Igreja Velha de Real - Vila Meã - (Amarante)
Casa e Capela de S. Braz Real - Vila Meã - Amarante!
«Freguesia de Real - Amarante
A “História de Real” sugere-nos o recuo nos séculos para encontrar as primeiras indicações, concretas e fiáveis, da importância influída sobre os povos, pelo espaço geográfico-económico que a freguesia de Real representa.
Com a observação de achados arqueológicos no Bairro Brasil e, mais tarde, com documentação elaborada por estudiosos insuspeitos, chega-se a provas concretas que atestam a importância da freguesia muito para além da nacionalidade. No alto do Montinchol encontram-se vestígios de um castro, o que sustenta a tese de que a importância da freguesia se estenderá à Idade do Ferro, vestígios que se reforçam com os sinais da cultura castreja, inscritos na estela funerária existente na Igreja Velha.
A edificação da igreja no fundo da serra do Montinchol dá força à crença popular segundo a qual a freguesia, em tempos recuados, se estenderia até Louredo Uma “pedra polida”, encontrado pelo Dr. António José Queirós no entulho de um aterro das escavações do Bairro Brasil, remete para o período Neolítico a existência de organização social nesta localidade.
Os achados arqueológicos que nas mesmas escavações foram descobertos e que se encontram expostos no Centro Cívico Raimundo Magalhães e no Museu do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras de Coimbra, constituídos por várias peças de cerâmica e moedas do tempo da ocupação romana, dão conta de uma povoação bastante desenvolvida, alguns anos A. C., não sendo de estranhar a sua presença próxima do rio Odres.
A colocação geográfica de Real, entre Viseu e Braga, e à existência das Caldas de Canaveses junto à foz do rio Odres, justificam o trajecto da via romana de Braga a Viseu, que vindo pelo Pombeiro e Santa Cristina de Figueiró se encaminhava para Constance, sempre junto a este rio.
E justificada fica também a existência da já falada povoação pela existência da necrópole (onde é actualmente o Bairro Brasil), que se prostrava bem juntinho da via romana entre Braga e Viseu que do Norte e Nascente a contornava.
Com a extinção, por motivos políticos, do concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, a 24 de Outubro de 1855, Real passou a pertencer ao concelho de Amarante, não sem que os seus habitantes andassem vários anos sem participar nos diversos actos eleitorais, como retaliação à decisão política da extinção.» in http://www.amarante.pt/freguesias/real/
