16/04/08

The Doors - A Banda Mítica de Jim Morrison!






The Doors - "Roadhouse Blues"

The Doors - "Light My Fire"

José Feliciano, Santana e Ricky Martin - "Light My Fire"

The Doors - "Waiting For The Sun"

The Doors - Riders on the Storm

The Doors - "Break On Through"

The Doors - "Alabama Song"

The Doors - "Gloria"

The Doors - "Love Me Two Times"

The Doors - "New Haven Arena"

The Doors - "Spanish Caravan"

The Doors - "Touch Me"

The Doors - "Hello, I Love You"

The Doors - "Unknown Soldier"

The Doors - "Dancing"

Jim Morrison

«The Doors foi uma banda de rock estado-unidense dos fins da década de 60 e princípio da década de 70. O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). A banda ainda recebeu influências de diferentes estilos musicais, como o blues, jazz, flamenco e a bossa nova.[4]
Canções como "Break on Through (To the Other Side)", "Light My Fire", "People Are Strange" ou "Riders on the Storm", aliadas à personalidade e escândalos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de sobremaneira para o aumento da fama do grupo.
Após a dissolução da banda no início da década 70, e especialmente desde a morte de Morrison em 1971, o interesse nas músicas dos Doors tem-se mantido elevado, ultrapassando mesmo por vezes o que o grupo teve enquanto esteve activo. Em todo o mundo, os seus discos já venderam mais de 75 milhões de cópias, e continuam a vender cerca de 1 milhão anualmente.[5]

História

Origens (1965 - 1966)

As origens dos The Doors surgem de um encontro ao acaso entre dois estudantes da escola cinematográfica UCLA, Jim Morrison e Ray Manzarek, em Venice Beach, Califórnia em Julho de 1965.[6] Morrison disse então a Manzarek que andava a escrever canções e, a pedido de Manzarek, cantou "Moonlight Drive". Impressionado pelas letras de Morrison, Manzarek sugeriu que formassem uma banda.[7]
O teclista Ray Manzarek estava numa banda chamada Rick And The Ravens com o seu irmão Rick Manzarek,[8] enquanto Robby Krieger e John Densmore tocavam com os The Psychedelic Rangers[8] e conheciam Manzarek das aulas de yoga e meditação. Em agosto, Densmore juntou-se ao grupo e juntamente com os membros dos Ravens e o baixista Patty Sullivan, gravaram uma demo de seis canções em setembro de 1965. A demo foi bastante pirateada e acabou por surgir completa mais tarde, em 1997, na coletânea dos Doors.
Nesse mesmo mês o grupo recrutou o guitarrista Robby Krieger e o alinhamento final estava formado — Morrison, Manzarek, Krieger e Densmore. A banda retirou o seu nome do título de um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception", que por seu turno havia sido 'emprestado' do verso de um poema do artista e poeta do século XIX, William Blake: "If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is: infinite" (em pt: Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito). [9]
Os Doors não tinham uma formação comum à maioria dos grupos rock porque não possuíam qualquer baixo quando actuavam ao vivo. Deste modo, Manzarek tocava as secções de baixo com a sua mão esquerda no recentemente inventado Fender Rhodes bass keyboard, uma variação do conhecido piano eléctrico Fender Rhodes, enquanto tocava as partes de teclado com a sua mão direita. Já nos álbuns de estúdio, os Doors usaram diversos baixistas, tais como Jerry Scheff, Doug Lubahn, Harvey Brooks, Kerry Magness, Lonnie Mack, Larry Knechtel, Leroy Vinegar e Ray Neapolitan.
Muitas das canções originais dos Doors eram compostas pelo grupo, com Morrison ou Krieger a contribuirem com a letra e melodia inicial, e os restantes com as sugestões rítmicas e harmónicas ou até secções inteiras (por exemplo, a introdução de Manzarek em "Light My Fire").
Em 1966, o grupo tocava no clube The London Fog, tendo pouco tempo depois passado para o Whisky a Go Go.[10] A 10 de agosto, foram vistos pelo presidente da Elektra Records, Jac Holzman, que se encontrava presente a recomendação do vocalista dos Love, Arthur Lee, que estava ligado à Elektra. Após Holzman e o produtor Paul A. Rothchild verem duas performances da banda no Whisky a Go Go, os Doors assinaram contrato com a Elektra Records a 18 de agosto,[6] tendo marcado aí o início da longa e bem sucedida parceria com Rothchild e o engenheiro de som Bruce Botnick.
A hora foi fortuita, pois a 21 de agosto o clube despediu a banda após tocarem a canção "The End". Num incidente que serviu de presságio para a polémica que seguiria o grupo, um Morrison pedrado recitou a sua própria interpretação do drama grego "Oedipus Rex" no qual o protagonista Oedipus mata o seu pai e faz sexo com a sua mãe. A versão de Morrison consistia em "Father? Yes son? I want to kill you. Mother? I want to fuck you" (em pt: Pai? Sim filho? Eu quero matar-te. Mãe? Eu quero foder-te).[4]

The Doors (1966)

The Doors, o álbum de estreia da banda, foi gravado em agosto de 1966 e lançado na primeira semana de janeiro de 1967.[11] Incluía a maioria das principais canções das suas actuações, incluindo o drama musical de 11 minutos, "The End". A banda gravou o disco em poucos dias entre finais de agosto e início de setembro, com várias canções a serem capturadas num único take.
Morrison e Manzarek dirigiram um filme promocional para o primeiro single, "Break On Through",[12] o que constituiu um importante avanço para o desenvolvimento dos vídeos musicais.
O segundo single, "Light My Fire", tornou-se um grande sucesso no verão de 1967,[13] e colocou o grupo, juntamente com Jefferson Airplane e The Grateful Dead, como uma das principais bandas contracultura da América. Para a rádio AM, os solos de órgão e piano foram retirados da canção.
Em maio do mesmo ano, os Doors fizeram a sua estreia televisiva ao gravarem uma versão de "The End" para a CBC nos estúdios de Yorkville, em Toronto. Permaneceu inacessível desde a sua transmissão original até ao lançamento do DVD The Doors Soundstage Performances em 2002.
Os Doors ganharam reputação de artista com performances ao vivo polémicas. Com a sua presença em palco e as calças de ganga justas, Morrison tornou-se um sex symbol, embora depressa se tenha cansado desta condição de estrela. Uma das mais míticas polémicas ocorreu quando os censores da rede ed TV Columbia Broadcasting System (CBS) exigiram que Morrison mudasse a letra de "Light My Fire" através da alteração do verso, "Girl, we couldn't get much higher", antes da banda tocá-la ao vivo a 17 de setembro de 1967, no Ed Sullivan Show. O verso foi trocado para, "Girl, we couldn't get much better". Contudo, Morrison cantou o verso original, e pelo facto de ter sido transmitido em directo sem atraso, a CBS não pode fazer nada para o travar. Furioso, Ed Sullivan recusou-se a cumprimentar os membros da banda, e nunca mais voltaram a ser convidados para actuar no programa. De acordo com Manzarek, a banda foi informada que nunca mais tocaria no Ed Sullivan Show novamente. Sobre o assunto, Morrison disse, "E daí? Nós já tocamos no Ed Sullivan Show"[14]. Na época, uma aparição nesse programa era considerada um grande impulso para o sucesso. Manzarek afirma que a banda concordou com o produtor de antemão, mas não tinha qualquer intenção em mudar o verso. Nesta altura, também tocaram um novo single, "People Are Strange", para o "DJ Murray The K's TV show" a 22 de setembro.
Morrison cimentou o seu estatuto de rebelde a 10 de dezembro quando foi preso em New Haven, Connecticut, por insultar a polícia perante a audiência. Morrison afirmou que havia sido atacado com spray por um agente após ter sido apanhado nos bastidores com uma rapariga.
A 24 de dezembro, os Doors gravaram "Light My Fire" e "Moonlight Drive" ao vivo para o "Jonathan Winters". Entre 26 e 28 de dezembro, o grupo actuou no "Winterland Ballroom" em San Francisco. Num excerto retirado do livro de Stephen Davis sobre Jim Morrison, pode-se ler[15]:
Na noite seguinte em Winterland, uma TV foi colocada em palco durante a actuação dos Doors para que estes pudessem ver a sua própria performance no Jonathan Winters Show. Eles pararam de tocar a "Back Door Man" quando a sua canção começou a dar. O público assistiu aos Doors a verem-se na TV. Continuaram o concerto quando a sua parte no programa tinha acabado, tendo Ray desligado a TV. A noite seguinte seria a última de sempre em Winterland. — Jim Morrison: Life, Death, Legend de Stephen Davis em 2004
Após isto, actuaram em Denver a 30 e 31 de dezembro, e terminaram quase um ano de constante digressão.

