25/12/23

Arte Literatura - Agustina Bessa-Luís, "Crónica de Natal", de 6 de Dezembro de 1978.



«Crónica de Natal

Todos os anos, por esta altura, quando me pedem que escreva alguma coisa sobre o Natal, reajo de mau modo. «Outra vez, uma história de Natal! Que chatice!» — digo. As pessoas ficam muito chocadas quando eu falo assim. Acham que abuso dos direitos que me são conferidos. Os meus direitos são falar bem, assim como para outros não falar mal. Uma vez, em Paris, um chauffeur de táxi, desses que se fazem castiços e dizem palavrões para corresponder à fama que têm, aborreceu-me tanto que lhe respondi com palavrões. Ditos em francês, a mim não me impressionavam, mas ele levou muito a mal e ficou amuado. Como se eu pisasse um terreno que não era o meu e cometesse um abuso. Ele era malcriado mas eu - eu era injusta. Cada situação tem a sua justiça própria, e isto é duma complexidade que o código civil não alcança.

Mas dizia eu: «Outra vez o Natal, e toda essa boa vontade de encomenda!» Ponho-me a percorrer as imagens que são de praxe, anjos trombeteiros, pastores com capotes de burel e meninos pobres do tempo da Revolução Industrial inglesa. Pobres e explorados, mas, entretanto, não excluídos do trato social através dos seus conflitos próprios, como se pode observar nos livros de Dickens. Actualmente as crianças estão mais isoladas dum processo de libertação adequada à sua normalidade. Não há qualquer lógica entre o pensamento que elas sugerem e a ação que lhes é imposta. Mas isto são considerações de Natal? Confessem que preferem uma história, uma coisa leve, talvez um pouco insensata e graciosa. Pois bem, falemos de pastores.

Um amigo meu passou uns dias na serra da Estrela para se curar duma depressão, uma dessas doenças que são produzidas pela sociedade burocrática onde todos se destroem em boa paz. Cuidou ele que a solidão e a vida rude o haviam de transformar. Mas o sofrimento, que não é disciplina nem necessidade, torna-se em crítica mesquinha. Ele andava pelos montes, com ar de censura e escândalo, perguntando às pessoas como podiam viver sem ir ao teatro e sem comer costelas panadas. Alumiando-se com azeite e deitando-se ao sol-pôr para não o gastar. Sobressaltava-o muito aquela imobilidade da serra com os rebanhos que pareciam pedras e os pastores com o cão de pêlo assanhado. Sentava-se ao lado deles e travava conversa.

— Olhe lá: você nunca sai daqui? — perguntava. E o pastor respondia:

— Eu, não senhor.

— E então, não se aborrece?

— Eu, não senhor — tornava o homem.

— Mas não se aborrece mesmo, sempre sozinho, a ver só ovelhas, aqui no cimo da serra? — insistia o meu amigo.

Então o pastor, apertado naquele inquérito, fez um esforço para compreender a desordem que provocava no espírito do homem da cidade, e disse, apontando, com um ligeiro movimento do queixo, as ovelhas:

— Ah! Elas às vezes bolem...

Queria desculpar-se, se o conseguiu ou não, não sei. O meu amigo não andou muito tempo por lá. Deu um jeito a um tornozelo e tiveram que o levar de padiola até à localidade, onde arranjou melhor transporte para o hospital. Disse daquilo cobras e lagartos. Também é preciso ver que não era homem para grandes descobertas. Até acha que as descobertas foram um erro histórico. Mas que tem o Natal a ver com isto? – direis. Descubram.

Agustina Bessa-Luís, in 'Crónica da Manhã, 06 Dez 1978'» in https://www.citador.pt/textos/cronica-de-natal-agustina-bessaluis


#amarante    #literatura    #agustinabessaluís    #crónicadenatal

História e Arqueologia - Os antigos citas, conhecidos pelo seu estilo de vida nómada e como terríveis guerreiros, são há muito tempo um objeto de fascínio histórico.



«Os ferozes citas afinal faziam mesmo couro com pele humana

Os antigos citas, conhecidos pelo seu estilo de vida nómada e como terríveis guerreiros, são há muito tempo um objeto de fascínio histórico.

Pesquisas recentes lançaram luz sobre um aspeto particularmente macabro da misteriosa cultura cita: a utilização de pele humana para a produção de couro.

Esta prática foi documentada pela primeira vez pelo historiador grego Heródoto, que descreveu os citas como um povo que usava as peles dos seus inimigos para criar vários objetos, incluindo aljavas para as suas flechas.

