21/10/11

Arte Literatura - Uma fotografia autografada do meu Primo Alexandre Babo, que ofereceu em vida à minha Mãe!

Alexandre Babo
Alexandre Babo, Escritor

«Alexandre Babo


Alexandre Feio dos Santos Babo (Lisboa, 30 de Julho de 1916 - Cascais, 2 de Novembro de 2007) foi um dramaturgo, jornalista e escritor português. Era filho do jurista, escritor, Republicano e Maçon Carlos Cândido dos Santos Babo (1882-1957), e casado com a artista plástica Elsa Peixoto.


Índice [esconder]


1 Biografia
2 Algumas obras publicadas
2.1 Peças teatrais
2.2 Contos
2.3 Romances
2.4 Ensaio
2.5 Biografias/Memórias
3 Fontes de Consulta


[editar]Biografia


Alexandre Babo ingressou em 1933 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, licenciando-se em 1939. Foi desde muito novo militante antifascista e democrata. Em 1936, na clandestinidade, foi iniciado na Maçonaria, fazendo parte da Acção Anticlerical e Antifascista e do Bloco Académico Antifascista, onde lutou contra o salazarismo. Em 1941 fundou com Amaral Guimarães e Abílio Mendes as Edições Sirius que tiveram uma importante contribuição cultural. Após a Segunda Guerra Mundial, vai para Paris como delegado da revista Mundo Literário. Em Londres foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e, posteriormente, em 1960, foi correspondente do Jornal de Notícias e cronista da BBC.
Em 1943 ingressou no Partido Comunista Português. Como advogado interveio nos julgamentos do Tribunal Plenário do Porto e no Supremo Tribunal de Justiça em defesa de acusados políticos. Fez parte do Conselho do Porto do Movimento de Unidade Democrática e da Comissão Distrital da Campanha do General Norton de Matos.
Enquanto exercia advocacia no Porto fundou, junto com António Pedro e Egito Gonçalves, o Teatro Experimental do Porto. Separou-se deste para, em 1960, contribuir para a fundação do Teatro Moderno do Clube Fenianos Portuenses junto com Luís de Lima e Fernando Gaspar. Foi director do Círculo de Cultura Teatral e em 1964, de volta a Lisboa, fundou O Palco, Clube de Teatro. Fez crítica de teatro durante dez anos.
Entre 1961 e 1965 foi colaborador permanente do Jornal de Notícias, com uma crónica às segundas-feiras. Desde 1965 exerceu advocacia em Lisboa. No campo das letras dedicou-se ao teatro, à ficção, à crítica, ao jornalismo e à tradução. Foi um dos fundadores da Associação Portuguesa de Escritores, em 1973, tendo sido sócio honorário daquela associação e cooperante da Sociedade Portuguesa de Autores desde 1977. Foi co-fundador da Liga Para o Intercâmbio Cultural Social Científico com os Povos Socialistas, da Associação Portugal-URSS. Com outros, ajudou a fundar a Associação Portugal-RDA, sendo seu secretário-geral até à unificação das Alemanhas.
Várias das suas obras foram proibidas pela censura da PIDE. Recebeu a medalha de mérito cultural da Câmara Municipal de Cascais, Concelho onde vivia. Faleceu aos 91 anos, no dia 2 de Novembro de 2007, no Hospital de Cascais, deixando vários textos inéditos.


[editar]Algumas obras publicadas


[editar]Peças teatrais


1951 - Há uma Luz que se Apaga
1955 - Encontro
1961 - Estrela para um Epitáfio
1972 - Jardim Público
1977 - A Reunião


[editar]Contos


1957 - Alguns Contos
1972 - Sem Vento de Feição


[editar]Romances


1994 - A Nativa do Arquipélago do Vento


[editar]Ensaio


1958 - Problemas de Teatro


[editar]Biografias/Memórias


1957 - Autobiografia
1984 - Memórias de um Caminheiro
1995 - Carlos Babo: O Espírito da Resistência
1999 - No Meu Tempo


[editar]Fontes de Consulta


BABO, Alexandre - Carlos Babo: O Espírito da Resistência, Edições Universitárias Lusófonas, Col. Meia Hora de Leitura, N.º 7, Lisboa, 1995.
VENTURA, António - Revoltar para resistir. A Maçonaria em Almada (1898 - 1937), Câmara Municipal de Almada, Col. Estudos Locais, Almada, 2010, pp. 112-114.
Campo das Letras - Biografias de Autores: Alexandre Babo, in http://www.campo-letras.pt/autores/alex_babo.html» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Babo


«Carta onde Alexandre Babo, descreve o General Humberto Delgado, a José Correia Tavares


“Meu caro José Correia Tavares: Seria vaidade se te desse isto como um valor cotado na bolsa do mérito, agora ou mais tarde. Não. Certamente nada valerá para o futuro. Apenas se quando o meu espólio para amigos ou “ratos de biblioteca”, ao menos que dê qualquer coisa de mim a um amigo. Não é vaidade nem humildade em demasia, que o João de Deus considerava vitupério. Sei o que valho relativamente e não perco as dimensões.

Uma personalidade perturbante

O General Humberto Delgado, ainda hoje, tanto tempo passado sobre o seu meteórico e determinante aparecimento na vida política portuguesa, tanto tempo passado sobre o seu assassinato infame — e infamemente não punido, tanto no respeitante aos seus executores como aos seus mandantes e cúmplices — é para mim uma personalidade perturbante e, de certa forma, enigmática.
Lembro-me, para lá da sua chegada triunfal ao Porto, onde praticamente toda a cidade o vitoriou, aquela límpida manhã, com toda a baixa portuense guardada por um impressionante aparato policial, criando uma barreira à população que pretendia aproximar-se do seu herói, que pernoitou no Hotel Infante de Sagres. E eis que, à frente de umas duas dezenas, se tanto, de elementos da sua candidatura, envergando a sua farda de general, sobressaindo entre todos os civis que o acompanhavam, ele sai do hotel e desce até à Avenida dos Aliados, num passo cadenciado e rápido de raiva, como se aquele provocar de força bruta significasse a consciência de uma nação farta de ser dominada, momento histórico inesquecível para quem o viveu. Um grito, como chama de som, rompeu espontâneo de todos quantos ali o esperavam.


Maxilares comprimidos, rostos tensos, lágrimas de revolta e de ira, em todos os rostos. Alguns militares — tenentes ou capitães (é pena que os seus nomes não fiquem gravados na vergonha da história) —, na impossibilidade de deterem o general e o seu pequeno grupo, ordenavam aos subalternos que espancassem quem pretendesse furar o cordão que, afinal, tão impotentemente os separava. As suas bocas — ouvi-as bem perto — vomitavam insultos soezes, palavrões de taberna. Entre a polícia que continha a multidão, muitos eram os que fingiam bater e murmuravam: “Se os gajos percebem que não bato, lixam-me”. E o grupo do “general sem medo” continuava a sua marcha para S. Bento, entre vivas à liberdade e morras ao fascismo, num acto electrizante de arrojo e determinação, que galvanizava todos os que o viam, dignificados pela sua coragem, com lágrimas de fel de um ódio legítimo e não contido.