Strange Days (1967)

Ver artigo principal: Strange Days
Em Outubro de 1967, foi lançado o segundo trabalho dos Doors, intitulado Strange Days[16] e considerado menos espontâneo que seu antecessor, ainda que tenha também ficado creditado pela sua atmosfera e letras. A faixa final, "When the Music's Over", era, tal como "The End", longa e dramática, e contribuiu para aumentar a reputação de Morrison como figura do rock. O álbum incluiu canções clássicas dos Doors como "People Are Strange" e "Love Me Two Times".
Como resultado do seu sucesso, os Doors deixaram o seu estatuto de heróis do underground. Permitiram que a revista Sixteen os usasse como ídolos de adolescentes e as suas "espontâneas" performances em palco já não eram assim tão espontâneas. Um artigo de Jerry Hopkins da edição de 10 de fevereiro de 1968 da Rolling Stone tipificou o fim do estado de graça:
Uma rotina, ou parte do negócio, não realizada em Shrine, foi a cuidadosamente executada queda "acidental" de Morrison palco para o público. Durante meses fez parte dos espectáculos e gerava muitos gritos por parte das adolescentes. No entanto, surgiu uma análise num jornal no qual a queda era considerada um dos actos mais falsos de sempre. Morrison, em resposta a uma pergunta sobre se ele tinha lido o artigo, disse 'Sim, e penso que está correcto.' Morrison não fez a queda nessa noite em Shrine. — Jerry Hopkins - 10 de fevereiro de 1968, num artigo da Rolling Stone

Waiting for the Sun e o incidente de Miami (1968)

Ver artigo principal: Waiting for the Sun
Um desenho de Jim Morrison.Em abril, a gravação do terceiro álbum ficou marcada pela tensão resultante da crescente dependência de Morrison pelo álcool. Em aproximação do seu pico de popularidade, os Doors realizaram uma série de espectáculos ao ar livre que levaram a várias situações descontroladas entre fãs e polícia, particularmente no "Chicago Coliseum" a 10 de maio.[17]
A banda começou a sair do seu som original no terceiro LP, Waiting for the Sun, principalmente pelo facto de terem esgotado o seu reportório original e começado a escrever novo material. Tornou-se o seu primeiro e único LP a chegar ao primeiro lugar da Billboard 200[18] e o single "Hello, I Love You" foi o seu segundo e último a atingir o primeiro lugar no Billboard Hot 100. Este novo álbum reforçou o afastamento dos Doors do panorama underground. Em 1969 na Rock Encyclopedia, Lilian Roxon escreveu que o álbum "fortaleceu as suspeitas de que os The Doors apenas estavam lá pelo dinheiro".[19] O LP incluiu "The Unknown Soldier", que foi banida das rádios pelas sua controversa letra. Nesta fase, o grupo realizou outro vídeo musical.[20] "Not to Touch the Earth" foi retirada da peça conceptual de 30 minutos "Celebration of the Lizard", embora não tenham conseguido gravar uma versão satisfatória da peça completa para o LP. Foi eventualmente lançada numa compilação de maiores êxitos, em CD.
Houve uma controvérsia nesta altura por causa do lançamento do single "Hello, I Love You", com a imprensa musical a apontar parecenças musicais da canção com o sucesso de 1965 dos The Kinks, "All Day and All of the Night". Os membros desse grupo concordaram com os críticos e, de forma sarcástica, o guitarrista Dave Davies costumava tocar partes de "Hello, I Love You" durantes os solos em performance ao vivo de "All Day and All of the Night".[21] Nos concertos, Morrison por vezes não cantava a canção, deixando para Manzarek essa tarefa.
Um mês após as tumultuosas cenas de "Singer Bowl" em Nova Iorque,[22] o grupo viajou para o Reino Unido para as suas primeiras actuações fora da América do Norte. Realizaram uma conferência de imprensa no Instituto de Artes Contemporâneas em Londres e actuaram no The Roundhouse Theatre. Os resultados da digressão foram gravados pela Granada TV com o título The Doors Are Open, que foi mais tarde lançado em vídeo. Também fizeram espectáculos noutros locais da Europa, incluindo um show em Amesterdão sem Morrison, após este ter perdido os sentidos devido a abuso de drogas. Morrison regressou a Londres a 20 de Setembro e permaneceu lá durante um mês.
O grupo realizou mais nove concertos nos Estados Unidos antes de começarem a trabalhar, em Novembro, no seu quarto LP. O ano de 1969 começou com um espectáculo completamente esgotado no Madison Square Garden em Nova Iorque a 24 de Janeiro[23] e com novo single bem sucedido, "Touch Me", lançado em Dezembro de 1968, que chegou ao terceiro lugar nos EUA.
Em Janeiro de 1969, Morrison participou numa produção de teatro que mudou o curso da banda. No auditório da Universidade do Sul da Califórnia, ele fez uma actuação que apelava à sua busca pela liberdade pessoal. Isto resultou numa "jam" em estúdio a 25 de Fevereiro, que se tornou na lendária sessão "Rock Is Dead", mais tarde lançada no box-set dos Doors de 1997. Serviu também de base para um episódio controverso e muito badalado.
O incidente de Miami ocorreu a 1 de Março de 1969, num concerto no "Dinner Key Auditorium" em Miami, Flórida. Morrison tinha estado a beber desde que tinha falhado o seu voo para o concerto.[24] Os 6.900 lugares do auditório estavam completamente lotados, havendo a estimativa de se encontrarem 13.000 pessoas.[24] Então Morrison vociferou para o microfone: "O que quer que tu queiras, vamos fazê-lo". Dito isto, alegadamente, expôs as suas partes íntimas. Na sua autobiografia, Manzarek afirma que tal nunca aconteceu.
Essa é a minha opinião. Havia uma hipnotização geral. Ele [Morrison] disse-lhes que o ia mostrar e, meu Deus, eles acreditaram. Ele estava a segurar a sua camisola à sua frente, puxando-a rapidamente para a frente e para trás, para a frente e para trás, como um toureiro, enquanto dizia, "Vocês viram? Vocês viram? Eu mostrei-vos! Ele saiu. Eu não o vou deixar de fora. Agora vejam, vou fazê-lo novamente." E ele voltaria a mexer para a frente e para trás a camisola. Estava calor e havia demasiada gente no local, e as pessoas estavam a ficar loucas, gritando, rodando e puxando este frágil palco temporário. Pensámos que ia desabar - enventualmente parte dele caiu. Foi a insanidade total.
— Ray Manzarek em Light My Fire: My Life with the Doors
O incidente indignou as autoridades locais e Morrison foi preso por obscenidade. Concertos por todo o país foram cancelados. "Nós tínhamos a nossa primeira grande digressão a vinte cidades programada, e estávamos todos apreensivos por isso," escreveu Manzarek. "Vinte cidades? Meu Deus, nós vamos fazer uma digressão de um mês? Até então, nós não tínhamos estado na estrada por mais de quatro ou cinco dias. Mas todas as cidades cancelaram, por todo o país."
A banda confrontou nesta altura Morrison por causa do seu alcoolismo. O incidente permanece inconclusivo.
Morrison gravou alguma da sua poesia nesse mês e em abril começou as filmagens para HWY, um filme experimental sobre um viajante à boleia, interpretado por ele próprio. Os Doors transformaram a sessão de poesia em música para o álbum de 1978 An American Prayer.
Embora Morrison recebesse grande parte da atenção, tendo uma maior imagem na capa do álbum de estreia do grupo, ele mantinha-se inflexível de que todos os membros da banda deviam ser igualmente reconhecidos. Antes de um concerto, quando o apresentador introduziu o grupo como "Jim Morrison and The Doors", Morrison recusou-se a entrar em palco enquanto o grupo não fosse anunciado novamente como "The Doors".[25]
Nos últimos dois anos da sua vida, Morrison reduziu o seu consumo de drogas e começou a beber bastante, o que afectou as suas performances em palco e no estúdio. Ganhou peso e deixou crescer barba, levando a Elektra a usar fotos mais antigas para a capa do LP Absolutely Live, lançado em 1970. O álbum inclui actuações gravadas durante a digressão norte-americana dos Doors em 1970 e em 1969, e inclui uma versão completa ao vivo da canção "The Celebration of the Lizard".
A única aparência em público foi numa gravação especial para a PBS feita em finais de Abril e transmitida no mês seguinte. O grupo tocou apenas canções do seu álbum seguinte, Soft Parade.
Os Doors continuaram os espectáculos no auditório de Chicago a 14 de Junho e actuaram a 21 e 22 de Julho no "Aquarius Theatre" em Hollywood, tendo sido mais tarde lançado em CD. Morrison, com barba, vestiu roupas mais largas e dirigiu o grupo em volta de um som mais blues, através de canções como "Build Me A Woman", "I Will Never Be Untrue" e "Who Do You Love".