Um novo estudo, liderado por Luise Ørsted Brandt, investigadora da Universidade de Copenhaga, analisou retalhos de couro provenientes de locais de sepultamento citas no sul da Ucrânia.

O estudo examinou 45 retalhos de couro de 14 locais de sepultamento, empregando técnicas avançadas de análise de proteínas para identificar as espécies do couro.

Os resultados da pesquisa, publicados a semana passada na revista PLOS One, revelaram que a maior parte do couro usado era derivada de animais domesticados.

“Os nossos resultados mostram que os citas usavam primariamente espécies domesticadas, como ovelhas, cabras, gado e cavalos para produzir couro, enquanto as peles tinham origem em animais selvagens, como raposas, esquilos e felinos”, explica Luise Ørsted Brandt, citada pelo Science Alert.

No entanto, o couro de duas amostras de aljavas tinha origem humana — uma descoberta que corrobora os relatos de Heródoto, que anteriormente eram vistos com ceticismo.



A descoberta das duas aljavas de couro com origem em pele humana sugere que os citas usavam qualquer tipo de material que estivesse disponível — incluindo “matéria humana”, provavelmente proveniente de inimigos derrotados.

Os citas, temíveis guerreiros nómadas originários da região que é atualmente o Irão, governaram a estepe Euroasiática entre 700 a.C. a 300 a.C., sendo conhecidos pela quase total ausência de estruturas permanentes, como edifícios de pedra ou povoações, o que torna o seu registo arqueológico escasso.

No entanto, os seus túmulos funerários forneceram informações valiosas sobre a sua cultura e práticas. Heródoto, que viveu durante o século V a.C., dedicou um livro inteiro a documentar os citas, incluindo as suas práticas de decapitar inimigos e usar os seus couros cabeludos como símbolos de status.

Além das suas famigeradas práticas violentas, os citas foram também instrumentais nas trocas culturais entre a Europa e a Ásia, contribuindo para a transferência de línguas, bens, tecnologia, ideologias — e diversas doenças.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/os-ferozes-citas-afinal-faziam-mesmo-couro-de-pele-humana-573622


(Os Citas - Apenas Bárbaros das Estepes?)


#história    #arqueologia    #citas    #nómadas    #couro    #pelehumana

24/12/23

Arte Poesia - "Chove. É dia de Natal" - Poesia de Fernando Pessoa.



"Chove. É Dia de Natal


Chove. É dia de Natal.

Lá para o Norte é melhor:

Há a neve que faz mal,

E o frio que ainda é pior.


E toda a gente é contente

Porque é dia de o ficar.

Chove no Natal presente.

Antes isso que nevar.


Pois apesar de ser esse

O Natal da convenção,

Quando o corpo me arrefece

Tenho o frio e Natal não.


Deixo sentir a quem quadra

E o Natal a quem o fez,

Pois se escrevo ainda outra quadra

Fico gelado dos pés."


Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'


"Chove, é dia de Natal" - (Poesia de Fernando Pessoa)


Taça da Liga - Francisco Conceição e Mehdi Taremi assinaram os golos portistas na receção ao Leixões.



«A VITÓRIA QUE SE EXIGIA NO ADEUS À TAÇA DA LIGA 
23 DE DEZEMBRO DE 2023 22:31

Francisco Conceição e Mehdi Taremi assinaram os golos portistas na receção ao Leixões (2-1).

O FC Porto recebeu e bateu neste sábado o Leixões (2-1), no Estádio do Dragão, em jogo relativo à 3.ª e última jornada do Grupo D da Taça da Liga. Francisco Conceição (7m) e Mehdi Taremi (85m), de penálti, assinaram os golos dos azuis e brancos, que terminaram na segunda posição da tabela, com três pontos, menos três do que o Estoril.

Com nove alterações no onze em relação à equipa que iniciou o clássico com o Sporting, para o campeonato, o FC Porto entrou melhor e ganhou vantagem logo aos sete minutos num lance bem ao jeito de Francisco Conceição: descaído para o flanco direito, o extremo fletiu para o meio e rematou sem hipóteses para Stefanovic. Na resposta, o Leixões chegou ao empate por intermédio de Fabinho, que não perdoou no momento de bater o penálti resultante da falta de Marko Grujic sobre Paulité (14m).

