08/08/09

Arte Teatro - Raul Solnado, hoje Morreu um Grande Actor e Humorista Português!

«Morreu o actor Raul Solnado
Hoje às 12:57

A direcção clínica do hospital Santa Maria confirmou, esta manhã, a morte do actor Raul Solnado, na sequência de um quadro clínico cardio-vascular «muito complicado». O actor faleceu aos 79 anos.
O actor Raul Solnado faleceu este sábado, aos 79 anos, às 10:50, de doença cardio-vascular grave, informou o hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Raul Augusto Almeida Solnado, nasceu a 19 de Outubro de 1929, foi humorista, apresentador de televisão e actor.
Até à sua morte foi director da Casa do Artista, sociedade de apoio aos artistas situada em Carnide, Lisboa, que fundou juntamente com Armando Cortez, entre outros.
Solnado começou a trabalhar em 1947 no teatro amador, na Guilherme Cossul - uma colectividade que nunca esqueceu. Em 1952, estreou-se profissionalmente num show no Maxime e a partir daí não mais parou: opereta, revista, teatro clássico, cinema, televisão.
O grande salto deu-se na década de 60: o monólogo "A Guerra de 1908", estreado em Outubro de 1961, cedo passou a ser a guerra do Solnado.
Oito anos mais tarde, em 1969, com Carlos Cruz e Fialho Gouveia apresentou na RTP um programa inovador que se tornou um marco na programação televisiva: o "Zip-Zip". Na década de 60 criou de raiz e dirigiu o teatro Villaret.» in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1329528

«Raul Solnado

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Raul Augusto Almeida Solnado, GCIH (Lisboa, 19 de Outubro de 1929 - Lisboa, 8 de Agosto de 2009) foi um humorista, apresentador televisivo e actor português.

Índice

[esconder]



