da morte de Anne Frank em Bergen-Belsen, em março de 1945. Apesar da sua morte, o marcante diário da jovem sobreviveu à guerra e foi publicado pelo seu pai, Otto, em 1947.» in http://tv.sapo.pt/noticias/anne-frank-a-historia-nunca-contada-estreia-no-ngc
«HEXACAMPEÕES ESTÃO NA “FINAL FOUR” DA TAÇA Dragões bateram ADA Maia por 36-28, no Dragão Caixa, com Yoel Morales (seis golos) como melhor marcador. O FC Porto garantiu esta quarta-feira o acesso à final four da Taça de Portugal, após bater, no Dragão Caixa, a ADA Maia, décima classificada do Andebol 1, por 36-28. Tratou-se de uma vitória natural dos Dragões - que a partir do quarto minuto não mais largaram a liderança no marcador -, frente a um adversário muito lutador. O encontro, em que Ljubomir Obradovic pôde rodar quase toda a equipa (Gilberto Duarte foi o único jogador de campo que não marcou), serviu ainda para o guarda-redes Hugo Laurentino regressar à competição: após uma paragem de três meses, por lesão, defendeu a baliza durante toda a segunda parte. A ADA Maia apresentou uma defesa muito agressiva e subida no terreno (muitas vezes na zona dos 15 metros), o que causou algumas dificuldades iniciais aos Dragões, que apenas conseguiram uma vantagem superior a dois golos aos 15 minutos. A formação maiata - que tem no plantel muitos jogadores que já passaram pelo FC Porto, para além do treinador Ricardo Costa - adoptou sempre uma atitude corajosa, perante um adversário tecnicamente superior, apresentando uma estratégia bem definida. No entanto, essa evidente superioridade - a nível ofensivo e de poder físico - desaguou no que se esperava: os azuis e brancos foram-se distanciando no marcador. A primeira parte teve fases muito confusas - a ADA ISMAI cometeu 13 falhas técnicas, os Dragões nove -, mas os portistas cavaram uma vantagem de sete golos ao intervalo (15-8), contando com a inspiração de Nuno Roque e de Yoel Morales, que nem estiveram no sete inicial mas terminaram a primeira parte com três golos. Aliás, desde cedo que Ljubomir Obradovic começou a rodar a equipa - que ainda no domingo jogou na Sérvia -, sendo que apenas o guarda-redes André Magalhães não saiu do banco azul e branco. Na segunda parte, os forasteiros recuperaram paulatinamente no marcador e chegaram a ter apenas dois golos de desvantagem, aos 46 minutos (24-22). Não se tratou certamente da mais enérgica e convincente exibição dos hexacampeões nesta temporada, mas a equipa soube reagir a essa aproximação com um parcial de 3-0 (golos de Wesley Freitas e dois de Yoel Morales), reconstruindo assim uma almofada razoável. Até final, os azuis e brancos foram capazes de controlar o resultado e garantir a vitória sem sobressaltos. Obradovic continua assim à procura de conquistar uma prova que foge aos Dragões desde 2006/07, ainda o treinador era Carlos Resende. Desde então, o FC Porto já esteve em quatro finais e perdeu todas, duas frente ao ABC, outras duas com o Sporting. Estes dois adversários, para além do Benfica, estarão na final four que se vai realizar em Loulé, a 28 e 29 de Março. O sorteio das meias-finais é já esta quinta-feira, às 12h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Loulé. FICHA DE JOGO FC PORTO-ADA MAIA, 36-28 Taça de Portugal de andebol, quartos-de-final 4 de Março de 2015 Dragão Caixa, no Porto Árbitros: Nuno Marques e João Correia FC PORTO: Alfredo Quintana (g.r.), Gilberto Duarte, João Ferraz (2), Daymaro Salina (1), Michal Kasal (3), Ricardo Moreira (3) e Hugo Santos (3) Jogaram ainda: Hugo Laurentino (g.r.), Nuno Roque (4), Yoel Cuni Morales (6), Wesley Freitas (2), Alexis Borges (4), Miguel Martins (3), Mick Schubert (2) e Babo (3) Treinador: Ljubomir Obradovic ADA MAIA: David Sousa (g.r.), Rúben Sousa (7), Sérgio Caniço (3), Pedro Maia (2), Elias António, Sérgio Martins (6) e Miguel Sarmento (5) Jogaram ainda: Rui Oliveira (g.r.), Nuno Carvalhais (1), Ricardo Guimarães, André Rei, Mário Silva, Tiago Silva, Francisco Leitão (2), Rui Vasques e Tiago Heber (2) Treinador: Ricardo Costa Ao intervalo: 15-8.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/FC-Porto-ADA-Maia-Taca-Portugal-2014-2015-Quartos-de-final.aspx