Ainda antes de José Bessa apitar para o intervalo, Alhassan Wakaso viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho, deixando os matosinhenses em inferioridade numérica com toda uma segunda parte para jogar (41m). Mesmo com mais um homem em campo, os azuis e brancos sentiram dificuldades para contrariar a organização defensiva do Leixões, até que Sérgio Conceição foi ao banco buscar os obreiros do 2-1: Evanilson sofreu o penálti e Mehdi Taremi não vacilou na cobrança, estabelecendo o resultado final no Estádio do Dragão (85m).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231223-pt-a-vitoria-que-se-exigia-no-adeus-a-taca-da-liga


Resumo do jogo: https://www.fcportotv.com/app/watch/3800149457?play=true


#taçadaliga    #fcporto    #franciscoconceição    #medhitaremi    #vitória

23/12/23

F.C. do Porto Sub 17 Futebol: F.C. do Porto 5 vs Tondela 1 - A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e venceu neste sábado o Tondela, no Campo do Outeiro, em jogo da 17.ª jornada da série Norte do Campeonato Nacional de Juniores B



«MANHÃ 5 ESTRELAS PARA OS SUB-17 
23 DE DEZEMBRO DE 2023 15:17

FC Porto venceu o Tondela (5-1), no Outeiro, na 17.ª jornada da série Norte do Nacional de Juniores B.

A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e venceu neste sábado o Tondela (5-1), no Campo do Outeiro, em jogo da 17.ª jornada da série Norte do Campeonato Nacional de Juniores B. Vasco Sousa (2m), João Pereira (33m), Tiago Silva (55m), Alassana Baldé (66m) e João Abreu (86m) assinaram os golos dos Dragões, que seguem na segunda posição da tabela, com 42 pontos, menos sete do que o SC Braga.

Os Sub-17 portistas, orientados por Ricardo Costa, alinharam com Martim Pereira, Pedro Davide (Ivandro Silva, 76m), Filipe Sousa, Martim Chelmik, Martim Cunha, Gonçalo Pinto (João Abreu, 62m), Tiago Silva, Mateus Mide (Leonardo Santos, 62m), André Miranda (Alassana Baldé, ao intervalo), Vasco Sousa (Yoan Pereira, 85m) e João Pereira.

Na 18.ª jornada da série Norte do Campeonato Nacional de Juniores B, o FC Porto desloca-se a Guimarães para defrontar o Vitória SC (domingo, 7 de janeiro, 11h00).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231223-pt-manha-5-estrelas-para-os-sub-17


Resumo do jogo: https://www.fcportotv.com/app/watch/2510252384?play=true


#fcporto    #sub17    #vascosousa    #joãopereira    #tiagosilva    #alassanabaldé

#joãoabreu    #martimcunha    #vitória

F.C. do Porto Sub 15 Futebol: Barroselas 0 vs F.C. do Porto 8 - Dragões venceram o Barroselas, na 16.ª jornada da Série A do campeonato.



«SUB-15 APLICAM “CHAPA 8” EM VIANA DO CASTELO 
23 DE DEZEMBRO DE 2023 14:59

Dragões venceram o Barroselas, por 8-0, na 16.ª jornada da Série A do campeonato.

A equipa de Sub-15 do FC Porto venceu neste sábado em casa do Barroselas, por 8-0, em jogo da 16.ª jornada da Série A do Campeonato Nacional de Juniores C, com golos de Eduardo Martins (13m), João Tavares (27m e 75m), Martim Gonçalves (30m), Gustavo Guerra (47m e 50m), João Miranda (57m) e Sérgio Ribeiro (61m). Os Dragões são líderes isolados com 45 pontos, mais sete do que o SC Braga.

Os Sub-15 portistas, orientados por José Violante, alinharam com Martim Salgueiral, João Peixoto (Vasco Dinis, 48m), Rodrigo Morais, Daniel Gonçalves, Martim Gonçalves, António Neto, João Fernandes (João Brito, 60m), Eduardo Martins (João Felisberto, 53m), João Miranda (Sérgio Ribeiro, 60m), Gustavo Guerra (Gonçalo Pinto, 53m) e João Tavares.

Na 17.ª jornada da Série A do Campeonato Nacional de Juniores C, o FC Porto recebe o Famalicão no Campo do Outeiro (sábado, 6 de janeiro, 10h00).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231223-pt-sub-15-aplicam-chapa-8-em-viana-do-castelo


#fcporto    #sub15    #joãotavares    #gustavoguerra    #martimgonçalves

#joãomiranda    #sérgioribeiro    #eduardomartins    

F.C. Porto Basquetebol: F.C. do Porto 86 vs Lusitânia 73 -FC Porto venceu na receção ao Lusitânia e capitalizou a derrota do Sporting em Albufeira.