[editar] Biografia

Unanimemente reconhecido como um dos maiores nomes do humor português, começou a fazer teatro na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (1947), profissionalizando-se em 1952.
Em 1953 estreia-se no teatro de revista com "Viva O Luxo", apresentado no Teatro Monumental. Entra também em "Ela não Gostava do Patrão".
1956 é o ano de "Três Rapazes e Uma Rapariga" no Teatro Avenida. Participa ainda nos filmes "O Noivo das Caldas" e "Perdeu-se um Marido".
No ano de 1958 participou nos filmes "Sangue Toureiro" e "O Tarzan do Quinto Esquerdo". Desloca-se pela primeira vez ao Brasil em 1958 mas correu tudo mal.
Em 1960 torna-se primeiro actor na peça "A Tia de Charley" apresentada no Teatro Monumental. Participa no filme "As Pupilas do Senhor Reitor" (Prémio S.N.I.).
"A Guerra de 1908", um sketch do espanhol Miguel Gila, adaptado para português por Solnado, é interpretado na revista "Bate o Pé", estreada no Teatro Maria Vitória em Outubro de 1961. Entra também no filme "Sexta-feira, 13".
O disco que reunia "A Guerra de 1908" e "A História da Minha Vida", editado em Abril de 1962, bateu todos os recordes de vendas de discos.
Em 1962 entra em "Lisboa à Noite", em cena no Teatro Variedades, onde interpreta os sketcks "É do Inimigo" e "Concerto do Inimigo". É protagonista do filme neo-realista "Dom Roberto", de José Ernesto de Sousa. Vence o Prémio de Imprensa para melhor actor de cinema.
Após 1963, faz teleteatro no Brasil e na RTP. "Vamos Contar Mentiras" é o grande espectáculo do ano de 1963. Torna-se em 1964 fundador e empresário do Teatro Villaret. A estreia foi em 1965 com "O Impostor-Geral" onde foi o protagonista.
Mariema e Raul Solnado recebem os Prémios de Imprensa para melhores actores de teatro de revista.
Em Maio de 1966 foi lançado o EP "Chamada Para Washington."
O Ep "Cabeleireiro de Senhoras" foi lançado em Dezembro de 1968. Em Janeiro de 1969 foi editada a compilação "O Irressistível Raul Solnado" que incluía alguns dos principais exitos editados anteriormente em EP (Historia do Meu Suicidio, Chamada para Washington, O Bombeiro Voluntário, A Guerra de 1908, O Cabeleireiro de Senhoras, Historia da Minha Vida).
No dia 24 de Maio de 1969 foi gravado o primeiro programa do "Zip-Zip", no Teatro Villaret. A última emissão foi no dia 29 de Dezembro do mesmo ano. O programa da autoria de Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz foi um dos marcos desse ano.
Em Dezembro de 1969 é o protagonista de "O Vison Voador".
A peça "O Tartufo de Moliére" é estreada em Janeiro de 1972. Ainda em 1972 participa na revista "Prá Frente Lisboa". A canção "Malmequer" tornou-se um grande êxito popular.
Em 1974 entra no filme "Aventuras de um Detective Português".
O programa "A Visita da Cornélia" é um grande sucesso da televisão portuguesa em 1977.
Com César de Oliveira adapta a Peça "Checkup" do dramaturgo brasileiro Paulo Pontes. "Isto É Que Me Dói" incluía no elenco Raul Solnado, Guida Maria, Helena Matos, Joel Branco, Cândido Mota, Luís de Mascarenhas e David Silva.
O single "Dá O Cavaquinho, Os Ferrinhos e a Pandeireta" de 1978 inclui dois temas de Luiz Miguel d'Oliveira: "É Tão Bom Sabe tão Bem" e "Viste O Lino?".
Repete o enorme êxito com a peça "Há Petróleo no Beato" de 1981. "Super Silva" foi outro êxito enorme.
Com Fialho Gouveia e Carlos Cruz apresenta na RTP o programa "O Resto São Cantigas" onde foram recordados músicos e compositores da época áurea da música ligeira portuguesa.
No concurso televisivo "Faz de Conta" mostra todo o seu talento ao contracenar e improvisar com os concorrentes que lhe davam réplica.
Na televisão é o protagonista da sitcom "Lá Em Casa Tudo Bem" que dura vários meses.
Em 1987 interpreta um papel dramático no filme "A Balada da Praia dos Cães", de José Fonseca e Costa, baseado no livro de José Cardoso Pires.
Foi actor convidado do Teatro Nacional D. Maria II, como protagonista da peça "O Fidalgo Aprendiz", de D. Manuel de Melo.
Publicou a sua autobiografia – A Vida Não Se Perdeu (1991).
Em 1992 foi actor convidado do Teatro Nacional de S. Carlos, na personagem Frosch da opereta "O Morcego", de Strauss.
Em 1993 participou, ao lado de Eunice Muñoz, na telenovela "A Banqueira do Povo" de Walter Avancini.
Entrou na peça "As Fúrias", de Agustina Bessa-Luís, no Teatro Nacional D.Maria II, em 1994.
Em 1995 fez "O Avarento", de Molière, no Teatro Cinearte, encenado por Helder Costa. Nesse editado a compilação "Best Seller dos Discos".
Em Março de 2000 realizou-se em Tondela uma homenagem, organizada pelo grupo Trigo Limpo ACERT, que foi acompanhada por uma exposição biográfica sobre o actor, baseada no livro de Leonor Xavier, "Raul Solnado - A Vida Não Se Perdeu".
Em 2001 voltou aos palcos do teatro com um papel de grande relevo na peça "O Magnífico Reitor" de Freitas do Amaral. Recebe o Prémio Carreira Luíz Vaz de Camões.
Foi homenageado em 2002 com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa e recebeu, em 10 de Junho de 2004, do Presidente Jorge Sampaio a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
A compilação "Tá Laáa…? O Melhor de Raul Solnado - volume 2" inclui o inédito "O Paizinho do Ladrão", "A História do Meu Suicídio" e ainda gravações "No Zip Zip", "No Teatro" e "Nas Cantigas". Além de "Fado Maravilhas" e de "Malmequer" inclui duas novas gravações: "Eu Já Lá Vou" e "Haja Descanso (Viva o Chouriço)".
Foi, até à sua morte, Director da Casa do Artista, sociedade de apoio aos artistas, que fundou juntamente com Armando Cortez, entre outros.


