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23/04/20

Política de Saúde - Os médicos da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) defendem o uso generalizado de máscaras pela população como forma de proteger os doentes de risco, onde se incluem os doentes cardiovasculares.



«Médicos cardiologistas defendem uso generalizado de máscaras para proteger doentes de risco

Os médicos da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) defendem o uso generalizado de máscaras pela população como forma de proteger os doentes de risco, onde se incluem os doentes cardiovasculares.

O uso generalizado das máscaras constitui uma medida cívica que protege todos, sobretudo os doentes de risco, além de que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária, defende a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) em comunicado.

"É verdade que a máscara protege pouco quem a usa e, sobretudo se for mal utilizada, pode dar uma falsa sensação de segurança. Mas também é verdade que se pode ser portador e disseminar o vírus sem se sentir doente e que, por conseguinte, o uso de máscara protege os outros. A nossa principal proteção é a máscara do outro", considera o presidente da SPC, o médico cardiologista Victor Gil.

Não existem estudos de grande escala para fundamentar o uso universal de máscaras em contexto de epidemias por vírus de transmissão por gotícula, como é o caso do Influenza, o vírus responsável pela gripe. "No entanto, algumas experiências populacionais reforçam a justificação empírica para o seu uso", esclarece

"Por um lado, diminuem a exposição de grupos mais vulneráveis e de maior risco, para os quais a sua utilização deve ser recomendada. Por outro, diminuem o risco de aerossolização de gotículas infetadas por indivíduos doentes ou portadores assintomáticos, mitigando o risco de transmissão", defende o especialista.

"Neste último grupo incluem-se muitos dos doentes mais jovens e saudáveis, ativos e com maior mobilidade, para os quais não se justificaria o uso generalizado de máscaras para sua proteção individual, mas que poderá contribuir para o reforço de proteção dos grupos de risco, nos quais os doentes com patologia cardiovascular se inserem", acrescenta.

É por esta lógica de proteção individual e, de forma mais pertinente, de prevenção de transmissão aos grupos mais vulneráveis, que se justifica o uso universal de máscaras em locais públicos fechados ou em que não se possa garantir o isolamento social desejável, de acordo com o risco da atividade praticada, diz a SPC.

"Trata-se de uma medida cívica que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária", conclui. "A recomendação do uso de máscara pode não ser sustentada por robusta evidência produzida por ensaios clínicos, mas é justificada pelo "princípio da precaução", robustece.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/medicos-cardiologistas-defendem-uso-generalizado-de-mascaras-para-proteger-doentes-de-risco

14/04/20

Política de Saúde - Uma nova investigação, conduzida durante nove anos no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, testou 28 pumas que vivem neste território, concluindo que metade destes felinos foram, em algum momento das suas vidas, infetados com a Yersinia pestis, a bactéria que causa a peste.



«A peste está a matar silenciosamente os pumas de Yellowstone

Uma nova investigação, conduzida durante nove anos no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, testou 28 pumas que vivem neste território, concluindo que metade destes felinos foram, em algum momento das suas vidas, infetados com a Yersinia pestis, a bactéria que causa a peste.

Há vários tipos de peste causadas por esta mesma bactéria (Yersinia pestis), sendo a Peste Bubónica a mais comum de todas, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Este tipo de peste, que ficou comummente conhecida como Peste Negra devido à sua taxa de mortalidade, atingiu o seu auge entre 1346 e 1353 e os especialistas estimam que tenha causado entre 50 a 200 milhões de mortes na Ásia e na Europa.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram recentemente publicados na revista científica especializada Environmental Conservation, a bactéria causadora da Peste Negra foi agora identificada em muitos dos grandes felinos de Yellowstone, sendo mesmo apontada como causa de morte em alguns destes animais.

Foi no inverno de 2006 que os cientistas encontraram as primeiras vítimas mortais entre os felinos de Yellowstone, conta a National Geographic, dando conta que foi neste altura que a coleira de monitorização de um puma enviou um alerta: o animal não se mexia há 8 horas.

O puma em causa, sinalizado como F018, foi encontrado sem vida, juntamente com a sua cria de três meses, descoberta também sem vida ao seu lado.

“Todos assumiram que foi a fome [que matou este puma]”, afinal, “estávamos no meio do inverno”, explicou Mark Elbroch, diretor do programa de pumas da Organização de Conservação de Animais Silvestres Panthera, em declarações à National Geographic.

No entanto, análises realizadas revelaram que a causa da morte tinha sido outra. “Ficamos tão surpresos como todos ao saber que os felinos tinham morrido de peste“, disse.

Foi depois de terem encontrado estes dois felinos sem vida que os cientistas decidiram conduzir uma investigação mais longa e, depois de nove anos de estudo, concluíram que a bactéria que causa a peste está bastante presente na população de pumas de Yellowstone.

Ao todo, foram testados 28 grandes felinos. Destes, metade tinha anticorpos contra a peste na sua corrente sanguínea, o que significa que, em algum momento, foram expostos à bactéria que causa a peste. O contacto pode ter-se dado através da cadeia alimentar, pela ingestão de roedores ou de outros predadores que se alimentam de roedores.

Sete por cento dos animais adultos e juvenis estudados morreram da peste e dos sintomas de pneumonia que esta causa, escreveram ainda os cientistas no novo estudo. A nova investigação “destaca que o ecossistema de Yellowstone é, provavelmente, uma área com uma prevalência muito maior da peste do que se pensava”, apontou Elbroch.

O especialista recordou ainda que animais portadores da peste representam um risco, ainda que baixo, para as pessoas que interagem diretamente com a vida selvagem – caçadores, biólogos, veterinários, entre outros profissionais.» in  https://zap.aeiou.pt/peste-esta-matar-silenciosamente-os-pumas-yellowstone-318941


(Les pumas de Yellowstone, prédateurs hors-pair)

09/04/20

Política de Saúde - Um estudo hoje divulgado alerta que a distância social de 1,5 metros recomendada pelas autoridades de saúde é insuficiente para impedir o contágio por covid-19 e que essa distância deve ser de pelo menos quatro metros.