«REGRESSO ÀS VITÓRIAS DEIXA LIDERANÇA MAIS PERTO 
22 DE DEZEMBRO DE 2023 21:53

FC Porto venceu na receção ao Lusitânia (86-73) e capitalizou a derrota do Sporting em Albufeira.

O FC Porto recebeu e bateu nesta sexta-feira o Lusitânia (86-73), no Dragão Arena, em jogo referente à 11.ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol, regressando assim às vitórias na prova. Com este resultado, os azuis e brancos passam a somar 19 pontos, menos um do que o líder Sporting, que tem mais um encontro disputado.

O Lusitânia entrou com a eficácia no máximo e surpreendeu o Dragão Arena durante largos minutos, tendo inclusive vencido o primeiro período (23-18), mas o FC Porto reagiu no caminho para o intervalo e recolheu aos balneários em vantagem (45-40). A etapa complementar acentuou a diferença entre as duas equipas e confirmou o regresso dos azuis e brancos aos triunfos, no qual se destacaram Cleveland Melvin (30 pontos e 7 ressaltos), Anthony Barber (19 pontos e 7 assistências) e Charlon Kloof (18 pontos e 7 assistências).

“Este Lusitânia não é o mesmo de há duas semanas, está mais forte e sabíamos que vinha cá para tentar vencer. Tínhamos de estar concentrados desde o início, mas entrámos de forma demasiado relaxada. Fomos corrigindo as coisas com o desenrolar do jogo e só podemos estar satisfeitos por esta vitória, que era o mais importante. Estes jogos não se podem perder. Estamos bem na classificação e estamos otimistas. Aproveito para desejar um Feliz Natal e um próspero ano novo a todos os portistas”, afirmou o treinador Fernando Sá após a partida.

O FC Porto volta a entrar em campo no dia 5 de janeiro (sexta-feira), às 19h00 (FC Porto TV/Porto Canal), no Dragão Arena, frente ao CD Póvoa, em jogo a contar para a 12.ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol.


FICHA DE JOGO


FC PORTO-LUSITÂNIA, 86-73

Liga Portuguesa de Basquetebol, 11.ª jornada

22 de dezembro de 2023

Dragão Arena


Árbitros: Paulo Marques, Hugo Silva e António Pereira


FC PORTO: Anthony Barber (19), Charlon Kloof (18), Aaron Harrison (6), Cleveland Melvin (30) e Keven Gomes

Suplentes: João Guerreiro, Miguel Queiroz (6), Apolo Caetano, Tanner Omlid (2), Luís Silva e Nuno Sá (5)

Treinador: Fernando Sá


LUSITÂNIA: Hugo Ferreira (13), Rashad Perkins (16), Lual Rahama (21), Malik Bowman (2) e Tydus Verhoeven (5)

Suplentes: Keon Clergeot (10), Miguel Romão, Guilherme Rocha, Fernando Ferreira (6), Jaime Monjardino e Paulo Carreiro

Treinador: Nuno Barroso


Ao intervalo: 45-40

Parciais: 18-23; 27-17; 21-16; 20-17» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231222-pt-regresso-as-vitorias-deixa-lideranca-mais-perto


Resumo do jogo: https://www.fcportotv.com/app/watch/1371814698?play=true


#fcporto    #basquetebol    #clevelandmelvin    #anthonybarber    #charlonkloof

F.C. do Porto Natação - Disputou-se em Felgueiras o Campeonato Nacional de Clubes da 1.ª Divisão, no qual a natação do FC Porto alcançou um terceiro lugar no feminino e um quarto lugar no masculino.



«RESULTADOS POSITIVOS NO NACIONAL DE CLUBES 
22 DE DEZEMBRO DE 2023 21:11

Natação portista subiu ao pódio no feminino e ficou em quarto no masculino.

Disputou-se em Felgueiras o Campeonato Nacional de Clubes da 1.ª Divisão, no qual a natação do FC Porto alcançou um terceiro lugar no feminino e um quarto lugar no masculino.

A prova disputou-se em piscina de 25 metros e contou com a presença de 16 clubes em cada género. Mesmo sendo uma prova coletiva, Kevins Apseniece (200 metros mariposa) e Leonardo Schilling (50 metros mariposa e 50 metros livres) justificam destaque pelas respetivas vitórias a nível individual.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231222-pt-resultados-positivos-no-nacional-de-clubes


#fcporto    #natação    #felgueiras    #kevinsapseniece    #leonardoschilling

22/12/23

F.C. do Porto Sub 19 Futebol: Vitória de Guimarães 0 vs F.C. do Porto 2 - A equipa de Sub-19 do FC Porto venceu nesta sexta-feira em casa do Vitória de Guimarães, em jogo da 18.ª jornada da Zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A.