[editar] Discografia



[editar] Álbuns

  • O Riso é... Solnado (LP, Odeon, 1964)
  • O Irressistivél (LP, Parlophone, 1969)
  • Volume 2 (LP, Parlophone, 1973)
  • O Raul Solnado Conta Histórias Para Nós (LP, Polygram)
  • Uma Visita de Natal (LP, Orfeu)
  • Humor
  • Isto É Que me Doí (2LP, EMI, 1977)
  • Best-Seller dos Discos (CD, EMI, 1995)
  • A Guerra de 1908 - Colecção Caravela (CD, EMI, 1996)
  • Solnado ao Vivo no Zip (CD, Strauss, 1999)
  • Tá Laáa...? (CD, EMI, 2004)


[editar] Singles e EPS

  • Soldado Que Vais P'rá Guerra [Guerra de 1908/História da Minha Vida (EP, Parlophone, 1962) 1133
  • Ida Ao Médico/A Selva E Os Seus Leopoldos (EP, Parlophone, 1962) 1143
  • É do Inimigo?/Concerto de Violino (EP, Parlophone, 1963) 1150
  • A Bombeiral da Moda [O Bombeiro Voluntário/É da Maternidade] (EP, Parlophone, 1964) 1184
  • O Impostor-Geral ()
  • Chamada Para Washington/O Repuxo (EP, Parlophone, 1966) 1237
  • O Pinguinhas (1ª e 2ª parte) (EP, Parlophone, 1967) 1305
  • O Cabeleireiro de Senhoras/A História do Meu Suicídio (EP, Parlophone, 1968) 1344
  • A Campanha do Casca (Single, Exito, 1968)
  • Raul Solnado (Ludgero Olodualdo) canta Badaladas (Single)
  • Cirurgia Plástica (1ª e 2ª parte) (Single, Parlophone) 006-40 189
  • O Palhaço Verde - História Infantil (1ª e 2ª parte) (Single, Parlophone)
  • Malmequer/Faduncho (Single, 1972)
  • Algumas Histórias Com Juízo (Single, Zip-Zip, 197) 10038
  • Fado Fadinho [Fado Maravilhas/Fado Calcinhas] (Single, Zip-Zip, 197) 30032/S
  • Es Preferible/Es Meson Del Gitano (Single, Zip-Zip, 197) 30007/S
  • O Mosquito e o leão/O Corvo e a Raposa (Single, Philips) 6031039
  • Dá O Cavaquinho, Os Ferrinhos e a Pandeireta (Single, Orfeu, 1978) Ksat645
  • Fado Do Regresso/A Nossa Cidade (Single, 1979)
  • Zé Canal (Single, 1981)


[editar] Cinema

No cinema participou em dez películas entre 1956 e 1975, de realizadores como Arthur Duarte, Henrique Campos, Augusto Fraga, Perdigão Queiroga, José Ernesto de Souza, entre outros, contracenando com alguns dos maiores nomes do teatro e cinema de então - Laura Alves, Eugénio Salvador, Raúl de Carvalho, João Guedes, Curado Ribeiro ou António Silva. Os seus mais recentes trabalhos no grande ecrã remontam a Requiem de Alain Tanner (1998), Senhor Jerónimo de Inês de Medeiros (1998), O Bobo de José Álvaro Morais (1987) e Balada da Praia dos Cães, de Fonseca e Costa (1987).
Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Raul Solnado.