Foi então que qualquer coisa — talvez só possível naquele Porto, de honra e de liberdade — surgiu, imagem que não mais se desvanecerá de minha memória, como da de tantos e tantos milhares de pessoas que a isso assistiram. Espetáculo espantoso, que uma vez mais era a certeza de que aquela canalha tinha — mais tarde ou mais cedo — os dias contados. De todo o casario que os olhos abarcavam, de cada minúscula janela, ou porta, ou simples fresta, lenços brancos acenavam um adeus de admiração, de gratidão e de esperança também, ao general que jogara tudo por tudo, oferecendo-lhe ali, agora sim, medalhas que se não conseguem em vitórias de secretaria. As muitas que ornavam a sua farda, assim como os dourados galões, nada valiam perante aquela fraterna condecoração dada por um povo — essa, realmente imperecível, imortal, e que o acompanhará pelos tempos fora, no Panteão da pátria onde os seus restos mortais merecidamente já repousam.
Quando a candidatura do general foi anunciada, não aderi a ela e, no escritório do António Macedo e do Mário Cal Brandão, gravei um pequeno depoimento justificativo da minha não adesão. Desconfiava de um general, desde o princípio homem de confiança do regime e de Salazar, que de um momento para o outro se alcandorava à chefia de uma oposição tenaz e de sempre. Afigurava-se-me cedo para o aceitar, aguardando o decorrer dos acontecimentos para o apoiar. De resto, julgo que muita gente tomou esta posição. Quando, no entanto, na sua apresentação à comunicação social, contra a vontade expressa do diretório da campanha, à pergunta de um jornalista sobre o que faria de Salazar, no caso de ser eleito presidente, da República, ele respondeu “Obviamente o demito”, todos começámos a acreditar no acerto da escolha.

É evidente que a minha atitude pessoal não tem qualquer interesse histórico, salvo na medida em que ela correspondeu à de milhares e milhares de portugueses democratas. E, claro é também que, a partir do autêntico levantamento nacional que a sua passagem pelo país ia provocando, e de que a ida ao Porto foi um marco decisivo, nenhumas dúvidas tínhamos de que, fossem quais fossem os erros que aquele homem viria a cometer, ele era o homem certo na hora certa, capaz de fazer tremer e até ruir o edifício do fascismo português. 
Afastado da organização da campanha, não tive, durante muito tempo, qualquer contacto directo com o general Humberto Delgado, limitando-me a ir aos comícios e manifestações de rua, salvo uma única vez, poucos dias antes de pedir asilo na Embaixada do Brasil, ocasião em que fui a sua casa com o meu querido amigo Dr. Martinho de Faria, advogado em Barcelos, e a mulher dele, a Elsa Araújo Faria. Antes, porém, assisti, por pura casualidade, a um dos acontecimentos marcantes da sua campanha. 
Tinha ido a Coimbra, ao comício que ele ali fizera, e, quando terminou, fui ao Hotel Astória, para me encontrar com o Artur Santos Silva. Havia ali um plenário da candidatura, onde deviam tomar-se decisões extremamente importantes. Ali encontrei o meu querido amigo Professor Luís Albuquerque com a mulher, o Dr. Jaime Cortesão e a esposa, e o filho, Dr. António Cortesão, médico no Porto. Enquanto o plenário se reunia, ficámos a conversar numa salinha a seguir ao hallde entrada. Pouco tempo depois, notámos um movimento estranho entre a segurança do general e os elementos da candidatura que estavam fora do encontro. Alguém entrou no salão do conclave, enquanto outros ficavam à entrada, a falar com um homem que conheci como vice-director da PIDE no Porto, o inspector Porto Duarte. De imediato, abriu-se a porta e o general surgiu, com cara de poucos amigos, a perguntar onde estava o senhor que lhe queria falar. O Porto Duarte aproximou-se, exibindo o cartão que o identificava, e, embora bastante pálido, procurando esconder um certo nervosismo, disse-lhe: “Sou eu”. O general observou com um ostensivo desprezo o cartão e o portador e perguntou-lhe:
— “E depois? Que quer?”
— “Quero comunicar-lhe que não está autorizado a seguir para o Norte. Terá que regressar a Lisboa”.
— “Oiça, eu não recebo ordens que não venham de alguém com a minha categoria, ou superior. Portanto, de si não as recebo”.
Isto passava-se na nossa frente. Várias pessoas se ti-nham aproximado. O Porto Duarte esboçou um gesto, quase imperceptível, de levar a mão à arma, mas o general atalhou brutalmente:
— “E se o pretender fazer com uma pistola, tenho aqui outra”. E mostrou, na cintura, a arma que trazia. 


Habituados ao terror da PIDE, esta cena não parecia real. O general olhava para o outro como se fosse um verme, deu meia volta e voltou para a reunião. O PIDE estava branco como a cal, hesitou uns segundos e saiu. Passado pouco mais de um quarto de hora, foi-nos comunicado que o hotel estava cercado por forças do exército e da guarda republicana e que ninguém podia abandonar o local até nova ordem. Aguardámos até perto das duas da manhã, momento em que um oficial entregou ao general uma ordem escrita do Comandante da Região Militar, proibindo-o de se dirigir para o Norte, como estava planeado, mandando-o regressar a Lisboa.
Acabada a reunião, via-se que todos dela saíam profundamente preocupados. Regressei com o Artur e o José Neves. Soube que o general tinha posto as cartas na mesa — “dera tudo, esperava que lhe retribuíssem algum”. Ainda ouvi comentários, entre dentes: “Este homem é doido e torna-se perigoso”.


Nessa noite, o Dr. Arlindo Vicente desistia da sua candidatura e toda a oposição, a esmagadora maioria do país, se unia à volta de Humberto Delgado para tentar derrubar o salazarismo. O ato eleitoral, à custa dos golpes mais baixos, das fraudes mais descaradas, ia ser uma farsa, como farsa dramática era aquela pseudo-campanha.
Por onde o general passava, havia um levantamento irreprimível, que os constantes ataques da GNR, da PSP e, às vezes, do exército, não conseguiam evitar. Especialmente o Norte e o Alentejo, eram o alastrar de um incêndio que tinha que ser contido ou… 
Se surgisse um chefe revolucionário...

Julgo, pelo que vi, que se, nesse momento, surgisse alguém com a capacidade de um chefe revolucionário, nada o deteria. (Recordo uma noite no Porto em que as mães incitavam os filhos a ir para a rua manifestar--se; e elas também iam. Num comício em Guimarães, onde falava o Paulo Cunha, a favor do Tomás, “eles” foram perseguidos a tiro. De regresso de um comício em Fafe, vi na Maia um grupo de militares, chefiado por um alferes, atacar a polícia que pretendia dispersar a multidão que vitoriava o general). Mas não houve, infelizmente, ninguém. E parte dos que acompanhavam o general não tinha a coragem dele, nem os seus desígnios de então.
A partir daí foi aumentando a repressão, dia a dia, hora a hora, mais violenta e brutal, mais despudorada. Nas vésperas das eleições, muitos dos dirigentes das candidaturas já estavam presos e os outros aguardavam a mesma sorte. O problema era também a entrega das listas. A PIDE procurava apanhá-las e evitar que fossem entregues nos vários distritos. O medo tornava-os estúpidos e sem o mínimo pejo.

