13/11/08

Reflexão Brilhante da Minha Colega Elsa Cerqueira, Professora de Filosofia da Escola Secundária/3 de Amarante!



























«A NOVA FORMA DE REPRESSÃO
ou os Paradoxos da Política Educativa



Paradoxo número um


O Estatuto da Carreira Docente (ECD) dicotomizou os professores em duas categorias: titulares e não titulares. Sob esta nomenclatura opera uma falsa hierarquização: serão os não titulares menos preparados, do ponto de vista científico-pedagógico, do que os titulares?
No Decreto-Lei 200/2007, que regulamentou o primeiro concurso de acesso à categoria de professor titular, pode ler-se “a criação da categoria de professor titular tem como objectivo dotar as escolas de um corpo docente altamente qualificado, com mais experiência e formação (...)”.
Como compatibilizar a “experiência” profissional do professor com o facto de, para efeitos do referido concurso, terem sido apenas validados os últimos sete anos de experiência profissional? Por um lado, a idade surge como fonte de experiência e de formação; por outro, a história profissional que antecede o período mencionado foi reduzida a zero.


Paradoxo número dois

O novo modelo de Avaliação de Desempenho Docente (ADD) , não obstante a sua simplificação apressada, é medíocre.
Em primeiro lugar, dado o número excessivo de instrumentos de registo, a saber: grelha de avaliação do desempenho pelo Presidente do Conselho Executivo/Director; grelha de avaliação efectuada pelo Coordenador do Departamento; grelha de avaliação efectuada pelo professor Avaliador.
Do seu cariz excessivamente burocrático, infere-se a sua falta de exequibilidade.
Segundo, porque estes instrumentos de registo denotam falta de rigor, porquanto como é possível que numa turma de 25-30 alunos e durante uma aula de 90 minutos, um professor avaliador classifique o professor avaliado, por exemplo no parâmetro da “promoção de trabalho autónomo” ou no da “concessão de iguais oportunidades de participação” dos alunos?! A partir de que número é considerada a igualdade de oportunidades e a participação aceitável?
O número de alunos por turma é variável e eles possuem traços de personalidade heterógeneos: uns são tímidos, outros mais extrovertidos, etc.
Instrumentos de registo pouco rigorosos poderão avaliar com rigor?
A desmesura burocrática é proporcional à ineficácia.


Paradoxo número três


A Srª Ministra alega que muitas escolas já procederam à implementação do modelo de ADD. Não são muitas, são muito poucas. E nessas, houve falhas na rede de comunicação (vertical) que mobiliza. Caso contrário, como tornar intelígivel que algumas escolas tivessem avançado com a avaliação dos professores e a maioria não? Que no seio da mesma escola uns departamentos avancem e outros não?
Sim, as directrizes do ministério são incumpridas em muitas escolas do País.
Onde estarão colocados os 120 000 professores, presentes na manifestação do passado dia 8 em Lisboa? Em poucas, pouquíssimas escolas?!
Não é admissível o argumento segundo o qual estes professores foram manipulados por organismos sindicais, partidos da oposição, etc.
Sei pensar autonomamente e estive presente na referida manifestação!
Por outro lado, inverter o argumento dizendo que constituímos agentes de manipulação e de chantagem é, como política, não compreender um dos mais importantes pilares da Democracia: o direito à contestação. Neste caso, a uma política educativa lúcida e autêntica.
É curioso constatar que a obsessão pela quantificação sirva os propósitos do Ministério da Educação nalguns casos como, por exemplo, para avaliar a percentagem de aprovação dos alunos, do 9º ano, nos exames nacionais, para discriminar escolas mediante um ranking cujas variáveis são díspares (não têm todas os mesmos exames, os mesmos níveis, o mesmo número de alunos inscritos) e seja irrelevante quando se trata de uma manifestação que envolve 120 000 professores!


Paradoxo número quatro


Eu e outros colegas fomos obrigados, em Outubro, a elaborar as taxas de sucesso e de abandono para o presente ano lectivo!
Aqui a política dos números é, novamente, valorizada.
Pergunto: Poderei pronunciar-me do ponto de vista psico-cognitivo sobre alunos que desconheço? Sobre quantos abandonarão a escola? Poderei prever e controlar as variáveis inerentes ao processo de ensino-aprendizagem antes deste ocorrer?
Os alunos não são meros produtos, resultados e, como tal, não podem ser coisificados, enformados, deformados, enclausurados em taxas e taxinhas pré-fixadas!
Não me revejo na política do facilitismo, do “laissez faire, laissez passer”. Pugno, como professora-educadora, pela qualidade dos conteúdos, dos materiais e recursos utilizados, pelas pedagogias viabilizadas nas minhas aulas.
Não fiquei indiferente ao facto dos alunos do 9º ano – e sei bem do que falo porque o meu filho frequentou-o no ano transacto –, terem ficado muito mais “inteligentes” no exame nacional da disciplina de matemática. Não poderei esquecer que o elemento decisivo, que se repercutiu nestes resultados, foi o baixo nível de competências exigidas para a resolução dos problemas propostos.
O facilitismo é inversamente proporcional à qualidade do ensino-aprendizagem.