«COVID-19: Estudo alerta que distância social de 1,5 metros é insuficiente para travar contágio

Um estudo hoje divulgado alerta que a distância social de 1,5 metros recomendada pelas autoridades de saúde é insuficiente para impedir o contágio por covid-19 e que essa distância deve ser de pelo menos quatro metros.

Os valores aconselhados no estudo realizado por investigadores e engenheiros especializados em dinâmica de fluidos, das universidades de Leuven, na Bélgica, e Eindhoven, na Holanda, assentam em simulações da forma como as partículas de saliva se soltam quando as pessoas estão paradas, a andar, a correr ou a andar de bicicleta.

"Se alguém exala, tosse ou espirra enquanto caminha, corre ou anda de bicicleta, a maioria das micropartículas permanece numa corrente de ar atrás dessa pessoa, o que faz com que outra pessoa que venha atrás dela se mova através dessa nuvem de micropartículas", explica Bert Blocken, professor de engenharia civil nas duas universidades.

O estudo constatou que a distância recomendada de 1,5 metros é "muito eficaz" para aqueles que ficam em ambientes fechados ou ao ar livre com bom tempo, mas que é insuficiente para situações em que as pessoas estão a caminhar ou a praticar desporto.

O estudo revela ainda que o risco é maior quando uma pessoa está atrás da outra e é reduzido se se estiver a andar ou a correr lado a lado ou em formação diagonal.

Ainda assim, os especialistas aconselham que perante os cálculos realizados, seja mantida uma distância de quatro ou cinco metros ao andar atrás de outra pessoa, dez metros ao correr ou andar de bicicleta devagar e de pelo menos vinte metros ao andar rápido.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Portugal regista hoje 409 mortos associados à covid-19, mais 29 do que na quarta-feira, e 13.956 infetados (mais 815), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/covid-19-estudo-alerta-que-distancia-social-de-15-metros-e-insuficiente-para-travar-contagio


08/04/20

Política de Saúde - Um estudo divulgado esta terça-feira nos Estados Unidos estima que a covid-19 venha a provocar 471 mortes em Portugal até 4 de agosto.



«Estudo estima 471 mortes em Portugal até agosto (e que o recorde foi atingido a 3 de abril)

De acordo com as estimativas do estudo, cerca de 151.680 pessoas vão morrer na Europa durante a “primeira vaga” da doença.

Um estudo divulgado esta terça-feira nos Estados Unidos estima que a covid-19 venha a provocar 471 mortes em Portugal até 4 de agosto. A mesma investigação indica ainda que o pico do número diário de mortes foi atingido na passada sexta-feira, dia 3 de abril.

Face aos números oficiais divulgados esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que indicam 345 mortes, as projeções dos investigadores do Instituto para Avaliação e Métricas de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, apontam para mais 126 óbitos ao longo dos próximos três meses.

O estudo refere que o modelo matemático usado para as estimativas, que foram feitas para vários países, “demonstra que, apesar de Portugal não ter tido falta de camas no total, não tinha suficientes unidades de cuidados intensivos (UCI) para a procura, com o auge a surgir com a falta de 118 camas no dia 3 de abril“.

A nível europeu, o IHME calcula que o pico diário da taxa de mortalidade por causa da pandemia de covid-19 vai ser atingido na terceira semana de abril. De acordo com as estimativas, cerca de 151.680 pessoas vão morrer na Europa durante a “primeira vaga” da doença. Para os Estados Unidos, estão estimadas 81.766 mortes.

O novo coronavírus já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados. O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 10.994 mortos, são o que contabiliza mais infetados (368.449).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.740 casos e regista 3.331 mortes. As autoridades chinesas anunciaram esta terça-feira 32 novos casos, todos oriundos do exterior.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%). Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

ZAP // Lusa» in https://zap.aeiou.pt/471-mortes-portugal-ate-agosto-318057

06/04/20

Política de Saúde - Uma equipa de investigadores australianos afirma ter demonstrado que a ivermectina, um medicamento antiparasitário, pode eliminar o novo coronavírus em 48 horas em provas "in vitro", de acordo com um estudo publicado pela Antiviral Research.



«Covid-19: Australianos eliminam vírus "in vitro" com ivermectina

Uma equipa de investigadores australianos afirma ter demonstrado que a ivermectina, um medicamento antiparasitário, pode eliminar o novo coronavírus em 48 horas em provas "in vitro", de acordo com um estudo publicado pela Antiviral Research.

Os especialistas da Universidade australiana de Monash, Melbourne, advertem que as provas foram realizadas em culturas celulares e que ainda não é possível realizar ensaios em seres humanos.

Uma dose de ivermectina "pode deter o crescimento do SARS-CoV-2 numa cultura celular, erradicando de maneira efetiva todo o material genético do vírus num prazo de 48 horas".

O próximo passo, assinala a universidade num comunicado, "é determinar a dose humana correta".

O uso da ivermectina para combater a covid-19 depende das provas pré-clínicas e dos ensaios clínicos.

Para tal, a universidade afirma que "necessita urgentemente de financiamento para avançar com o trabalho".

O fármaco, aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) já demonstrou ser eficaz "in vitro" contra uma "ampla gama de vírus", incluindo o VIH, o dengue, a gripe e o vírus Zika.

A responsável principal do estudo da Universidade de Monhash, Kylie Wagstaff, explicou que "apenas uma dose pode eliminar todo o ARN viral em 48 horas e que em 24 horas já se nota uma redução significativa", nos ensaios "in vitro".

"Nos tempos em que vivemos - de pandemia - e em que não existe um tratamento aprovado, se tivéssemos um composto que já estivesse disponível em todo o mundo, as pessoas poderiam ser ajudadas. Mas sendo realistas vai ser preciso tempo para que uma vacina esteja amplamente disponível", disse a investigadora.

Apesar de não se conhecer o mecanismo em que a ivermectina atua no coronavírus, tendo em conta a ação em outros vírus, "é provável que funcione para deter a capacidade do vírus e de travar a capacidade das células para o eliminar", disse ainda Wagstaff.

O uso deste medicamento para combater a covid-19 depende, segundo a cientista, dos resultados de mais provas pré-clínicas e, em último caso, de ensaios clínicos, possíveis pelo financiamento "que se torna urgente" para continuar a investigação.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus fez pelo menos 59.456 mortos em todo o mundo desde o surgimento do primeiro caso, em dezembro, na China, segundo um balanço feito hoje pela agência AFP a partir de números oficiais.