The Soft Parade (1969)

Ver artigo principal: The Soft Parade
O seu quarto álbum, The Soft Parade, lançado em julho de 1969,[26] distanciou mais o grupo da sua base de fãs original, contendo arranjos mais "pop" e secções de trompetes. O primeiro single "Touch Me" também teve colaboração do saxofonista Curtis Amy.[27]
Enquanto que a banda tentava manter o seu ímpeto, as tentativas para expandir o seu som deram ao álbum um sentido experimental, originando críticas à sua integridade musical. Os problemas de bebida de Morrison tornavam-no imprevísivel, e as sessões de gravação estenderam-se por várias semanas. Os custos de gravação dispararam, o que levaram quase à desintegração dos Doors.
Durante a gravação do seu álbum seguinte, em Novembro de 1969, Morrison teve problemas com as autoridades após ter agido com agressividade contra o pessoal do avião, enquanto se dirigia para Phoenix, Arizona para assistir a um concerto dos The Rolling Stones. Foi libertado em Abril de 1970 após um guarda ter erradamente identificado Morrison como seu companheiro de viagem, o actor norte-americano Tom Baker.[28]
O grupo iniciou o ano em Nova Iorque com duas bem recebidas noites no "The Felt Forum".

Morrison Hotel (1970)

Ver artigo principal: Morrison Hotel
Os Doors regressaram ao sucesso em 1970 com o seu quinto LP, Morrison Hotel.[29] Com um som hard rock consistente, o primeiro single do álbum foi "Roadhouse Blues", tendo este atingido o 4º lugar nos EUA.
A banda continuou a actuar em arenas durante o verão. Morrison enfrontou julgamento em Miami em agosto, mas o grupo ainda conseguiu fazer a sua única participação num grande festival, o Isle of Wight Festival, a 29 de Agosto.[30] Actuaram juntamente com artistas como Jimi Hendrix, The Who, Joni Mitchell e Miles Davis. Duas canções desse concerto foram inseridas no documentário de 1995 Message To Love.
A 16 de Setembro, Morrison voltou ao tribunal, mas o juri considerou-o culpado por profanidade e exposição indecente a 20 de Setembro. Morrison foi condenado a oito meses de prisão mas foi-lhe permitido sair em liberdade, pendente de recurso e após pagar fiança.[31]
A 8 de Dezembro de 1970, no seu 27º aniversário, Morrison gravou outra sessão de poesia.

L.A. Woman e os últimos dias (1971 - 1972)

Ver artigo principal: L.A. Woman
Durante a última performance pública dos Doors com o alinhamento original, na "Warehouse" em Nova Orleães, Louisiana, a 12 de Dezembro de 1970, Morrison aparentemente teve um colapso nervoso, tendo deixado cair por várias vezes o microfone ao chão.[32]
De qualquer forma, os Doors recuperaram definitivamente, nesta altura, o estatuto que haviam perdido nos registos anteriores (excepto Morrison Hotel) com L.A. Woman, lançado em Abril de 1971.[33] Apesar da saída de Rothchild da produção, este álbum regressava às origens R&B da banda. Rothchild recusou-se a produzir o novo reportório por o considerar "música cocktail", tendo entregue o trabalho a Botnick.[30] Como resultado desta mudança, os Doors produziram aquele que é considerado um dos seus registos mais históricos. Os singles "Love Her Madly" e "Riders on the Storm" tiveram sucesso nas rádios e nos tops norte-americanos, e ainda hoje em dia passam com regularidade nas programações de rádio.
Em 1971, após a gravação de L.A. Woman, Morrison decidiu parar algum tempo para descansar e partiu para Paris com a namorada, Pamela Courson, a 11 de Março.[34] Ele havia visitado a cidade no Verão anterior e sentia-se confiante em escrever e explorar aquele local.[34]
Local onde Jim Morrison foi sepultado, no cemitério de Père Lachaise.Em Junho, voltava a ter problemas de álcool. A 16 de Junho, a última gravação conhecida de Morrison foi feita quando ele travou amizade com dois músicos de rua num bar e convidou-os para ir a um estúdio. Os resultados foram lançados em 1994 num "bootleg CD" designado The Lost Paris Tapes.
Morrison morreu em circunstâncias misteriosas a 3 de Julho de 1971. O seu corpo foi encontrado na banheira do seu apartamento. Foi concluído que morreu de ataque cardíaco, embora tenha sido revelado mais tarde que não foi realizada qualquer autópsia antes do corpo de Morrison ter sido enterrado no Cemitério de Père Lachaise a 7 de Julho.[35]
Ainda existem rumores persistentes de que Morrison simulou a sua morte para escapar à fama ou que morreu num clube noturno e o seu corpo foi então levado secretamente para o seu apartamento. Contudo, no seu livro Wonderland Avenue, Danny Sugerman, antigo manager de Morrison, afirma que durante o seu último encontro com Courson, que ocorreu pouco tempo antes de ela morrer de overdose de heroína, esta confessa ter feito Morrison entrar na droga e, por causa dele ter medo de agulhas, foi ela que lhe injectou a dose que o matou.[35]

Pós-Morrison (1972 - 2000)

Os restantes membros dos Doors continuaram durante mais algum tempo a actuar, considerando inicialmente em substituir Morrison com novo vocalista. Chegou-se a afirmar que Iggy Pop era um dos cantores considerados para a possível entrada. No entanto, Krieger e Manzarek ficaram com os vocais, lançando mais dois álbuns, Other Voices e Full Circle, e partiram em mais uma digressão. Ambos os álbuns venderam menos que os registos da era Morrison, e por isso os Doors pararam as actuações e as gravações no final de 1972. O último álbum entrou no território do jazz. Os álbuns só foram relançados em CD na Alemanha e Rússia, num pacote 2 em 1.[36]
O terceiro álbum lançado após a morte de Morrison, An American Prayer, surgiu em 1978.[37] Este consistiu na adição de música às recentemente descobertas gravações de recitação de poesia por parte de Morrison, constituindo assim os primeiros registos a serem lançados postumamente. O álbum foi um sucesso comercial e foi sucedido pelo lançamento de um mini-álbum com material ao vivo inédito.
Em 1979, Francis Ford Coppola, que estudou com Morrison na UCLA, lançou o filme Apocalypse Now, com "The End" a ter destaque na banda sonora. Quatro anos depois, foi lançada uma apresentação ao vivo sob o título de Alive, She Cried.
Em 1991, o realizador Oliver Stone lançou o filme The Doors, com Val Kilmer no papel de Morrison e presenças especiais de Krieger e Densmore. A interpretação de Kilmer e o próprio filme foram bem acolhidos pela crítica, apesar das suas imprecisões. Os membros do grupo criticaram o retrato feito por Stone sobre Morrison, fazendo-o passar por um sociopata descontrolado. O cantor Billy Idol fez uma aparição no filme e gravou uma cover de "L.A. Woman". Em Janeiro de 1993, o grupo foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame.[38] Durante a apresentação, contaram com a presença de Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, para cantar "Light My Fire" e "Break on Through".[39]

Reunião (2001 - presente)