O Mário Cal Brandão pediu-me — dado que eu não era elemento conhecido da candidatura — para entregar as listas em Barcelos, em Braga e no distrito de Viseu.


Por outro lado, conhecia todos aqueles a quem as listas deviam ser entregues. Mesmo assim, aconselharam-me que usasse todas as cautelas. Deixei o meu automóvel na garagem do Luís Veiga e levei o carro dele. Pedi a uma amiga minha que me acompanhasse, para fingir ser um passeio romântico. E a missão foi cumprida.


Mas o medo era de tal ordem que algumas das listas que entreguei a um médico – felizmente uma parte insignificante – foram logo lançadas a um poço. E depois foi a vergonha total. Os resultados das mesas eram por toda a parte 90 e mais por cento, mesmo em circunscrições onde toda a gente sabia que o general tinha uma esmagadora maioria. Lembro-me que então (refiro por ser um caso que verifiquei) só cinco eleitores tinham votado no Tomás, e o resultado foi de 96%. Foi, como disse, pouco tempo antes de o general pedir asilo na Embaixada, que fui a casa dele, em Lisboa, com o Martinho de Faria e a Elsa Faria. Durante mais de duas horas, quase só ouvimos o general. A dura prova por que passara tinha deixado nele marcas evidentes. Havia nele uma mistura de revolta e de espanto. Nós, que sofríamos a ilegalidade e a violência há muito tempo, tínhamos, em cada agravo sofrido, um assomo de revolta, mas “sabíamos com que contar”. Não havia surpresa nem espanto. Raiva, apenas raiva. No general tudo era diferente. Toda a sua vida correra na mó de cima, mesmo a sua situação de delfim do Salazar o colocava para lá das discriminações, das perseguições, do pântano de injustiças e de pequenas e grandes pulhices que nos cercavam, a nós os dominados.
Só durante a campanha o general se deve ter apercebido da verdadeira realidade do regime de que fora suporte e da máquina que o procurava destruir. Mal sabia ele que o ódio terrível o faria um dia cair numa emboscada assassina. Mesmo então, começava a perceber, mas ainda não totalmente, que o regime iria, sem dores de consciência, até ao crime mais sórdido. Pobre general! Bem doloroso foi o caminho que o levou muito depois de assassinado até ao Panteão. Embora os seus assassinos – executantes, mandantes e cúmplices – continuem gozando uma infame imunidade. Ele falava, gesticulava, ameaçava como se o atacassem. Conhecedor da muita miséria interior do regime, planeava para abater o regime comprar três ou quatro generais e outros tantos almirantes, e por pouco dinheiro. Não devo ter dito meia dúzia de frases e estava profundamente perturbado com aquilo a que assistia. Já não distinguia a exaltação do desconcerto. Tudo aquilo me afligia, política e humanamente. 
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Este Primo escritor, filho do Escritor e Grande Republicano de Amarante, foi também um grande escritor e lutador contra a Ditadura Salazarista. O seu Pai lutou muito pela República, chegando a ser Ministro da Instrução, nos primeiros anos da mesma. O Alexandre era uma Pessoa muito afável e por quem nutro uma grande consideração, isto apesar de já não fazer parte do mundo dos vivos... fez questão de me enviar todos os seus livros publicados antes de morrer e já com algum sofrimento e cansaço, quis vir ao meu casamento, o que muito me honrou!

Amarante - De 15 de Outubro a 20 de Novembro, cerca de 30 restaurantes de Amarante servem o melhor da cozinha tradicional desta região, numa iniciativa da Associação Empresarial local!




«Amarante: Restaurantes mostram o melhor da gastronomia tradicional no “Amarante à mesa”


Iniciativa da Associação Empresarial de Amarante decorre até 20 de Novembro e envolve cerca de 30 restaurantes da cidade.
De 15 de Outubro a 20 de Novembro, cerca de 30 restaurantes de Amarante servem o melhor da cozinha tradicional desta região, numa iniciativa da Associação Empresarial local.
A inauguração do “Amarante à mesa” teve lugar no passado sábado, com a transmissão em directo do programa Terra-a-Terra, da TSF, a propósito deste certame. Um debate moderado pelo jornalista Nuno Amaral da TSF. Nesta “conversa à mesa” da rádio sentaram-se o presidente da Associação Empresarial, Luís Miguel Ribeiro; o presidente da Associação de Produtores de Vinho Verde (Proviverde), Castelo Branco; o presidente da Confraria dos Doces Conventuais, Luís Sardoeira; o proprietário do restaurante “Casa Coelho”, Filipe Coelho e o Historiógrafo de Amarante António Patrício.
O “Amarante à mesa” envolve cerca de três dezenas de restaurantes, diversas tasquinhas típicas e as confeitarias da cidade num evento que pretende proporcionar às pessoas a degustação dos pratos típicos desta região, mantendo as ancestrais tradições no seu peculiar método de confecção.
O tradicional cabrito assado, regado com o generoso vinho verde de Amarante e acompanhado do estaladiço pão de Padronelo, é servido à mesa valorizando o enorme potencial gastronómico desta região como um património a saborear. Para a sobremesa, não se dispensam os doces conventuais amarantinos, como as lérias, os papos d’anjo, as brisas do Tâmega ou até um S. Gonçalo.
Na ementa do “Amarante à mesa” constam o cabrito assado, a feijoada à moda de Amarante, a vitela, o vinho verde, o pão de Padronelo, o fumeiro e os doces conventuais.
Nestes dias, os restaurantes vão recuperar algumas das receitas tradicionais indissociáveis do património gastronómico tão típico de Amarante.
Ao longo do “Amarante à mesa” haverá muita animação, reviver de tradições, workshops, provas de vinho, tertúlias, actividades de lazer para que, em cada um dos fins-de-semana, haja um motivo diferente de interesse para acompanhar o prazer de sentar à mesa e saborear o melhor paladar da gastronomia amarantina.
Ao longo destas cinco semanas, a gastronomia é a principal atracção num território cheio de motivos de interesse para passar bons momentos, desde a paisagem natural da imponente Serra do Marão e do rio Tâmega ao património histórico da rota do românico e ao ex-líbris do centro histórico, numa combinação perfeita de todos os sentidos.» in http://www.averdade.com/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiI0MzMwIjtzOjk6ImlkX3NlY2NhbyI7czoxOiIzIjt9

Terrorismo - ETA anuncia fim dos tempos de terror, que espalhou abundantemente com a sua luta armada, em quase 50 anos!




«ETA anuncia fim de 43 anos de luta armada




"Uma decisão clara, firme e definitiva". Foi assim que a organização terrorista ETA anunciou hoje o fim da luta armada pela independência do País Basco.
O anúncio foi feito através de um comunicado escrito e em vídeo publicado nas edições digitais dos diários bascos Gara e Berria.

Os três encapuzados que comparecem em nome da organização terrorista apelaram aos governos de Espanha e França para "abrir um espaço de diálogo direto", destinado a solucionar "as consequências do conflito".