«SUB-19 REINAM EM GUIMARÃES 
22 DE DEZEMBRO DE 2023 17:24

FC Porto bateu a equipa da casa por 2-0 na 18.ª jornada do Nacional de Juniores A.

A equipa de Sub-19 do FC Porto venceu nesta sexta-feira em casa do Vitória de Guimarães, por 2-0, em jogo da 18.ª jornada da Zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A. João Teixeira (17m) e Alfa Baldé (51m) fizeram os golos dos Dragões, que são líderes isolados com 46 pontos, mais 10 do que o SC Braga.

Os Sub-19 portistas, orientados por Nuno Capucho, alinharam com Gonçalo Silva, Dinis Rodrigues, Erik Nascimento, Luís Gomes, Bernardo Ferreira, Mamadu Queta, João Teixeira (Vasco Santos, 61m), Gil Martins (Manuel Miranda, 78m), Alfa Baldé (Cardoso Varela, 61m), Tiago Andrade (Tiago Sousa, 78m) e Afonso Leite (João Pedra, 73m).

Na 19.ª jornada da Zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A, o FC Porto recebe o Gil Vicente no Estádio de Pedroso (sábado, 6 de janeiro, 15h00).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231222-pt-sub-19-reinam-em-guimaraes


#fcporto    #sub19    #zonanorte    #joãoteixeira    #alfabaldé    #vitória


F.C. do Porto Atletas Internacionais - O avançado do F.C. do Porto, Galeno, integra o melhor onze da fase de grupos da Liga dos Campeões.



«GALENO NO MELHOR ONZE DA FASE DE GRUPOS DA LIGA DOS CAMPEÕES 
21 DE DEZEMBRO DE 2023 17:28

O avançado brasileiro foi eleito o Jogador da Semana por duas vezes em seis jornadas.

Galeno integra o melhor onze da fase de grupos da Liga dos Campeões. O avançado brasileiro do FC Porto protagonizou uma excelente campanha individual e foi eleito o Jogador da Semana em duas jornadas, na 1.ª e na 6.ª. Em cinco jogos, o número 13 portista marcou quatro golos e fez três assistências.

Eis o melhor onze da fase de grupos da Liga dos Campeões: Gregor Kobel (Borussia Dortmund); João Cancelo (Barcelona), Mats Hummels (Borussia Dortmund) e Aihen Muñoz (Real Sociedad); Bukayo Saka (Arsenal), Phil Foden (Manchester City), Jude Bellingham (Real Madrid), Brais Méndez (Real Sociedad) e Galeno (FC Porto); Harry Kane (Bayern de Munique) e Gabriel Jesus (Arsenal).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231221-pt-galeno-no-melhor-onze-da-fase-de-grupos-da-liga-dos-campeoes


(Resumo | Shakhtar 1-3 FC Porto | Champions League 23/2)

#fcporto    #atletasinternacionais    #galeno    #ligadoscampeões    #melhoronze

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto 33 vs Avanca 24 - FC Porto recebeu e bateu nesta quinta-feira o Avanca, no Dragão Arena, em jogo relativo à 16.ª jornada do Andebol.



«A VITÓRIA ESPERADA NA DESPEDIDA DE 2023 
21 DE DEZEMBRO DE 2023 21:41

FC Porto superou o Avanca (33-24), no Dragão Arena, na 16.ª jornada do campeonato.

O FC Porto recebeu e bateu nesta quinta-feira o Avanca (33-24), no Dragão Arena, em jogo relativo à 16.ª jornada do Andebol. Após este resultado, os azuis e brancos passam a somar 45 pontos, tantos quanto o líder Sporting, que tem menos um encontro disputado.

Os minutos iniciais até criaram alguma expetativa no Dragão Arena, mas assim que o coletivo portista acertou a pontaria, a vitória construiu-se com naturalidade, até porque a vantagem era já de seis golos ao intervalo. A etapa complementar jogou-se em ritmo de cruzeiro e confirmou mais um triunfo portista na principal competição nacional. Antonio Martínez viveu uma noite particularmente inspirada e chegou aos 10 golos, cotando-se como o melhor marcador do jogo.