Paradoxo número cinco



E que dizer das quotas para as classificações agregadas a este modelo de ADD?
Sei o que valho como docente, sei o nível de conhecimentos que possuo na minha área. Terei que me submeter a este regime de classificações, também elas pré-anunciadas? Quem manipula quem?
Imaginem que possuo uma turma com dois alunos excelentes e que lhes digo: “x terá a classificação final de 19 valores e y não”. O que sentiriam eles? E os seus encarregados de educação?
Defraudados.
Este sistema de quotas é um mecanismo de distorção da avaliação. E um modelo de ADD que não admite rigor e se furta à autenticidade dos resultados servirá para avaliar? Terá alguma fecundidade?


Paradoxo final


Sou a favor da A.D.D. Estou é contra este modelo. Se pudesse classificar este e o anterior modelo diria, apenas, que o Relatório de reflexão Crítica de Desempenho era uma farsa, sobretudo devido à inoperância dos órgãos a quem competia tornar credível todo esse processo de avalição e este, que se pretende implementar, uma farsa hiperbolizada.
Sou professora/educadora e a minha primacial tarefa é ensinar/educar com qualidade, desenvolvendo nos alunos o gosto pelo Saber, pelo Fazer e pelo Ser. Serem Pessoas dotadas, no futuro, de competências indispensáveis ao exercício de uma cidadania esclarecida, activa e interventiva. O legado de um professor é re-actualizado ao longo de cada minuto das suas existências.
Os meus alunos estão e estarão sempre em primeiro lugar.
Eis uma Política Educativa repleta de paradoxos, implementando o absurdo. Há, todavia, um sentido oculto no des-sentido: o autismo político instituiu-se como forma de repressão e a renúncia ao princípio da discutibilidade a morte da Democracia.
Paradoxo mortal.


Elsa Cerqueira,
Professora de Filosofia



Nota: Sugiro que todos os que queiram enveredar pela carreira política, bem como todos os profissionais da política, leiam a obra “Górgias” de Platão e se submetam a um exame teórico-prático. Talvez percebessem porque é que a retórica que praticam não passa de “um simulacro de uma parte da política” e se consciencializassem do quão impreparados estão para o exercício da (actividade) política.»
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Artigo brilhante cuja autora, a Professora Elsa Cerqueira, de quem me orgulho de ter como colega, escreve de forma sublime o que vai na Alma dos Professores Portugueses! Senhora Ministra, este Artigo é de uma Professora, não de uma professoreca...


12/11/08

Educação em Portugal - A Ministra admite que desmotiva os Professores e pede desculpa!

«Ministra admite que alterações desmotivem professores

A ministra da Educação admitiu hoje que as alterações introduzidas no quotidiano dos professores podem provocar desmotivação e insatisfação, alegando, no entanto, que essas mudanças são necessárias aos pais, às escolas e aos alunos

Maria de Lurdes Rodrigues, que falava na Assembleia da República a propósito do Orçamento de Estado para 2009 do sector, referia-se às alterações nas condições de reforma de todos os funcionários públicos e à regulamentação da componente não lectiva dos docentes.
«Peço desculpa aos senhores professores por ter provocado tanta desmotivação, mas é do interesse dos pais, dos alunos e das escolas. Espero que possam beneficiar desta disponibilidade dos professores para estarem mais tempo nas escolas», afirmou a ministra.
«Precisava ou não o país de fazer alterações às reformas de todos os funcionários públicos? Precisava ou não o país destas horas de trabalho dos professores?», questionou.
Maria de Lurdes Rodrigues afirmou compreender que aquelas alterações podem provocar «desmotivação, insatisfação» dos docentes, mas recusou que este possa ser «o exclusivo de preocupações» do Governo.
«Isso é verdade, mas há muitos outros profissionais que foram afectados positivamente», acrescentou.
Em relação à avaliação de desempenho, a ministra negou alguma vez ter dito que «era fácil ou que não havia problemas» e revelou-se «de consciência tranquila», garantindo que o modelo do Ministério da Educação «não foi pensado contra os professores» mas sim para «dignificar a profissão».
«Há coisa mais injusta que um modelo que não permite premiar os professores? Injusta em relação a quê? Porque distingue ou porque deixa de tratar todos os professores de forma igual?», questionou.
Sobre as acusações da oposição que este modelo é excessivamente burocrático, a ministra limitou-se a afirmar que este tem «com certeza uma carga de trabalho associada», que «tem sido ridicularizada».
«Também as aulas de substituição foram ridicularizadas e hoje ninguém fala disso. Foi necessário que o Ministério e a ministra resistissem. Resistimos e vencemos», sublinhou. Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=116578
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Minha Senhora tenha vergonha: demita-se, ou cale-se para não ser ridícula! E digo mais, a Senhora fez demasiado mal à classe Docente e à Educação Portuguesa, para eu aceitar as suas desculpas! Não a desculparei jamais!