«“BÊS” NOS “QUARTOS” DA PREMIER LEAGUE INTERNATIONAL CUP Vitória sobre o Norwich City (2-1) na derradeira jornada da fase de grupos. O FC Porto B venceu esta quarta-feira o Norwich City (2-1), no Colney Training Centre, em Norwich, na Inglaterra, em jogo a contar para a terceira e última jornada do grupo A da Premier League International Cup. Com este triunfo, os azuis e brancos terminaram o grupo na segunda posição, com quatro pontos, garantindo assim o acesso aos quartos-de-final da competição, nos quais irão defrontar os espanhóis do Athletic Club. O jogo que garantiu a qualificação para a próxima fase desta Premier League International Cup esteve longe de ser fácil, mas até começou de feição para os Dragões. À passagem dos 13 minutos, a castigar uma falta sobre Roniel na área inglesa, Leandro Silva assumiu a responsabilidade de cobrar a grande penalidade e fê-lo com sucesso, dando a primeira vantagem ao FC Porto B no encontro. Este foi, de resto, o momento mais significativo de um primeiro tempo em que o Norwich City só incomodou Raul Gudiño num remate de Becchio, travado pela mancha do guardião. O segundo tempo foi consideravelmente mais emocionante do que o primeiro, mas só aos 66 minutos surgiu uma verdadeira oportunidade de golo. Aproveitando o forte vento que se fez sentir, Rafa obrigou Matthews a defesa muito apertada e ameaçou o 2-0, mas o golo surgiria na outra baliza. Num espaço de pouco mais de um minuto, o árbitro do encontro assinalou duas grandes penalidades a favorecer a formação britânica, mas só à segunda é que Becchio conseguiu desfeitear Raul Gudiño. O guardião mexicano voltou a mostrar dotes especiais para “parar” grandes penalidades e negou a primeira ao avançado argentino (57m), façanha que não conseguiu repetir instantes depois (58m). O empate seria suficiente para o Norwich City continuar em prova, mas Roniel chamou a si o protagonismo e lançou o FC Porto B para os “quartos” com uma corrida desenfreada rumo ao 2-1 (85m). Os Dragões seguraram a vantagem até ao apito final e têm duelo marcado com o Athletic Club na luta por um lugar nas meias-finais. FICHA DE JOGO NORWICH CITY SUB-21-FC PORTO B, 1-2 Premier League International Cup, 3.ª jornada 4 de Março de 2015 Colney Training Centre, em Norwich, Inglaterra NORWICH CITY SUB-21: Matthews; Ramsay, McFadden, Miquel e Efete; Jacob Murphy, McGrandles, Grant, Norman e Kelly; Becchio Substituições: Grant por Cantwell (89m) Não utilizados: Oxborough, Boateng, Cole, Burgess, Couzens, Crowe Treinador: Paul Wilkinson FC PORTO B: Raul Gudiño; David Bruno (cap.), Verdasca, Lichnovsky e Rafa; Tomás Podstawski, Leandro Silva e Pité; Frédéric, André Silva e Roniel Substituições: Verdasca por Francisco Ramos (66m), Pité por Graça (71m) e Frédéric por Tony Djim (78m) Não utilizados: Caio Treinador: Luís Castro Ao intervalo: 0-1 Marcadores: Leandro Silva (14m, g.p.), Becchio (58m, g.p.) e Roniel (85m)» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Norwich-City-FC-Porto-B-Premier-League-International-Cup.aspx
(Vitória sobre o Norwich City (2-1) na derradeira jornada da fase de grupos)
"JÁ VISTE! Já viste, O que nos trouxe até aqui, Nunca saberemos explicar, Foi tudo de repente o que o destino fez connosco, Nem sequer perguntou se queríamos, E deixou-nos ao abandono. Como se faz com aquilo que não nos deixa? Não sei. Já viste, Tudo aquilo que ficou por dar, Com a dor o recebemos, Mas a vida é mesmo assim, Ninguém teve culpa disto, E eu posso sempre guardar-te. Como se faz com aquilo que não nos deixa? Não sei."