Os casos de infeção pelo vírus ascendiam a 1,2 milhões (1.122.320) em 190 países e territórios.

Até hoje, 211.600 pessoas foram consideradas curadas da doença (covid-19).

Itália, o país que regista o maior número de mortos, 14.681, notificou 119.827 casos, entre os quais quase 20 mil pessoas (19.758) curadas.

Depois de Itália, os países mais afetados são Espanha, com 11.744 mortos em 124.736 casos, os Estados Unidos, com 7.159 mortos em 278.458 casos, França, com 6.507 mortos em 83.165 casos e o Reino Unido, com 3.605 mortos em 38.168 casos.

Em número de casos, os Estados Unidos são o país mais atingido (278.458), dos quais 7.159 mortais e 9.772 curados.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/covid-19-australianos-eliminam-virus-in-vitro-com-ivermectina?fbclid=IwAR3hVr-Yi8egap-RAR3tj-mMT2e_hqUzqCb1zWaf6P4ZepvcWkmN14P5EQA#_swa_cname=sapo24_share&_swa_cmedium=web&_swa_csource=facebook&utm_source=facebook&utm_medium=web&utm_campaign=sapo24_share

25/03/20

Política de Saúde - O presidente da câmara de Bérgamo em Itália, recorreu às redes sociais para apelidar o jogo a contar para a liga dos campeões entre Atalanta e Valência como uma “bomba biológica”.



«No dia 19 de fevereiro, mais de 40 mil adeptos da Atalanta deslocaram-se até Milão para assistir ao jogo entre a sua equipa e o Valência a contar para a Liga dos Campeões.

O presidente da câmara de Bérgamo em Itália, recorreu às redes sociais para apelidar o jogo a contar para a liga dos campeões entre Atalanta e Valência como uma “bomba biológica”. O jogo que teve de ser disputado no estádio San Siro, Milão, acolheu mais de 40 mil adeptos da Atalanta que, poderão não só ter contraído o vírus, como também acelerar todo o processo de contágio.

O primeiro jogo entre as duas equipas decorreu a 19 de fevereiro, numa altura em que poucos poderiam antecipar o que se seguiria em Itália. Numa fase preliminar do vírus em território europeu, os italianos desvalorizaram os elevados riscos de contágio e recusaram-se a fechar as portas dos recintos desportivos.

Uma vez que o estádio do Atalanta não tem condições para acolher um jogo da Liga dos Campeões, o jogo teve de ser disputado em Milão, no mítico San Siro. Sendo Milão precisamente uma das cidades mais afetadas pelo Covid-19 em Itália, a deslocação dos mais de 40 mil adeptos poderá estar na origem da multiplicação do número de casos na região de Bérgamo (região do clube).

Giorgio Gori, presidente da câmara de Bérgamo, refere-se à situação como sendo uma “bomba biológica” e explica que “naquela altura não sabíamos bem o que é que estava a acontecer, o primeiro paciente em Itália só foi anunciado no dia 23 de fevereiro, quatro dias depois do jogo. Se o vírus já estava em circulação, os 40 mil adeptos que foram ao San Siro foram infetados”.

Gori, acrescenta ainda que “devido ao contexto histórico para a Atalanta de disputar um jogo desta magnitude para a liga dos campeões, muitas pessoas assistiram ao jogo em grupo esse poderá ter sido outro fator determinante para o elevado número de pessoas infetadas em Itália”.

Itália é, neste momento, o país mais afetado pela pandemia de Covid-19, com um total de 69.176 casos de pessoas infetadas, das quais 8.326 recuperaram e 6.820 perderam a vida de acordo com os dados do portal “Worldometer”. Só na região da Lombardia, onde se situa Bérgamo, já foram registadas mais de 500 mortes.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bomba-biologica-jogo-da-champions-entre-atalanta-e-valencia-pode-ter-infetado-40-mil-adeptos-565795

Amarante Saúde - O Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) acusou esta terça-feira o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), sediado em Penafiel, de limitar a utilização de máscaras cirúrgicas a uma por dia para cada profissional de saúde.



«Enfermeiros criticam limitações de máscaras nos hospitais de Amarante e Penafiel

O Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) acusou esta terça-feira o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), sediado em Penafiel, de limitar a utilização de máscaras cirúrgicas a uma por dia para cada profissional de saúde.

Num comunicado enviado à Lusa, refere-se que a informação foi comunicada pela administração, por correio eletrónico, a todos os profissionais.

Nesse documento, refere o sindicato, o presidente do conselho de administração, Carlos Alberto Silva, explica que a medida é tomada "à semelhança do que já acontece noutras instituições hospitalares por dia" e que "a entrega de máscara será feita junto aos seguranças na entrada principal com validação por leitura do cartão de identificação".

O SITEU considera que esta medida "põe em risco os profissionais de saúde e os doentes do CHTS".

Gorete Pimentel, presidente da direção do SITEU, citada no comunicado, explica que "as máscaras não devem ser usadas por um período superior a quatro horas, pois perdem a capacidade de filtrar os microrganismos".

O sindicato refere que tem recebido "apelos de todo o lado a pedir com urgência equipamentos de proteção individual, sejam hospitais, centros de saúde, lares, misericórdias. Todos têm falta de equipamentos de proteção".

Sobre a posição do sindicato, fonte da administração do CHTS esclarece que o email enviado aos colaboradores, citado pelo sindicato, tem a ver com as máscaras atribuídas a todos que entram nas instalações hospitalares em Penafiel e Amarante.

"Numa perspetiva de saúde pública e proteção de todos os colaboradores do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), serão distribuídas máscaras a todas pessoas que entrem em ambas as unidades do CHTS", lê-se no esclarecimento, acrescentando-se: "Todo o material de proteção individual dos profissionais de saúde das áreas clínicas continuará a ser gerido e distribuído, como até ao momento, por uma equipa de enfermeiros que assegura toda a proteção preconizada pela DGS para proteção de profissionais e doentes".» in https://www.jn.pt/local/noticias/porto/penafiel/enfermeiros-criticam-limitacoes-de-mascaras-nos-hospitais-de-amarante-e-penafiel-11980076.html

22/03/20

Pessoas - Diego Bianco tinha 46 anos, era paramédico em Itália e morreu infetado com o novo coronavírus depois de ter passado as últimas semanas a ajudar pessoas infetadas com a mesma doença.