Liga Intercalar: Gondomar 0 -F.C. Porto 1 - Mais uma Vitória do F.C. do Porto na Liga Intercalar!

«Claro iluminou excelente segunda parte

O F.C. Porto venceu, esta quarta-feira, o Gondomar, por 0-1, em desafio da 6ª jornada do Campeonato de Inverno da Liga Intercalar (Zona Norte). Claro, lançado por Rui Barros após o intervalo, assinou o golo dos Dragões, revigorados com a entrada do avançado, decisivo para o desfecho do encontro, e de Chula, sempre muito interventivo.
Apresentando várias alterações em relação ao «onze» da última partida, o F.C. Porto sentiu algumas dificuldades em encontrar o melhor encadeamento de jogo possível, factor que contribuiu para o desenrolar de uma primeira parte bastante dividida, sem grandes oportunidades.
Ainda assim, os Dragões chegaram a importunar, aos 18 e 33 minutos: no primeiro lance, Caetano falhou, por muito pouco, a emenda a um cruzamento de Candeias, protagonista de uma excelente arrancada pela esquerda; no segundo, Guarin alvejou a baliza, mas o guarda-redes António Filipe conseguiu suster o remate do médio azul e branco.
Para aumentar o dinamismo da equipa, que, apesar de muito jovem, se bateu sempre de igual para igual com os seniores do Gondomar, Rui Barros fez entrar, na etapa complementar, Chula e Claro, opção que viria a revelar-se acertadíssima.
Chula (que já antes tinha ameaçado a baliza adversária, depois de uma iniciativa de grande aprumo técnico) serviu, aos 62 minutos, Claro, para o único golo do confronto, conferindo, de alguma forma, justiça ao resultado, face à notável atitude evidenciada pelo F.C. Porto, após o regresso dos balneários.
O Gondomar só voltaria a apoquentar os azuis e brancos já nos últimos cinco minutos da partida, fase do jogo em que os visitantes se mantiveram confiantes e determinados, segurando com naturalidade a vantagem alcançada.

FICHA DE JOGO

Liga Intercalar (Campeonato de Inverno – Zona Norte), 6ª jornada
Estádio S. Miguel, Gondomar (12 de Novembro de 2008)

Árbitro: Pedro Meireles
Árbitros Assistentes: Miguel Meireles e Diogo Leal
4º Árbitro: Filipe Brito

Gondomar: António Filipe; Alex Garcia, Buba «cap.», Leo Bonfim e Samson; João Fernandes, Ricardo Jorge e Diogo; Vítor Silva, Cícero e Fininho
Substituições: Diogo por Cruz (69m), Vítor Silva por Luís Neves (69m) e António Filipe por Hélder (80m)
Não utilizados: Evandro
Treinador: Abílio Rocha

F.C. Porto: Ventura «cap.»; Ivo Pinto, Ramon, Tengarrinha e David; Bolatti, Guarin e Sérgio; Candeias, Caetano e Alex
Substituições: Caetano por Claro (46m) e Alex por Chula (46m)
Não utilizados: Maia; Hugo, Miguel Galeão, Vítor, Chula e Júlio
Treinador: Rui Barros

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Claro (62m)
Disciplina: cartão amarelo para Leo Bonfim (73m) e Cícero (90m)» in site F.C. Porto.

Educação em Portugal - Ovos à Moda de Fafe, que esses não vão em modas impingidas!



















"Os Burros também são conhecidos pela sua teimosia..." (Helder Barros, 11/11/2008)

«REPOR A VERDADE!