«EMPRESA FABRICA SAPATOS COM SOLAS DE PNEUS RECICLADOS É mais barato, resistente ao desgaste e aderente a qualquer solo. A Gomavial, empresa especializada em tecnologias inovadoras, lança uma ideia para o mercado: solas de sapatos concebidas com pneus reciclados. A ideia, desenvolvida por cinco engenheiros da marca, apresenta como vantagens o facto de ser mais resistente ao desgaste e de baixo custo, uma vez que são utilizados pneus reciclados. À procura de parceiros e até de griffes para desenvolver o produto, a Gomavial alega ainda que em tempo de crise é o produto ideal para ser concebido e desenvolvido esteticamente, de forma a que seja elegante, irreverente e de custo mais acessível.» in http://lifestyle.sapo.pt/fama/noticias-fama/artigos/empresa-fabrica-sapatos-com-solas-de-pneus-reciclados
(Mãe, Pai, Primo Mário o mano Xandinha e o meu Volkswagen 1302 S lá ao fundo, o meu primeiro carro, porque o meu Pai disse-me que para aprender a conduzir tinha que ser um carro de aço e sem modernices...)
«Amarante descrita por um sábio Da Gazeta de Portugal, de ha muitos anos: "Imagine você que eu sou uma rua e você outra, que ha uma ponte a ligar-nos e que um rio passa por baixo. Ao lado da ponte está o convento de S. Gonçalo; é um edifício muito sujeitoso, todo de abóboras tendo aos cantos pirangulas tudo também de abobora. Por baixo ha um grande mediterrâneo, onde os frades faziam adega e em cima tem um almirante de onde se vê toda a serra do marão, por ahi além. Debaixo da ponte caçam-se montes de barbaros, também há salomões, mas é lá mais para riba. Ao pé do convento tem meu irmão uma lameira, que só de erva sustenta sete bestas, e quando eu lá estou, oito."»
«A HISTÓRIA Situada na encosta entre as serras da Mendacha e a dos Almoinhos, a origem da fidalga e nobre vila de Avô perde-se na bruma do tempo e esvai-se no fumo da tradição. Porém, há historiadores que atribuem aos Túrdulos a sua fundação, no ano 500 A.C.. Assim o escreveu J. Nobre da Fonseca. Sabe-se, porém, de fonte segura, tão numerosos e concludentes são os testemunhos, que os romanos se fixaram em Avô por onde fizeram passar a célebre Via Imperial, com 14 pés de largura. Saía de Lisboa, bifurcava em Conimbriga para a Guarda, Salamanca, etc.. Havia sido aberta pela V Legião Romana, quando Júlio César esteve na Península Ibérica pela segunda vez e atravessava o rio Alva próximo do castelo de Avô. No caminho que se dirige a Anseriz, logo acima das últimas casas da vila, pode ver-se ainda um troço dessa estrada em regular estado de conservação; e um pouco além da Senhora do Mosteiro, no caminho para Aldeia das Dez, há também restos desta antiga calçada. Em tempos mais recuados, Avô era designada por Avaao - denominação que ainda persistia em 1453. Esta palavra derivava de vau, pois era a vau que o rio Moura era transposto antes da construção da primeira ponte. De facto, apesar de muito mais antiga,a ponte sobre o Alva só muito mais tarde se transformou em realidade. Nessa época, pelo seu fraco caudal, o rio Moura era a porta de entrada para a vila de Avô. Os romanos substituíram a palavra bem portuguesa vau por ad vadum, o que significa a mesma coisa. Não sabemos exactamente as razões que levaram os romanos a fixarem-se em Avô; mas é quase certo que tivesse sido o ouro e o chumbo que ao tempo abundavam nas margens do Alva. No ano de 710, Avô foi dominada pelos árabes que desenvolveram intensa actividade agrícola em seus vales criamosos. Em 1059 a nobre vila foi conquistada pelo rei D. Fernando de Castela que a povoou de cristãos e lhe deu por governador o conde D. Sisnando. Posteriormente foi couto de D. Afonso Henriques, doado a sua filha natural D. Urraca Afonso, casada com D. Pedro Afonso, neta de Egas Moniz. D. Afonso Henriques foi também o fundador da primitiva igreja de Avô, edificada exactamente no local onde