«COVID-19. Morreu o paramédico italiano que andou a ajudar várias pessoas infetadas

Tinha 46 anos e morreu na casa onde vivia com a mulher e com o filho de 8 anos.

Diego Bianco tinha 46 anos, era paramédico em Itália e morreu infetado com o novo coronavírus depois de ter passado as últimas semanas a ajudar pessoas infetadas com a mesma doença. O italiano morreu em casa, esta segunda-feira, 16 de março, onde vivia com a mulher e com o filho de 8 anos.

Segundo o jornal espanhol “El Mundo” o paramédico italiano encontrava-se muito mal. “Estou como se me tivesse passado por cima um camião”, confidenciou, poucos dias antes de morrer, a um dos colegas. Ainda assim acreditava que iria conseguir vencer a doença.

Antes de adoecer, Diego Bianco passou as últimas semanas a fazer vários turnos nas centrais de emergência, onde levava todos aqueles que estavam infetados por COVID-19 até às urgências dos vários hospitais.

A 7 de março começou a sentir-se mal, com 39ºC de febre e foi mandado para casa, assim como outros colegas, entre os quais oito operadores, seis enfermeiros e quatro médicos. Apenas realizou o exame para saber se estava infetado com o novo coronavírus a 12 de março e o resultado foi positivo.

De acordo com a publicação espanhola, este não foi o primeiro trabalho em que se prestava a ajudar os outros. O paramédico italiano já tinha trabalhado como condutor de ambulâncias, numa residência em Bergamo, onde se encontrava o pai, e depois trabalhou também para vários hospitais.

Em Itália o número de mortes devido ao COVID-19 já ultrapassou a barreira das 2.500 pessoas. O país encontra-se em quarentena para tentar combater o surto desta nova infeção.» in https://magg.sapo.pt/atualidade/atualidade-internacional/artigos/covid-19-morreu-o-paramedico-italiano-que-andou-a-ajudar-varias-pessoas-infetadas

19/03/20

Política de Saúde - As pessoas que compraram mais papel higiénico do que aquele de que precisavam não deverão precisar de regressar ao supermercado com esse artigo na lista de compras tão cedo.



«Papel higiénico vai voltar às prateleiras mas pode faltar comida, alertam especialistas

As pessoas que compraram mais papel higiénico do que aquele de que precisavam não deverão precisar de regressar ao supermercado com esse artigo na lista de compras tão cedo. Como consequência, as superfícies comerciais terão, em breve, as prateleiras recheadas de papel higiénico e poucos compradores. Quem o diz é Daniel Stanton, especialista em cadeias de abastecimento e autor do livro “Supply Chain Management for Dummies”.

«Todas as lojas terão paletes de papel higiénico nos corredores e ninguém o irá comprar – porque quem precisa de comprar papel higiénico quando se tem quantidade suficiente para um ano à espera na garagem?», explica o especialista em entrevista à CNBC.

No que aos alimentos diz respeito, a história poderá ser outra. Daniel Stanton garante que não estão previstas falhas em produtos essenciais como leite, ovos, queijo, pão ou carne. Porém, determinadas marcas poderão ter dificuldades em reabastecer os supermercados. Por isso, consumidores que gostam muito de um artigo em específico e que nem equacionam a possibilidade de optar por uma marca rival talvez tenham de repensar essa escolha.

E não se trata apenas de marcas: uma fruta em especial, por exemplo, pode deixar de estar disponível, nomeadamente se vier de outro país. O segredo será flexibilidade e adaptação: em vez de arroz, o jantar poderá ter de ser batatas.

Massas ou vinhos italianos e queijos franceses estão entre os artigos que poderão começar a faltar, indica Anantha Iyer, da Krannert School of Management da Purdue University. Além de produtos internacionais, também itens produzidos por pequenos negócios deverão ser impactados.

Olhando para os Estados Unidos da América, Daniel Stanton acrescenta que poderá haver um aspecto positivo nestes constrangimentos. Os produtores e agricultores norte-americanos que têm tido dificuldades ao longos dos últimos anos poderão ser chamados a garantir que as prateleiras de frutas e vegetais, por exemplo, permanecem cheias.» in https://executivedigest.sapo.pt/papel-higienico-vai-voltar-as-prateleiras-mas-pode-faltar-comida-alertam-especialistas/

16/03/20

Política de Saúde - Os supermercados de concelhos raianos do Alto Alentejo foram “invadidos” nos últimos dias por clientes espanhóis e alguns refugiaram-se na zona, devido à pandemia de Covid-19, relataram hoje à agência Lusa vários autarcas.



«Covid-19: Espanhóis "invadiram" comércio e alguns refugiaram-se no Alto Alentejo

Os supermercados de concelhos raianos do Alto Alentejo foram “invadidos” nos últimos dias por clientes espanhóis e alguns refugiaram-se na zona, devido à pandemia de Covid-19, relataram hoje à agência Lusa vários autarcas.

O presidente da Associação Empresarial de Elvas, João Pires, também descreveu à Lusa que a situação vivida nos supermercados da cidade fronteiriça, sobretudo no passado fim de semana, foi “avassaladora”.

Além do maior volume de clientes vindos do outro lado da fronteira, a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, relatou à Lusa que "há vários cidadãos espanhóis residentes na raia e na zona de Madrid a instalar-se na região", nomeadamente em parques de campismo e junto à barragem de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide.

“O problema aqui não é serem de nacionalidade espanhola. O problema é que estão a vir de zonas epidemiológicas”, alertou.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/covid-19-espanhois-invadiram-comercio-e-alguns-refugiaram-se-no-alto-alentejo

14/03/20

Mundo - A foto de Elena Pagliarini, partilhada nas redes sociais, tornou-se símbolo do esgotamento extremo das equipas de saúde que atuam no norte da Itália, zona mais afetada pela pandemia de coronavírus.



«Elena, a enfermeira italiana vencida pelo cansaço, cuja foto correu mundo

Uma enfermeira exausta dorme sobre o teclado do seu computador. A foto, partilhada nas redes sociais, tornou-se símbolo do esgotamento extremo das equipas de saúde que atuam no norte da Itália, zona mais afetada pela pandemia de coronavírus.  