“Sabe sempre bem ganhar e ver que a equipa teve a responsabilidade de assumir a diferença perante um adversário que não luta pelos mesmos objetivos que nós. Temos de sair daqui satisfeitos por esta vitória. Durante esta paragem até fevereiro vamos manter uma parte considerável dos atletas e vamos aproveitar para recuperar uma ou outra lesão e para prepararmos o que aí vem, de forma a fazermos mais e melhor. Desejo um Feliz Natal a todos e uma excelente entrada em 2024. Que seja um ano cheio de felicidade, alegria e saúde”, afirmou Carlos Resende após o encontro.

O FC Porto volta a entrar em campo no dia 3 de fevereiro de 2024 (sábado), em horário a definir, frente ao Boa Hora ou ao Tavira, em jogo dos 16 avos de final da Taça de Portugal.


FICHA DE JOGO


FC PORTO-AVANCA, 33-24

Andebol 1, 16.ª jornada

21 de dezembro de 2023

Dragão Arena


Árbitros: Rita Machado e Soraia Feitais


FC PORTO: Nikola Mitrevski e Diogo Rêma (g.r.); Pedro Valdés (4), André Sousa (2), Jakob Mikkelsen (1), David Fernández (1), Diogo Oliveira (2), Rui Silva (1), Daymaro Salina, Ignacio Plaza (1), Mamadou Diocou (3), Diogo Branquinho (5), Antonio Martínez (10), António Areia (1), Nikolaj Læsø (1) e Pedro Oliveira (1)

Treinador: Carlos Resende


AVANCA: Bruno Lima e Gonçalo Oliveira (g.r.); Ciprian Popovici (1), André Pinho, Rúben Santos (4), Lourenço Santos (1), Edmilson Ribeiro (3), Rodrigo Campos, Gonçalo Silva (3), Hugo Costa (1), Fábio Silva (3), Diogo Coelho, Felippe Teixeira (1), André Lima (2), Xavier Barbosa (5) e Eduardo Oliveira

Treinador: Rafael Ribeiro


Ao intervalo: 18-12» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20231221-pt-a-vitoria-esperada-na-despedida-de-2023


Resumo do jogo: https://www.fcportotv.com/app/watch/4449549333?play=true


#fcporto    #andebol    #antoniomartínez    #diogobranquinho    #pedrovaldés

21/12/23

Solstício de Inverno - Com a chegada do solstício de inverno iniciamos oficialmente a estação mais fria do ano: datas e celebrações pelo mundo.



«Solstício de inverno marca a chegada da estação mais fria do ano

Com a chegada do solstício de inverno iniciamos oficialmente a estação mais fria do ano: datas e celebrações pelo mundo.

O solstício de inverno marca oficialmente a chegada da estação mais fria do ano: depois do outono, preparamo-nos para um período onde a temperatura baixa, podendo até chegar a nevar em alguns sítios. Mas quais são as características deste fenómeno astronómico, quando ocorrerá em 2023 e, sobretudo, como é celebrado em todo o mundo? Celebrado desde a Antiguidade, o solstício de inverno ocorre uma vez por ano, entre 21 e 22 de dezembro.

Este acontecimento astronómico não só marca o início do inverno, como também traz uma condição singular: é o dia mais curto do ano. Precisamente devido à posição da Terra em relação ao Sol, as horas de escuridão excedem largamente as horas de luz. Além disso, como muitas pessoas sabem, os solstícios são invertidos consoante o hemisfério em que se encontra: enquanto o hemisfério norte celebra o solstício de inverno, o hemisfério sul celebra o início do verão. Deixamos em seguida todas as informações úteis sobre este fenómeno fascinante.




O que é o solstício de inverno e quando é que cai em 2023?

Em termos astronómicos, o termo solstício de inverno refere-se ao momento em que o Sol, no seu movimento aparente ao longo da elítica, atinge o seu ponto de declinação mínima. Isto resulta numa condição singular: a do dia mais curto do ano, em que as horas de escuridão excedem as de iluminação solar.

No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre 21 e 22 de dezembro, ao passo que o solstício de verão no hemisfério sul ocorre no mesmo dia. Embora se trate de um fenómeno anual, existe uma explicação científica para a ausência de uma data fixa. No seu movimento de rotação em torno do Sol, a Terra não demora exatamente 365 dias, mas sim 365 dias e 6 horas. Com a adoção do calendário gregoriano em 1582, foi então decidido prever um ano bissexto de quatro em quatro: ao acrescentar um dia extra em fevereiro, as 24 horas extra acumuladas nos quatro anos anteriores são compensadas. Esta mesma razão explica o fato de o solstício de inverno não coincidir sempre com o mesmo dia.