"É tempo de olhar para o futuro com esperança. É tempo de atuar com responsabilidade e valentia", sublinha um dos etarras no comunicado.
Entretanto, o primeiro-ministro espanhol já reagiu à notícia do cessar-fogo da ETA. "Haverá uma democracia sem terror, mas não sem memória", disse, esta tarde, no Palácio de Moncloa, o primeiro-ministro José Luís Zapatero.
Visivelmente emocionado, o dirigente político dirigiu-se ao povo espanhol dizendo-se "consciente da importância transcendental do anúncio", sublinhando a sua "confiança" e a dos espanhóis na "democracia e liberdade de Espanha".
"Durante muitos, demasiados anos, sofremos e combatemos o terror até conseguirmos finalmente que a razão democrátia abrisse caminho. E isto só é possível graças à determinação de todos os governos democráticos e seus presidentes", referiu.
Anúncio do cessar-fogo chega depois de conferência de paz
O anúncio do cessar-fogo acontece três dias depois da Conferência de Paz de San Sebastián, em que os vários representante internacionais instaram ao fim da violência numa declaração de cinco pontos produzida durante o congresso. Globalmente, o comunicado sugeria o início de conversações entre os governos francês e espanhol com a organização terrorista. 
Durante muitos, demasiados anos, sofremos e combatemos o terror até conseguirmos finalmente que a razão democrátia abrisse caminho      José Luís Zapatero, primeiro-ministro espanhol
A ETA diz que está a começar "um novo tempo político". A violência da luta, explicam, levou-lhes muitos companheiros e muitos continuam presos. "Não foi um caminho fácil", escrevem no comunicado, sem nunca fazer referência aos milhares de vítimas que fizeram ao longo dos anos.
No documento, a ETA refere-se diretamente à conferência internacional que decorreu segunda-feira no País Basco, onde estiveram, entre outros, Kofi Annan e Gerry Adams, que considerou "uma iniciativa de grande transcendência política. 
"A resolução reúne os ingredientes para uma solução integral do conflito e conta com o apoio de amplos setores da sociedade basca e da comunidade internacional", afirmam.
O Batasuna, o partido político que para muitos é o braço político da organização, mas que no início do ano se demarcou da atuação da ETA ao pedir publicamente um cessar-fogo definitivo, ainda não se procunciou sobre a decisão da organização.
829 vítimas mortais em 43 anos
O grupo separatista basco foi fundado em 1959 e enveredou pela luta armada em 1968. A Euskadi Ta Askatasuna tinha como objetivo a formação de um estado independente - a Euskadi.
Cinco décadas após a sua formação, a organização estava agora debilitada por uma forte operação policial e judicial lançada sobre si nos últimos dois anos.
Durante os 43 anos de vigência, a ETA anunciou vários cessar-fogos. Primeiro em 1989, depois em 1996 e 1998, mais tarde em 2006 e agora em 2011. Porém, a organização terrorista regressou sempre com ataques mortais.
O grupo separatista basco matou 829 pessoas, fez milhares de feridos e sequestrou centenas de civis.
@ Vera Moutinho e Nuno de Noronha» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1195445.html

(ETA em fim de percurso)

20/10/11

Política Nacional - O Presidente da Republica, Dr. Cavaco Silva, perdeu uma ótima oportunidade para estar calado...


«A demagogia de Cavaco

Gostava de começar esta crónica a elogiar o Presidente. Mas era bom que desse motivos para isso.Gostava de começar esta crónica a elogiar o Presidente. Mas era bom que desse motivos para isso. Ontem atirou-se ao corte do subsídio de Natal e de férias dos funcionários do Estado: "É a violação de um princípio básico de equidade fiscal. Era a posição que já tinha quando o anterior Governo fez um corte nos vencimentos dos funcionários públicos." 

A declaração, a segunda em quatro dias, é lamentável. Não porque contraria o Governo, mas porque não tem razão. Porque se há um problema num sector da economia, não se vai penalizar outros sectores em nome da solidariedade. E a verdade é que a Administração Pública tem não um, mas três problemas: está sobredimensionada (tem gente em excesso); gasta de mais; e não permite despedimentos (ou seja, tem "empregados de longa duração"). 

O corte geral de salários não é a solução ideal? Não: cortes de salários (e despedimentos) deveriam ser selectivos. Mas o Presidente que aponte um único estudo (ou avaliação) que permita fazer essa selecção num mês. 

Cavaco está a tentar demarcar-se da medida mais polémica da sua "família política" (e não quer ser acusado de ter dois pesos e duas medidas)? Se sim, que escolha outra área. Porque nesta não tem moral para falar. Quando primeiro-ministro, não fez nada pela reforma do Estado. Mais: aprovou um modelo de remuneração na Administração Pública que fez disparar a despesa com salários. Por outro lado, esquece-se de dois "pormaiores": 1 - o sector privado é mais lesto a baixar salários do que o Estado (foi assim em crises anteriores e está a ser assim agora); 2 - mais meia hora de trabalho por dia no sector privado equivale a um corte de 7% a 8% no salário. Tanta demagogia para quê?» in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=513637
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O Senhor Presidente da república perdeu uma grande oportunidade para estar calado... se tinha recados e opiniões a dar ao governos, pedia uma audiência com o Primeiro Ministro... agora se quer uma crise política, quero ver quem vai pagar os salários depois... vai ele negociar com a Troika, só se for?

Ele conhece os contornos do acordo com a Troika e deveria saber melhor que ninguém que dizer o que ele disse, neste momento, é dar tiros nos pés... dos Portugueses! Ser elogiado pelos socialistas que alegremente deixaram este país cair no caos económico, só pode ser sinal de que meteu o pé na poça... agora seja consequente, Dr. cavaco, vete o orçamento de estado, as coisas vão de certeza ficar melhores em Portugal!



(Você na TV- Camilo Lourenço explica o que vai mudar na vida dos portugueses)


Arte Poesia - “O Bode Ranhoso do Marão® „: "Por te Amar".



“ O Bode Ranhoso do Marão® „: Por te Amar: Clique na imagem para aumentar


Política Internacional - Quase a cada minuto são divulgadas novas fotografias de Muammar Kadhafi morto, para que ninguém tenha dúvidas de que a "era Kadhafi" chegou mesmo ao fim!




«"O déspota morreu, a Líbia está livre"


"O déspota morreu, a Líbia está livre", lança um funcionário de um hotel em Tripoli, com os olhos postos na televisão. Quase a cada minuto são divulgadas novas fotografias de Muammar Kadhafi morto, para que ninguém tenha dúvidas de que a "era Kadhafi" chegou mesmo ao fim.

"Não posso acreditar nos meus olhos. Acabou, acabou... Allah Akbar (Deus é grande). Venham ver! É ele mesmo", repete, dirigindo-se aos colegas.

Lá fora, nas ruas, os partidários do novo regime festejam à sua maneira, disparando para o ar com diferentes tipos de armas, da kalachnikov à artilharia pesada.

A proibição pelas autoridades de Tripoli dos tiros de demonstração de alegria não teve efeito. Vale tudo perante a notícia mais aguardada dos últimos meses.