Robby Krieger, guitarrista do The Doors, em um dos recentes reencontros da banda.Em 2001, Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger reuniram-se pela primeira vez em mais de vinte e cinco anos para tocar canções dos The Doors como parte da série VH1 Storytellers. A cantar com a banda estiveram vários vocalistas convidados, incluindo Ian Astbury dos The Cult, Scott Stapp dos Creed, Scott Weiland dos Stone Temple Pilots, Perry Farrell dos Jane's Addiction e Travis Meeks dos Days of the New. O espectáculo foi mais tarde lançado no DVD VH1 Storytellers - The Doors (A Celebration).
Em 2002, Manzarek e Krieger voltaram a juntar-se e criaram uma nova versão dos Doors, designada "The Doors of the 21st Century." O alinhamento era liderado por Astbury, com Angelo Barbera da Krieger's Band no baixo. No seu primeiro concerto, o grupo anunciou que o baterista John Densmore não participaria, e mais tarde foi reportado que não podia tocar devido a um problema de tinnitus. Densmore foi inicialmente substituído por Stewart Copeland dos The Police, mas após Copeland partir o braço numa queda de bicicleta, a parceria acabou por mútuo acordo, e entrou Ty Dennis, da Krieger's Band.
Densmore afirmou mais tarde que não tinha sido afinal convidado para fazer parte da reunião. Em Fevereiro de 2003, ele procede a uma acção judicial contra os seus antigos companheiros de banda, para evitar que estes usassem o nome "The Doors of the 21st Century." A sua moção foi recusada em tribunal em maio. Manzarek afirmou publicamente que o convite para Densmore regressar ao grupo mantinha-se firme. Nesta altura, a família de Morrison juntou-se a Densmore na tentativa de evitar que Manzarek e Krieger usassem o nome "The Doors". Em julho de 2005, Densmore e os representantes de Morrison ganharam uma acção judicial permanente, obrigando a nova banda a mudar o nome para "D21C." Actualmente tocam sob a designação Riders on the Storm, em referência à canção da banda com o mesmo nome. Também foram autorizados a actuarem como "antigos membros dos Doors" ou até "membros dos The Doors."[40]
Ray Manzarek afirmou uma vez: "Estamos todos a ficar velhos. Nós devíamos, os três, tocar essas canções porque, ei, o fim está sempre próximo. Morrison era um poeta, e acima de tudo, um poeta quer que as suas palavras sejam ouvidas." No entanto, em 2007, Densmore afirmou que só entraria no grupo, caso o vocalista escolhido fosse "desse nível" de Jim Morrison, como Eddie Vedder dos Pearl Jam.[41]
Quando Jim Morrison foi questionado pelo que é que ele gostava que fosse mais lembrado, respondeu: "As minhas palavras, meu, as minhas palavras."[42] Morrison disse ainda: "Eu gosto de qualquer reacção que possa ter com a minha música. Qualquer coisa que ponha as pessoas a pensar. Eu quero dizer que se conseguires pôr uma sala cheia de gente pedrada e bêbada a reflectir e a pensar, então estás a fazer algo."
Em 2004, a Rolling Stone colocou os Doors [43] no 41º posto na sua lista dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos.[44] No ano anterior, já havia considerado os álbuns The Doors, L.A. Woman e Strange Days os 42º, 362º e 407º melhores álbuns de sempre, respectivamente.[45] Já as canções "Light My Fire" e "The End", ambas do primeiro álbum do grupo, foram consideradas, respectivamente, as 35ª e 328ª melhores canções de sempre.[46]
Bastante actividade foi anunciada em 2006 por ocasião do 40º aniversário do álbum homónimo de estreia da banda. Para comemorar a efeméride, saiu mais um box-set com os seis primeiros álbuns de estúdio, o livro "The Doors by The Doors" e foi anunciado o início da produção de um documentário oficial sobre o grupo.[47]
Em 2007, os The Doors foram galardoados, juntamente com os Grateful Dead e Joan Baez, com o Grammy Lifetime Achievement Award nos Grammy Awards de 2007 e, a 28 de Fevereiro, receberam uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.[48]. Pelo meio, a 16 de Fevereiro, Ian Astbury abandona os Riders on the Storm, para relançar a sua antiga banda The Cult,[49] sendo sustituído por Brett Scallions, antigo vocalista dos Fuel.[50]
A 24 de Julho é lançado um álbum triplo com registos ao vivo de uma actuação dos Doors na Boston Arena a 10 de Abril de 1970.[51]
A popularidade dos Doors hoje em dia é demonstrada pela quantidade de cópias que os seus álbuns continuam a vender.[5]

Integrantes

Integrante Instrumento Período Álbuns gravados
Jim Morrison Vocal 1965 - 1971
The Doors
Strange Days
Waiting for the Sun
The Soft Parade
Morrison Hotel
L.A. Woman
An American Prayer

Robby Krieger Guitarra
Vocal 1965 - 1972
2002 - Presente
Todos

Ray Manzarek Órgão
Piano
Vocal 1965 - 1972
2002 - Presente
Todos

John Densmore Bateria 1965 - 1972

Discografia

Ver artigo principal: Discografia do The Doors
The Doors lançou nove álbuns de estúdio,[52] sendo três destes após a morte de Jim Morrison. Além destes, a banda possui inúmeros singles, compilações e apresentações ao vivo.[52]
Canções da banda foram usadas em filmes como "The End" em Apocalypse Now[53] e Knoflíkári,[54] "Soul Kitchen" e "Love Her Madly" em Forrest Gump,[55] assim como "Break On Through (To The Other Side)", que aparece também em Soldado Anônimo,[56] Gardens of Stone[57] e Os Que Me Amam Tomarão O Trem[58], "People Are Strange", que também aparece em Os Garotos Perdidos[59] e American Pop,[60] e "Hello, I Love You", que consta na trilha sonora de Neighbors;[61] "Touch Me" em Escola de Rock,[62] "The Changeling" em Sans toit ni loi,[63] "Riders on the Storm" em Rail Kings[64] e Diário de um Adolescente,[65] "Peace Frog" em The Waterboy,[66] "Moonlight Drive" em Abaixo de Zero[67] e Two-Lane Blacktop,[68] "Strange Days" em Strange Days,[69] "Light My Fire" em More American Graffiti[70] e Altered States,[71]"The Spy" e "Maggie M'Gill" em Os Sonhadores,[72] "Roadhouse Blues" em Garota, Interrompida[73] e O Sonho Já Era?,[74] "Over The River and Through The Woods" em I'll Be Home for Christmas,[75] e "The Crystal Ship" em The X-Files,[76] Doidas Demais[77] e True Believer.[78] No entanto, grande parte da sua contribuição em bandas sonoras foi no filme sobre o grupo, The Doors, onde grande parte das canções são da sua autoria.[79]
Também já protagonizou uma única vez, um comercial, da Pirelli na Inglaterra, já que é política da banda, particularmente de Densmore, não ceder as canções da banda para campanhas publicitárias, tendo já inclusive recusado ofertas milionárias da Apple e Cadillac[80][81] com a justificativa de ser anti-ético para o legado do grupo e para a memória de Jim Morrison.[80]
As pessoas perderam a sua virgindade com esta música, ficaram chapadas pela primeira vez com esta música. Já ouvi pessoas dizerem que morreram miúdos no Vietname a ouvirem esta música, outras a afirmarem que conhecem alguém que não cometeu suicídio por causa desta música…. Em palco, quando tocávamos aquelas canções, elas pareciam misteriosas e mágicas. Isso não está à venda.[82]
— John Densmore para o The Nation
Várias séries consagradas já usaram canções dos The Doors, entre as quais se destaca Os Sopranos, Alias, Cold Case, Charmed, Os Simpsons e My Name is Earl.[83]
Além disso, um trecho de "Soul Kitchen" foi adaptado em uma canção de Imani Coppola intitulada "I'm a Tree", presente na trilha sonora de Alguém Como Você[84] e Virtual Sexuality.[85]

Estilo e influências

Ray Manzarek durante um concerto em 2006.O estilo musical dos The Doors baseia-se essencialmente numa mistura entre blues e o psicadélico. Ray Manzarek fornece elementos de música clássica e blues, Robby Krieger insere ritmos de flamenco,[86] enquanto que Densmore usa os seus conhecimentos de jazz na bateria.[87]
As letras negras do grupo, compostas na sua maioria por Jim Morrison, afastam-se em boa medida das convencionadas pela pop da época. Nos primeiros discos (The Doors e Strange Days), os elementos visionários próprios da música psicadélica surgem expressos em imagens inspiradas na tradição romântica e simbolista, actualizando-a com referências ao existencialismo e à psicanálise.[88] De destacar também a influência dos simbolistas franceses, como Arthur Rimbaud ou Charles Baudelaire, na poesia de Morrison.[89] Nos últimos discos, em especial L.A. Woman, as letras de Morrison tornaram-se mais simples e imediatas, evoluindo assim com o som da banda em direcção ao blues.[90]
Em 2007, Manzarek descreveu o som da banda como:
Música Bauhaus. É limpa, é pura. De um lado há o piano, do outro uma guitarra, a bateria no meio, um tom de baixo no fundo e o vocalista à frente e tu consegues ouvir as letras. Essa é uma das razões porque o som dos The Doors continua ser importante hoje em dia. É claramente moderno. E era isso o que pretendíamos.[91]
— Ray Manzarek para a The World Magazine, em Fevereiro de 2007

Legado

Homenagem a Morrison em Venice, Los Angeles.O trabalho dos The Doors serviu de inspiração para muitos artistas,[92] entre eles Iggy Pop,[93] Trent Reznor,[94] Eddie Vedder,[95] Bruce Springsteen, Scott Weiland, Patti Smith e Billy Idol.[96].
Jim Morrison, com a sua atitude e presença em palco, influenciou vocalistas de vários estilos que surgiram depois de si, permanecendo um dos mais populares e influentes vocalistas e compositores da história do rock,[97] enquanto que o catálogo dos Doors tornou-se presença habitual nos programas de rock clássico das rádios.
Hoje em dia, Morrison é apresentado como o protótipo da estrela rock: arrogante, sexy, escandaloso e misterioso. As calças de ganga que usava quer em palco quer fora dele tornaram-se estereotipadas como parte do perfil de um roqueiro. Serviu de inspiração para outros vocalistas rock da época, como Roger Daltrey (The Who) e Robert Plant (Led Zeppelin).
Instigado pelo jogador Robin Ventura, a equipa estado-unidense de basebol New York Mets adoptou a canção "L.A. Woman" como tema tocado nos altifalantes durante os jogos, com o público a cantar a letra "Mr. Mojo Risin'" (anagrama de "Jim Morrison").[98] Em 2007, foi anunciado que uma campanha de caridade, a Global Cool, com vista a combater o aquecimento global, tinha encomendado uma canção a ser feita com um poema escrito por Morrison, "Woman in the Window", que será lançada no álbum de estreia dos Satellite Party, Ultra Payloaded.[99] Morrison inclusive já foi citado num trabalho preliminar para a Comissão Europeia, sobre telecomunicações.[100]

