31/12/24

Religião - São Silvestre foi o primeiro Papa de uma Igreja que não devia mais se esconder nas catacumbas, por causa das perseguições dos primeiros séculos.



«Papa “na liberdade de culto”

São Silvestre foi o primeiro Papa de uma Igreja que não devia mais se esconder nas catacumbas, por causa das perseguições dos primeiros séculos. No ano 313, durante seu Papado, o africano Milzíades e os imperadores Constantino e Licínio deram plena liberdade de culto aos cristãos. No ano seguinte, foi precisamente Silvestre a ocupar o sólio de Pedro .

Silvestre, sacerdote romano, cuja data de nascimento se ignora, - segundo o Liber Pontificalis – era filho de certo Rufino romano. Ele foi artífice da passagem da Roma pagã para a Roma cristã e aquele que presenciou à construção das grandes Basílicas, por obra de Constantino.

Ainda segundo o Liber Pontificalis, por sugestão do Papa, Constantino fundou a Basílica de São Pedro, na Colina Vaticana, sobre um templo preexistente, dedicado a Apolo, onde sepultou o corpo do apóstolo Pedro. Graças às boas relações entre Silvestre e Constantino, surgiram a Basílica e o Batistério de São João em Latrão, perto do ex-palácio imperial, onde o Pontífice começou a morar; a Basílica do Sessorium (Basílica de Santa Cruz em Jerusalém) e a Basílica de São Paulo extra Muros.

No entanto, a memória de Silvestre é ligada, principalmente, à igreja in titulus Equitii, que recebe o nome de um presbítero romano, que, se diz, tenha construído esta igreja sobre sua propriedade. Ela ainda existe nas proximidades das Termas de Trajano, ao lado da Domus Aurea.


Papa “confessor da fé”

Ao invés, não se sabe se Silvestre participou das negociações sobre os Donatistas de Arles e o Arianismo, no primeiro Concílio Ecumênico da história, ocorrido em Niceia, no ano 325. Segundo alguns, ele nem teve a possibilidade de intervir. Entretanto, ele deve ter gozado de grande impacto entre seus contemporâneos, tanto que, ao morrer foi honrado, publicamente, com o título de “Confessor”. Aliás, ele foi um dos primeiros a receber este título, atribuído, a partir do século IV, a quem tivesse transcorrido uma vida sacrificada por Cristo, mesmo sem martírio.

Além do mais, este Papa, sem dúvida, contribuiu para a evolução da Liturgia. Durante o seu Pontificado, provavelmente, foi escrito o primeiro Martirológio Romano. O nome de Silvestre é ligado também à criação da Escola romana de Canto.


A Milícia Dourada

O Papa São Silvestre é o Padroeiro da Ordem cavalheiresca chamada Milícia Dourada ou também “Espora de Ouro”, que, segundo a tradição, foi fundada pessoalmente pelo imperador Constantino I. Após vários acontecimentos, ao longo dos séculos, o Papa Gregório XVI, em 1841, no âmbito de uma ampla reforma das Ordens equestres, separou a Milícia Dourada da Ordem do Papa São Silvestre, assegurando-lhe dignidade e estatutos próprios. Em 1905, Papa Pio X acrescentou outras modificações, que vigoram ainda hoje.

A Ordem prevê quatro classes: Cavaleiro, Comendador, Oficial (Grande-Oficial), Cavaleiro Grã-Cruz. Das três Ordens equestres, disciplinadas pela Santa Sé, a menor é a de São Silvestre; a classe mais alta pertence à Ordem Planária, seguida por aquela de São Gregório Magno.» in https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/12/31/s--silvestre-i--papa.html


(SANTO DO DIA - 31 DE DEZEMBRO: SÃO SILVESTRE)

(CAPELA DE S. SILVESTRE, Ermesinde.)


F.C. do Porto Contratações - Francisco Barroso assinou o primeiro contrato profissional pelo FC Porto e prolongou o vínculo que o liga ao clube que representa desde os 12 anos.



«Francisco Barroso assina contrato profissional 
30 de Dezembro de 2024 15:00

Guarda-redes de 16 anos chegou ao FC Porto em 2020.

Francisco Barroso assinou o primeiro contrato profissional pelo FC Porto e prolongou o vínculo que o liga ao clube que representa desde os 12 anos.

Antes de jogar de Dragão ao peito, o guardião dos sub-17 defendeu a baliza do Vitória SC durante quatro temporadas. Agora com 16 anos, e na Invicta desde 2020, Francisco sente-se “mais calmo, seguro e confiante” e acredita que “a vinda para o FC Porto ajudou muito nesse aspeto”.

Acabado de rubricar o primeiro contrato profissional da carreira, o jovem guarda-redes colocou o passado em retrospetiva, delineou os objetivos para o futuro - “ganhar o campeonato nacional e chegar à equipa A” - e elegeu “o primeiro treino ao lado do ídolo Diogo Costa” como o melhor momento da caminhada de azul e branco.


Voto de confiança

“É um grande orgulho saber que todas as pessoas envolvidas no meu percurso depositaram esta confiança em mim e saber que o meu trabalho é reconhecido por todos. Quero continuar a trabalhar.”


Primeiros toques

“Desde miúdo que sempre fui muito agitado, gostava de dar chutos na bola e de correr, então a minha mãe decidiu inscrever-me no futebol.”


Aprender com os melhores

“O meu percurso no FC Porto tem corrido bem, estou sempre a trabalhar. O meu melhor momento foi o primeiro treino com a equipa A. Foi uma emoção muito grande saber que ia treinar com aqueles craques todos e com o meu ídolo, o Diogo Costa.”