[editar] Notas





[editar] Ligações externas



Raul Solnado - "A guerra de 1908"

Raul Solnado e Zeloni no Show do Dia 7 - (jul-1967)

Raul Solnado - "A Historia do Meu Suicidio"

Raúl Solnado - "Foi Agradecer aumento de salário a Salazar" - (1981)

Raúl Solnado e Julio César - "A bomba de Gasolina" - (1981)

Raul Solnado - "Casei com uma Velha"

Raul Solnado - "Ida ao Médico"


Desporto Ciclismo - 71.ª Volta a Portugal em Bicicleta: Cândido Barbosa vence na Guarda e Recupera Amarela, está em Grande Forma o Foguete de Rebordosa!

«VOLTA A PORTUGAL: Cândido Barbosa vence na Guarda e recupera amarela
sexta-feira, 7 de agosto de 2009


Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio) venceu hoje a segunda etapa da Volta a Portugal em bicicleta, que ligou Idanha-a-Nova à Guarda, na distância de 175 quilómetros, e reassumiu a liderança.


O corredor da Rebordosa cumpriu a tirada em 5:00.06 horas, à média de 35 km/hora, e impôs-se num sprint restrito ao italiano Mauro Santambrogio (Lampre), que terminou com o mesmo tempo, enquanto o espanhol Hector Guerra (Libedrty Seguros) foi o terceiro classificado, a um segundo.


Vencedor do prólogo, Cândido Barbosa recuperou a camisola amarela, depois de a ter perdido na véspera para Manuel Cardoso (Liberty Seguros), que hoje foi vítima de uma queda nos últimos quilómetros.» 
in http://www.maraoonline.com/Marao_2009/Marao_Online/Entradas/2009/8/7_VOLTA_A_PORTUGAL__Candido_Barbosa_vence_na_Guarda_e_recupera_amarela.html

07/08/09

Ponte de D. Luís a ligar as duas Cidades muito Lindas, Invicta Cidade do Porto e Vila Nova de Gaia!







Fotografias nocturnas tiradas no dia 6 de Agosto de 2009, desde o no Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia!


«Ponte Dom Luís I

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Ponte Luís I liga as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, atravessando o rio Douro, em Portugal.
Por proposta de Lei de 11 de Fevereiro de 1879, o Governo determinou a abertura de concurso para a “construção de uma ponte metálica sobre o rio Douro, no local que se julgar mais conveniente em frente da cidade do Porto, para a substituição da actual ponte pênsil”. Foi vencedora a proposta da empresa belga Société de Willebroeck, com projecto do Engenheiro Teófilo Seyrig.
Teófilo Seyrig que, já fora o autor da concepção e chefe da equipa de projecto da Ponte Maria Pia, enquanto sócio de Eiffel, assina como único responsável a nova e grandiosa Ponte Luís I. A construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886.
Actualmente o seu tabuleiro superior serve a Linha D do Metro do Porto.

[editar] Características

  • Comprimento: total 385,25 m
  • Peso: 3 045 toneladas
  • Arco: mede 172 m de corda e tem 44,6 m de flecha.
  • Preço: 18000$

[editar] Ligações externas



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Imagem: Centro Histórico do Porto
A Ponte Dom Luís I está incluída no sítio Centro Histórico do Porto, Património Mundial da UNESCO.
(lista | critérios | signatários | em perigo)» in Wikipédia.

06/08/09

Motociclismo - A História de uma Moto Mítica a «Vespa» da Piaggio!