Certificados da RIAA

Estas estatísticas foram compiladas do banco de dados online da RIAA.[101]

The Doors - Disco de Platina Quádruplo (29 de janeiro de 2007)
Strange Days - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
Waiting for the Sun - Disco de Platina (10 de junho de 1987)
The Soft Parade - Disco de Platina (10 de junho de 1987)
Morrison Hotel - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
L.A. Woman - Disco de Platina Duplo (10 de junho de 1987)
An American Prayer - Disco de Platina (15 de novembro de 2001)
The Best of The Doors - Disco de Diamante (15 de fevereiro de 2007)
"Light My Fire" - Disco de Ouro (11 de setembro de 1967)
"Hello, I Love You" - Disco de Ouro (28 de agosto de 1968)
"Touch Me" - Disco de Ouro (13 de fevereiro de 1969)

Award Shows

Estas estatísticas foram compiladas através do banco de dados do site The Envelope, do Los Angeles Times.[38]
The Doors - Performer Inductees, Rock and Roll Hall of Fame (1993) (vencedor)
The Doors - Hall of Fame, Grammy Awards (2001) (vencedor)
The Doors - Lifetime Achievement Award, Grammy Awards (2007) (vencedor)[102]» in Wikipédia.

"Strange Days (tradução)

Os dias estranhos nos encontraram
Os dias estranhos nos perseguiram
Eles vão destruir
Nossas raras alegrias
Nós temos que seguir em frente
Ou encontrar uma novo abrigo

Olhos estranhos ocupam salas estranhas
Vozes anunciarão o seu cansado fim
A anfitriã está sorrindo
Seus hóspedes dormem em pecado
Me ouça falar sobre o pecado
E você saberá que é mesmo assim

Os dias estranhos nos encontraram
E por suas horas estranhas
Ficamos sozinhos à espera
Corpos se confundem
Memórias são mal usadas
Enquando trocamos o dia
Pela estranha noite de pedra"
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The Doors, esta Banda liderada pelo carismático Jim Morrison, mais um que não conseguiu viver devagar e que era fundamentalmente, um poeta!

Mais informações sobre esta Banda Mítica no seguinte link:
http://www.thedoors.com/

15/04/08

Taça de Portugal - Setúbal 0 vs F.C. do Porto 3 - Estamos na Final da Taça de Portugal!

«E agora, valeu?

Autoritária e determinada, executada num processo de asfixia a dois tempos, a exibição portista produziu o temível efeito de vulgarizar a equipa que aterrorizara a Liga e a sua Taça. A contar para a outra, a de Portugal, a imparável locomotiva azul traçou, com pormenores de pura classe e requinte, o percurso final em direcção ao Jamor, vergando Setúbal ao peso de uma goleada, num género de suplemento decidido, apesar de dispensável, à vitória conseguida três dias antes. Como se dúvidas restassem. Os milhares de adeptos que embarcaram na aventura emprestaram o colorido merecido a um futebol arrasador.
O ataque, imutável fórmula de abordagem do campeão, não gerou, no entanto, resultados imediatos. Foram precisos dez minutos de discussão de cada palmo, de cada porção de terreno, antes do ziguezagueado de Bosingwa e os passes de ruptura de Lucho desenharem os primeiros traços de desequilíbrio, indícios indeléveis de um punhado de preparativos com pretensões mais vastas do que a mera expressão de uma ameaça.
A seguir ao período de encaixe e estudo, que chegou a ser confundido com sinais de uma equilibrada divisão de território e domínio, o meio-campo portista desfez as aparências e assumiu integralmente a condução do jogo, inserindo coordenadas, rota e destino.
Em ensaios sucessivos, a que soube acrescentar variantes de imprevisibilidade em dose dupla, a equipa demolidora interpretou a primeira aproximação ao êxito aos 35 minutos, no preciso instante em que um defesa setubalense negou, na vez de Eduardo, o balanço das redes a remate de Lucho.
Da farta e curiosa inversão de papéis nasceu o primeiro golo, com Jorginho a marcar na própria baliza, antecipando o gesto de Lisandro, disposto a juntar a emenda apropriada ao canto cobrado por Raul Meireles. Com Eduardo novamente por terra, o dobrar da vantagem esbarrou, quase de imediato, nas pernas de um aglomerado sadino, que, pouco depois do recomeço, se revelaria insuficiente para negar o golo que Lucho tanto fazia por merecer.
À terceira, outra vez assistido por Tarik, o argentino marcou. E à quarta também, já na execução de um remate escrupulosamente colocado, que condenava ao fracasso o voo de um dos mais queridos heróis de Setúbal, simplesmente porque o trajecto conferido à bola não reconhecia defesa possível.
Com meia-hora para jogar, a eliminatória estava sentenciada e em aberto restavam por apurar apenas os contornos da goleada, que ficou a dever novos golos ao campeão, mesmo que a anos-luz de poder oferecer resistência à caminhada insuperável e imaculada para final. Não há registo de qualquer golo nos cinco jogos que fizeram o trajecto para o Jamor.

FICHA DE JOGO

Taça de Portugal, meias-finais
Estádio do Bonfim, em Setúbal
15 de Abril de 2008

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e André Campos
4º árbitro: José Gomes

V. SETÚBAL: Eduardo; Janício, Auri, Robson e Jorginho; Elias, Sandro, Ricardo Chaves e Bruno Gama; Leandro e Cláudio Pitbull
Substituições: Ricardo Chaves por Filipe Gonçalves (58m); Leandro por Bruno Severino (58m); Bruno Gama por Paulinho (72m)
Não utilizados: Milojevic, Hugo, Bruno Ribeiro e Adalto
Treinador: Carlos Carvalhal

F.C. PORTO: Nuno; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Farías (75m); Quaresma por Mariano (79m); Paulo Assunção por João Paulo (82m)
Não utilizados: Ventura, Lino, Kazmierczak e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jorginho (autogolo, 37m), Lucho (51m e 60m)
Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (8m), Sandro (21m), Jorginho (36m), Quaresma (49m), Elias (67m), Pedro Emanuel (90m)» in site F.C. do Porto.
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O F.C. do Porto foi a Setúbal dar uma demonstração cabal das suas capacidade futebolística. Comandado por Lucho, El Comandante, autêntico patrão da equipa, com uma classe incomensurável, mais uma defesa intransponível, com destaque para Bruno Alves e Bosingwa que também auxiliaram e de que maneira a linha ofensiva, o F.C. Porto fez o que nenhuma equipa havia realizado em Setúbal: foi esmagador. O resultado só peca por escasso. Excelentes exibições individuais de todos os jogadores, apenas com Nuno a ter pouco trabalho, pois a defesa e o meio campo, com Raul Meireles e Paulo Assunção em grande, a bloquearem o ataque Setubalense. No ataque, destaque para Lisandro e tarik, com Quaresma, embora esforçado, muito complicativo; há dias assim! Agora umas coisas, completamente à parte do jogo propriamente dito. Os senhores locutores da estação que transmitiu o jogo em directo, foram dum anti-portismo a todos os níveis de lamentar. Passaram o jogo a dizer que o Setúbal é que jogou mal, nunca deram mérito à vitória do F.C. do Porto. É que até aquele momento, nenhuma equipa tinha jogado assim contra o Setúbal, o F.C. do Porto massacrou. Mas, nada de dar mérito ao F.C. Porto; imaginem só se fosse ao contrário... Esses senhores têm que perceber que o futebol é um jogo de acção-reacção, normalmente uma equipa joga o que a outra permite e há acções que anulam a reacção, foi o que se passou... Depois, queriam o Paulo Assunção expulso logo no inicio do jogo, mas quando um jogador do Benfica partiu a perna a Anderson e nem amarelo levou, passou incólume ao vosso comentário; enfim critérios... Vocês só não entendem que as nossas vitórias contra a macrocefalia Lisboeta, contra tudo e contra todos, só nos dão mais força! Mas a um jornalista digno, pede-se isenção, já nos basta ser a região mais deprimida economicamente do país, onde todo o investimento se centra na Capital do Regime! Sejam desportistas, a nossa vantagem no campeonato devia merecer o vosso respeito, não as vossas frustrações, estamos fartos de ressabiados! Quanto ao Setúbal é uma grande equipa que eu respeito muito e só teve o azar de apanhar o F.C. do Porto em grande! O Expresso começou o dia por dar a notícia falsa de que o Sr. Pinto da Costa tivera um enfarte... fartos estamos nós de vós, oh mouros! Depois, soube-se que o Sr. Filipe Vieira agrediu um jornalista da RTP, na semana passada, mas, misteriosamente, a notícia foi ocultada pelos sulistas; volta D. Afonso Henriques, vem correr com estes mouros! Agora estamos na final e vamos ter 8 milhões contra nós, imprensa sulista incluída, mas isso já faz parte do cenário do Regime Salazarento que é o Jamor... Um abraço de amizade para o meu amigo Ângelo Ochôa, grande Setubalense, um Clube que também a mim me diz muito e ao F.C. do Porto!