Passado, presente e futuro

“Hoje sou um jogador mais calmo e seguro, mais confiante em tudo o que faço, e sinto que a vinda para o FC Porto ajudou muito nesse aspeto. Este ano quero ganhar o campeonato nacional, como é lógico, e mais tarde quero chegar à equipa A e estrear-me no Estádio do Dragão.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241230-pt-francisco-barroso-assina-contrato-profissional


Resumo da renovação: https://www.fcportotv.com/app/watch/2578861748?play=true


Francisco Barroso na primeira pessoa: https://www.fcportotv.com/app/watch/6415443945?play=true


#fcporto    #sub17    #contrato    #profissional    #guarda-redes    #franciscobarroso

F.C. do Porto Bilhar - Decorreu durante todo o mês de dezembro e foi concluído no passado domingo o Torneio de Natal da secção de bilhar.



«Bilhar: Torneio de Natal animou a Academia 
30 de Dezembro de 2024 15:09

Competição dividiu-se em provas de bilhar às três tabelas e de pool.

Decorreu durante todo o mês de dezembro e foi concluído no passado domingo o Torneio de Natal da secção de bilhar, que juntou alunos da Escola e atletas das equipas de competição num convívio que animou a Academia do Estádio do Dragão.

A competição foi divida em quatro provas distintas. Na final de bilhar às três tabelas jogada entre os mais experientes, José Miguel Soares levou a melhor sobre Rui Manuel Costa, enquanto na dos aprendizes Rodrigo Rafael venceu Rodrigo Dourado. No jogo decisivo de pool entre seniores, Paulo Santos ultrapassou Nuno Santos, ao passo que Guilherme Nunes ficou com o troféu da formação após derrotar Diogo Abreu.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241230-pt-bilhar-torneio-de-natal-animou-a-academia


#fcporto    #secção    #bilhar    #trêstabelas    #academia    #bilhar    #dragão

30/12/24

Mundo Pessoas - Anna Haining Swan e Martin Van Buren Bates, com 2,41 metros e 2,36 metros de altura, respetivamente, tornaram-se conhecidos devido à sua estatura notável. O casal teve até um bebé que continua a ser o maior alguma vez registado.



«A história do casal mais alto da história (que teve o maior bebé do mundo)

Anna Haining Swan e Martin Van Buren Bates, com 2,41 metros e 2,36 metros de altura, respetivamente, tornaram-se conhecidos devido à sua estatura notável. O casal teve até um bebé que continua a ser o maior alguma vez registado.

Anna Haining Swan nasceu a 6 de agosto de 1846, em Tatamagouche, no Canadá, surpreendendo os seus pais com um peso impressionante de 7,26 quilos ao nascer. Desde cedo, demonstrou um crescimento incomum, atingindo 1,35 metros antes dos quatro anos e superando o pai aos 11, com 1,88 metros e quase 91 kg. Aos 17 anos, já com 2,41 metros, a sua altura chamou a atenção de P.T. Barnum, que a contratou para trabalhar no New York Museum.

A sua carreira no museu tornou-a uma atração popular, especialmente quando apresentada ao lado de Tom Thumb, conhecido pela sua baixa estatura. Contudo, o trabalho tinha perigos. Em 1865, um incêndio no museu quase lhe custou a vida, já que o seu tamanho dificultou a saída pelas janelas e foi preciso um guindaste para a salvar. Após um segundo incêndio em 1868, Anna decidiu retornar ao Canadá

No entanto, um convite de Barnum para uma digressão pelos Estados Unidos em 1869 mudou a sua vida. Durante o percurso, Anna conheceu Martin Van Buren Bates, um homem de 2,36 metros, com quem partilhou um vínculo imediato.

O casal, apelidado de “O Casal Mais Alto do Mundo“, casou-se em 1871 em Londres, recebendo presentes de figuras como a Rainha Vitória, que lhes enviou relógios de ouro cravejados de diamantes. Após o casamento, estabeleceram-se em Seville, Ohio, numa casa especialmente adaptada às suas alturas, com tetos de 4,2 metros e portas altas e largas, refere o All That’s Interesting.

O casal também enfrentou tragédias familiares. Anna deu à luz dois filhos, uma menina e um menino, ambos de tamanhos excecionais e que morreram pouco depois de nascerem. O mais novo, apelidado de Babe, é até hoje o bebé mais comprido e mais pesado de sempre, com 71,12 centímetros de comprimento e 9,98 quilos, aponta o Guinness World Records.

Após essas perdas, o casal fez breves digressões com o W.W. Cole Circus antes de se aposentar.

Anna faleceu em 1888, aos 41 anos. O seu marido encomendou uma estátua de 4,5 metros de uma deusa grega para enfeitar o seu túmulo. Martin morreu em 1919 e foi sepultado ao lado dela, encerrando a história de um casal que desafiou os limites da biologia e capturou a imaginação do mundo.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/casal-mais-alto-historia-maior-bebe-648190


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F.C. do Porto Treino Aberto - Este domingo viveu-se uma manhã histórica e especial no Estádio do Dragão, em que 32.185 portistas inundaram as bancadas para assistirem ao treino aberto do plantel principal, uma iniciativa que regressou oito anos depois



«Recorde batido no treino aberto 
29 de Dezembro de 2024 13:47

32.185 portistas preencheram as bancadas do Estádio do Dragão.

Este domingo viveu-se uma manhã histórica e especial no Estádio do Dragão. 32.185 portistas inundaram as bancadas para assistirem ao treino aberto do plantel principal, uma iniciativa que regressou oito anos depois e tornou ainda mais marcante o arranque da preparação para o CD Nacional-FC Porto, duelo da 17.ª jornada da Liga que está marcado para as 18h00 da próxima sexta-feira.