«História da Vespa, desta vez em versão Português do Brasil

Cidadã do Mundo

Nascida no pós-guerra, a simpática Vespa tornou-se sinônimo da Itália e já vendeu 15 milhões de unidades

O mais europeu de todos os veículos de duas rodas nasceu na Itália para ser barato, funcional, econômico, robusto e, claro, charmoso e elegante. Além disso, deveria também ser fácil de pilotar por todos, não sujar as roupas do condutor e ainda levar um passageiro... Ainda não sabe de que se trata? Uma dica que praticamente é a resposta: ele foi batizado com o nome de um inseto, em alusão ao ronco de seu motor dois-tempos com ventoinha de arrefecimento, que mais parece um zumbido. Com essa dica, é impossível não saber a resposta: Vespa!
Enrico Piaggio presidia a empresa fundada por seu pai quando a Segunda Guerra Mundial acabou. Era tempo de Europa destruída física e financeiramente. A fábrica da Piaggio encontrava-se em ruínas, mas isso não intimidou Enrico, que resolveu deixar o campo aeronáutico em busca de um novo tipo de veículo, capaz de suprir a necessidade de locomoção básica da população.
Uma vez que as estradas estavam precárias e os italianos não tinham dinheiro ao perder a guerra, a solução era um veículo simples e econômico. Na fábrica semi-destruída encontravam-se centenas de rodas de trem de pouso de bombardeiros (da bequilha, na extremidade traseira) e grande número de pequenos motores multiuso para lançamento desde aviões.
Então, a idéia básica da Vespa estava esboçada. Nas mãos de Corradino D'Ascanio (1891-1981), brilhante engenheiro aeronáutico que estava na Piaggio desde 1934, ela concretizou-se, apenas oito dias depois de Enrico ter dado a ordem a D'Ascanio de projetá-la.




Com estepe e anteparo, um veículo conveniente e seguro. Até sidecar foi adotado na Vespa

A partir de sua larga experiência na engenharia aeronáutica, ele concebeu algo inédito até então em duas rodas. Para tanto, investigou os maiores inconvenientes que uma motocicleta causava ao seus proprietários e procurou corrigi-los no novo veículo. Nessa época as motos não eram populares por causa de tais problemas -- pneus furados e correntes frágeis.

Um estepe resolveria em definitivo o problema de ficar no caminho por causa de um furo em pneu. O garfo dianteiro prendendo a roda em apenas um lado facilitaria a troca do pneu, o mesmo acontecendo com a roda traseira, presa directamente ao conjunto câmbio-motor -- um dois-tempos que seria uma peça única, compacta e dispensaria corrente de transmissão.


Bom humor e belas mulheres, marcas da publicidade da Vespa na Europa


Ainda num toque de engenhosidade, os aros das rodas (de apenas 8 pol de diâmetro) eram constituídos de dois discos aparafusados entre si, o que facilitaria a desmontagem do pneu para conserto. Correntes para motos eram raras na Itália na época, razão para o uso da transmissão direta. Esta disposição, porém, fazia com que cerca de 70% do peso da motoneta estivesse concentrado do lado direito, gerando instabilidade.
Para corrigir a tendência de puxar para a direita (principalmente ao tirar as mãos do guidão), a roda dianteira ficava 8 mm à esquerda do eixo de direção, de modo a gerar torque oposto ao ocasionado pelo centro de gravidade deslocado. Mesmo assim a Vespa padecia de seu desequilíbrio inerente. Atingindo um obstáculo na pista, como uma ondulação no asfalto, a tendência era decolar "torta", de difícil controle. Ainda bem que na época em que ela reinou não haviam inventado a lombada...




O motor montado junto à roda traseira dispensava a corrente de transmissão, mas seu peso concentrado no lado direito resultava em instabilidade.
À direita, "pense menor que um carro pequeno", convida a publicidade nos anos 70, tempo de economia de combustível.