Em 2023, o solstício de inverno está previsto para o dia 22 de dezembro, às 3h27 UTC (tempo universal coordenado). 


Não é Santa Lúcia o dia mais curto do ano?

Embora, em termos astronómicos, seja o solstício de inverno que representa o dia mais curto do ano, na tradição popular este acontecimento está associado a Santa Lúcia, a 13 de dezembro. Porquê?

A primeira razão é cultural: dada a cegueira de Santa Luzia e o seu papel de protetora da visão e da luz, a sua figura tem sido associada ao dia mais curto do ano desde a antiguidade. 

A segunda razão está relacionada com o já referido calendário gregoriano. Antes da sua introdução, devido à diferente forma de contar os dias do ano, o solstício de inverno ocorria por volta do dia 13 de dezembro. 




Mitos e lendas do solstício de inverno

Como foi referido no início, o solstício de inverno é celebrado desde a Antiguidade: as primeiras civilizações humanas, nomeadamente as pré-colombianas, tinham, de fato, desenvolvido capacidades bastante avançadas de observação dos astros. Assim, este fenómeno astronómico tornou-se simultaneamente um momento de festa e de recolhimento, uma vez que simbolizava a eterna luta entre a luz e as trevas, bem como o início de uma estação particularmente rigorosa e sem colheitas.


O solstício nas civilizações pré-colombianas

As primeiras civilizações preparadas para celebrar o solstício de inverno foram os Incas, como o comprovam várias construções que sobreviveram até aos nossos dias. Em Machu Picchu, por exemplo, ainda hoje existe o Torreão, uma pedra talhada precisamente para observações astronómicas, onde também se regista o solstício. Em Cusco, por outro lado, é possível observar os Mojones: torres que permitiam à população local calcular quando ocorriam os solstícios e equinócios.

Para os povos incas, o solstício representava a vitória da luz sobre as trevas: após o dia mais curto do ano, os dias começavam a alongar-se progressivamente até à primavera seguinte. Por conseguinte, eram organizadas celebrações públicas, com ofertas de flores e alimentos às divindades.


O solstício na Roma Antiga

Correspondendo ao solstício de inverno, a Roma Antiga celebrava as chamadas Saturnais: intensas celebrações dedicadas a Saturno. De 17 a 23 de dezembro, sensivelmente. eram organizados grandes banquetes, ricos em iguarias, onde não faltavam mesmo grandes quantidades de vinho.

Em particular, as saturnais eram também uma ocasião para oferecer presentes ao próximo e, sobretudo, para eliminar as dívidas das classes mais pobres e reduzir as penas por crimes menores.




De Stonehenge ao Norte da Europa: o solstício dos povos celtas

Quando se fala de solstícios e equinócios, não nos podemos esquecer de Stonehenge: o sítio arqueológico britânico, com mais de 5000 anos, era de fato um ponto de observação privilegiado para este fenómeno astrológico. A disposição dos monólitos garantia um alinhamento perfeito dos raios solares, proporcionando assim um espetáculo único.

Foram, no entanto, os povos celtas e nórdicos que fizeram do solstício de inverno um dos fenómenos mais sentidos. Para estas civilizações, a chegada do inverno causava uma certa preocupação: as temperaturas extremamente baixas do Norte da Europa tornavam a vida difícil, bem como a dificuldade de aquecer as casas e de aproveitar os dons da terra. Assim, as celebrações assumiam um caráter escaramuçador, uma espécie de desafio contra o frio e a escuridão. Por exemplo, grandes pilhas de lenha eram incendiadas, com fogueiras que chegavam a ter dezenas de metros de altura, para sublinhar sempre a vitória da luz sobre as trevas.


Como é celebrado o solstício de inverno em todo o mundo

Ainda hoje, a chegada da estação mais fria do ano é celebrada com festas únicas em todo o mundo. E embora já não existam medos particulares relacionados com o frio ou a escuridão, estes rituais estão fortemente enraizados na cultura popular, em tradições que remontam a milhares de anos. Mas como é que o solstício de inverno é celebrado em todo o mundo?


O encontro fixo em Stonehenge

O já referido Stonehenge continua a ser um destino para os entusiastas e curiosos, por ocasião dos solstícios e equinócios. Dezenas de pessoas chegam ao sítio arqueológico, património da UNESCO, ao amanhecer, para observar o reflexo dos raios solares na superfície dos grandes monólitos de pedra presentes.

