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Cavaco Silva aprova Orçamento de Estado (act.)O Presidente da República, Cavaco Silva, acaba de promulgar o Orçamento de Estado (OE) para 2009, depois de ontem se ter referido a uma "quebra de lealdade entre os órgãos de soberania", a propósito do novo Estatuto dos Açores, avançou a "SIC Notícias".
Eudora RibeiroO documento entra em vigor no próximo dia 1 de Janeiro, apesar de ter sido alvo de fortes críticas da parte de economistas e antigos ministros das Finanças, que consideram o OE para 2009 desajustado face à actual conjuntura económica.
"Mesmo antes do agudizar da crise o OE para 2009 já não era realista. É necessário acabar com fantasias do défice de 3% em 2009 sem recurso a receitas extraordinárias", disse Luís Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças de José Sócrates, ao Diário Económico.
Esta promulgação surge depois do Presidente da República ter ontem tecido fortes críticas à
Assembleia da República, devido ao Estatuto Político Administrativo dos Açores, diploma que foi por duas vezes vetado por Cavaco Silva.
Na sua declaração ao país, o Presidente da República falou em "quebra de lealdade entre os órgãos de soberania", palavras que foram interpretadas pelos analistas políticos como um revés na cooperação estratégica entre São Bento e o Executivo de Sócrates.
O OE foi aprovado na Assembleia da República no passado dia 28 de Novembro, apenas com os votos da bancada socialista.
O documento prevê um crescimento económico de 0,6% para o próximo ano, sendo que a estimativa mais polémica é a de 7,60% para a taxa de desemprego.» in Diário Económico.
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Há coisas que realmente não se entendem! Depois daquela declaração crispada de ontem do Presidente Cavaco Silva, esperava-se algo mais antes da aprovação do Orçamento de Estado... Note-se que para além de ser um documento totalmente inexequível, como os números supracitados atestam, ainda contém portarias
escondidas que remetem para a delegação de competências de professores avaliadores e isto, depois de os sindicatos e inúmeros professores terem apelado ao Presidente para ser sensível a esse aspecto sub-reptício deste documento, é com enorme desagrado que recebemos esta notícia, sem um comentário sequer de Sua Excelência. É caso para dizer que assim vai a nossa República e o
Presidente vai nu e que
bem prega Frei Tomás, olhai para o que ele diz...