Câmbio e embreagem eram montados na manopla esquerda, para que os dois processos nas trocas de marcha não exigissem retirar a mão do guidão. Era eliminado também o pedal de câmbio das motos, que marcava e sujava o sapato. E a Vespa trazia uma solução para o comando de câmbio que hoje é alardeada pelos fabricantes de automóveis como inovação: cabos flexíveis, de aço trançado tipo Bowden.
Um escudo frontal protegia as roupas e o próprio condutor da chuva, poeira e do que fosse arremessado pela roda dianteira -- e também sua integridade física numa eventual queda. A estrutura era monobloco (como a de um automóvel) e trazia a seção central bastante baixa, facilitando a subida ao veículo, principalmente para mulheres e pessoas de baixa estatura. Mesmo mulheres de saia podiam conduzi-la.
Pronto o desenho, foram construídos os protótipos. As primeiras 15 Vespas deixaram a fábrica da Piaggio em abril de 1946. Seu motor de 98 cm³ tinha apenas 3 cv de potência a 4.500 rpm e velocidade final em torno de 60 km/h, bons níveis para a época e o tamanho do propulsor.
O câmbio tinha três marchas e o tanque de combustível comportava cinco litros de gasolina. O consumo girava na casa dos 40 km/l, marca bem-vinda numa época difícil como aquela. Uma característica marcante da Vespa 98, como era chamada, é que não havia assoalho entre o anteparo e o banco, mas duas placas separadas. As laterais traseiras salientes eram o provável motivo de se adotar o nome do inseto.

Acessórios como porta-bagagens e pára-brisa eram muito adicionados à motoneta. O motor de 125 cm3 e 4,7 cv de potência logo substituiu o inicial de 98 cm3 e apenas 3 cv

A Vespa logo caiu no gosto do consumidor e seu sucesso foi absoluto. Outros veículos foram criados utilizando a mesma proposta, mas não alcançaram o mesmo êxito que o original. Para tanto, a Piaggio não contou apenas com o carisma que o veículo obteve: montou uma completa rede de assistência técnica em todo o território italiano e proporcionou cursos na fábrica para mecânicos.

Além disso, o veículo tinha uma relação custo-benefício extremamente favorável. A Vespa chegava a qualquer canto da destruída Itália do pós-guerra gastando muito pouco -- podia ser usada em qualquer situação, sob qualquer condição. Ao final de 1949 já haviam sido produzidas mais de 35.000 unidades, um recorde para uma época tão conturbada.

As versões GS, ou Gran Sport, marcaram época, como esta GS 160 lançada em 1962. Observe a roda dianteira presa apenas pelo lado direito e as condições de "segurança" usuais na época...

Em 1948 uma nova motorização de 125 cm³ e 4,7 cv de potência era lançada, e com ela, algumas revisões tecnológicas que se encontram até hoje nos veículos em produção. A mais visível ficava por conta do assoalho em lugar das duas placas de apoio para os pés. Também eram adotados suspensão na roda traseira, pára-lama dianteiro e pequenas alterações na "carroceria". A velocidade máxima chegava a 75 km/h.

Cinco anos depois o motor era modificado, passando a 5 cv, e surgia uma versão utilitária com o farol mais elevado. O famoso modelo GS (Grand Sport) 150, mais esportivo, saía em 1955 trazendo estilo mais moderno, rodas de 10 pol, câmbio de quatro marchas e velocidade final de 100 km/h. Em 1962 chegava a GS 160, com 8,2 cv de potência e visual renovado.


A família passeia unida, em Vespas de diferentes cilindradas, também nos anos 70. A imagem de liberdade e descontração esteve sempre presente na propaganda da Piaggio

A pequena versão de 50 cm³, a última desenvolvida por D'Ascanio, vinha em 1964. No ano seguinte aparecia a SS 180, de 10 cv, seguida pelas versões Super Sprint 90 (1966), Primavera 125 (1968) e Elestart 50, com motor de partida elétrico (1970). Finalmente, em 1978, a família PX -- com as versões de 125, 150 e 200 cm³ que estão em produção até hoje. O maior dos motores desenvolvia 12,35 cv e chegou a ser oferecido no mercado norte-americano, na versão Rally. Um câmbio automático foi lançado em 1984, sendo o manete de embreagem agora destinado ao freio traseiro.