Várias viaturas circulam na capital, lembrando através de mensagens lançadas através de megafones que os tiros de alegria eram "haram" (proibidos pelo Islão), segundo um decreto religioso (fatwa) anunciado recentemente por Sadok Ghariani, um dignitário respeitado.

Alguns ainda não acreditam na notícia, principalmente após informações contraditórias sobre a detenção ou a morte de personalidades nas últimas semanas.

"Não acredito. É preciso ver um vídeo", afirma um homem armado que esteve na frente de batalha em Bani Walid, um dos feudos de Kadhafi, "libertado" há dois dias.
Devemos pensar, agora, no amanhã. Perdemos muito tempo, basta     Mohamed, 24 anos
Para Anis, um motorista de 20 anos, se o ex-líder estivesse vivo, teria continuado a representar uma ameaça para o país.

"Estou contente que tenha sido morto. Senão ainda representaria perigo para a Líbia", repetiu.

"Agora, é preciso encontrar Seif Al-Islam", um dos filhos de Kadhafi, procurado pela justiça internacional e que teve um papel importante na repressão mortífera da revolta líbia, acrescentou.

Dezenas de viaturas patrulhavam as ruas da capital, carregando nas buzinas de um modo ensurdecedor, provocando engarrafamentos em vários bairros da capital.

Na praça dos Mártires, ex-praça Verde, milhares de pessoas reuniram-se agitando bandeiras da nova Líbia, nas cores vermelha, preta e verde.

Outros já pensam na Líbia pós-Kadhafi. "Devemos pensar, agora, no amanhã. Perdemos muito tempo, basta", afirma Mohamed, 24 anos.

"Espero que as forças políticas entrem em acordo rapidamente sobre o futuro da Líbia", disse, no momento em que começam a ouvir-se temores sobre uma luta de poderes entre tribos, regiões e entre islamitas e liberais.

Na quarta-feira, o número dois do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mahmud Jibril, expressou em Tripoli receios quanto ao "caos" que poderia resultar numa "batalha política" precoce.

Mais otimista, Afaf, uma professora, considera que "os líbios têm uma grande esperança no futuro. Amanhã será certamente melhor", diz, convicta.

"Há um sentimento de liberdade. Todos criticam todos. É normal que haja diferenças", remata.

SAPO/AFP» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1195450.html

Imagens da Morte do Ditador Kadhafi!
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Kadhafi o ditador hoje assassinado pelos rebeldes, foi o homem que Sócrates subservientemente visitou em Portugal, tendo o primeiro recebido o nosso primeiro ministro à data, na sua tenda das arábias, montada em Lisboa... lembram-se, é que foi há tão pouco tempo!

Política Internacional - Em Sirte os guerrilheiros festejam nas ruas a captura do ex-líder líbio Kadhafi com gritos, dança e disparos para o ar!

Kadhafi pode ter sido morto durante a captura (SAPO)


«Kadhafi pode ter sido morto durante a captura

No vídeo vê-se depois, relata a AFP,o  corpo a ser levado pelos combatentes e colocado numa camioneta.

O canal de TV "Libya lil Ahrar" (Líbia Livre) também confirmou a detenção de Kadhafi. De acordo com o canal, o ex-ditador foi detido com o filho Muatasim, além de Mansur Dau (chefe dos serviços de segurança interna), e Abdullah Senusi, diretor do serviço de inteligência libios.

A agência Reuters cita um guerrilheiro que terá testemunhado a detenção de Kadhafi e que avança que o ditador líbio estava escondido e terá gritado "Não disparem, não disparem".
A Reuters foi a primeira a avançar  que Kadhafi morreu em sequência dos ferimentos, citando um oficial do CNT. De acordo com a estação de televisão Al Arabiya e a televisão líbia, o coronel já chegou morto ao hospital de Misrata, cidade que fica a cerca de 200 km da capital, Tripoli. 
NATO diz ter bombardeado um grupo de veículos pró-Kadhafi perto de Sirte
"A aproximadamente 08h30 hora local de hoje, a NATO bombardeou veículos da força militar pró-Kadhafi que faziam parte de um grupo maior que operava nas vizinhanças de Sirte", afirmou o porta-voz da NATO, coronel Roland Lavoie.
A NATO não confirma no entnto que Kadhafi estivesse num dos veículos.
Ministro da Defesa morto em Sirte

A notícia surgiu ao mesmo tempo em que a Agência France Press dava conta que o ministro da Defesa do regime deposto de Kadhafi tinha sido morto em Sirte.

O médico Abdou Raouf afimrou ter "identificado o corpo de Aboubakr Younès Jaber", levado esta manhã  para o hospital de campanha de Sirte.

A captura do antigo dirigente líbio aconteceu horas depois do Conselho Nacional de Transição tomar Sirte, a cidade natal de Kadhafi, a 360 quilómetros da capital.

De acordo com o El País, o presidente do Conselho, Mustafá Abdel Yalil, deverá declarar o país livre assim que todo o território esteja controlado pelas forças da transição.

Muammar Kadhafi era procurado desde agosto, altura em que as tropas rebeldes assumiram o controlo de Tripoli, levando à fuga do líder e da sua família.
O movimento de rebelião no país começou há 8 meses, pouco antes da NATO dar início aos raides aéreos para proteger os civis.

Muammar Kadhafi esteve à frente da Líbia nos últimos 42 anos. A 16 de Maio, um procurador do Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, emitiu um mandato internacional de captura e prisão contra o coronel Kadhafi por crimes contra a humanidade.


EUA dizem que não podem confirmar captura de Kadhafi
O governo dos Estados Unidos informou que ainda não tem condições de confirmar a notícia de que o ex-ditador líbio Muamar Kadhafi tenha sido capturado ou morto.

"O Departamento de Estado não pode, neste momento, confirmar as notícias da imprensa sobre a captura ou morte de Muamar Kadhafi", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
(notícia em atualização)
@Vera Moutinho e Nuno de Noronha com agências» in 
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1195384.html

(Kadhafi morreu)

Política Nacional - Os directores de topo da PSP colocaram-se de forma discreta no novo regime remuneratório desta força de segurança!