Entre as habituais peladinhas e o treino específico de finalização, os homens às ordens de Vítor Bruno retribuíram o carinho dos portistas com autógrafos e presentes especiais. A sessão terminou com um discurso motivacional do técnico que ecoou nas colunas do anfiteatro e mereceu aplausos dos milhares de adeptos que o pintaram de azul e branco.

O treino aberto ficará marcado na memória de todos os presentes, em particular na dos dez Lucky Fans que se sentaram no banco de suplentes e viveram uma experiência inesquecível. Luís Torres, João Miranda, Carla Dias, Catarina Teixeira, Miguel e Carolina Ferreira, Luís e Manuel Lima, Carlos e Renato Godinho conviveram com os atletas, participaram na emissão especial do Porto Canal e dispuseram de uma perspetiva única da manhã de trabalho.

Francisco Moura e Marko Grujic permaneceram em tratamento no boletim clínico, ao passo que Iván Marcano treinou integrado no relvado, mas de forma condicionada. Os Dragões continuam a preparar a viagem à Choupana na manhã de terça-feira, no Olival.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241229-pt-recorde-batido-no-treino-aberto


Resumo do treino: https://www.fcportotv.com/app/watch/1696272766?play=true


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29/12/24

Amarante Fregim - A árvore que marca a entrada no inverno, fica sempre com estes tons fantásticos por alturas do equinócio de inverno.



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Liga Portugal: F.C. do Porto 4 vs Boavista F.C. 0 - FC Porto goleou o Boavista por quatro bolas sem resposta e aguarda na liderança pelo desfecho do dérbi lisboeta.



«O orgulho da Invicta e dos portistas 
28 de Dezembro de 2024 22:25

FC Porto goleou o Boavista (4-0) e aguarda na liderança pelo desfecho do dérbi lisboeta.

O azul e o branco continuam a ser as cores dominantes na Invicta. Na 151.ª edição do dérbi da cidade, o FC Porto recebeu e venceu o Boavista com golos de Samu (dois), Nico González e Rodrigo Mora e regressou à liderança provisória do campeonato dois e três pontos à frente dos rivais de Lisboa, que medem forças este domingo às 20h30 em Alvalade.

Vítor Bruno lançou André Franco no lugar ocupado por Fábio Vieira em Moreira de Cónegos e só ao minuto 25 é que surgiu o primeiro lance de perigo flagrante, um rendilhado entre Pepê e Samu a que o internacional espanhol não deu o seguimento ideal. O goleador redimiu-se à passagem da meia-hora após excelente abertura de Nico González e ainda melhor cruzamento de Martim Fernandes, aparecendo ao segundo poste para inaugurar o marcador do lotado Estádio do Dragão (1-0).

O ascendente portista manteve-se até ao intervalo, tempo suficiente para Martim voltar a servir Samu e para o camisola 9 ficar a centímetros de bisar, para André Franco colocar o lateral direito na cara do golo e para Nico ver o quinto amarelo na Liga, que o impedirá de entrar em campo na Choupana dia 3 de janeiro.

A etapa complementar arrancou com um remate forte, rasteiro e cruzado de Otavio que Cesar defendeu para a frente e que Nico não conseguiu emendar na recarga. O galego redimiu-se logo a seguir, na sequência de um cruzamento perfeito de Rodrigo Mora que só teve de encostar com o pé esquerdo para o fundo das redes (2-0).

O momento da noite surgiu ao minuto 59: Mora recebeu a bola à passagem da linha de meio-campo, galgou metros por entre a defesa axadrezada, trocou as voltas a todos os adversários que encontrou, apontou ao ângulo superior e assinou um golo de antologia apenas ao alcance dos predestinados (3-0).

Pouco depois André Franco ainda ofereceu o bis a Samu, só que o matador acertou no guarda-redes do Bessa, e os treinadores aproveitaram para mexer nas equipas. Alan Varela e Iván Jaime renderam Eustáquio e Galeno, o espanhol quase picou o ponto na primeira vez em que tocou no esférico, Franco, Nico e Mora também saíram, Vasco Sousa, Gonçalo Borges e Danny Namaso entraram e o resultado só ficou fechado nos derradeiros instantes, quando Varela descobriu Nehuen Pérez e o central amorteceu para Samu faturar pela 13.ª vez em 16 jornadas.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241228-pt-o-orgulho-da-invicta-e-dos-portistas


Resumo do jogo: https://www.fcportotv.com/app/watch/7586140616?play=true


Golo de Rodrigo Mora: https://www.fcportotv.com/app/watch/936745168?play=true


#fcporto    #liga    #portugal    #dérbi    #invicta    #vitória    #goleada    #samu

#rodrigomora    #nicogonzález    #diogocosta    #vítorbrun


28/12/24

F.C. do Porto Futebol Feminino: F.C. Tirsense 0 vs F.C. do Porto 3 - FC Porto bateu o Tirsense no seu reduto, por três bolas sem resposta, da 2.ª divisão, na 2.ª jornada da Taça AF Porto.



«Taça AF Porto: Liderança reforçada em Santo Tirso 
28 de Dezembro de 2024 17:03

FC Porto bateu o Tirsense (3-0), da 2.ª divisão, na 2.ª jornada da prova.