Com o tempo, vários clubes de "vespeiros" surgiram para que os admiradores da Vespa fizessem passeios e trocassem informações sobre sua paixão italiana. Campeonatos esportivos também foram criados, onde os mais radicais punham a pequenina no limite.


A versão Rally 200 chegou a ser vendida no mercado americano. Seu motor de 12,35 cv seria empregado no modelo brasileiro dos anos 80

A Piaggio tentou repetir seu êxito com scooters -- patinetes, em inglês -- modernos: a Cosa em 1987, a Sfera em 1990 e a mais recente ET4 125, em 1997. Apesar de práticos, são apenas mais modelos repletos de plástico em um mercado saturado de opções, sem a essência de sua antecessora.

A Vespa no Brasil


Um sucesso tão estrondoso não ficou restrito apenas à Itália. Na metade dos anos 50 a Vespa passou a ser produzida em países europeus como a Grã-Bretanha, Alemanha, França, Espanha e Bélgica. Poucos anos depois chegava à Indonésia e Índia. Em maio de 1952 a alemã Hoffmann já tinha mais de 100 concessionárias, mas a Piaggio assumia a fabricação naquele país cinco anos depois.
No Brasil a Vespa chegou importada nos anos 50 -- e logo fez sua fama. Uma de suas maiores rivais, a Lambretta, também veio e conquistou tamanho espaço que, ironicamente, passou a ser sinônimo para esse tipo de veículo entre muitos na época. Ou seja, no Brasil, a Vespa também era uma "lambreta"... A concorrente tinha, contudo, a vantagem do motor centralizado, para melhor distribuição de peso entre os lados.

Depois de importada, a Vespa foi produzida aqui pela Panauto, que também fabricava o curioso triciclo utilitário Vespacar, para 360 kg de carga

A Panauto S.A., empresa sediada em Santa Cruz, no antigo estado da Guanabara (hoje Rio de Janeiro), foi responsável pela produção nacional da simpática italianinha. Fabricou também um utilitário compacto: o Vespacar, um triciclo com rodinhas de Vespa, uma pequena cabine e um compartimento de carga. Apesar da aparente fragilidade, levava 360 kg.

Só em setembro de 1985 a Piaggio, em parceria com as brasileiras Caloi e B. Forte, voltaria a produzir no País uma nova Vespa, em versão PX 200E. Resultado de quatro anos de estudos, era fabricada em Manaus, AM pela Motovespa do Brasil Ltda. A aparência lembrava a dos antigos modelos, mas o farol tinha linhas retas e o painel trazia requintes como voltímetro e marcador de combustível.

A PX 200E, lançada em 1978 na Europa, foi produzida no Brasil a partir de 1985 por um consórcio entre a Piaggio, a Caloi e a B. Forte. Chegou a ser a segunda "moto" mais vendida

Com motor de 197 cm3 e 12,35 cv a 5.700 rpm, podia atingir 110 km/h segundo a marca. Outras versões se seguiram na linha 1987: uma básica, outra mais esportiva (GT) e a com motor de partida elétrico (Elestart). Em todas, a conveniência do estepe na lateral esquerda e de um bom porta-luvas.
Seu sucesso foi grande: chegou a ser o segundo veículo de duas rodas mais vendido do país em 1986 e ameaçou seriamente a vice-liderança da veterana Yamaha. Entretanto, por motivos não esclarecidos até hoje e sem nenhuma explicação a concessionários e consumidores, a fábrica fechou e com ela foi-se a tradicional motoneta.
Em 1998 a Brandy firmou um acordo com a Piaggio e passou a importar da Índia a Vespa 150. Entretanto, o sucesso de outrora não se repetiu, talvez porque scooters modernos tenham recheado as lojas, as ruas e os corações dos adolescentes. O apelo nostálgico, que pouco representa para os mais jovens, não bastou para alavancar as vendas.

Cosa, Sfera e esta ET4 125 foram as tentativas recentes da Piaggio, nos anos 90, de repetir o sucesso da Vespa. Mas são motonetas similares às muitas concorrentes e sem a essência do velho modelo.