Diretores da PSP aumentam em segredo os seus salários (DE)


«Directores da PSP aumentam em segredo os seus salários


Os directores de topo da PSP colocaram-se de forma discreta no novo regime remuneratório desta força de segurança.
O Diário de Notícias (DN) escreve hoje que o Director-Nacional, os três Directores adjuntos e o Inspector Nacional da PSP aumentaram-se a si próprios já no ano passado, o que implicou um acréscimo de despesa em remunerações certas e permanentes de quase 24 mil euros. Só para Director-Nacional foram mais de 800 euros mensais, cerca de 11.300 euros por ano. Os números constam de uma auditoria pedida pelo antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos à PSP pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), que foi realizada entre o final de 2010 e o início deste ano.
O DN explica que "os aumentos foram processados quando era Director Nacional o superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira, que se aposentou em Abril deste ano, e Director-Nacional Adjunto de Operações e Segurança, o superintendente-chefe Guedes da Silva, actualmente o chefe máximo".
Os directores de topo da PSP colocaram-se assim no novo regime remuneratório da PSP, deixando para trás a esmagadora maioria do efectivo desta força de segurança que não transitou para esta tabela, que estava em vigor desde o início de 2010.
Além disso, diz o DN, a auditoria descobriu ainda procedimentos irregulares e ilegalidades relacionados com abonos salariais e contratações.
O jornal acrescenta que as Finanças já enviaram as conclusões da auditoria para o Tribunal de Conta, tendo ainda feito um conjunto de recomendações à PSP para acabar com as irregularidades.
Esta notícia foi conhecida no dia em que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, vai reposicionar uma parte dos agentes e oficiais da PSP e GNR "a título absolutamente excepcional" e no quadro do Orçamento rectificativo e do Orçamento do Estado para 2012, confirmou uma fonte do MAI ao Diário Económico. A decisão abrange mais de 11 mil elementos das duas forças de segurança e terá um impacto financeiro anual de 11,2 milhões de euros nos cofres do Estado.» in http://economico.sapo.pt/noticias/directores-da-psp-aumentam-em-segredo-os-seus-salarios_129530.html
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Em Portugal, ladrão, é o pilha galinhas, aquele que rouba para comer... os de gravata, são doutores... ninguém vai preso, ninguém vai devolver o dinheiro; o povo paga!


(Director Nacional da PSP em Santarém)

Música Brasileira - Fafá de Belém uma voz do Brasil, muito ligada a Portugal!




Fafá De Belém - "Amor Cigano"


Fafá de Belem - "Memórias"

Fafá de Belém - "Amor da Minha Vida" - (Especial Roberto Carlos)
Roberto Carlos e Fafá de Belém - "Se Voce Quer"

FAFÁ DE BELÉM - "CORAÇÃO DO AGRESTE"

«Fafá de Belém
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Fafá de Belém


Informação geral
Nome completo Maria de Fátima Palha de Figueiredo
Nascimento 9 de agosto de 1956 (55 anos)
Origem Belém (Pará)
País Brasil
Fafá de Belém, nome artístico de Maria de Fátima Palha de Figueiredo (Belém, 9 de agosto de 1956), é uma cantora e atriz brasileira.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Trajetória artística
3 Década de 1980
4 Eventos e transferência de gravadora
5 Sucesso e popularidade, críticas aos trabalhos
6 Década de 2000
7 Trabalhos na televisão
8 Trabalhos no cinema
9 Prêmios
10 Discografia
11 Curiosidades
12 Ligações externas
[editar]Biografia


Filha do advogado e bancário Joaquim de Figueiredo (Seu Fefê) - falecido em 1997 - e de Eneida Palha, filha de uma família de políticos da região (Dona Dê), Fafá pertencia a uma família de classe média-alta da capital paraense e desde a infância destacava-se nas reuniões familiares com a voz afinada. Na adolescência já gostava de música e, em parceria com amigos, fez alguns espetáculos em bares e casas noturnas, fugindo de casa para realizar tal fato.
Em 1973 conheceu o baiano Roberto Santana, produtor do grupo Quinteto Violado e musical da Polygram, que a aconselhou a investir na carreira fonográfica. Incentivada por este, apresentou-se em alguns lugares como Rio de Janeiro, Salvador e em Belém. Nesse mesmo ano, estreou como cantora profissional no musical Tem muita goma no meu tacacá, que satirizou o cenário político da época. O espetáculo, estrelado no principal teatro de Belém, o Theatro da Paz, também contou com a participação especial do conterrâneo, o futuro ator Cacá Carvalho. Como as cantoras de sua geração, foi fortemente influenciada por cantores consagrados da MPB como Maysa, Roberto Carlos, Cauby Peixoto e os grupos Jovem Guarda e Beatles, ouvindo-os com entusiasmo, além de outros gêneros, como jazz, música clássica, e os grandes ídolos do rádio.
[editar]Trajetória artística


Em 1975 teve o primeiro grande momento de sucesso com a canção Filho da Bahia (Walter Queiroz), que estourou nas rádios. A música, gravada exclusivamente para a trilha sonora da novela global Gabriela, também originou um clipe no programa Fantástico, da mesma emissora. Na mesma época lançou o primeiro compacto, que continha as músicas Naturalmente (de Caetano Veloso e João Donato) e Emoriô (de Gilberto Gil e João Donato).
O primeiro disco, Tamba Tajá, foi lançado em 1976 pela gravadora Polydor, e nos mostrou um repertório eclético, mas essencialmente brasileiro e que trouxe à cantora ainda muito ligada às suas raízes nortistas; no repertório, destaque, dentre outras músicas para os forrós Haragana (Quico Castro Neves) e Xamego (Luiz Gonzaga e Miguel Lima), as modinhas Pode entrar (Walter Queiroz) e a faixa-título (Waldemar Henrique) e o carimbó Este rio é minha rua (Paulo André e Ruy Barata). O álbum, que obteve excelente aceitação de crítica e público, arrebatou críticos como o normalmente exigente José Ramos Tinhorão, colunista do Jornal do Brasil, que a apontou como uma das melhores cantoras daquela geração.
O segundo trabalho, Água, de 1977, vendeu cerca de cem mil cópias e consagrou a cantora nacionalmente, a bordo de vários sucessos, dentre os quais a regravação do clássico Ontem ao luar (Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara), Raça e Sedução (ambas de autoria da dupla Milton Nascimento e Fernando Brant), e principalmente Foi assim e Pauapixuna (ambas dos compositores paraenses Paulo André e Ruy Barata). No ano seguinte veio Banho de cheiro, com destaque, dentre outras, para Dentro de mim mora um anjo (Sueli Costa e Cacaso), Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant), e Moça do Mar (Octávio Burnier e Ivan Wrigg). Conquistou ao longo da carreira muitos fãs, tendo como marcas registradas a apresentação descalça e com intensas interpretações que sempre animavam o público.
Em 1979 lançou seu maior sucesso até hoje, a música Sob medida (Chico Buarque). A música integrou o repertório de um dos discos considerados melhores em sua carreira: o eclético Estrela radiante, onde se alternou entre canções regionais e urbanas; outro grande sucesso deste disco foi a faixa-título, de autoria de Walter Queiroz.
[editar]Década de 1980


Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos, registravam índices recordes de audiência. Fafá participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Elis Regina, Gal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.
Em 1980 lançou o disco Crença, com destaque para a faixa-título (de Milton Nascimento e Márcio Borges), as canções Sexto sentido (Beto Fogaça e Hermes Aquino), Bicho homem (Milton Nascimento e Fernando Brant), Carrinho de linha (Walter Queiroz), Me disseram (Joyce) e Para um amor no Recife (Paulinho da Viola).
Nesse mesmo ano, mais precisamente no dia 5 de março, nasceu na capital paulista, sua única filha, Mariana de Figueiredo Mascarenhas, conhecida por Mariana Belém, do namoro relâmpago que teve com o saxofonista Raul Mascarenhas, de quem se separou. Depois dele apareceu com outros namorados na mídia. Foi considerada a primeira "produção independente" às claras do Brasil, segundo alguns sexólogos e psicólogos, já que Fafá mesmo afirma que nunca quis casar, só ter filhos.
Posou seminua em 1981 para a extinta revista Status Plus, em uma entrevista com Tom Jobim. No ano seguinte, do disco Essencial (faixa-título de Joyce): Fafá se torna famosa pela interpretação de duas músicas: Bilhete (Ivan Lins e Vitor Martins), da trilha da novela Sol de Verão de Manoel Carlos, e Nos bailes da vida (Milton Nascimento e Fernando Brant).
[editar]Eventos e transferência de gravadora