Imagens de mais uma espectacular vitória do F.C. do Porto que continua imparável!

Primavera em Rio, Fregim, Amarante!



























Primeiros sinais da verdadeira Primavera no Rio, em Fregim!

Mas infelizmente as previsões meteorológicas apontam para mais chuva... ficam alguns sinais da exuberante Primavera que tanta falta nos faz, pois esta estação do ano é um grande apelo à vida e ao belo! Nós bem precisamos de renovação...

14/04/08

Nancy Vieira - Uma Voz de Cabo Verde!











Nancy e Rui Veloso - "Pára de chorar"

Ala dos Namorados & Nancy Vieira & Rão Kyao - "Lua nha testem"

Nancy Vieira - "Manu"

Nancy Vieira - "Lus"

Nancy Vieira

Nancy Vieira - "Nancy_Tu_Gitana"

«Nancy Vieira

No ano de 1975, na Guiné Bissau, nasceu Nancy Adelaide Vieira. Filha de pais cabo-verdianos, aos 4 meses foi viver para Cabo Verde, onde permaneceu até aos 14 anos. E foi aí que despertou a sua paixão pela música, cantando entre amigos e em casa, acompanhada pelo pai, ao violão.
Aos 14 anos Nancy vem para Lisboa para continuar os seus estudos. Enquanto os estudos decorrem, Nancy continua a cantar entre amigos.
Em 1995 actuou pela primeira vez em público, num concurso, do qual saiu vencedora e cujo prémio foi a gravação do seu primeiro disco: «Nós Raça».
«Nós Raça», chamou de imediato a atenção do povo Caboverdiano e na diáspora. A voz doce e grave de Nancy começa a marcar pontos e desde então tem sido convidada a estar em palco com os nomes mais sonantes da musica de Cabo Verde, nomeadamente, Bana, Tito Paris, Boy Gê Mendes, Ferro Gaita.
Já em final de 2003, em conjunto com Maria Alice e Lura, Nancy Vieira realizou uma digressão no Reino Unido apresentando o espectáculo "Women of Cabo Verde", sobre o qual escreveu o jornal The Independent: "Quando as suas carreiras se desenvolverem, as raparigas vão encher estádios".
O seu segundo álbum de originais foi «Segred», um disco composto por nove temas originais e uma canção tradicional de Cabo Verde, com a produção musical do já consagrado músico e produtor, Toy Vieira, que contou com a colaboração nos arranjos e orquestração de Djim Job. Neste álbum Nancy é ainda acompanhada por outros músicos de excelência como: Vaiss, Zé António, Kau Paris, Dalu e Iduino Tavares, de Ferro Gaita.» in http://nancyvieira.blogspot.com/2005/11/nancy-vieira.html

"Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz

Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
A inveja do mundo
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora"

Mais informações sobre esta artista de Cabo Verde em:
http://www.myspace.com/nancyvieira

Ângelo Ochôa - "A Maior Alegria de Isiéli a Trapezista"




















O Poeta Ângelo Ochôa criou e disse outra vez, de forma brilhante!


"A maior alegria de Isiéli,

a trapezista triste, está em saltar impossíveis,

pra lá da cobertura, dum arame ténue, até pairar,

alta, por entre cintilantes estrelas.

A maior alegria de Isiéli, a trapezista triste,

está em ir, sequer em sonho, até pra lá da lona,

entre fios e luzes, pra voltar ao chão,

e andar somente, ligeira como se voasse.

Isiéli caminha p’los seus afazeres como em puro voo no trapézio,

em busca da paisagem única,

que lhe apresente o limite do amplo estrelejado céu.

É-lhe necessário ponderar fraquezas e forças em pleno salto."
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Ouçam os Poetas, têm muito para dizer e nós muito que ouvir!

Mais momentos de magia... Quaresma e Ronaldo!


Estes dois são um verdadeiro hino ao Futebol! Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma!

Educação em Portugal - O Acordo deve ser o início e não o fim da negociação!

«Professores criticam recuo dos sindicatos, PEDRO VILELA MARQUES

Docentes usam Dia D para condenar acordo na avaliação
Os professores estão divididos. As associações cívicas de docentes contactadas ontem pelo DN garantiram que o entendimento alcançado entre o Ministério da Educação e a plataforma sindical do sector representa uma "cedência preocupante" ao modelo de avaliação defendido pela tutela. Entre os professores já há quem fale em utilizar o Dia D, que se realiza manhã nas escolas, para pressionar os sindicatos a não assinar o acordo com o Governo, agendado para quinta-feira. Numa altura em que a plataforma sindical ainda clama vitória nas negociações com o Ministério, o porta-voz da Associação de Professores em Defesa do Ensino adianta ao DN que os docentes têm poucas razões para festejar um acordo que é "conivente com a avaliação defendida pela ministra". Para Mário Machaqueiro, os sindicatos não podem falar em vitória quando o Governo não tinha condições para avaliar todos os professores e seria sempre obrigado a avançar apenas com o regime simplificado este ano. "Com este memorando de entendimento, os sindicatos estão a colocar em causa as condições que existiam entre os professores para se lutar pela suspensão do processo este ano", lamenta Mário Machaqueiro, que em alternativa defende a negociação do sistema de avaliação durante todo o próximo ano lectivo. Vitorino Guerra, do Movimento em Defesa da Escola Pública, é ainda mais crítico e defende que o acordo alcançado na madrugada de sábado não representa o mais pequeno sucesso para os sindicatos. Bem pelo contrário. "Os professores foram para a rua lutar contra o estatuto da carreira docente, o concurso para definição dos professores titulares, contra o novo modelo de gestão escolar e, claro, contra a avaliação. O que se percebe é que agora se chegou a um memorando de entendimento que não contempla nenhuma destas questões", constata Vitorino Guerra, que pertenece ao movimento que organizou as vária s manifestações espontâneas nas vésperas da Marcha da Indignação. Face a estes resultados, o professor de Leiria acredita que a única parte vitoriosa das negociações foi a do Ministério da Educação, que levou ao "recuo dos sindicatos". Resolver a confusão. A todas as críticas, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e porta- -voz da plataforma sindical, responde com pragmatismo. "Limitámo-nos a perceber que havia uma aplicação descontrolada da avaliação nas escolas, em que já eram menos as que estavam paradas do que as que estavam a avançar a ritmos diferentes e que agora têm de parar. Desta forma, defendemos os professores e ainda contemplámos a hipótese de o modelo ser revisto em Junho do próximo ano, no final da primeira avaliação". O que para Vitorino Guerra representa o legitimar do modelo do Governo, "pois não se pode criticar a aplicação de algo que já foi posto em prática".Em relação à criação de uma nova categoria salarial, Mário Nogueira assegura que ela visa penas equiparar o topo da carreira dos professores à dos técnicos da administração pública, embora Vitorino Guerra lembre que ela também tem como objectivo recompensar professores que exerciam cargos públicos, "nomeadamente sindicais". Afirmação que para Mário Nogueira é "reveladora de ignorância", já que a medida pretende apenas "salvaguardar direitos salariais previstos desde 1986 sem que aumente a duração das carreiras, pois o tempo nos escalões torna-se mais curto". Mário Machaqueiro junta-se aos argumentos do Movimento em Defesa da Escola Pública e acrescenta que a plataforma sindical nunca deveria ter concordado com a recolha de todos os elementos constantes dos registos administrativos da escola. Segundo este docente "isto vai legitimar o início da avaliação em Setembro, no princípio do ano lectivo".A divisão entre associações profissionais e os sindicatos surge na véspera do Dia D. Como Mário Nogueira explicou ao DN, a iniciativa vai servir para explicar os pontos do documento de entendimento a ser assinado com o Ministério da Educação e para traçar reivindicações em relação ao estatuto da carreira, modelo de gestão e regime do ensino especial. Já para o Movimento em Defesa da Escola Pública e o Movimento Escola Democrática, de Coimbra, vai ser usado para criticar o acordo e exigir à plataforma sindical que não assine o entendimento. A união entre os professores que levou cem mil pessoas às ruas de Lisboa na Marcha de Indignação, está posta em causa. » in http://dn.sapo.pt/2008/04/14/sociedade/professores_criticam_recuo_sindicato.html
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É preciso termos em atenção que estamos perante o Governo mais reaccionário de sempre a seguir ao 25 de Abril, em que espante-se, ouço socialistas ou xuxalistas a dizerem que o mal deste país passa pelos sindicatos. A Senhora Ministra, aliás, é conhecida por dizer que os Sindicatos não representam os Professores. Então quem representará, o seu Ministério, com maior campanha contra os Professores de que há memória? Lembre-se que estes mesmos socialistas usaram e abusaram do poder sindical para combater os governos de maioria do actual Presidente da Republica. Isto é gente muito perigosa, por isso não nos podemos esquecer que a tutela pode estar a embalar a plataforma sindical com este acordo, para ganhar tempo e os adormecer, atacando de novo no início do próximo ano lectivo. Esta malta é perigosa, é preciso estarmos atentos! Não confio nesta tutela, não creio que o acordo seja feito de boa fé! Há muitas formas de luta e a principal passa por tirar a maioria a estes pseudo-democratas, a senhores que usam abusam do poder e que mais regalias nos tiraram a seguir ao 25 de Abril! No entanto, entre eles é uma alegria, há sempre lugares nas grandes empresas, tipo troca de favores na Plutocracia vigente, e o povo a assistir! E já agora, aqueles CE que foram mais papistas que o Pápa, criando um stress nas Escolas, insustentável, o que lhes vai acontecer? - Já sei, estamos em Portugal, vão ser promovidos politicamente!