Tal como no campeonato, a equipa de futebol feminino do FC Porto continua com um pleno de vitórias na Taça AF Porto. No Parque Desportivo de Refojos (Santo Tirso), as portistas bateram o Tirsense - que milita na segunda divisão - por 3-0 graças aos remates certeiros de Catarina Pereira (23m), Verónica Khudyakova (30m) e Bruna Rosa (59m). Com este resultado, as portistas isolaram-se com seis pontos na liderança do Grupo A - à frente do adversário deste sábado, do GD Aldeia Nova, do Castêlo da Maia e da AD Várzea.

Daniel Chaves elegeu o seguinte onze: Sofia Bernardo; Rita Vaz Martins (Joana Ferreira, 72m), Mariana Queirós (Marta Rodrigues, 83m), Karoline Lima (Carolina Brito, 83m), Bruna Rosa, Matilde Vaz (Renata Correia, 62m), Catarina Pereira, Inês Oliveira, Ema Gonçalves (cap.), Joana Neves (Inês Valente, 72m) e Verónica Khudyakova.

No banco, o treinador azul e branco contou com as seguintes alternativas: Margarida Ferreira, Joana Ferreira, Marta Rodrigues, Ana Beatriz Martins, Inês Valente, Renata Correia e Carolina Brito.

Segue-se a estreia na segunda fase do campeonato. O miniestádio do Olival é o palco da receção ao Moreirense de domingo (15h00, Porto Canal).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241228-pt-taca-af-porto-lideranca-reforcada-em-santo-tirso


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Amarante Mancelos - Entrada do Convento de Mancelos, Carlos Babo, primeiro quartel do século XX.

(Carlos Babo do Convento de Mancelos)


Tradições - Guiomar Gil de Riba Vizela, falecida em 1286, é o nome da “Velha” que está na origem da tradição secular do Magusto da Velha, celebrado há mais de 300 anos em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda.



«Guiomar Gil: eis o nome da “Velha” que mantém viva uma tradição secular em Aldeia Viçosa

Guiomar Gil de Riba Vizela, falecida em 1286, é o nome da “Velha” que está na origem da tradição secular do Magusto da Velha, celebrado há mais de 300 anos em Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda. Esta tradição cumpre o desejo expresso no testamento de Guiomar Gil: a oferta de castanhas e vinho a todos os que rezem pelo bem da sua alma.

O evento ocorre anualmente no dia seguinte ao Natal e tem atraído cada vez mais pessoas. Este ano, reuniu centenas de participantes, entre habitantes locais e visitantes, que se deslocaram à aldeia para assistir a um momento especial: a revelação do nome da “Velha” pelo historiador Daniel Martins.

O anúncio foi feito durante a apresentação do livro Magusto da Velha – Uma Pitança pelo Bem da Alma, da autoria de Daniel Martins, membro da Associação Hereditas. A obra explora as origens desta tradição e a história de Guiomar Gil, uma benemérita que foi monja e abadessa no Mosteiro de Arouca, tendo doado as suas propriedades no Vale do Mondego àquela instituição religiosa, mas mantendo os dividendos da quinta de Lagares de Azeite para que fosse cumprida “a pitança pelo bem da sua alma”.» in https://correiodabeiraserra.sapo.pt/guiomar-gil-eis-o-nome-da-velha-que-mantem-viva-uma-tradicao-secular-em-aldeia-vicosa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques


(Magusto da Velha em Aldeia Viçosa)



27/12/24

Ciência - As leis da Física não querem saber se o tempo anda para trás ou para a frente: nada impede as viagens do tempo.



«Amnésia total. Matemático revela estranhos enigmas para quem viaja no tempo

As leis da Física não querem saber se o tempo anda para trás ou para a frente: nada impede as viagens do tempo. Mas, de acordo com um novo estudo, essas mesmas leis implicam que os viajantes do tempo teriam as suas memórias apagadas… e os relógios não funcionariam.

Primeiro, as boas notícias para quem viaja no tempo. Os físicos há muito que reconheceram que nada nas leis da Física proíbe especificamente as viagens no tempo.

Tanto quanto se sabe, estas leis não querem saber se o tempo está a correr para a frente ou para trás; funcionam igualmente bem de qualquer forma.

Este reconhecimento deu origem a numerosos estudos, alguns dos quais surpreendentemente sérios, para testar os limites da causalidade.

Nessa demanda, os físicos tentaram tudo, desde dobrar o tecido do espaço-tempo até explorar a incerteza quântica para viajar para trás e para a frente no tempo. Chegaram mesmo a testar algumas destas ideias.

Mas nada parece funcionar. De facto, alguns dos esquemas requerem condições decididamente não físicas que tornam improvável que alguma vez sejam testados.

No entanto, salienta a Discover Magazine, os mais entusiastas recordam sempre que ainda não foi provado que as viagens no tempo são impossíveis.


Perda de memória

Agora as más notícias, que vêm de Lorenzo Gavassino, matemático da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, que descobriu alguns efeitos colaterais das viagens no tempo até agora nunca abordados.

O matemático milanês sustenta que as leis da Física podem não proibir as viagens no tempo, mas se estas forem possíveis, essas mesmas leis levam a algumas consequências estranhas — uma das quais é que qualquer ser humano que fizesse a viagem não seria capaz de se lembrar dela.

As leis da física sugerem que a memória dessa pessoa seria apagada assim que ela voltasse ao presente. Então, como é que as leis da Física levam a esta conclusão dececionante?

A responsável é uma só lei — a Segunda Lei da Termodinâmica, segundo a qual a entropia, ou desordem, de qualquer sistema aumenta sempre com o tempo.

Ao contrário das outras leis da Termodinâmica, a segunda lei distingue entre o tempo que corre para a frente e para trás. Ovos partidos nunca se restauram, o café com leite nunca mais volta a ser leite e café, e assim por diante.