Elena Pagliarini trabalha num hospital em Cremona, uma instituição especializada no combate ao contágio.

Na última sexta, foram registados outros 2.500 casos de contaminação. Na Lombardia, a zona com maior poder económico do país, registam-se 890 mortos. A região tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo, mas os que o fazem funcionar, como Elena Pagliarini, não conseguem tomar fôlego.  E foi  num desses momentos de extremo cansaço que foi tirada a fotografia que correu mundo.

"Por um lado, estava envergonhada de ser vista por tanta gente, por mostrar a minha fragilidade. Mas agora, sinto-me feliz, recebi mensagens lindas de pessoas que se sentiram tocadas pela minha história", disse a enfermeira ao jornal Il Corriere della Sera, sobre a foto tirada por um colega de trabalho depois de uma noite de trabalho.

"Não me sinto fisicamente cansada, poderia trabalhar 24 horas seguidas se fosse necessário, mas não escondo que neste momento estou ansiosa, porque luto contra um inimigo que não conheço", prossegue.

Médicos, enfermeiras e cuidadores. São muitos os que se expressam nos meios de comunicação ou que partilham na internet a sua vida quotidiana com os serviços de reanimação, que estão saturados, e os pacientes cujo caso tem que ser classificado.

Mais ao sul, na Toscana, os hospitais também começam a sofrer.

A pressão aumenta

No hospital San Giovanni Bosco de Turín, uma equipa de assistência psicológica voltada para os serviços de oncologia, e que se adaptou para a pandemia, tem dado apoio aos funcionários do serviço médico, desde a última quarta-feira.

"A iniciativa é direcionada principalmente aos que trabalham com reanimação e primeiros socorros", explicou Monica Agnesone, que faz parte dos psicólogos da equipa, ao jornal La Stampa.

"Mas todos os que precisarem do serviço podem solicitá-lo, estamos à disposição de todos", acrescentou.

Agnesone explica que a pressão e o stress entre os cuidadores aumenta por causa do ritmo desenfreado de trabalho, mas também porque "a tensão é contínua, e portanto o medo também. Medo de cometer erros, de ser infetado, de não poder continuar nessas condições.

Na cidade de Bergamo, no norte do país, cerca de 50 médicos testaram positivo para o vírus, segundo os meios de comunicação italianos.

A psicóloga Monica Agnesone explica que ela e os seus colegas estão a ensinar aos funcionários como lidar com as emoções e o stress, "reservando momentos para desconectar, reorientar-se e baixar a tensão, fazendo exercícios de respiração, concentrando a atenção noutra coisa".

Porque senão, "o stress acaba por deteriorar a energia", conclui.

Mais sobre a situação em Itália:

Se na região mais rica o vírus se espalhou, o que pode acontecer na zona mais pobre? Sul de Itália prepara-se em contra relógio» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/elena-a-enfermeira-italiana-vencida-pelo-cansaco-cuja-foto-correu-mundo

26/11/19

Política de Saúde - Uma equipa de cientistas, incluindo o português Pedro Oliveira, descobriu como enfraquecer geneticamente bactérias patogénicas, nomeadamente as que causam infeções nos hospitais, potenciando o uso de medicamentos mais eficazes que os antibióticos, aos quais ganham resistência, foi hoje divulgado.



«Cientistas descobriram como enfraquecer bactérias que causam infeções

Uma equipa de cientistas, incluindo o português Pedro Oliveira, descobriu como enfraquecer geneticamente bactérias patogénicas, nomeadamente as que causam infeções nos hospitais, potenciando o uso de medicamentos mais eficazes que os antibióticos, aos quais ganham resistência, foi hoje divulgado.

O trabalho, publicado na revista científica Nature Microbiology, incidiu na bactéria 'Clostridioides difficile', na origem de muitas infeções que ocorrem nos hospitais e que, nos casos mais graves, levam à morte dos doentes.

O estudo teve como primeiro autor Pedro Oliveira, que trabalha no Instituto de Genómica de Mount Sinai, nos Estados Unidos.

O investigador explicou à Lusa que foram inativadas na bactéria proteínas que estão envolvidas na modificação do ADN (material genético), procedimento que a tornou "num estado quase morta", sem reação.

As proteínas chamam-se 'metiltransferases' de ADN (MTases). Sem elas, a 'Clostridioides difficile' perde "muita da sua capacidade em formar esporos", células que a tornam resistente "à maioria dos desinfetantes hospitalares e rotinas de limpeza", levando-a a adquirir "características virulentas" nem sempre combatidas com sucesso com antibióticos.

O que a equipa científica fez foi modificar os genes que expressam as proteínas MTases. Ao deixar de produzir MTases, a bactéria ficou mais fraca, menos resistente e menos capaz de se propagar.

Para Pedro Oliveira, "o mais interessante" é que as proteínas MTases "são quase universais em bactérias", isto é, podem ser detetadas não só na 'Clostridioides difficile', mas também noutras bactérias causadoras de infeções, como a 'E.coli' e a 'salmonella', o que significa, a seu ver, que um tratamento alternativo aos antibióticos para a 'Clostridioides difficile' pode ser replicado noutras bactérias para "diminuir a virulência e a patogenicidade".

"No atual cenário global de crescente resistência aos antibióticos, esta estratégia assume-se definitivamente como um plano B promissor para combater infeções de origem bacteriana", sustentou o investigador à Lusa.

Numa próxima etapa, os cientistas propõem-se desenvolver e testar medicamentos que consigam inibir as proteínas MTases.

No estudo, o grupo de investigação sequenciou o ADN de várias estirpes da bactéria 'Clostridioides difficile', isolada de 36 doentes, usando uma técnica de sequenciação que permite visualizar como os genes funcionam.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/cientistas-descobrem-como-enfraquecer-geneticamente-bacterias-que-causam-infecoes

25/11/19

Sáude - Cirurgiões indianos retiraram um rim com o mesmo peso de uma bola de bólingue a um homem em risco de vida, afirmou um cirurgião esta segunda-feira à agência de notícias France-Presse (AFP).