13/04/08

Neil Young - Mais um excelente músico que nunca foi em modas, mas que está sempre na moda!




Neil Young - "Harvest Moon"

Neil Young - "Heart of Gold"

Neil Young - "Imagine"

Neil Young & Crazy Horse - "Hey Hey, My My"

Neil Young - "Sugar Mountain" - (Live Aid 1985)

Neil Young - "Old Man"

Neil Young - "Tonight's the Night"

Neil Young - "The Needle and the Damage Done" - (Live Aid 1985)

Neil Young - "All Along The Watchtower"

Neil Young - "Like a Hurricane"

Neil Young & Pearl Jam - "Keep on Rockin'in the Free World"

Neil Young & Pearl Jam - "Fuckin' Up"

Neil Young - "A Man Needs a Maid"

Neil Young - "Out on the Weekend"

Neil Young - "Cinnamon Girl"

Neil Young - "Dirty Old Man" - (live 2007)

Neil Young - "From Hank to Hendrix" - (live 2007)
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«Neil Young

Neil Young em concerto no Canadá em 2006Neil Percival Kenneth Robert Ragland Young, mais conhecido por Neil Young (12 de novembro de 1945) é um músico e compositor de origem canadense, que fez sua carreira nos Estados Unidos. Conhecido por sua voz anasalada e suas letras pungentes, Young é uma lenda do rock americano, mas seu estilo musical transita entre o folk e o country rock, alternando com álbuns mais "pesados" em que algumas músicas se aproximam do hard rock, com guitarras "sujas" e longos solos improvisados com muita distorção. Seus shows são verdadeiras celebrações de rock usualmente acompanhado da banda Crazy Horse, que o acompanha desde o início da carreira.
Neil Young nasceu em Toronto, no Canadá, mas ainda jovem, devido a separação dos pais, mudou-se para Winnipeg, capital da provincia de Manitoba, localizada na região central do Canadá. Começou sua carreira tocando no circuito folk/rock local. Em 1965 resolve voltar para Toronto, onde em 1966 se junta a banda The Mynah Birds, gravando alguns compactos. Após isso, mudou-se para Los Angeles e juntamente com Stephen Stills, formou o Buffalo Springfield, uma banda de folk-rock inovadora, mas que na época teve apenas uma relativa repercussão (seu trabalho só foi de fato reconhecido mais tarde). Quando o grupo acabou em 1968, Young partiu para a carreira solo. De seus álbuns iniciais, "Everybody Knows this is nowhere"(69) e o essencial "After the Gold Rush"(70) foram aclamados pela crítica, ao mesmo tempo em que aceitou participar do Crosby, Stills & Nash, como membro efetivo. Acrescido de Young no nome, o quarteto fez muito sucesso nos anos 69/70, principalmente o álbum "Deja Vu". Após uma turne americana, separaram-se amigavelmente e Neil Young voltaria ocasionalmente a gravar com os ex-companheiros.
O espetacular sucesso comercial de "Harvest"(72), torna Young um "superstar" do folk-rock, mas a morte de dois amigos seus neste mesmo ano,o guitarrista Danny Whytten e o roadie Bruce Berry o colocam numa longa fase depressiva, em que envolve-se com drogas e álcool, acabando por influenciar seu trabalho. Os álbuns gravados neste período são marcados por temas como a morte, a solidão, a loucura, as drogas, trazendo um som mais áspero, cru e pesado, que o afastam do grande público e descontentam a crítica. Esta fase em parte é rompida com "Zuma"(75) e um retorno ao folk e ao country-rock, principalmente em "Comes a time"(78), um celebrado álbum embasado no country. Influenciado pelo impacto cultural do punk, Neil Young lança "Rust never sleeps"(79), uma elegia ao espírito do rock'roll, seguido de "Rust live", talvez seu melhor álbum ao vivo.
Nos anos 80, Neil Young desenvolveu uma carreira errática, gravando álbuns de rockabilly, clássicos do country(Old Ways, de 1984), blues, não se fixando numa linha de atuação. O álbum Freedom(1989) o recoloca em evidência, depois de um período de obscuridade e marca uma retomada bem-sucedida da carreira, que se mantém até hoje.»





"Rockin' in The Free World (tradução)
Neil Young
Composição: Neil Young

Agitando em um mundo livre

Há cores na rua
Vermelho, branco e azul
Pessoas arrastando seus pés
Pessoas dormindo em seus sapatos
Mas há uma placa de aviso na estrada a frente
Há um monte de pessoas falando que nós estariamos melhor mortos
Não me sinto como Satã, mas eu sou para eles
Mas eu tento esquecer disto, de qualquer maneira que eu posso.

Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre

Eu vejo uma mulher na noite
Com uma criança em suas mãos
Sob uma luz de uma velha rua
Perto duma lata de lixo
Agora ela deixa a criança, e ela vai receber um golpe
Ela odeia sua vida e o que fez para ela
Mais uma criança que nunca irá para a escola
Nunca irá se apaixonar, nunca poderá ser legal.

Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre

Nós temos milhares de pontos de luz
Para o homem desabrigado
Nós temos um delicado, amável,
Revólver
Nós temos lojas de departamento e papel higiênico
Temos caixas de styrofoam* para a camada de ozônio
Temos um homem do povo, falando mantenha a esperança viva
Temos combustível para queimar, temos estradas para dirigir

Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre
Continue agitando em um mundo livre"

Mais informações sobre este excelente músico no seguinte link:
http://www.myspace.com/neilyoung

Setubal 1 vs F.C. Porto 2 - Mais uma Vitória, 18 pontos de avanço!









Mais um tango Argentino; desta vez Lisandro versus Mariano!

«Apetite do Campeão não se esgotou com a conquista do tri

O F.C. Porto provou, este sábado, em Setúbal, que a sua predisposição para ganhar não se esgotou com a conquista do título de Campeão Nacional. Na jornada da consagração, a máquina azul e branca triturou o Estrela da Amadora (6-0) e houve quem pensasse que o apetite da equipa podia diminuir daí para a frente. Puro engano. Quando o prato são as vitórias, o Dragão nunca está saciado.
Embalado pela liderança avassaladora na Liga, em que já somou 21 triunfos, o conjunto orientado por Jesualdo Ferreira visitou o Sul do país com o amealhar de mais três pontos em mente, intenção que cumpriu de forma determinada, aliando ao bom desempenho um ensaio positivo para o jogo das meias-finais da Taça de Portugal, em que volta a defrontar os sadinos.
Precisamente a pensar no encontro da próxima terça-feira, o treinador do F.C. Porto apresentou algumas alterações no «onze» inicial, nada comprometedoras em relação às pretensões da equipa, que mostrou ambição desde o primeiro minuto. Quaresma foi dos mais irreverentes, tendo saído dos seus pés os lances capitais da primeira metade do desafio, no decorrer da qual os Dragões se revelaram notoriamente superiores.
Lisandro, aos 25 minutos, após cruzamento do número 7, e Mariano, aos 30, traduziram em vantagem no marcador a hegemonia azul e branca, que só não assumiu contornos maiores, porque o excelente remate de Lucho González, que havia feito a assistência para o segundo golo, embateu na barra da baliza de Eduardo. Seis minutos depois, Hugo reduziu para o V. Setúbal.
O F.C. Porto saiu para o intervalo com um resultado favorável, mas nem por isso baixou os braços no segundo tempo da partida. Quaresma criou, mais uma vez, grandes dificuldades ao adversário, que só subiu de rendimento nos últimos instantes do jogo, não fazendo, no entanto, esquecer os primeiros 45 minutos dos Dragões, que justificam por completo o resultado final.