Numa série de experiências teóricas, Gavassino mostrou as consequências significativas das leis da Física para uma nave espacial que transporte um viajante do tempo num caminho circular através do espaço-tempo — por outras palavras, uma viagem de regresso ao mesmo instante no tempo.

Uma caraterística fundamental desta viagem circular é o facto de a entropia ter de ser a mesma no início e no fim — porque o viajante regressa ao seu estado original. Assim, se a entropia aumenta ao longo do tempo, tem de haver um ponto no círculo em que atinge o máximo antes de regressar ao seu valor original.

Gavassino considera que as consequências para o viajante do tempo na nave espacial que passa para além deste ponto de entropia máxima são claras: “todos os processos termodinâmicos, incluindo os processos biológicos como a formação da memória e o envelhecimento, são revertidos“.

“As memórias de um observador dentro da nave espacial são necessariamente apagadas no final da viagem“, conclui Gavassino, num estudo recentemente pré-publicado no ArXiv.

Um aspeto particularmente fascinante apresentado pelo matemático italiano no seu artigo envolve o comportamento dos relógios durante as viagens no tempo. Gavassino demonstra que os relógios não funcionariam como esperado.

Para que um relógio regresse ao seu ponto de partida após uma viagem completa, tem de funcionar a uma frequência que produza um número inteiro de “tiques” durante a viagem.

Este requisito pode introduzir “defeitos” subtis nos relógios concebidos para o tempo linear padrão, tornando as suas medições pouco fiáveis numa curva temporal fechada.

E uma vez que o mesmo argumento se aplica às vibrações normais das moléculas e dos átomos, isto levanta a possibilidade de uma perturbação generalizada da existência normal da matéria numa curva temporal.

As descobertas de Gavassino têm implicações significativas para a nossa compreensão do tempo e da causalidade. Embora o estudo não determine se a viagem no tempo é possível, lança luz sobre as condições rigorosas que devem ser satisfeitas em tais cenários.

Num universo com curvas temporais próximas, as viagens no tempo não se assemelhariam às aventuras livres da ficção científica. Em vez disso, os viajantes confrontar-se-iam com um mundo governado por uma auto-consistência rígida, memórias apagadas e causalidade interrompida.

Naturalmente, os aspirantes a viajantes do tempo irão procurar potenciais lacunas no raciocínio de Gavassino. Uma possibilidade é que, embora a segunda lei da termodinâmica se aplique a um sistema como um todo, não tem necessariamente de se aplicar às suas partes.

Por exemplo, pode haver uma forma de algumas partes de um sistema termodinâmico diminuírem a sua entropia enquanto as restantes aumentam, de modo a garantir que a entropia total mantém as condições exigidas pelas leis da Física.

Naturalmente, os verdadeiros viajantes do tempo, que andam a passear entre nós vindos de outros séculos, terão concluído há muito que Gavassino deve ter deixado escapar alguma coisa.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/amnesia-e-nao-so-matematico-revela-estranhos-enigmas-para-quem-viaja-no-tempo-648935


"É possível VIAJAR para o PASSADO?"


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Zoologia - Henry, o crocodilo mais velho do mundo, celebra esta segunda-feira o seu 124º aniversário. Tantas histórias para contar.



«124 anos e mais de 10.000 filhos: Henry, o crocodilo mais velho do mundo, está de parabéns

Henry, o crocodilo mais velho do mundo, celebra esta segunda-feira o seu 124º aniversário. Tantas histórias para contar. Só nos últimos 40 anos, teve mais de 10.000 filhos, com inúmeras “namoradas”.

Henry é um crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus) foi originalmente capturado no Delta do Okavango, no Botswana, em 1903. Atualmente e desde 1985, vive no Centro de Conservação Crocworld em Scottburgh, África do Sul.

O crocodilo mais velho do mundo foi pai de mais de 10.000 crias, com numerosas parceiras desde que lá chegou a Crocworld, há quase 40 anos.

Embora a sua data exata de nascimento seja desconhecida, os representantes do Crocworld estimam que ele nasceu por volta de 1900, celebrando-lhe o aniversário a cada 16 de dezembro.

Os crocodilos, tal como outras espécies de répteis, continuam a crescer com a idade. Henry pesa 700 kg e mede 5 metros, sendo um dos maiores da sua espécie. Este fator mantém-nos a salvo de potenciais predadores na sua velhice.

Como escreve a Live Science, os répteis são conhecidos pela sua impressionante longevidade – que não tem que ver apenas com o tamanho.

A esta revista, Steven Austad, biólogo da Universidade do Alabama que estuda o envelhecimento animal explica que o facto de terem sangue frio lhes permite conservar energia, dependendo de fontes de calor externas para regular a sua temperatura corporal.

Há teorias que dizem que as proteínas do sangue dos crocodilos do Nilo têm propriedades antibacterianas e ajudá-los a combater infeções e doenças. Da mesma forma, alguns investigadores afirmam que os seus microbianas intestinais podem contribuir para o seu sistema imunitário robusto.

É provável que a vida de Henry em cativeiro – bem alimentado e a salvo de acidentes e doenças – também o tenha ajudado a atingir esta idade avançada.

Estudar o envelhecimento de crocodilos como Henry permanece um desafio, uma vez que os investigadores têm de os apanhar na infância, marcá-los e segui-los ao longo da vida. Os répteis, em comparação com muitos outros vertebrados, também não mostram sinais de declínio notável nas capacidades fisiológicas à medida que envelhecem.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/124-anos-e-mais-de-10-000-filhos-henry-o-crocodilo-mais-velho-do-mundo-esta-de-parabens-647801


(Meet Henry, the world's oldest crocodile | Killer Crocs with Steve Backshall)


#zoologia    #animais    #crocodilo    #nilo    #velho    #mundo    #henry

26/12/24

F.C. do Porto Sub 17 Futebol - João Pinto renovou contrato com o FC Porto e prolongou o vínculo que o liga ao clube desde os oito anos.