presentemente se encontra a matriz. Ao que parece, foi Soeiro Formarigues quem em 1093 ampliou o templo e construiu o claustro. A actual igreja de duas torres cimeiras foi edificada no sec. XVI e reedificada em 1764. Em 1187, D. Sancho I cedeu a povoação de Avô e respectivo castelo a sua irmã natural D. Urraca Afonso, casada com D. Pedro Afonso Viegas, filho de Egas Moniz, em troca com a antiga vila de Aveiro. Seguidamente, nomeou D. Pedro Afonso Viegas alcaide-mor de Avô - o primeiro a ocupar este alto cargo. No mesmo ano em que o "Rei Povoador" dava a vila de Avô à sua Irmã, concedia-lhe também carta do foral e instituía o seu primeiro município. O foral tem a data de 1 de Maio. Mais tarde este título foi atribuído aos bispos de Coimbra, que acumulavam também os de "Senhores de Coja e condes de Aranil", e aos quais entregou a vila, o castelo e domínios. A 12 de Setembro de 1514, D. Manuel I outorgou novo foral à vila de Avô. O município avoense devia ser importantíssimo, pois era governado por Juíz Ordinário de vara branca com atribuições do Crime e Órfãos. Tinha capitão-mor, sargento-mor e uma companhia de Ordenanças. Foi Provedoria da Guarda e Corregedoria de Linhares. Os titulos de "Alcaide-Mor" do castelo de Avô e de "Senhor" de Côja, como todos os titulos existentes à data da implantação do regime liberal, foram abolidos pelos decretos de Mousinho da Silveira, em 1832. Incompreensível e inesperadamente, e à revelia do seu passado de grandeza, da sua história, da riqueza e beleza dos seus pergaminhos - um decreto datado de 24 de Outubro de 1855 estinguiu o município, integrando a vila no concelho de Oliveira do Hospital. Fonte: Tarquínio Hall» in http://www.terralusa.net/?site=175&sec=part4 «Foral de Avô (1187) Em nome de Deus Esta é a carta de foral que eu, Rei D. Sancho, juntamente com minha mulher, Rainha D. Dulce, e com os meus filhos, Rei D.Afonso e Rei D. Henrique, e as minhas filhas, Rainha D. Teresa e Rainha D. Sancha, faço aos habitantes presentes e futuros de Avô. E assim damos para que nesse lugar tenhais por foro que cada jugo de bois deis um moio do qual uma terça parte seja de trigo, outra de centeio e outra terça de milho E de um boi, dois quartos, terçados do mesmo modo e deis esse pão tal qual para vós tomardes Do vinho deis a dízima E quem trabalhar o linho dê um manípulo. E de morada do monte, de quatro coelhos e mais, deis um coelho Do caçador de baraça um lombo Do porco duas costeletas De modo de cera, de dois arredes e mais, deis um arredei E quem cometer Homicídio voluntariamente pague 10 maravedis; de rousso 10 maravedis, de merda na boca (calúnia) 10 maravedis; componha o fundo de haveres ou gado com «coisas» novas Quem sair com armas contra um bando perde-as. Quem ferir com lança, ou com gládio, ou com cutel ou com espora pague 3 maravedis ao dono da terra e 1 maravedil ao ferido. O homem de Avô não seja, senão por expressa vontade, mordomo ou serviçal O homem de Avô nada pague a outro, melhor do que acima está escrito nesta carta O homem de Avô que quiser vender a sua herdade, venda-a a tal homem que faça dela seu foral e do preço dê a dízima ao palácio. Carta feita no mês de Maio, era milesima ducentesima vigesima quinta (Maio 1187). Nós, reis, acima nomeados que mandamos fazer esta carta no concelho de Avô, pelas nossas próprias mãos assinamos E assinada confirmamos. Quem quer que observar este nosso feito seja bendito Quem o infringir seja maldito. Fonte: Tarquínio Hall» in http://www.terralusa.net/?site=175&sec=part4
(Vila de Avo - Oliveira do Hospital - Coimbra)
(AVÔ OLIVEIRA DO HOSPITAL SALTO DA PONTE SOBRE RIO ALVA)
«Obra inédita de Teixeira de Pascoaes gera polémica em Amarante
Manuscrito foi entregue à afilhada do autor pelo ex-presidente da Câmara, mas alegadamente pertencia ao espólio adquirido pela autarquia por 420 mil euros.