EM 8 DE NOVEMBRO, A MINISTRA DA EDUCAÇÃO NÃO FALOU VERDADE PERANTE O PAÍS AO AFIRMAR QUE:
Os Sindicatos nunca tinham apresentado qualquer problema à comissão paritária relacionado com a aplicação da avaliação nas escolas. Não falou verdade, pois, em 1 de Outubro, a FENPROF dirigiu um ofício ao presidente dessa comissão, que também é director-geral de recursos humanos e da educação, contendo onze situações problemáticas que deveriam ser solucionadas. Em reunião realizada a 17 de Outubro, da comissão paritária, a administração educativa não reconheceu qualquer daqueles problemas;
O mesmo tinha acontecido em relação aos horários de trabalho, apesar de os professores se queixarem tanto de excesso de trabalho. Não falou verdade, pois, em 14 de Outubro, a FENPROF entregou, em mão, à ministra, um extenso documento denunciando inúmeras ilegalidades, algumas por orientação da DGRHE. Até hoje, o ME não deu resposta a qualquer dos problemas apresentados;
A contestação à avaliação devia-se ao facto de os professores não quererem ser avaliados. Não falou verdade, pois as organizações sindicais apresentaram, durante a "negociação" do modelo de avaliação, propostas alternativas às do ME. Actualmente, a FENPROF mantém em debate, entre os professores, um projecto de modelo de avaliação que pretende apresentar ao ME durante o processo de alteração do que hoje vigora;
Os Sindicatos não estariam a honrar o memorando de entendimento que assinaram com o ME. Não falou verdade, pois, como ficou claro pelo conteúdo da declaração para a acta que, em 17 de Abril, foi lida diante da própria ministra, os Sindicatos não iriam desistir de lutar contra um modelo de avaliação de que discordam profundamente. Aliás, as palavras do porta-voz da Plataforma, após a assinatura, foram claras: "abrimos uma brecha no muro, agora teremos de o derrubar...", tendo a Plataforma, por essa razão, mantido os protestos que se encontravam previstos para o final de Abril e o mês de Maio.» in FENPROF.
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Acho que é claro quem está a mentir neste processo... e mais claro é quem, passando por socialista, se coloca numa posição de ouvidos moucos, não dialogando, não negociando, nem querer ouvir ninguém! A Senhora entrou num caminho que aponta para um túnel sem saída: não se pode ser Ministro da Educação, com uma postura sistemática de ataque aos agentes educativos: alunos, professores e encarregados de educação; nunca mostrou carinho pelos agentes educativos, fez sempre uma politica de dividir para reinar e isso, mais tarde ou mais cedo, paga-se e eu quero que a Senhora pague pelos danos que provocou na Educação Portuguesa!

Andebol: F.C. Porto Vence em Angola Torneio da Independência!

«Dragões vencem Torneio da Independência

O F.C. Porto Vitalis fechou a sua participação no Torneio da Independência com mais uma vitória. Depois de bater os Camarões (28-18) e a Selecção B de Angola (27-16), país anfitrião, ganhou, esta terça-feira, à Selecção A angolana, por 28-20 (14-10 ao intervalo), assegurando, em definitivo, a conquista do troféu.
No dia em que se celebram os 33 anos de independência de Angola, oficializada a 11 de Novembro de 1975, a equipa portuguesa voltou a apresentar-se em campo ao mais alto nível, logrando a terceira vitória consecutiva na prova, resultado de muita entrega e um forte espírito competitivo.
Cumprida a aventura africana, os Dragões estão de volta a Portugal na próxima quinta-feira, iniciando, a partir de então, a preparação para o regresso aos jogos oficiais.
Os azuis e brancos recebem o Sp. Horta no próximo domingo, 16 de Novembro, em desafio da 9ª jornada da Liga de andebol. O encontro, a realizar-se no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim, principia às 16h00.» in site F.C. Porto.

11/11/08

Resistência, em Tempos de Grande Resistência!









Resistência - "Marcha dos desalinhados" - (ao vivo)

Resistência - "Traz outro amigo também" - (ao vivo)

Resistência - "Amanhã é sempre longe demais" - (ao vivo)


Resistência - "Nasce Selvagem" - (ao vivo)

Delfins - "Nasce Selvagem"

Aliança - "Aquele Inverno"

Resistência - "Timor" - (ao vivo)

Resistência - "Fado" - (ao vivo)

Resistência - "Prisão em si" - (ao vivo)

Resistência - "Fim" - (ao vivo)

Xutos & Pontapés - "Não sou o único"

1001 Cordas - "Não sou Único" - (Resistência)

«Resistência (banda)

Origem: País Portugal
Período de: 1989 a 1994
Gravadora(s): BMG / EMI
Integrantes Alexandre Frazão; Rui Luís Pereira (Dudas); Fernando Cunha; Fernando; Júdice; Fredo Mergner; José Salgueiro; Miguel Ângelo; Olavo Bilac; Pedro Ayres; Magalhães; Tim; Yuri Daniel; Teresa Salgueiro; Filipa Pais; Anabela Rodrigue
A Resistência foi um supergrupo português. Foi uma das bandas que mais marcaram a música portuguesa, principalmente entre o fim da década de 80 e o início da década de 90. O projecto consistiu na união de esforços entre vários músicos, provenientes de outras andanças, e na transformação, adaptação e nova orquestração de temas trazidos por eles (e não só) para uma vertente mais acústica e virada para uma valorização da "voz" como instrumento, e na junção dessas mesmas vozes, mostrando a força da união. Os temas, quando interpretados pela Resistência, ganharam vida nova e uma alma genuína, nunca antes vista.
O grupo era constituído por Alexandre Frazão na bateria, Rui Luís Pereira (Dudas) na guitarra, Fernando Cunha na voz e guitarras, Fernando Júdice e Yuri Daniel no baixo, Fredo Mergner na guitarra, José Salgueiro na percussão, Miguel Ângelo na voz, Olavo Bilac na voz, Pedro Ayres Magalhães na voz e guitarras e Tim também na voz e guitarras.