«João Pinto renova contrato 
26 de Dezembro de 2024 15:00

Lateral direito representa o FC Porto desde os oito anos.

João Pinto renovou contrato com o FC Porto e prolongou o vínculo que o liga ao clube desde os oito anos. Com um “grande exemplo” dentro de casa, o filho do jogador com mais jogos de Dragão ao peito está ciente de que “para vestir de azul e branco” deve “continuar a trabalhar com a mesma responsabilidade de sempre”. 

Do pai não herdou apenas o nome e a posição, mas também a ambição que caracteriza todos os portistas. Com apenas 16 anos, o lateral direito já traçou os objetivos a curto e longo prazo - “chegar à seleção, ganhar o campeonato sub-17 pelo FC Porto e, no futuro, fazer a estreia no Estádio do Dragão pela equipa A”. 

Feliz por continuar a defender as cores que lhe correm no sangue, João Pinto promete “ajudar a equipa a alcançar os objetivos”. Na presente temporada, o defesa soma 14 jogos, um golo e três assistências pelos Juniores B.


Responsabilidade máxima

“Tenho tido uma boa relação com o FC Porto ao longo destes anos e quero continuar a trabalhar para conseguir alcançar o meu maior sonho, que é chegar à equipa A. Continuo com a mesma responsabilidade de sempre, com a consciência de que para jogar no FC Porto tenho de ser responsável dentro e fora de campo, por isso tenho de continuar a trabalhar.”


Autorretrato

“Sou um jogador que tenta ajudar a equipa, principalmente no ataque, mas sendo defesa a minha prioridade é defender, portanto tento ajudar a equipa em primeiro lugar.”


Objetivos traçados

“Para já tenho que tentar chegar à seleção nacional e ganhar o campeonato de sub-17 pelo FC Porto. Estou a fazer uma boa época, mas não sou só eu, a equipa também. Adaptámo-nos bem à mudança de tática e temos de continuar assim para alcançarmos o nosso objetivo. No futuro, o meu maior sonho é chegar à equipa A e estrear-me no Estádio do Dragão.”


Filho de peixe sabe nadar

“A minha maior referência no FC Porto é o meu pai, que me tem acompanhado ao longo destes anos e é um grande exemplo para mim. Ele sempre me ensinou que o FC Porto é o maior e que temos de ganhar sempre, eu fui aprendendo e hoje estou aqui.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20241226-pt-joao-pinto-renova-contrato


Resumo do evento: https://www.fcportotv.com/app/watch/531643870?play=true


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Marco de Canaveses - Algures em Marco de Canaveses, mais concretamente na freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, fica localizada a "Casa inacabada de Vila Boa de Quires", vulgarmente conhecida como "Obras do Fidalgo".



«Obras do Fidalgo: o místico e encantador palácio inacabado

Algures em Marco de Canaveses, mais concretamente na freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, fica localizada a "Casa inacabada de Vila Boa de Quires", vulgarmente conhecida como "Obras do Fidalgo".

Apenas a sete quilómetros da cidade de Marco de Canaveses, escondida entre vinhas e um pinhal de grandes e frondosas árvores, esta imponente estrutura deixa encantados todos os curiosos que por aqui passam.

De um lado, um grande campo de oliveiras embelezam a fachada principal, do outro, uma pequena floresta protege o solar grandioso que, finalizado, seria o maior edifício civil de estilo barroco da península e também, por isso, foi considerado Imóvel de Interesse Público.

Este edifício inacabado do século XVIII integra ainda a Rota do Românico e é considerada uma das mais extensas e imponentes fachadas barrocas da arquitetura portuguesa.

O local é escolhido por muitos para a prática de geocaching e para a realização de sessões fotográficas, dado o misticismo e beleza dos detalhes decorativos aqui construídos.

Se estão a pensar visitar este lugar, vindos da cidade do Porto, devem seguir a A4 e sair em direção ao Marco de Canaveses pela Variante à N211.

Dois quilómetros e meio depois, devem sair à esquerda pela N211-1 e seguir em direção a Vila Boa de Quires. Chegarão ao destino em cinco minutos.

Existe ainda outro pormenor que vos pode agradar. Pelo próprio edifício passa um percurso pedestre (PR8 Trilhos de Portocarreiro), uma rota circular com 16 km, que permite descobrir as paisagens, a natureza e o património arquitetónico e cultural de Vila Boa de Quires.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-portugal/artigos/obras-do-fidalgo-o-mistico-e-belo-palacio-inacabado-da-rota-do-romanico?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques


(Obras Do Fidalgo, Marco de Canaveses)


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25/12/24

Religião Natal - O solístico de inverno (quando a duração do dia é mais curta e a noite, mais longa) revestia-se do maior interesse e de significado para as sociedades primitivas.




«Porque celebramos o Natal no dia 25?

Solstícios e Equinócios

No Hemisfério Norte os dias 22 e 23 de Setembro marcam o Equinócio do Outono (quando a duração do dia e da noite são iguais). A incidência dos raios solares, perpendicularmente sobre a linha do Equador, assinala a mudança da estação do Verão para o Outono: as folhas amarelecem ao sol sensível do Outono, os dias tornam-se mais curtos, as noites mais longas.