Um manuscrito inédito do escritor Teixeira de Pascoaes está a gerar alguma polémica na cidade do poeta, Amarante, segundo o jornal «Público». Tudo porque o anterior presidente da Câmara Municipal, Armindo Abreu, mandou entregar à afilhada do escritor, Adelaide Teixeira, vários manuscritos de Pascoaes, incluindo o inédito «Cartas a Uma Poetisa», que alegadamente fazem parte do espólio adquirido pela Câmara à família do autor, em 2013.
A decisão do ex-presidente foi tomada há mais de um ano, mas só foi concretizada no mandato do atual presidente de Câmara, o social-democrata José Luís Gaspar, que entrou em funções em outubro de 2013 e que deu cumprimento ao despacho assinado pelo seu antecessor.
O caso só foi tornado público recentemente, num programa de rádio local, e está a gerar grande controvérsia em Amarante. Há quem critique a decisão de Armindo Abreu, que, segundo o jornal «Público» foi advogado da afilhada do escritor antes mesmo de se ter tornado presidente de Câmara, em 1995, e exija explicações.
O coronel e amigo da família do escritor, João Sardoeira, e o centrista Fernando Moura Lopes acusam o antigo presidente da Câmara de ter entregado parte do espólio da autarquia, comprado à família de Pascoaes por 420 mil euros, sem ter dado conhecimento disso à vereação e exigem uma clarificação. Além disso, Sardoeira acusa o ex-autarca de não ter salvaguardado uma cópia do manuscrito, temendo o futuro do mesmo.
Armindo Abreu, por sua vez, considera que apenas respeitou a memória do escritor, expressa em testamento, e considera que, desta forma, a obra poderá ser finalmente publicada. Além disso, afirma que a Câmara não poderia ter comprado algo que não era da família do autor. Segundo Armindo Abreu, quando os funcionários fizeram o inventário do espólio os manuscritos em causa não apareceram e só foram encontrados quando foram buscar as obras.
O poeta Teixeira de Pascoaes deixou à afilhada Adelaide Teixeira, filha do empregado, várias propriedades e obras literárias, onde se incluía este «Cartas a Uma Poetisa». A afilhada terá reclamado a entrega destas obras, que estiveram na posse da família antes de serem compradas pela Câmara, mas nunca levou a questão a tribunal.» in http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/masnucrito/obra-inedita-de-teixeira-de-pascoaes-gera-polemica-em-amarante
«Manuscrito inédito de Pascoaes gera polémica em Amarante LUÍS MIGUEL QUEIRÓS 02/03/2015 - 07:02
A Câmara de Amarante comprou o espólio de Teixeira de Pascoaes por 420 mil euros e entregou depois um manuscrito inédito a uma afilhada do escritor. O ex-presidente da autarquia, Armindo Abreu, diz que se limitou a respeitar o testamento de Pascoaes.
O ex-presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, mandou entregar a uma afilhada de Teixeira de Pascoaes, Maria Adelaide Barros Teixeira, vários manuscritos do escritor – incluindo o inédito Cartas a Uma Poetisa –, que fariam parte do espólio do autor de Marânus, comprado pela autarquia à família de Pascoaes, no início de 2013, por 420 mil euros.
A entrega dos manuscritos, que Adelaide Teixeira vinha reclamando com base no testamento deixado por Pascoaes, acabou por só se concretizar já após a entrada em funções, em Outubro de 2013, do actual executivo camarário, presidido pelo social-democrata José Luís Gaspar, mas dando cumprimento ao despacho assinado por Armindo Abreu no final do seu mandato.
Esta decisão do ex-presidente, tomada há mais de um ano, só recentemente chegou ao conhecimento público. No programa de rádio O Lado B da Política, um fórum de debate de assuntos locais, o coronel João Sardoeira, amigo da família de Pascoaes, e o centrista Fernando Moura Lopes acusaram Armindo Abreu de ter entregado parte do espólio de Pascoaes comprado pela autarquia, e de o ter feito através de um despacho de que não deu conhecimento à vereação.