História

Como tudo começou

Na cidade de Lisboa, na edição da Feira do Livro de 1989, deu-se o primeiro passo para a criação do projecto que mais tarde se iria designar por Resistência. Teresa Salgueiro, Anabela Rodrigues e Filipa Pais, ao lado de Pedro Ayres Magalhães, o mentor do projecto, estiveram presentes numa sessão experimental primordial.
Na seguinte reunião, as vozes femininas dos Madredeus, Mler Ife Dada e Lua Extravagante, deram a vez a um elenco completamente masculino, cujo núcleo contou com Pedro Ayres Magalhães, Miguel Ângelo, Tim, Fernando Cunha e Olavo Bilac (nesta altura já existiam os Santos & Pecadores, mas ainda não tinham gravado). A esse rol de artistas juntaram-se uma série de nomes tais como José Salgueiro e Alexandre Frazão na bateria e percussões, Rui Luís Pereira (Dudas) e Fredo Mergner nas guitarras e também Fernando Júdice e Yuri Daniel no baixo. A voz de Olavo Bilac juntou-se ao projecto e o elenco ficou completo, com três vozes principais e seis guitarras acústicas.

Os temas do sucesso

Temas como "Não Sou o Único", dos Xutos & Pontapés e "Nasce Selvagem" dos Delfins foram adaptados pelo novo grupo e muito rapidamente se transformaram nos principais hinos da Resistência. No São Luís, em Lisboa, a Resistência apresentou em concerto os temas "Só no Mar", "Nunca Mais", "Marcha dos Desalinhados", "No Meu Quarto" e "Aquele Inverno", além do grande sucesso, "Circo de Feras". Estes temas, entre outros, vieram a fazer parte do disco de estreia, "Palavras ao Vento".
Por ordem alfabética dos títulos dos temas, passamos a associar a origem de cada tema da Resistência, no que diz respeito à banda ou artista a que originalmente pertence:

* "A Noite" (Sitiados)
* "Amanhã é Sempre Longe Demais" (Rádio Macau)
* "Aquele Inverno" (Miguel Ângelo / Fernando Cunha) - Delfins
* "Chamaram-me Cigano" (Zeca Afonso)
* "Circo de Feras" (Tim) - Xutos & Pontapés
* "Erva Daninha" (António Variações) - Tema não acabado
* "Esta Cidade" (João Gentil) - Xutos & Pontapés
* "Fado" (Pedro Ayres Magalhães / Paulo Pedro Gonçalves / António José de Almeida) - Heróis do Mar
* "Fim" (João Gil) - Trovante
* "Finisterra" (Rui Luís Pereira - Dudas)
* "Liberdade" (Pedro Ayres Magalhães)
* "Marcha dos Desalinhados" (Miguel Ângelo / Fernando Cunha) - Delfins
* "Mano a Mano" (Pedro Ayres Magalhães) - Madredeus
* "Não Sou o Único" (Zé Pedro) - Xutos & Pontapés
* "Nasce Selvagem" (Miguel Ângelo / Fernando Cunha) - Delfins
* "No Meu Quarto" (Miguel Ângelo / Fernando Cunha) - Delfins
* "Nunca Mais" (Pedro Ayres Magalhães) - Heróis do Mar
* "Perigo" (João Gil) - Trovante
* "Prisão Em Si" (Tim) - Xutos & Pontapés
* "Que Amor Não me Engana" (Zeca Afonso)
* "Só no Mar" (António José de Almeida / Pedro Ayres Magalhães) - Heróis do Mar
* "Traz Outro Amigo Também" (Zeca Afonso)
* "Um Lugar ao Sol" (Miguel Ângelo / Fernando Cunha) - Delfins
* "Timor" (Pedro Ayres Magalhães)
* "Voz-Amália-de-Nós" (António Variações)