Se os povos antigos pensavam encontrar uma relação entre a mudança sazonal do Verão para o Outono, com o movimento do nascimento do sol no horizonte, essa relação seria, seguramente, errada. A relação entre esses dois fenómenos só foi descoberta de forma consistente no século XVI, quando o matemático e astrónomo Copérnico propõem o sistema heliocêntrico – a terra gira em torno do sol que é relativamente estacionário. Até então, o facto de fixar-se uma data na qual o dia e a noite teriam a mesma duração de 12 horas seria vazia de interesse e de significado económico para as sociedades romanas e paleocristãs e, possivelmente, não influenciava significativamente as suas crenças, as suas atitudes e os seus comportamentos.

Já o solístico de inverno (quando a duração do dia é mais curta e a noite, mais longa) revestia-se do maior interesse e de significado para as sociedades primitivas.


A Idade das Fábulas

Era em Dezembro durante o período do solstício do inverno que os mesopotâmios praticavam rituais para auxiliar o Deus Marduque dos quatro olhos na luta contra as forças do caos, personificadas pela deusa Tiamate que após derrotada, vê o corpo dividido em dois: o céu e a terra. Nesse mês também o Zeus grego dos céus, do raio e do trovão, iniciava uma nova batalha contra o seu pai, Cronos, o deus do tempo e contra os gigantes titãs para quem Cronos era o rei. O dia 25 de Dezembro, assinalava o dia dos nascimentos de Adónis, símbolo da vegetação que morre no inverno, e de Baco, deus da vinha, do vinho e do delírio místico. 

No mês de Dezembro, no período compreendido entre entre os dias 17 e 19; ou durante um período mais longo de 7 dias, entre os dias 17 a 23 os romanos celebravam a estação do solístico com o Festival da Saturnália, em honra de Saturno, o deus da agricultura. Nesses períodos o trabalho era suspenso gritando-se ‘’Io Saturnalia! Io Saturnalia!’’. Os cidadãos davam a si próprios um período de fruição “selvagem”. As regras invertiam-se: o jogo passava a actividade legal, os tribunais encerravam e ninguém era condenado criminalmente. Os escravos vestiam-se com as roupas dos seus senhores e eram servidos também pelos seus senhores. Era escolhido um falso rei para governar as festividades. Os banquetes festivos eram luxuosos: apresentavam petiscos como ovos de pavão com molho de pimenta. A troca de presentes era uma parte importante destas saturnais. Seguia-se nos mesmos moldes o Festival da Brumália fixado erradamente por Júlio César no dia 25 de Dezembro, alegadamente o dia mais pequeno do ano, designado ocasionalmente ‘’Dies Invicti Solis’’, tal como iremos ver de seguida.

Os seguidores de Mitra, um deus-sol persa cujo culto foi levado a Roma durante o período final do império tornou-se o principal rival do Cristianismo. Os seus seguidores eram essencialmente, legionários romanos. Na Bretanha existiria um templo em sua honra e os cultos a Mitra tinham lugar numa gruta ou cova perto de cursos de água. Apesar da sua origem persa, os elementos da Ásia Menor, da Mesopotâmia e Babilónia que foram sendo acrescentados posteriormente, retiraram-lhe o caracter iraniano original, mas não o seu fascínio. Segundo os trabalhos em torno das Mitologias de Maria Lamas, a mitologia mitríaca “conservou sempre as suas ideias essenciais: uma preocupação ardente de pureza moral, mantida graças a uma atitude de combate, como se cada crente fosse um ‘soldado da sua crença’; e a veneração da luz – ‘o único princípio invencível, absoluto’, que era o sol”. O seu culto relacionava-se com a celebração do sol - fecundador da terra, no dia 25 de Dezembro, designado de "Dies Invicti Solis " (aniversário do Sol Invicto). Acreditava-se de que o sol nascia do Solstício do Inverno, uma vez que a partir daí os dias começavam a crescer e com isso também a luz. 

O dia 25 de Dezembro também coincide com outras festividades como o dia em que o nascimento do deus-sol era celebrado pelos druidas celtas. No Egipto, o deus Osíris nasceu a 25 de Dezembro e morreu no equivalente ao nosso 15 de Novembro. Segundo a mitologia egípcia, renasceu após 40 dias e, assim, no dia 25 de Dezembro nasceu Hórus, deus solar, consubstancial ao seu pai.


Paleocristãos

A preocupação principal dos primeiros padres da igreja, foi reconhecer simultaneamente as superstições e os laços afectivos das populações com os rituais pagãos, dando-lhes um sentido e enquadramento cristãos. São Cipriano, um bispo de Cartago do século III, morto como mártir em 258, muito à frente dos primeiros cristãos, proferiu: "Quão maravilhosamente agiu a providência divina para que no dia em que o sol nasceu - Cristo nascesse também." Referia-se ao dia 25 de dezembro, quando os dias de inverno começavam a ser mais longos.

Em 313, o imperador romano Constantino, convertido ao cristianismo, emitiu o seu édito de tolerância, o édito de Milão, legalizando o cristianismo e com isso instituindo o cristianismo como religião de estado em todo o Império Romano. 

Nesta maré crescente o Papa Júlio declara em 350 o dia 25 de Dezembro como a festa da Natividade e os cristãos, para quem Cristo era o novo começo e a nova luz do mundo, começaram assim, a celebrar o seu nascimento numa tradição estacional derivada de várias culturas.