No ano seguinte transferiu-se para a independente Som Livre; o disco que marca sua estreia na nova gravadora leva seu nome. No repertório deste, destaque para as canções Menestrel das Alagoas (Milton Nascimento e Fernando Brant), composta em homenagem ao senador Teotônio Vilela, falecido naquele mesmo ano, e ainda Você em minha vida (Roberto e Erasmo Carlos), Aconteceu você (Guilherme Arantes) e Promessas (Tom Jobim e Newton Mendonça). Esta última foi o tema de abertura da última novela de Janete Clair, Eu Prometo.
Participou ativamente do movimento Diretas-Já em 1984, cantando, num momento antológico e polêmico, o Hino Nacional Brasileiro - gravado no LP Aprendizes da esperança, do ano seguinte; o repertório deste também incluiu as canções Doce magia, Coração aprendiz (Ronaldo Bastos) e um pot-pourri de lambadas (Lambadas I - Ovelha desgarrada/ O remador/ Não chore não/ Bom barqueiro), assim como os dois discos subsequentes - este ritmo se tornaria unanimidade no final daquela década. A célebre interpretação diante das câmeras para uma multidão que clamava pela redemocratização do país, foi muito contestada pela Justiça, mas ao mesmo tempo foi ovacionada e aclamada pelo público. A partir daí Fafá passou a ser conhecida como musa das diretas.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1987) procurou angariar fundos para combater a enchente que se abatera sobre a região, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, o compacto foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
[editar]Sucesso e popularidade, críticas aos trabalhos


A partir de 1985, Fafá tomou um rumo em sua carreira, que foi bastante criticado pelos mais conservadores; ela passou a incluir no repertório gêneros mais popularescos, como sertanejo, brega e principalmente lambada, apesar de nessa década ela ter-se consagrado como cantora romântica, de timbre grave, forte, quente, encorpado e sedutor, e ter gravado outros estilos, como forró, bolero e guarânia. Alheia às críticas, ela emplacou um sucesso atrás do outro. Nesse caminho prosseguiu com Atrevida (1986), que vendeu um milhão de cópias graças ao sucesso da canção Memórias (Leonardo), e trouxe também Meu homem (versão da própria Fafá para a balada "Nobody does it better", gravada originalmente por Carly Simon) e um samba-enredo (Rei no bagaço coisas da vida - de Osvaldo e Robertino Garcia, com citação de Samba do jubileu de ouro). No ano seguinte veio Grandes amores, cujo maior sucesso foi a canção Meu dilema (Michael Sullivan e Leonardo). No ano seguinte voltou à Polygram onde lançou o também criticado Sozinha, com destaque para Meu disfarce (Chico Roque e Carlos Colla).
Em 1989 assinou com a gravadora BMG que lançou Fafá, que trouxe as lambadas Chorando se foi e Conversa bonita (Chico Roque e Carlos Colla), os sucessos românticos Nuvem de lágrimas (Paulo Debétio e Resende) e Amor cigano (Michael Sullivan e Paulo Massadas) e ainda Coração do agreste (Moacir Luz e Aldir Blanc); esta última integrou a trilha de Tieta, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Dois anos depois, veio o disco Doces palavras, com destaque para Águas passadas e Coração xonado. A versão deste em CD trouxe três faixas-bônus, Eu daria minha vida (Martinha), A luz é minha voz e Dê uma chance ao coração (Michael Sullivan e Paulo Massadas). Estas não haviam entrado no LP original por problemas de espaço.
Em 1998 sofreu um aborto espontâneo. Estava grávida de seu namorado, e entrou em choque ao ler em um jornal que noticiava sua gravidez, mas o jornal se perguntava se a cantora saberia quem seria o pai da criança e se a filha dela, Mariana, sabia que a mãe estava grávida. Ela ficou extremamente abalada e ofendida, como seu namorado também. Um dia depois da notícia ela passou muito mal e foi internada, e assim perdeu a criança, e mesmo após anos, ela ainda não se recuperou totalmente dessa terrível perda. [1]
[editar]Década de 2000


Na década de 2000, lançou Maria de Fátima Palha Figueiredo (2000), que trouxe diversas canções consagradas românticas da MPB e ainda as regravações de Meu nome é ninguém (Haroldo Barbosa e Luiz Reis - já havia sido gravada anteriormente com Miltinho), Foi assim e Sob medida, assim como Piano e voz (2002), na mesma linha de Fafá ao vivo, Fafá de Belém do Pará - O Canto das águas (2003), que trouxe um repertório essencialmente brasileiro, destacando culturas nortistas onde todas as canções são de autoria de compositores conterrâneos seus, sendo que algumas músicas ela já havia gravado anteriormente (Pauapixuna, Este rio é minha rua e Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense, composta Edyr Proença e Adalcinda), e Tanto mar (2004), um tributo a Chico Buarque que contou com a participação do próprio na canção Fado tropical.
O trabalho mais recente foi Fafá de Belém ao vivo (2007), que rendeu seu primeiro DVD, e foi lançado pela gravadora EMI - única multinacional que ainda não havia editado um disco de Fafá. A pouco tempo aceitou o desafio de ser atriz e atuou como a personagem Ana Luz na telenovela da Rede Record Caminhos do Coração, do autor Tiago Santiago.
Atualmente está solteira e vai ser avó. [2]
[editar]Trabalhos na televisão


2008 - Os Mutantes - Caminhos do Coração .... Ana Luz
2007 - Caminhos do Coração .... Ana Luz
1983 - Plunct, Plact, Zum .... Sereia
[editar]Trabalhos no cinema


1997 - Garotas do ABC .... Solange
[editar]Prêmios


1990 - Troféu Imprensa: Melhor Música (Nuvem de Lágrima)
1991 - Troféu Imprensa: Melhor Cantora
[editar]Discografia


Universal Music/Polygram
1976 - Tamba Tajá
1977 - Água
1978 - Banho de cheiro
1979 - Estrela radiante
1980 - Crença
1982 - Essencial
Som Livre
1983 - Fafá de Belém
1985 - Aprendizes da esperança
1986 - Atrevida
1987 - Grandes amores
Universal Music/Polygram
1988 - Sozinha
BMG
1989 - Fafá
1991 - Doces palavras
Som Livre
1992 - Meu fado
BMG
1993 - Do fundo do meu coração
Sony Music
1994 - "Cantiga para ninar meu namorado"
1995 - Fafá - ao vivo
1996 - Pássaro sonhador
WEA / Warner Music
1998 - Coração brasileiro
2000 - Maria de Fátima Palha de Figueiredo
2002 - Piano e voz - ao vivo
2002 - O canto das águas
BMG
2004 - Tanto mar - Fafá de Belém canta Chico Buarque
EMI
2007 - Fafá de Belém - ao vivo (CD e DVD)
[editar]Curiosidades