Sardoeira acrescenta que “é preciso perceber se falta mais alguma coisa”, e observa que o espólio, “que se julgaria que iria ficar na Biblioteca, onde estão já outros espólios literários, foi afinal encaixotado e armazenado na cave do Museu Amadeo Souza Cardoso, onde ainda se encontra indisponível”. A opção pelo museu, deveu-se, segundo Armindo Abreu afirmou ao PÚBLICO, a este “oferecer melhores condições de segurança”.
Moura Lopes citou nesse programa uma carta enviada à autarquia por Adelaide Teixeira, na qual esta, após agradecer “com apreço” o “cuidado” que Armindo Abreu tivera com o manuscrito inédito, escreve: “pois não o fez constar do espólio comprado por saber que me pertence”. A carta foi enviada em Agosto de 2013, após a compra do espólio e antes de o ex-presidente da Câmara ter assinado o despacho de entrega dos manuscritos.
“Parece uma estratégia de ‘eu compro e a seguir você tem’”, disse então Moura Lopes, defendendo que o assunto “necessita urgentemente de clarificação”. Também João Sardoeira acha que “havia desde o início a intenção de desviar estes manuscritos para a afilhada de Pascoaes” e argumenta que, mesmo existindo dúvidas, “não cabia ao presidente decidir se a senhora tinha ou não tinha direito a eles”.
Diz o testamento, que expressa bem o afecto que o escritor dedicava a esta sua afilhada: “Lega ainda à mesma sua afilhada Adelaide as seguintes obras, dele testador: Idílio Pastoril, Dois Jornalistas, O anjo e a Bruxa, O Senhor Fulano, Uma Fábula e Cartas a uma Poetisa, pois deve ao amor que lhe consagra os últimos lampejos da sua inspiração”.
Em declarações ao PÚBLICO, Sardoeira censura ainda Abreu por não ter ao menos pedido à Biblioteca Nacional que fizesse uma cópia certificada dos documentos que mandou entregar. “Como sabemos o que vai acontecer agora aos manuscritos?”, pergunta. “Podem perder-se, haver um incêndio, ser vendidos”. Este neto de Albano Sardoeira, fundador do Museu Amadeo Souza Cardoso e patrono da Biblioteca Municipal, critica também a actual gestão camarária, que “está a par do assunto há meses e ainda não agiu”.
Ainda antes de se tornar pela primeira vez presidente da Câmara de Amarante, em 1995, Armindo Abreu foi advogado de Adelaide Teixeira, designadamente em processos de disputas de terrenos que envolviam a família de Pascoaes, disse ao PÚBLICO João Vasconcelos, sobrinho-neto do escritor. Ainda hoje as duas famílias têm pendente em tribunal um litígio em torno de uma capela.
Armindo Abreu defende que se limitou a “respeitar a memória do poeta”, entregando a Adelaide Teixeira o que Pascoaes lhe doou em testamento, e disse ao PÚBLICO assumir inteiramente a sua decisão, ilibando de quaisquer responsabilidades o seu sucessor José Luís Gaspar. Abreu, que preside actualmente à Assembleia Municipal de Amarante, acredita ter agido “em benefício do interesse público”, já que, argumenta, as Cartas a Uma Poetisa poderão agora ser finalmente publicadas. E está “convencido de que será possível chegar a acordo com eles [a afilhada de Pascoaes e o seu companheiro, Lino Couto] para que, em condições de total transparência, o manuscrito fique depositado na Biblioteca” de Amarante.
Até hoje só foram publicadas duas cartas desta ficção epistolar que Pascoaes nunca chegou a publicar em vida: uma num livro que Mário Garcia dedicou ao poeta, e outra na revista Cadernos de Tâmega. Lino Couto garante que em ambos os casos as cartas foram transcritas a partir de cópias dactilografadas, já que a família de Pascoaes, garante, sempre afirmara não ter o manuscrito e nunca o apresentou publicamente.
A afilhada de Pascoaes recebeu a agenda intacta, e com ela um manuscrito que não constava das obras que lhe tinham sido legadas pelo poeta.
“Se o manuscrito de Cartas a Uma Poetisa estivesse expressamente mencionado no espólio comprado pela Câmara, tínhamos que pôr uma acção em tribunal para garantir que ele nos era entregue”, diz o companheiro de Adelaide Teixeira (estão tecnicamente divorciados, mas não se separaram), que tem já propostas para publicar o inédito de Pascoaes. Segundo afirmou ao PÚBLICO, só não se decidiu ainda porque a tiragem sugerida (500 exemplares) lhe parece demasiado pequena.