Até então, quase todos os meses do ano tinham sido, numa altura ou noutra, designados por estudiosos ​​como a data provável do nascimento de Jesus Cristo. Apesar da maioria dos estudiosos actuais acreditarem que Jesus de Nazaré nasceu no século IV a.c., a controvérsia sobre a data histórica, subsiste. Por razões práticas, a escolha do Papa Júlio foi sendo aceite. Excepção para a Igreja Oriental que resistiu séculos à nova data: no Egipto a partir do século V, em Jerusalém no século VI; na Arménia e Mesopotâmia, depois do século XIV; actualmente os monofisitas arménios mantêm o dia 6 de Janeiro como o dia do nascimento de Jesus Cristo.

No entanto, e ainda no século IV, os impulsos pagãos subsistiam. Em 392 Teodósio I proibiu o paganismo, alguns anos após a tentativa do imperador Juliano (o Apóstata), de tentar restabelecer o paganismo no império romano, acusando de heresia os adoradores pagãos, encerrando templos e proibindo os sacrifícios. 

Nestes primeiros tempos, a Igreja não olhava Cristo como um Deus desde o nascimento, mas como tornando-se num quando o espírito santo descia sobre ele durante o baptismo no rio Jordão. A esta comemoração chamava-se e chama-se “Epifania” – o momento em que Cristo aparece na glória de Deus. Nos primórdios do cristianismo a “Epifania”, a “Páscoa” e o “Pentecostes” representavam as três festividades principais da igreja.

É também no século III que emerge uma nova variante em que o Cristo é visto como um Deus desde o nascimento, sendo o seu pai também um Deus. Com esta nova visão, um novo dogma conquistou várias regiões, primeiramente em torno do mediterrâneo. Face a este facto o Papa Libério introduz uma mudança. No dia 6 de Janeiro de 354, celebrou, tal como no passado, a manifestação de Cristo na glória do Senhor, mas no mesmo ano celebrou um segundo aniversário de Cristo em Deus no dia 25 de Dezembro.


A Festa do Natal

A Festa do Natal ou da Natividade de Cristo, contém desde a sua origem o traço de ser uma criação romana, mantendo-se firme na base da cronologia romana, que com o tempo instituiu o Natal como o início do ano e não o momento das “Kalendae Januariae” - Calendas de Janeiro. A santidade nunca foi disputada até à reforma de 379 quando o novo costume da igreja romana se alarga a leste, começando em Constantinopla, na Capadócia em 382, em Antioquia em 388. 

Iniciaram-se esforços para criar uma ponte entre o Natal e a Epifania, proclamando como sendo sagrados os dias que os separavam. Isto foi ainda no século IV por Efrém da Síria, importante compositor de hinos e teólogo, e progressivamente transformou-se numa instituição canónica. 

Os cristãos continuavam a lutar contra velhos costumes, promovendo a significação cristã para ajudar a difundir a fé. Santo Agostinho, o maior teólogo do século IV, reforçava junto do seu povo: “Consideramos este dia sagrado, não como os pagãos por causa do nascimento do sol, mas por causa daquele que o fez”.

À medida que o império romano colapsava a maioria dos missionários cristãos que se mudavam para a Europa Central e Ocidental seguiam o conselho de Gregório, o Grande, que em 597, escreveu que os costumes pagãos não deviam ser abandonados repentinamente, mas sendo adaptados “ao louvor de Deus”.

No ano 742, Vinfrido, mais tarde São Bonifácio, Apóstolo dos Germanos, escreve ao Papa Zacarias, queixava-se de que nas vésperas das Calendas de Janeiro, havia procissões em que o povo cantava canções pouco cristãs, emergiam mesas da fortuna e um fogo das calendas, as mulheres usavam amuletos nos braços e pernas e vendiam a outras. O Papa não negava que isto também acontecia em Roma; mas declarou na sua resposta a Bonifácio que detestava esse costume e que todos os cristãos também deveriam detestar. No ano seguinte apresentou o assunto antes do Sínodo de Roma, que de imediato interditou estes usos e costumes nas Calendas de Janeiro. Esta interdição foi repetida vezes sem conta ao longo dos séculos seguintes sendo incorporadas pela igreja penitências cada vez mais graves.

Progressivamente a Igreja dos séculos seguintes assimilou muitos destes usos e costumes que se mantêm firmes até aos dias de hoje no calendário das festas do Natal.  

Desde o momento em que o Papa Júlio declarou em 350 o dia 25 de Dezembro como a festa da Natividade, que se celebra o nascimento de Jesus Cristo há 2024 anos em Belém da Nazaré. A controvérsia do dia permanece, fundamentalmente por não ser uma data evangélica, e muito menos por decorrer de um facto histórico, uma vez que não existem registos históricos e arqueológicos comprovativos deste facto.

Algumas teses concluem que tendo Cristo morrido a 25 de Março do ano 29 e sendo concebido 33 anos antes, o nascimento poderia ter coincidido com o dia 25 de Dezembro. Outras teses pressupunham 9 meses depois do dia 25 de março, dia da Anunciação a Maria, mas tal facto pressupunha que a Festa da Anunciação seria mais antiga do que a Festa do Natal, o que não é verdade. O facto de na antiguidade cristã a morte, essa sim, representar o verdadeiro nascimento para a vida eterna, complica ainda mais o processo de documentação em torno da verdadeira data do nascimento.

Contudo, sobre o nascimento em si, chegam-nos dos evangelhos dois relatos relacionados com a festa do Natal: o relato dos três magos guiados por uma estrela até à lapinha de belém; o relato dos pastores, os primeiros adoradores de Jesus. Permaneçamos então junto da tradição, celebrando no dia 25 de Dezembro o Deus feito menino, símbolo religioso e também cultural da luz que cega a escuridão do Inverno.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/porque-celebramos-o-natal-no-dia-25?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques

(A História do Natal Como Você Nunca Viu - Descubra a Verdade!)


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