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Desde o final dos anos 80, dedicou-se mais à carreira internacional, principalmente em Portugal - país este onde goza de grande popularidade e realiza espetáculos até hoje (Ver Fafá de Belém Ídolo - site português dedicado à cantora). Gravou até mesmo um disco só de fados, Meu fado (1992), com uma linha totalmente anticomercial, somente com canções consagradas do gênero - trouxe também a música Memórias, novamente, regravada nesse estilo - e também é descendente de portugueses. No ano seguinte veio Do fundo do meu coração, com canções de compositores consagrados da MPB como Caetano Veloso (O quereres), Cazuza (Vingança boba), Elpídio dos Santos (Casinha branca), os Titãs (Desordem), Roberto Carlos (a faixa-título), Sueli Costa (Capricho), Marcos Valle (Paixão sem medida), o português Carlos Paião (Tudo acabou) e Chico Buarque (Sobre todas as coisas - parceria com Edu Lobo), e em 1994 assinou com a gravadora Sony Music que lançou o LP Cantiga pra ninar meu namorado. Com o acompanhamento de vários músicos e maestros, "Cantiga" contou com uma leitura totalmente acústica; no repertório, destaque para as canções Bandoleiro, de Fafá e César Augusto, e "Poeira de Estrelas", tema da novela A Viagem (Rede Globo). Em 1995 lançou seu primeiro disco ao vivo, Fafá ao vivo, o último a ter versão em vinil - comemorativo dos vinte anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras músicas consagradas.
A volta às canções de maior apelo regional se deu com Vermelho (Chico da Silva), que fez parte do repertório do CD Pássaro sonhador (1996), que obteve enorme sucesso, assim como Abandonada, de autoria do produtor do CD, Michael Sullivan.
Afirmando sua fé católica, cantou para o então papa João Paulo II em 1997, na canção Ave Maria (de Jayme Redondo e Vicente Paiva), imortalizada por Dalva de Oliveira, lançada inicialmente num CD single e depois regravada no CD Piano e voz. Fafá subiu as escadas para beijar o papa, pois não conteve a emoção. Uma canção de Michael Sullivan também foi usada como faixa-título de seu disco de 1998, Coração brasileiro, lançado pela gravadora WEA, que trouxe, dentre outras, as regravações de Eternamente e Pai, gravadas originalmente por Gal Costa e Fábio Júnior, respectivamente; a primeira também contou com uma versão em espanhol, adaptada por Juan Bravo.
No meio de 1979, houve uma alteração nos modelos VW Fusca 1300 L e VW Fusca 1600, as lanternas traseiras (capela) se tornam maiores e passam a ser chamadas "Fafá", em alusão aos seus seios.
[editar]Ligações externas


Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Citações no Wikiquote
Imagens e media no Commons
Página oficial de Fafá de Belém
Site português em homenagem à cantora Fafá de Belém
Blog - Fafá de Belém anos 70 e 80
Fafá de Belém (em inglês) no Internet Movie Database
Dicionário Houaiss ilustrado [da] música popular brasileira/Instituto Antonio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin; Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Paracatu, 2006» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Faf%C3%A1_de_Bel%C3%A9m


"Amor Cigano
(Michael Sullivan & Paulo Massadas)


Como vou dizer que não te amei
Se eu ainda penso em você
Se eu ainda tenho a ilusão
De encontrar para nós a solução

Como vou dizer que te esqueci
Se eu não aprendi a te esquecer
Se eu não consigo mais dormir
Sonho acordada com você

Mesmo sem querer eu vou lembrar
Coisas impossíveis de apagar
É pra mim difícil entender
A vida sem você
Dói se você diz que não me quer
Mas eu não consigo te deixar
Faço tudo que esse amor quiser
Pra você ficar

Vida minha, vida minha
Meu amor cigano
Como posso me enganar
Fingir que não te amo
Vida minha, vida minha
Não me deixe agora
Logo quando eu mais
Preciso de você
Diz pra mim que não deixou de
me querer "


Turismo - A cantora brasileira Fafá de Belém recebeu na quarta-feira, no Rio de Janeiro, a medalha de mérito turístico pelo seu trabalho espontâneo de divulgação e promoção de Portugal como destino turístico no Brasil e no mundo!




«Brasil: Cantora Fafá de Belém recebe medalha de mérito turístico de Portugal


A cantora brasileira Fafá de Belém recebeu na quarta-feira, no Rio de Janeiro, a medalha de mérito turístico pelo seu trabalho espontâneo de divulgação e promoção de Portugal como destino turístico no Brasil e no mundo.

"É uma homenagem muito merecida. A nossa intenção é que a cada vez mais brasileiros descubram Portugal e, para isso, a Fafá é nossa melhor embaixadora. Só consegue explicar e convencer os outros a irem a Portugal quem conhece e quem gosta de Portugal, como ela", afirmou à Agência Lusa a secretária de Turismo, Cecília Meireles.
A medalha foi entregue à cantora pelas mãos da secretária Cecília Meireles, durante cerimónia realizada no Palácio São Clemente, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.
Muito emocionada, a cantora não conteve as lágrimas e chorou em diversos momentos da homenagem, a relembrar sua relação de carinho e afeto com o país, terra natal dos seus pais.
"Eu me chamo Maria de Fátima por causa de uma promessa que uma tia fez quando meu pai, ainda criança, estava muito doente. Ele chegou a receber a extrema-unção, estava desacreditado, e esta tia prometeu que, se ele sobrevivesse, a primeira filha se chamaria Fátima", contou a cantora, uma das grandes defensoras da campanha "Está na hora de você descobrir Portugal", promovida pela secretaria de Turismo portuguesa.
De acordo com a artista, a primeira vez que esteve em Portugal foi muito marcante porque ela reconheceu no país as suas origens.
Ao ser questionada quantas vezes já havia estado em Portugal, Fafá de Belém deu uma de suas míticas gargalhadas, a acrescentar que já havia perdido a conta há muito tempo.
"Portugal é isso, é o mar que nos separa, mas nos une, é o idioma que é o mesmo, mas não é, é o sentimento, é uma saudade, é a emoção que ninguém tem vergonha de demonstrar. É a nossa alma, que é uma só", disse, em lágrimas, durante o discurso.
Segundo o vice-presidente de Turismo de Portugal, Frederico Costa, o número de turistas brasileiros em Portugal aumentou uma média de 25 por cento ao ano, nos últimos quatro anos.
"A estimativa é que até o final de 2011, 400 mil brasileiros tenham passado por Portugal para fins turísticos", acrescentou Costa.
A medalha de mérito turístico é conferida a personalidades ou entidades que tenham ajudado a promover Portugal como turismo pelo mundo.
Entre as outras personalidades que também receberam a distinção este ano estão o treinador do Real Madrid, José Mourinho, o surfista Tiago Pires, e o economista Ernâni Lopes, a título póstumo.

Fafá De Belém - "Amor Cigano"