O impacto dos discos

O primeiro registo, "Palavras ao Vento", chegou às lojas em 1991. Foi gravado em Outubro e Novembro do mesmo ano, nos estúdios Êxito (Lisboa), com Jonathan Miller e António Pinheiro da Silva como Engenheiros de Som, Paula Margarida e Rui Silva como Assistentes de Som. A masterização ficou também a cargo de Jonathan Miller, embora feita nos CTS Studios, em Wembley, Inglaterra. No ano seguinte a banda rumou à estrada, conseguindo o feito de trinta concertos no total, durante o Verão. Foi uma prova dura para a banda, mas superada com distinção.
Após a dupla-platina conquistada, a Resistência apresentou mais um disco em 1992. "Mano a Mano". O sucessor de "Palavras ao Vento", tomou forma com os mesmos músicos do primeiro trabalho, mas verificou-se alguma inovação. Desde a aproximação a novos ritmos, próximos daquilo que praticavam os Sitiados, mas também aos clássicos da música portuguesa, como os temas "Traz Outro Amigo Também" e "Que Amor Não me Engana", de José Afonso. O disco "Mano a Mano" incluíu ainda temas como "Timor", "Esta Cidade", "Perigo", "Fim", "Prisão em Si", e ainda com os bem sucedidos "Um Lugar ao Sol" e "A Noite".

Feitos à estrada

Já no fim do ano, regressam aos palcos no Porto e em Lisboa, tendo as actuações na capital originado um álbum ao vivo editado em 1993. "Ao Vivo no Armazém 22", de seu nome, o disco apresentou igualmente material inédito até então, assim como uma introdução escrita de autoria de Pedro Ayres Magalhães. 1993 também ficou marcado pelo retorno aos espectáculos, que encaminhou a Resistência a vinte cidades de Portugal. O grupo participa também no primeiro "Portugal ao Vivo", em Alvalade.

Os últimos cartuchos

No seguinte ano de 1994, foram convidados a participar numa homenagem a José Afonso a que se chamou "Filhos da Madrugada", um cd duplo. O tema "Chamaram-me Cigano" foi o escolhido para a homenagem e é a terceira faixa do segundo disco. No fim de Junho seguinte, aliás, como muitas outras bandas portuguesas que integraram o projecto simbólico, a Resistência participou também no concerto de apresentação, que teve lugar no então Estádio José de Alvalade, antecessor do actual Estádio Alvalade XXI.
A última acção do grupo foi uma a participação num disco de tributo a António Variações denominado "Variações - As Canções de António", com o tema "Voz-Amália-de-Nós".

O fim (será?)

Apesar da obrigação para com a editora em gravar um quarto álbum, a banda está inactiva desde 1994. Os músicos que estavam nela envolvidos retornaram aos seus respectivos projectos.
A Resistência foi, sem sombra de dúvida, um projecto que enalteceu a música portuguesa e a "cena" musical portuguesa como um todo. Deu também um novo alento às bandas e autores que "emprestaram" os seus elementos e músicas à causa. Fica no ar a certeza de todos os que vibraram com aquele conjunto de vozes e guitarras durante aqueles anos, e que continuam a fazê-lo a até hoje, de que se a Resistência tem continuado, ou se ela volta, só tem coisas boas para dar à música portuguesa...

Discografia

Álbuns de Estúdio

* 1991 - Palavras ao Vento (BMG)
* 1992 - Mano a Mano (EMI)

Álbuns ao Vivo

* 1993 - Ao Vivo no Armazém 22 (BMG)

Participações em Colectâneas

* 1994 - Filhos da Madrugada Cantam José Afonso ("Chamaram-me Cigano")
* 1994 - Variações - As Canções de António ("Voz-Amália-de-Nós")
* 1994 - Colectânea Número 1 ("Voz-Amália-de-Nós")
* 1997 - 100 Grandes Vedetas da Música Portuguesa - Selecções Reader's Digest ("A Noite")
* 2007 - A Herança Musical de José Afonso ("Traz Outro Amigo Também")» in Wikipédia.

"Aquele Inverno

E eeeh Su uuuuH
E eeeh Su uuuuh
Há sempre um piano
Um piano selvagem
Que nos gela a coração
E nos traz a imagem
Daquele inverno
Aquele inferno
Há sempre a lembrança
De um olhar a sangrar
De um soldado perdido
Em terras do ultramar
Por obrigação, naquela missão
Combater na selva, sem saber porquê
E sentir o inverno, de matar alguém
E quem regressou, guarda a sensação
Que lutou, numa guerra sem razão
Sem razão, sem razão...
Há sempre a palavra
A palavra nação
Que os chefes trazem e usam
Para esconder a razão
Da sua vontade, daquela verdade
E para eles aquele inverno
Será sempre o mesmo inferno
Que ninguém poderá esquecer
Ter que matar ou morrer
Ao sabor do vento, naquele tormento

Perguntei ao céu, será sempre assim
Poderá o inverno nunca ter um fim
Não sei responder só talvez lembrar
O que alguém que voltou, vem contar
Recordar, recordar..."

Mais informações sobre esta banda que, infelizmente já cessou a sua actividade, no seguinte link:
http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/home.aspx?id=2166

Religião - Hoje é Dia de S. Martinho e diz a tradição que: "S. Martinho, castanhas e vinho!"