«Recorde do Guinness: Cirurgiões removem rim de 7,4 kg a homem em risco de vida

Cirurgiões indianos retiraram um rim com o mesmo peso de uma bola de bólingue a um homem em risco de vida, afirmou um cirurgião esta segunda-feira à agência de notícias France-Presse (AFP).

Um rim normal pesa cerca de 120 a 150 gramas e possui 12 centímetros de comprimento. Kathuria disse que o rim removido cirurgicamente tem quase 45 centímetros de comprimento.

No Livro Guinness de Recordes Mundiais lê-se que o maior rim alguma vez removido de um ser humano foi de 4,25 kg em uma operação no Dubai, em 2017.

Médicos do hospital de Nova Deli disseram, no entanto, que encontraram relatos médicos de um rim que pesava nove quilos e que foi retirado de um paciente. A informação não foi ainda confirmada.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/recorde-do-guinness-cirurgioes-removem-rim-de-74-kg-a-homem-em-risco-de-vida

15/03/19

Política de Saúde - A portuguesa Sílvia Nunes foi galardoada com o prémio britânico Great British Care Awards, na categoria de melhor enfermeira pela inovação, criatividade e atenção no trabalho, anunciaram hoje os organizadores.


Sílvia Nunes quando recebeu no ano passado dois prémios regionais no mesmo concurso 

«Portuguesa é a melhor enfermeira no Reino Unido

Sílvia Nunes foi galardoada na categoria de melhor enfermeira pela inovação, criatividade e atenção no trabalho.

A portuguesa Sílvia Nunes foi galardoada com o prémio britânico Great British Care Awards, na categoria de melhor enfermeira pela inovação, criatividade e atenção no trabalho, anunciaram hoje os organizadores.

"A Sílvia representa o melhor da enfermagem num ambiente de lar. Ela é inovadora, criativa, apaixonada e faz tudo pelos residentes, famílias e pela sua equipa. Ela dá às pessoas o valor e a dignidade que elas merecem. Ela esforça-se para promover a enfermagem de alta qualidade dentro da sua equipa e é um excelente exemplo", disse a organização Care England.

Os prémios nacionais foram atribuídos numa cerimónia na sexta-feira com mais de um milhar de profissionais de enfermagem e cuidados de saúde em Birmingham que tinham sido vencedores nas suas respetivas regiões.

"Não queria acreditar quando ouvi o meu nome, mas senti um orgulho enorme. Este prémio vem reconhecer todo o trabalho que tenho vindo a desenvolver como enfermeira desde que cheguei a Inglaterra", disse à Lusa Sílvia Nunes.

A enfermeira portuguesa, de 33 anos e natural de Vila do Conte, chegou ao Reino Unido em 2014 para procurar trabalho na sua área porque não conseguiu encontrar um trabalho como enfermeira em Portugal.

Apesar das dificuldades iniciais com a língua inglesa, ao fim de cerca de um ano foi promovida a diretora clínica e em setembro de 2016 a diretora adjunta do lar Ford Place, especializado em cuidados paliativos.

No ano passado foi finalista não vencedora pelo segundo ano consecutivo dos "National Care Awards", também do Reino Unido.» in https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/enfermeira-portuguesa-premiada-no-reino-unido--10662612.html

Vídeo:
https://sicnoticias.pt/mundo/2019-03-10-Silvia-Nunes-a-melhor-enfermeira-de-cuidados-continuados-do-Reino-Unido


(Enfermeira Portuguesa GANHOU DOIS PRÉMIOS no Reino Unido)

05/03/19

Política de Saúde - Um homem de Londres que recebeu um transplante de medula óssea é o segundo caso conhecido de um adulto que conseguiu curar-se do vírus da Sida.


Único doente do mundo curado da infeção pelo VIH vem a Portugal



Ravindra Gupta, cientista e virologista na Universidade de Cambridge


«DOENTE COM VIH/SIDA CURA-SE DO VÍRUS PELA SEGUNDA VEZ NA HISTÓRIA DA CIÊNCIA
5 mar 2019 06:36

Um homem de Londres que recebeu um transplante de medula óssea é o segundo caso conhecido de um adulto que conseguiu curar-se do vírus da Sida.

Doente com VIH/Sida cura-se do vírus pela segunda vez na história da ciência

O paciente tinha recebido, há três anos, um transplante de medula óssea proveniente de um dador resistente ao Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), fruto de uma mutação genética pouco frequente.

O paciente em questão não tomava medicamentos antirretrovirais há mais de 18 meses e foi submetido a uma série de testes altamente sensíveis que confirmam a inexistência de qualquer sinal da infeção pelo VIH/Sida

"Não há qualquer vírus que possamos medir. Não conseguimos detetar nada", disse à agência de notícias Reuters Ravindra Gupta, atual professor da Universidade de Cambridge e virologista especialista na infeção do VIH/Sida. Foi ele quem liderou a equipa de médicos responsáveis pelo tratamento realizado pela Universidade College de Londres.

O paciente contraiu VIH/Sida em 2003 e, em 2012, foi diagnosticado com um linfoma de Hodgkin, um tipo de cancro que afeta o sistema linfático. O transplante de medula curou-o das duas patologias.

Para quando uma cura global?
Ravindra Gupta é cauteloso. O investigador descreve o homem como "funcionalmente curado" e fala "em remissão" da doença, mas sublinha que "é demasiado cedo para o considerar curado", escreve a Reuters.

Por outro lado, o cientista frisa que o transplante de medula não significa necessariamente uma cura para o VIH/Sida, uma vez que este não pode ser alargado a todos os doentes infetados com a doença, uma vez que tem riscos, é doloroso e obriga a longas hospitalizações.

Por outro lado, a mutação do gene que torna uma pessoa resistente ao VIH/Sida não é frequente, diz Ravindra Gupta citado pela Associated Press.

Ainda assim, o investigador sugere que se caminha na direção de uma solução para aquela doença sexualmente transmissível.

O homem - que não é identificado - é conhecido apenas como o "paciente de Londres", numa clara analogia ao caso de Timothy Brown, que ficou conhecido como o paciente de Berlim.

Timothy Brown é um norte-americano que se submeteu em 2007, na Alemanha, a um transplante de medula óssea para tratar uma leucemia. O doente era seropositivo, mas o transplante proveniente de um dador resistente ao vírus curou-o da infeção.

