«RAÇA DE DRAGÃO VALEU EMPATE EM BRAGA
Com uma alma enorme, com a raça que lhe é tão característica, o FC Porto conquistou um empate em Braga (1-1), numa partida em que jogou mais de 50 minutos reduzido a nove, depois de Diego Reyes e Evandro terem sido expulsos ainda na primeira parte. O brasileiro abandonou o jogo depois de ter adiantado os azuis e brancos no marcador, na conversão de um penálti. Depois do intervalo, Alan reestabeleceu a igualdade que Helton, o homem do jogo, segurou até ao fim, permitindo aos portistas continuarem sozinhos na liderança do grupo D da Taça da Liga, cumpridas que estão três jornadas.
Excluídos da convocatória seis habituais titulares, o técnico espanhol apresentou, como tem sido regra na Taça da Liga, um onze totalmente renovado, bem diferente daquele que tem por hábito fazer alinhar na Liga portuguesa. Na defesa, Helton ocupou a vaga deixada por Fabiano na baliza, Ricardo e a José Ángel ocuparam as laterais, enquanto Diego Reyes e Iván Marcano foram os centrais. No meio-campo, o tridente foi formado por Campaña, Rúben Neves e Evandro; no ataque, Quintero e Adrián López acompanharam Gonçalo Paciência, o avançado do FC Porto B que, aos 20 anos, fez a sua estreia absoluta na equipa principal.
Estas mudanças não foram porém a causa das várias contrariedades que os Dragões tiveram pela frente na noite gélida no Minho. A primeira, logo aos oito minutos, com a lesão de Adrián López, que obrigou Julen Lopetegui a fazer a primeira alteração na equipa – o avançado espanhol deu o lugar ao compatriota Tello. A segunda chegou com a exageradíssima expulsão de Diego Reyes, por acumulação de amarelos, aos 34m, o que deixava os azuis e brancos reduzidos a dez, com quase uma hora para se jogar. O cenário, porém, havia de piorar quando, perto do final da primeira parte, Evandro viu o cartão vermelho directo das mãos de Cosme Machado, que poucos minutos antes tinha perdoado o segundo amarelo ao bracarense Sasso, não adoptando o critério aplicado no lance em que deu ordem de expulsão a Reyes.
Estavam então jogados 41 minutos e o FC Porto já vencia por 1-0 desde os 25, devido a um penálti convertido por Evandro, a castigar um empurrão de Sasso a Gonçalo Paciência. O Sporting de Braga tinha entrado melhor, aproveitando algumas dificuldades iniciais por parte dos portistas na construção de jogo, mas que foram sendo ultrapassadas à medida que os minutos iam passando. Apesar do frio, o espectáculo estava entretido, mas Cosme Machado acabou por prematuramente por estragá-lo, com o referido critério disciplinar, mais do que discutível.
A segunda parte praticamente começou com mais uma contrariedade para os azuis e brancos: o árbitro da AF Braga viu um empurrão de Martins Indi a Zé Luís e assinalou a grande penalidade que Alan converteu em golo. Com menos dois jogadores em campo, os Dragões foram obrigados a baixar as linhas e a dar a iniciativa do jogo ao adversário, ainda que, por duas vezes, tivessem estado perto do segundo golo: primeiro por Tello (81m) e logo a seguir por Campanã (86m). Só nos últimos 15 minutos é que os bracarenses conseguiram criar verdadeiro perigo junto da baliza portista. Valeu um enorme Helton, que, com um punhado de excelentes defesas, agarrou o empate com as duas mãos, evitando uma derrota injusta, tal a alma que os portistas mostraram no Municipal de Braga.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2014%20-%202015/raca-de-dragao-valeu-empate-em-braga-1-21-2015.aspx