FICHA DE JOGO

Liga 2007/08, 26ª jornada
Estádio do Bonfim (Setúbal), 12 de Abril de 2008

Árbitro: Elmano Santos (Madeira)
Árbitros Assistentes: Sérgio Serrão e André Cunha
4º Árbitro: Marco Pina

V. Setúbal: Eduardo; Paulinho, Robson, Auri e Jorginho; Hugo, Elias e Bruno Ribeiro «cap.»; Filipe, Kim e Adalto
Substituições: Elias por Bruno Gama (46m), Jorginho por Ricardo Chaves (46m) e Kim por Pitbull (58m)
Não utilizados: Milojevic, Leandro, Bruno Severino e Leo Bonfim
Treinador: Carlos Carvalhal

F.C. Porto: Nuno; Fucile, Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Lucho González «cap.» e Kazmierczak; Mariano, Lisandro e Quaresma
Substituições: Fucile por Bosingwa (46m), Lisandro por Adriano (67m) e Lucho González por Hélder Barbosa (76m)
Não utilizados: Ventura, Bruno Alves, Paulo Assunção e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Lisandro (25m), Mariano (30m) e Hugo (38m)
Disciplina: cartão amarelo a Paulinho (31m), Robson (60m), Bolatti (75m) e Hugo (84m)» in site F.C. Porto.
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O F.C. do Porto sem alguns dos seus habituais titulares, o Guarda-Redes Helton, os dois centrais, Bosingwa, Paulo Assunção, Raul Meireles e Tarik, continuou com a mesma atitude de vitória, realizando uma primeira parte esmagadora e conseguindo mais uma vitória no Superliga, colocando o segundo classificado a 18 pontos de distância... Na segunda parte, o Vitória, como grande equipa que é e a jogar perante o seu público, reagiu e aproveitou o facto do F.C. Porto estar a gerir as forças para o jogo de Terça-feira, no mesmo Estádio e perante a mesma equipa, num jogo de mata-mata, a contar para as meias finais da Taça de Portugal e onde o F.C. do Porto vai ter muito mais dificuldades perante este valoroso adversário. Mais uma vez, neste jogo se destacaram os Argentinos, Lucho, Lisandro e Mariano (mais um Tango Argentino), o Guarda redes Nuno, Quaresma, João Paulo e Stépanov. Viva o F.C. do Porto e na Terça-feira força Dragões!

Imagens de mais uma vitória do F.C. do Porto, estando agora a 18 pontos do Guimarães!

12/04/08

Educação em Portugal - Há sinais de recuo e de bom senso!

«Educação: Acordo é "grande vitória" e o fim da "crispação crescente" nas escolas - Assoc. Professores
12 de Abril de 2008, 16:00
Santarém, 12 Abr (Lusa) -- O presidente da Associação Nacional de Professores (ANP) afirmou hoje que a "grande vitória" resultante do acordo entre Ministério da Educação e os sindicatos é o fim da "crispação crescente nas escolas".
"Estamos agradados positivamente pelos sinais que dá para as escolas, após a discussão dos problemas durante a negociação. Essa é que é a grande vitória", disse à Agência Lusa João Grancho, afirmando esperar que "no futuro se mantenha".
O presidente da ANP assegurou estar "agradado positivamente" com o acordo, por "retirar o estado de crispação crescente nas escolas, provar que o diálogo é possível e que os professores estão sempre disponíveis para negociar".
Segundo João Grancho, "foi dado um passo qualitativamente importante" para obter o "envolvimento dos professores".
"Não só nos critérios da avaliação, mas também na disponibilidade prática para a sua aplicação e na própria gestão do tempo dos professores na sua avaliação", detalhou João Grancho.
Depois de mais de sete horas de negociações, os sindicatos e o Ministério da Educação chegaram esta madrugada a um entendimento -- que os primeiros reclamam como "vitória" e a tutela classifica de "aproximação" entre as duas partes -- que permite avançar com a avaliação de desempenho baseada em quatro parâmetros, aplicados de igual forma em todas as escolas.
Os únicos critérios que contam para a avaliação este ano lectivo e que constam de documento distribuído no final de uma reunião entre ambas as partes são: a ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua, quando obrigatória.
Estes quatro itens integram o regime simplificado de avaliação de desempenho, aplicam-se a todos os professores contratados e aos dos quadros em condições de progredir na carreira e abrangem sete mil professores.» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/bd1440d171e9f31c32b002.html
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Depois disto, de se constatar mais uma vez que a tutela andou a brincar com milhares de docentes e, mais gravoso, com o bem estar da Escola Pública e com milhares de alunos, foi preciso uma maratona negocial pela noite dentro, para que a Senhora do Ministério da Educação, comece a dar sinais de recuo de uma política incendiária que tentou instituir na Educação Portuguesa. Mas, pasme-se, o Senhor Jorge Pedreira veio referir que este facto não se tratou de um recuo, mas antes, da constatação que as Escolas não estavam preparadas para o Processo de Avaliação que ele ajudou a implementar... Agora a culpa é das Escolas, os Senhores recuaram, mas claro, a culpa é das Escolas... ou do Sistema!

Batalha do Lys - Foi há 90 anos que aconteceu!

«Batalha do Lys

Ingleses e portugueses, feitos prisioneiros em La Lys (região da Flandres) pelos alemães em 1918.A Batalha do Lys (conforme a historiografia francesa) ou Batalha de La Lys, também conhecida como Batalha de Ypres 1918, ou ainda Quarta Batalha de Ypres , e como Batalha de Armentières pela historiogafia britânica e a alemã, deu-se entre 9 e 29 de Abril de 1918, no vale da ribeira da La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Bélgica.
Nesta batalha, que marcou a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães, provocaram uma estrondosa derrota às tropas portuguesas, constituindo a maior catástrofe militar portuguesa depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.
A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 quilómetros, entre as localidades de Gravelle e de Armentières, guarnecida pelo 11° Corpo Britânico, com cerca de 84.000 homens, entre os quais se compreendia a 2ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa.
Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6º Exército Alemão, com cerca de 55 000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast (1850-1934). Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva "Georgette" e visava a tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer.
As tropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha, perderam cerca de 7.500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros, ou seja mais de um terço dos efectivos, entre os quais 327 oficiais.
Entre as diversas razões para esta derrota tão evidente, têm sido citadas, por diversos historiadores, as seguintes:
A revolução havida no mês de Dezembro de 1917, em Lisboa, que colocou na Presidência da República o Major Doutor Sidónio Pais, o qual alterou profundamente a política de beligerância prosseguida antes pelo Partido Democrático.
A chamada a Lisboa, por ordem de Sidónio Pais, de muitos oficiais com experiência de guerra ou por razões de perseguição política ou de favor político.
Devido à falta de barcos, as tropas portuguesas não foram rendidas pelas inglesas, o que provocou um grande desânimo nos soldados. Além disso, alguns oficiais, com maior poder económico e de influência, conseguiram regressar a Portugal, mas não voltaram para ocupar os seus postos.
O moral do exército era tão baixo que houve insubordinações, deserção e suicídios.
O armamento alemão era muito melhor em qualidade e quantidade do que o usado pelas tropas portuguesas o qual, no entanto, era igual ao das tropas britânicas.
O ataque alemão deu-se no dia em que as tropas lusas tinham recebido ordens para, finalmente, serem deslocadas para posições mais à rectaguarda.
As tropas britânicas recuaram em suas posições, deixando expostos os flancos do CEP, facilitando o seu envolvimento e aniquilação.
O resultado da batalha já era esperado por oficiais responsáveis dentro do CEP, Gomes da Costa e Sinel de Cordes, que por diversas vezes tinham comunicado ao governo português o estado calamitoso das tropas.» http://saber.sapo.pt/wiki/Batalha_do_Lys
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A história faz-se também de derrotas, porque afinal não há homens nem nações invencíveis. Deve no entanto, merecer a nossa atenção e todo o respeito, a atitude destes homens que sabiam que iam morrer, mas sob ordens de mandantes sem juízo lutaram para morrer, por Portugal e não só! Aqui fica o meu respeito e a ideia de que às vezes se ganha, perdendo e vice-versa!