A Vespa marcou uma época. Poucos veículos, de duas ou quatro rodas, atingiram os patamares de vendas -- cerca de 15 milhões -- e a notoriedade mundial que ela conseguiu. Era utilizada por pobres e ricos, tornou-se cult nas mãos dos atores americanos que filmavam na Itália e foi até "atriz"', como no antológico filme Candelabro Italiano (Rome Adventure), de 1962, com Suzanne Pleshette e Troy Donahue.
Com mais de 80 versões em pouco mais de meio século, foi um verdadeiro sinônimo da Itália, que por um longo período foi conhecida como o "país da Vespa". Surgiu até novo verbo na língua de Dante: vespizzare. Histórias não faltam sobre esse charmoso inseto de duas rodas.» in http://www2.uol.com.br/bestcars/classicos/vespa-1.htm












Excelente exposição de vários modelos de «vespas» que fizeram História, no Shopping da Arrábida em Vila Nova de Gaia!



Desporto Ciclismo - Cândido Barbosa:"Entrar com o pé direito na Volta a Portugal", Grande Dragão de Rebordosa!

«Cândido Barbosa vence primeira etapa da 71ª Volta a Portugal
05 de Agosto de 2009, 20:03


Cândido Barbosa venceu hoje a primeira etapa (2,4 Kms) da 71ª volta a Portugal. O ciclista do Palmeiras Resort-Tavira venceu o Prólogo de Lisboa em contra-relógio individual com o tempo de 2 m 56 s 52 ss e assume a "Camisola amarela Lagos Sports".» in http://noticias.sapo.pt/desporto/info/artigo/1010418.html


Cândido Barbosa:"Entrar com o pé direito na Volta a Portugal"

Bilhar: delegação Madeirense da casa do F.C. do Porto Vence Título de Bilhar!

«Delegação madeirense conquista título de Bilhar

A Casa do FC Porto da Madeira conquistou o título nacional de Bilhar/Pool português, numa competição disputada no passado mês de Julho. A equipa campeã foi recebida em festa na delegação azul e branca, que assinalou «com pompa e circunstância» o feito agora alcançado.
Depois da conquista do título nacional, a formação de Bilhar/Pool português da delegação nº 68 dos Dragões foi recebida em festa nas instalações da casa portista. Cerca de uma centena de associados da delegação, bem como patrocinadores da equipa e o presidente da Associação Madeirense de Bilhar marcaram presença no evento.
Beto Mendes, Hernâni Sousa, David Fernandes, Duarte Gouveia, José Duarte Gouveia, Nélson Rodrigues, Sérgio Mendes, António Pereira e o dirigente "Paulinho"Santos foram os protagonistas deste êxito azul e branco.» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Clube/noticiaclube_clubebilharcasamadeira_040809_45272.asp

05/08/09

Política Nacional: Na Função Pública nem todos são avaliados, os dirigentes, os braços do Poder PS, não serão avaliados...

«Governo abre excepção para promoções dos dirigentes do Estado

Denise Fernandes
05/08/09 00:10

Os dirigentes da função pública podem progredir na carreira sem avaliação, ao contrário do que está previsto para os restantes funcionários.

O Governo confirmou esta semana que as progressões na carreira dos dirigentes do Estado não estão dependentes da avaliação feita ao seu desempenho, ao contrário do que acontece com a generalidade dos funcionários públicos.

O esclarecimento surge no site da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), onde se lê que a subida na escala salarial dos dirigentes "não depende da avaliação de desempenho correspondente". Assim, por cada três anos seguidos em comissão de serviço, o dirigente terá direito a subir na escala remuneratória.» in http://economico.sapo.pt/noticias/governo-abre-excepcao-para-promocoes-dos-dirigentes-do-estado_66757.html

Dirigentes são seres diferentes para o PS, não necessitam de ser avaliados...
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