O vírus da Sida já matou mais de 35 milhões de pessoas desde que foi descoberto. Há atualmente 37 milhões de pessoas infetados com VIH em todo o mundo.

Como se transmite?
O VIH destrói as células do sistema imunitário do indivíduo infetado, tornando o organismo vulnerável a infeções e tumores, com elevada mortalidade. O estado avançado da infeção, com perda acentuada das células protetoras do sistema imunitário (linfócitos TCD4+) é classificado como de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA).

O VIH encontra-se principalmente no sangue, no sémen e nos fluídos vaginais das pessoas infetadas. A transmissão do vírus só pode ocorrer se estes fluídos corporais entrarem diretamente em contacto com o corpo de outra pessoa, pela via sexual e/ou sanguínea.

Uma mulher seropositiva pode também transmitir o vírus ao seu bebé durante a gravidez, parto ou aleitamento.

São conhecidos dois tipos de VIH, o 1 e o 2, que têm características próprias, incluindo a sua virulência para o sistema imunitário (VIH-1 é mais agressivo que o VIH-2). VIH-1 é o responsável pela pandemia a nível mundial, enquanto VIH-2 está envolvido na epidemia localizada em países da África Ocidental e por um número reduzido de casos fora de África, que viveram ou tiveram ligações com aquela região africana.

Portugal é o país da Europa com maior número de casos de infeção por VIH-2, devido às relações históricas com alguns destes países (Cabo Verde e Guiné-Bissau) do continente africano.» in https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/registado-segundo-caso-de-cura-funcional-do-vihsida

(A descoberta da AIDS - 1983 Primeira reportagem na tv brasileira)


#saúde    #hiv    #cura

04/02/19

Política de Saúde - Uma investigação, que analisou vários dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, revela que o número de casos de escarlatina, tosse convulsa e gota aumentou mais de 50% entre 2010 e 2018.



«Doenças típicas do século XIX aumentam mais do dobro no Reino Unido

Uma investigação, que analisou vários dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, revela que o número de casos de escarlatina, tosse convulsa e gota aumentou mais de 50% entre 2010 e 2018.

Casos de doenças muito comuns no século XIX,como a escarlatina, aumentaram mais de 52% no Reino Unido desde 2010, revela uma investigação do Partido Trabalhista Inglês.

Desde a última década, dão entrada nos hospitais do país mais 3 mil casos de desnutrição, tosse convulsa, escarlatina e gota por ano.

Em relação à escarlatina, doença contagiosa infantil e uma das principais causas de morte no início de 1900, dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) mostram que o número de casos aumentou de 429 em 2010/2011 para mais de 1300 em 2017/2018, que corresponde a um acréscimo de 208%.

Já a tosse convulsa, uma doença infeciosa aguda muito contagiosa, foi quase totalmente eliminada no Reino Unido nos anos 50, depois de ser iniciado um programa de vacinação. Contudo, as internações devido a esta doença aumentaram 59% desde 2010, até ano passado.

Nesta última década, também deram entrada nos hospitais vários doentes com gota, doença que se carateriza por ataques recorrentes de artrite inflamatória, aumentando, durante este período, 38 por cento. O número de pessoas internadas com desnutrição também aumentou todos os anos, correspondendo a um acréscimo de 54 por cento.

Em comunicado, Jonathan Ashworth, secretário de estado sombra para a Saúde e Assistência Social, afirma que estes dados são resultado da redução do financiamento para programas de saúde pública que monitorizam doenças infeciosas e a obesidade, assim como do crescimento da desigualdade socioeconómica, conduzida, desde 2010, pelos conservadores.

O Partido Trabalhista refere que os cortes de gastos do governo têm afetado o número de casos de doenças desenvolvidas nos primeiros anos de vida de forma tão notória que a taxa de mortalidade infantil no Reino Unido aumentou, pela primeira vez desde 2011, um número que fica, já, acima de vários países europeus.

"A verdade é que a austeridade está a tornar a nossa sociedade mais doente(...) Isto significa que os pobres morrem mais jovens", refere Jonathan Ashworth.

Também Helen Donovan, chefe de saúde pública da organização Royal College of Nursing, defendeu, em comunicado, que os cortes do governo fazem com que as pessoas em risco de doenças que "se pensava serem coisas do passado", voltem a surgir em força.

"O governo deve assumir a responsabilidade por falhar com os grupos mais vulneráveis da nossa sociedade e comprometer-se a investir adequadamente em serviços vitais de saúde pública", defende.

No Reino Unido, o sistema de saúde dá, alegadamente, acesso universal a serviços médicos, mas a pesquisa revela várias variações no que diz respeito à esperança média de vida, o que Jonathan Ashworth diz tratar-se de uma "emergência nacional".

Em resposta a estes resultados, um porta-voz do Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido referiu que o governo está comprometido em dar a toda a população cinco anos extra de vida saudável e independente até 2035, assim como em reduzir a distância entre os mais ricos e os mais pobres.

"Estamos empenhados em garantir que todos recebem os mesmos bons cuidados de saúde, não importa onde vivam, e é por isso que o nosso Plano de Longo Prazo para o NHS tem como foco o combate às desigualdades ao nível da saúde", diz.» in http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2019-02-04-Doencas-tipicas-do-seculo-XIX-aumentam-mais-do-dobro-no-Reino-Unido

02/01/19

Política de Saúde - Uma equipa de investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, realizou uma experiência com homens e mulheres com pronunciado tecido adiposo visceral.



«Injeção para perder gordura? Descoberta molécula que substitui ginásio

Uma equipa de investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, realizou uma experiência com homens e mulheres com pronunciado tecido adiposo visceral.

O ensaio confirmou a importância de uma molécula chamada interleucina-6 – normalmente produzida pelas células para estimular a resposta imunitária e reagir, por exemplo, a infeções – na redução da gordura abdominal. Os testes mostraram que quando o recetor desta molécula não está presente, o exercício físico não tem qualquer efeito de redução da gordura da barriga.

Uma rápida pesquisa mostra que a associação entre a interleucina-6 (IL-6) e o exercício físico não é um facto novo, assim como também não é inédita a relação da IL-6 com a obesidade. O que este estudo faz agora é juntar estes três “atores” e concentrá-los num local específico do nosso corpo: a barriga.