«O SANTO DO INVERNO QUE TRAZ O VERÃO
Texto original de Maria Luísa V. de Paiva Boléo

Inserido no Portal O Leme em 08-11-2004, por gentileza da autora

Os Santos populares no nosso país são festejados no tempo quente de Verão: Santo António, São João e São Pedro. No Inverno há apenas um, que chega com o frio: São Martinho, que associamos à prova do vinho novo e às castanhas. Martinho nasceu no séc. IV em 316 ou 317 D.C. Terá sido baptizado, por volta do ano 339. São mais de 1600 anos de popularidade. Mas saberemos mesmo quem foi São Martinho?

DE CAVALEIRO ROMANO A APÓSTOLO DA GÁLIA

Não podemos dizer que a vida de São Martinho «se perde na noite dos tempos», porque este santo, nascido em território do império romano - Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria, entre 315 e 317, foi o primeiro santo do Ocidente a ter a sua biografia escrita por um contemporâneo seu - o escritor Sulpício Severo.
Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição, filho de militar segue a vida militar, como filho de mercador é mercador e filho de pescador devia ser pescador.St. Martin and the Beggar - National Gallery of Art, Washington Martinho estudou em Pavia, para onde a família foi viver, e entrou para o exército com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial. T
inha a religião dos seus antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a imensidão do Império. As Gálias teriam os seus deuses próprios, como os tinham a Germânia ou a Hispânia.

O jovem Martinho não estava insensível á religião pregada, três séculos antes, por um homem bom de Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, provavelmente, no ano de 338, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola e Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria milagre?

MARTINHO E CONSTANTINO I

Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos teus irmãos é a mim que o fazes
». A partir desse dia Martinho passa a olhar para os cristãos de outro modo. Recordamos que o Cristianismo teve dificuldade em se impor como religião, e que um passo importante dado, nesse sentido, foi por Constantino I, que, em 313, permite que o Catolicismo seja livremente praticado no Império. Com o tempo foi aceite como religião do Estado.

Constantino - o Grande - acreditou que o deus dos cristãos, que ele, de início associava ao Sol, o protegia e que lhe proporcionara a grande vitória contra Maxêncio, em 312. Acabará senhor absoluto do Império, tanto a Oriente, como a Ocidente, depois da vitória sobre Licínio, em 324. Consta que Constantino I terá visto no céu, antes da batalha com Maxêncio, a frase: «In Hoc Signo Vinces (Por este símbolo(cruz de Cristo) vencerás)» e daí o início da sua conversão. A testemunhar essa conversão existe o Arco de Constantino, em Roma, erigido para celebrar a vitória, onde consta a frase «por inspiração da Divindade e pela sua (de Constantino) grandeza de espírito». A testemunhar a sua conversão há o facto de o prefeiro pretoriano da Hispânia, Acílio Severo, conhecido por Lactâncio ter sido o primeiro prefeito cristão de Roma, em 326.

Constantino I fundou a cidade de Constantinopla, onde fez a nova capital do Império, na antiga Bizâncio, e mandou edificar inúmeras igrejas, para o culto cristão, por todo o Império. A cidade foi sagrada no ano 330. As mais importantes igrejas foram a basílica de Latrão, a igreja de São Pedro, em Roma, a igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, bem como basílicas em Numídia e em Trèves. Deu-se origem às fundações da Igreja da Santa Sabedoria (Hagia Sophia), em Constantinopla, que, viria, em 1453 a ser tomada pelos árabes e Constantinopla passou a chamar-se Istambul. Constantino I é baptizado no leito de morte, no ano de 337 e sepultado na basílica dos Apóstolos naquela cidade. Deixa o império dividido pelos seus três filhos Constantino II, Constâncio e Constante, que vão lutar entre si ficando senhor do Império Constâncio II.

A LENDA DE MARTINHO

Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o próprio Jesus, sente-se um homem novo e é baptizado, na Páscoa de 337 ou 339. São Martinho renunciando a espada. Pintura mural na Igreja de São Francisco de Assis (1317)Martinho entende que não pode perseguir os seus irmãos na fé. Percebe, que os outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos. Só tem uma solução - o exílio, porque, oficialmente, só podia sair do exército com 40 anos. Hoje o sentido de irmão está, 

no Ocidente, perfeitamente interiorizado, mas, na época era algo de totalmente revolucionário. Era uma sociedade estratificada, e os grandes senhores, onde se incluía a classe militar, não se misturavam com a plebe, e muito menos um escravo era considerada pessoa humana. Daí Cristo ter sido crucificado. O amor entre todos, como irmãos que pregava era verdadeiramente contra os usos do tempo. Todos o que o seguiram e praticaram a solidariedade eram vistos como marginais e mais ou menos perseguidos.

Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de 
Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir Martinho e optar pela a vida monástica. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371. Preocupado com a família, lá longe, e com todo o entusiasmo de um convertido vai à Hungria visitar a família e converte a mãe.

A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como era prática no tempo, mandou destruir templos de deuses considerados pagãos, introduziu festas religiosas cristãs e defende a independência da Igreja do poder político, o que era muito avançado para a época. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes, maltratado.

VITA MARTINI

Sulpício Severo, aristocrata romano, culto e rico fica fascinado com o comportamento pouco comum de Martinho e escreve, entre 394 e 397 a biografia, daquele que ficaria conhecido por São Martinho de Tours. A obra chama-se apenas Vita Martini (escrito em latim), livro que teve enorme repercussão no mundo medieval. Espalhou-se até Cartago, Alexandria e Síria. Sabe-se que este livro foi muitíssimo lido (Enciclopedia Cattolica, Cidade do Vaticano, 1952, p. 220), o que era difícil numa época em que os livros eram caros e quando só o clero e monarcas mais cultos os leriam, mas o certo é que foi um verdadeiro «best-seller».

Só em 357 Martinho é dispensado oficialmente do exército e continua a espalhar a sua fé. Morre em Candes, no dia 8 de Novembro do ano de 397 e o seu corpo foi acompanhado por 2 000 monges, muito povo e mulheres devotas. Chega à cidade de Tours no dia 11 de Novembro. O seu culto começou logo após a sua morte. Em 444 foi elevada uma capela no local. Não foram só as gentes das Gálias que o veneraram, o seu culto espalhou-se por todo o Ocidente e parte do Oriente. Na cidade francesa de Tours, foi erguida uma enorme basílica entre 458 e 489 que viria a ser lugar de peregrinação, durante séculos. Em França há perto de 300 cidades e povoações com o nome de São Martinho e, em Portugal, numa breve contagem, descobrimos 60. É, no entanto, importante frisar que 
nem todas serão evocações de São Martinho (o da capa), mas também de São Martinho de Dume (na região de Braga), também originário da Hungria (séc. VI).

Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com cultos da terra, das previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países vinícolas, do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os adágios «Pelo São Martinho vai à adega e prova o teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho».» in http://www.leme.pt/biografias/m/martinho.html
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Fui criado em meio agrícola, com muito orgulho, afinal da terra tudo vem e para lá iremos, isso é garantido e estes Santos, como o S.º Martinho, O S.º Miguel, O S.º João, a Santa Bárbara, estão muito ligados a um passado bucólico que recordo com saudade. Quanto ao S.ª Martinho, recordo com saudade as idas com o meu Pai a Penafiel, à grandiosa Feira de S.º Martinho, comprar árvores de fruta e casacos de Inverno. Relembro igualmente com saudade os magustos em que participei na Juventude. Enfim, tudo se vai perdendo e já nem o Verão de S.º Martinho temos, o tal que era associado às desfolhadas do milho... Viva o S.º Martinho e para quem puder, castanhas e vinho, que também era tradição ser provado a partir desta altura, para verificar como estava a pinga!

Mais informações sobre este Santo da Igreja Católica muito associado à agricultura, no seguinte linkhttp://smartinho.blogspot.com/


Andebol: Dragões Brilham em Angola!

«Novo triunfo no Torneio da Independência

O F.C. Porto Vitalis alcançou, esta segunda-feira, mais um triunfo no Torneio da Independência. Depois de ter batido os Camarões (28-18), ontem, venceu agora a Selecção B de Angola (27-16, 11-8 ao intervalo).
Amanhã, a partir das 19h00 (hora em Portugal), os Dragões voltam a medir forças com o país anfitrião, sendo que desta vez o adversário será a Selecção A angolana.
Balanço, até ao momento, altamente positivo para os azuis e brancos na competição, a decorrer em Cabinda, que assinala, recorde-se, os 33 anos de independência de Angola, oficializada a 11 de Novembro de 1975.

Estreia vitoriosa em Angola

O F.C. Porto Vitalis estreou-se, este domingo, no Torneio da Independência, em Angola, com uma vitória sobre os Camarões (28-18, 11-7 ao intervalo). A equipa de andebol azul e branca torna a entrar em campo já amanhã, desta feita contra a Selecção B de Angola.
Os Dragões iniciaram da melhor forma a participação na prova – que celebra os 33 anos de independência de Angola (oficializada a 11 de Novembro de 1975) –, revelando boa atitude e elevado sentido competitivo.
Os próximos adversários da equipa orientada por Carlos Resende no torneio, que decorre em Cabinda, são as Selecções B (segunda-feira, 16h00 em Portugal) e A (terça-feira, 19h00 em Portugal) de Angola.» in site F.C. Porto.