Um testamento de 1948
A actual polémica tem as suas verdadeiras raízes num papel com mais de 66 anos, o testamento de Teixeira de Pascoaes, que este assinou, diante de um notário e das devidas testemunhas, no dia 30 de Novembro de 1948, poucos anos antes de morrer, em 1952. Instituindo como principal herdeiro o seu sobrinho João Vasconcelos, o autor de Regresso ao Paraíso e S. Paulo legava à afilhada Adelaide, filha do seu empregado José Teixeira, a posse ou o usufruto de várias propriedades, e ainda seis obras literárias da sua autoria, algumas já então publicadas, outras não.
Diz o testamento, que expressa bem o afecto que o escritor dedicava a esta sua afilhada: “Lega ainda à mesma sua afilhada Adelaide as seguintes obras, dele testador: Idílio Pastoril, Dois Jornalistas, O anjo e a Bruxa, O Senhor Fulano, Uma Fábula e Cartas a uma Poetisa, pois deve ao amor que lhe consagra os últimos lampejos da sua inspiração”.
Lino Couto diz que, após a morte do escritor, a família de Adelaide Teixeira recebeu efectivamente alguns dos manuscritos referidos no testamento, como por exemplo o de Uma Fábula, uma obra então inédita que a afilhada de Pascoaes veio a fazer publicar, em 1978, na editora portuense Brasília. Mas não entregou outros, cujo paradeiro terá dito desconhecer. Entre eles, o de Cartas a Uma Poetisa, e também o de Idílio Pastoril, título inicialmente atribuído por Pascoaes à primeira novela que escreveu, O Empecido, que ele próprio tardiamente publicou em 1950.
Com base no despacho de Armindo Abreu, Adelaide Teixeira recebeu não apenas cinco diferentes versões manuscritas de Cartas a Uma Poetisa, mas também o manuscrito de Idílio Pastoril. Acontece que. nas páginas iniciais da agenda em que Pascoaes escreveu esta obra, encontrava-se ainda um outro manuscrito, intitulado Cartas a Um Poeta, sem relação com As Cartas a Uma Poetisa nem, tanto quanto se sabe, com O Empecido. Por sugestão da directora da Biblioteca Municipal de Amarante, explicou Armindo Abreu ao PÚBLICO, achou-se preferível “não rasgar essas páginas”, de modo que a afilhada de Pascoaes recebeu a agenda intacta, e com ela um manuscrito que não constava das obras que lhe tinham sido legadas pelo poeta.
A questão dos manuscritos reclamados por Adelaide Teixeira nunca foi publicamente referida durante o processo de compra do espólio, embora Sardoeira garanta que já em 2002, quando se comemorou o cinquentenário da morte de Pascoaes, Armindo Abreu sabia da existência destes manuscritos. “A família da afilhada de Pascoaes falou na altura com o presidente da Câmara, com a Assírio & Alvim, então editora da obra de Pascoaes, e com António Mega Ferreira [que estava a organizar a exposição Os Dias de Pascoaes no Museu de Amarante], tentando reclamar os manuscritos, que nunca lhe foram dados”, diz Sardoeira.
Autor da Fotobiografia de Pascoaes e de outras obras sobre o autor, Mega Ferreira foi uma das pessoas que ajudaram a Câmara a comprar o espólio, enviando a Armindo Abreu uma carta em que sublinhava a importância desse acervo “de valor literário e histórico inestimável”, destacando os manuscritos, a correspondência ou “a valiosa colecção de desenhos”, e elogiando a viúva de João de Vasconcelos, Maria Amélia Teixeira de Vasconcelos, “pela forma como soube defender e preservar esse património” ao longo de décadas.
O estado de saúde da actual proprietária da Casa de Pascoaes, com quem a Câmara negociou a compra do espólio, não permitiu ao PÚBLICO ouvi-la, mas o seu filho João explica que a autarquia comprou tudo o que estava nas três salas da chamada “ala de Pascoaes”, incluindo os móveis fabricados segundo desenho do próprio escritor, a única parte do acervo que ainda se encontra na casa de S. João de Gatão. João Vasconcelos diz que os manuscritos depois entregues a Adelaide Teixeira estavam nesses aposentos e “foram levados juntamente com tudo o resto”, e que a família sempre presumiu que integravam o conjunto comprado pela autarquia. “Nós vendemos tudo o que lá estava, foi isso que a Câmara exigiu”, diz o sobrinho-neto de Pascoaes.