O comunicado de imprensa sobre o artigo publicado na quinta-feira passada na revista Cell Metaboliso aproveita bem a altura do ano em que estamos: “Alguns de vocês podem ter feito uma resolução de Ano Novo para atacar o ginásio e lidar com essa gordura irritante da barriga. Mas já se questionaram sobre como a atividade física produz esse efeito desejado?”

Para ajudar a responder a esta pergunta, os investigadores separaram homens e mulheres obesos em quatro grupos, que testaram duas variáveis: o exercício físico e a ação da IL-6.

Uma intervenção de 12 semanas consistindo em exercício de bicicleta diminuiu a gordura abdominal visceral em adultos obesos. No entanto, o efeito de redução desapareceu nos participantes que fizeram exercício físico mas foram tratados com um medicamente que bloqueia a sinalização da interleucina-6 e que está atualmente aprovado para o tratamento da artrite reumatóide. Além disso, o tratamento com este fármaco também aumentou os níveis de colesterol independentemente da atividade física.

Assim, ao longo de 12 semanas, um total de 53 participantes receberam doses intravenosas do referido fármaco ou de uma solução salina (como placebo) a cada quatro semanas, combinadas com ausência de exercício ou várias sessões na bicicleta de 45 minutos por semana. Os investigadores usaram o exame de ressonância magnética para avaliar a massa de tecido adiposo visceral no início e no final do estudo.

“Nos grupos de placebo, o exercício reduziu a massa de tecido adiposo visceral numa média de 225 gramas, ou 8%, em comparação com nenhum exercício. Mas o tratamento com o fármaco eliminou este efeito”, referem os cientistas.

Quando comparados os grupos que praticavam exercício regular percebeu-se que, mesmo com a atividade, o grupo que tomou o fármaco que bloqueia a ação da IL-6 aumentou a massa de tecido adiposo visceral em aproximadamente 278 gramas. Os níveis de lipoproteína de baixa densidade aumentaram também nos indivíduos que não beneficiaram da IL-6 .


A gordura abdominal está associada a um risco aumentado de doenças cardiometabólicas, mas também de cancro, perturbações no sistema nervoso central e mortalidade em geral.

Sabe-se que a atividade física reduz o tecido adiposo visceral, que envolve os órgãos internos da cavidade abdominal. Porém, os mecanismos que estão subjacentes a esse fenómeno ainda não foram totalmente esclarecidos.

No futuro, entre outras hipóteses, os investigadores vão tentar perceber se a IL-6 administrada através de uma injeção é capaz de reduzir a massa de gordura visceral por conta própria.

ZAP // Medical Express» in https://zap.aeiou.pt/injecao-perder-gordura-ginasio-233501

31/12/18

Política de Saúde - Os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, tendo como limite máximo 95 euros por utente, segundo uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.



«Tratamentos termais voltam a ser comparticipados pelo Estado em 2019

Os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, tendo como limite máximo 95 euros por utente, segundo uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.

“O valor da comparticipação pago pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente”, explica o gabinete de imprensa do Ministério da Saúde (MS), em comunicado enviado para a agência Lusa.

Serão abrangidos por este apoio os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde, segundo a portaria conjunta dos ministérios da secretária de Estado da Saúde e secretária de Estado do Turismo.

“As comparticipações abrangem várias doenças, entre as quais artrite reumatoide, rinite, asma, diabetes, anemia ou insuficiência venosa”, indica o MS.

Com esta medida é retomado o financiamento dos tratamentos realizados nas termas, que tinha sido suspenso em 2011.

“O regime de comparticipação, que assume a forma de projeto-piloto, será avaliado ao fim de um ano, de forma a medir, de forma cuidada, os benefícios alcançados por estes tratamentos”, refere ainda a nota do gabinete de imprensa do Ministério da Saúde, acrescentando que “posteriormente será definida a política a seguir em matéria de prescrição e comparticipação nesta área”.

O projeto-piloto concretiza as conclusões dos trabalhos da Comissão Interministerial criada em fevereiro de 2018, estando agendado para o primeiro trimestre de 2020 a apresentação dos resultados deste projeto.

Em novembro, o Jornal de Notícias lembrava que a decisão de retomar as comparticipações foi aprovada pelo governo há cerca de um ano, mas faltava publicar o despacho que colocaria a medida em vigor.

O grupo de trabalho criado para propor o modelo de comparticipação entregou o relatório em junho, mas o despacho que deveria seguir-se nunca chegou a ser publicado levando a Associação das Termas de Portugal (ATP) a ameaçar “tomar outras medidas”, caso a questão não se revolvesse até janeiro de 2019.

Nos últimos anos houve um aumento de clientes nas Termas de Portugal, sobretudo entre crianças e jovens: No ano passado, as termas receberam 123 mil pessoas, mais 0,3% do que em 2016, revelou o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa, em declarações recentes à agência Lusa.

João Pinto Barbosa explicou que não existem indicadores de taxas de ocupação, mas o número total de tratamentos terapêuticos em 2017 rondou os 1.300.000 nos 41 estabelecimentos termais que estão em funcionamento no país (no continente), além das Termas de Ferraria, nos Açores.

No total, nas termas da Associação das Termas de Portugal (ATP) realizaram-se cerca de 420 mil dias de tratamentos e 90 mil dias de práticas de bem-estar termal.

Dos tratamentos, as patologias mais tratadas foram as relacionadas com as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (50%), seguidas das patologias das vias respiratórias, com 30% da procura.

João Pinto Barbosa sublinhou ainda que cresceu o número de crianças e jovens que procuraram nos tratamentos termais a solução terapêutica para diversos tipos de alergias respiratórias, nomeadamente rinite, sinusite e asma, entre outras.

No ano passado, a associação registou uma faturação de 13 milhões de euros em consultas, tratamentos termais e práticas de bem-estar, segundo o responsável.

As termas empregam cerca de duas mil pessoas, estimando o secretário-geral da ATP que o emprego indireto e induzido seja bastante superior.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/tratamentos-termais-voltam-a-ser-comparticipados-pelo-estado-em-2019


(Apresentação Termas de Amarante)
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