Contradições
Armindo Abreu retorque que a Câmara não podia adquirir à família de Pascoaes o que não era dela. “Só comprámos o espólio de Teixeira de Pascoaes que era propriedade da Casa de Pascoaes”. Segundo o ex-presidente, “quando os funcionários da Câmara foram fazer o inventário do espólio, esses manuscritos inéditos não apareceram, e só depois da compra, quando se foi buscar o espólio, é que os encontraram”.
Logo nessa altura, diz, a afilhada de Pascoaes reclamou pessoalmente junto dele a entrega dos manuscritos. Ainda antes de lhe endereçar a carta citada por Moura e Silva, que Abreu diz ter “passagens capciosas, porque podem dar a entender que houve um conluio”. De acordo com Armindo Abreu, foi ele próprio que, “após um período de hesitação”, sugeriu a Adelaide Teixeira que lhe escrevesse a reclamar os manuscritos. “E depois mandei entregar-lhos”, diz, defendendo que “o modo como os manuscritos foram guardados em Pascoaes”, que considera configurar “uma posse oculta”, invalida o argumento de que a revindicação da afilhada do poeta teria perdido validade.
Abreu menoriza também o argumento – utilizado por Moura e Silva e João Sardoeira no referido programa de rádio – de que não faria sentido a autarquia reconhecer a Adelaide Teixeira direitos que ela própria nunca tentara fazer valer em tribunal, quando esta até não hesitou em processar a família de Pascoaes por questões relacionadas com terrenos. “De que é que servia ir a tribunal, se a família dizia que não tinha os manuscritos?”, pergunta Abreu.
Se parece provável que a família de Pascoaes nunca tenha feito publicar as Cartas a Uma Poetisa para evitar questões com Adelaide Teixeira, já o facto de a família desta última nunca ter reclamado os manuscritos em tribunal pode ter, diz João Sardoeira, uma explicação diferente da que adianta o autarca. “Podem ter tido receio de ficar sem os manuscritos que já tinham, porque o testamento diz que Pascoaes doa as obras, o que poderá ser interpretado como dizendo apenas respeito aos direitos de autor, e não aos manuscritos."
Lino Couto defende a actuação de Armindo Abreu. “Sabia que não podia negociar o que não era da família e teve o cuidado de perguntar o que era nosso”, diz Lino Couto, que acha que o “único erro” cometido pelo autarca foi o de “ter feito crer que ia comprar o espólio todo”.
Couto acha mal que se esteja a atacar Abreu e que “as pessoas que retiveram estas coisas na Casa de Pascoaes durante tanto tempo estejam incólumes”. E assegura: “Falam em conluio, mas a mim ninguém me fez favor nenhum e eu não paguei um tostão."
No entanto, a sua versão dos acontecimentos não parece condizer exatamente com a de Armindo Abreu. Lino Couto diz que falou com os funcionários da autarquia que estavam a fazer o inventário do espólio na Casa de Pascoaes e soube por um deles, cujo nome não adianta, que estavam lá as Cartas a Uma Poetisa. “A tal carta que escrevemos à Câmara”, explica, “foi uma maneira de divulgar, de dizer que sabíamos que as Cartas estavam lá”.
«Amarante: De 6 a 8 de março vai decorrer a feira Stock Off No próximo fim-de-semana, de 6 a 8 de março, vai decorrer a 15ª edição da feira de Stock Off, no Pavilhão Desportivo Municipal, em Amarante. A iniciativa é da Associação Empresarial de Amarante e conta com o apoio do município. O objetivo desta feira é permitir que os associados da AEA possam escoar stocks armazenados de coleções anteriores, após o fim da época de saldos. Durante os três dias, os visitantes vão poder encontrar vestuário e calçado de homem, senhora e criança, bem como acessórios, decoração e bijuteria, a preços ainda mais baixos, com descontos até 70%. O evento vai decorrer das 20h00 às 24h00, no dia 6; das 10h00 às 24h00, no dia 7 e das 10h00 às 20h00, no dia 8. A entrada é gratuita.» in http://www.averdade.com/pagina/seccao/19/noticia/9975