No entanto, o acesso é muitas vezes regulamentado e limitado, pelo que é necessário organizar-se com antecedência se quiser viver esta experiência. Recentemente foram introduzidas mais restrições devido à recente pandemia de Covid.




Espiritualidade e bem-estar no Japão

O solstício de inverno é uma data imperdível no Japão, onde se chama Toji. O fenómeno astronómico está, de fato, ligado à saúde, ao equilíbrio e ao cuidado de si próprio, dada a chegada de dias progressivamente mais longos.

Entre as várias tradições, destaca-se, em primeiro lugar, o costume de tomar banho com yuzu, o citrino de inverno. Estes frutos são, de facto, ricos em propriedades curativas para a pele e, além disso, se consumidos, podem ajudar a combater as doenças sazonais. Além disso, consome-se kabocha, uma abóbora de inverno que dá muita energia ao corpo.


Abundância e prosperidade na China

Na China, o solstício de inverno é celebrado há vários milénios como um momento de reunião e de partilha, para consumir em conjunto as colheitas do último outono e esperar que a estação fria não seja demasiado rigorosa.

A festa de Dongzhi  é única. Celebrada de 21 a 23 de dezembro, envolve todas as famílias locais na celebração da chegada de dias mais longos. Espectáculos de fogo de artifício, festividades de rua e banquetes tradicionais completam esta festa, que atrai muitos entusiastas de todos os cantos do país.


A festa de Yule na Escandinávia

Em muitos locais dos países escandinavos, a festa de Yule, o "festival do solstício de inverno", ainda hoje é celebrada. As tradições celtas são retomadas, invocando o deus Thor, para lhe agradecer o regresso de dias progressivamente mais longos.

Algumas famílias acendem um grande tronco de madeira, cujos restos alimentam as fogueiras domésticas durante muitos meses, praticamente até à chegada da primavera. As cinzas, por outro lado, são utilizadas para fertilizar os campos e esperar uma colheita particularmente abundante.


Yalda no Irão, celebração do renascimento 

No Irão, o solstício de inverno é também particularmente sentido, de tal modo que a festa de Yalda é celebrada em quase todo o lado a 21 de dezembro. Também chamada "noite do renascimento", nesta ocasião os amigos e os familiares reúnem-se para comer ricos banquetes e passar tempo de qualidade em conjunto.

Tal como noutros locais, o regresso dos dias mais longos é celebrado durante estas festas, também com cânticos e momentos de recolhimento espiritual, como desejo de prosperidade e saúde para os próximos meses.


Um labirinto de luzes no Canadá

Finalmente, há já algum tempo que o Canadá celebra um acontecimento singular por ocasião do solstício de inverno. Com o Festival das Lanternas do Solstício, alguns locais da cidade de Vancouver são transformados em verdadeiros labirintos de luz.

Os caminhos são feitos com velas e os presentes são convidados a entrar no labirinto, a deixar lá dentro os seus pensamentos mais sombrios, encontrando assim o caminho para a felicidade. Atualmente, as celebrações estendem-se por várias semanas, desde o final de novembro até praticamente ao Natal, e existem inúmeros eventos paralelos associados ao festival.» in https://www.idealista.pt/news/ferias/turismo/2023/12/20/60765-solsticio-de-inverno-o-que-e-e-onde-e-celebrado


(O que é Solstício de Inverno? Vem!)

Ellivê - "Solstício de inverno" - (Clipe Oficial)


#tempo    
#mundo    

Amarante Travanca - O mosteiro de Travanca confunde inicialmente, com a sua característica torre de traços góticos mesmo colada à igreja.



«Mosteiro de Travanca

No concelho de Amarante, um edifício parece um castelo e, afinal, servia para adoração e silêncio religiosos. O mosteiro de Travanca confunde inicialmente, com a sua característica torre de traços góticos mesmo colada à igreja. Aliás, confunde duplamente, porque nem sequer combina com o restante traço românico de todo o complexo. A torre foi construída no século XVI, embora com um propósito puramente simbólico, mas a igreja, com dedicação ao Divino Salvador, da qual resta a maior parte da planta original, data do século XI, com alguns acrescentos a prolongarem-se até ao século XIII.

É uma construção que impressiona pela sua dimensão, o que dá uma ideia da implantação e poder das ordens religiosas na zona do Sousa durante a Idade Média. Neste caso, da Ordem Beneditina. Construído sob o beneplácito da linhagem dos Gascos, à qual pertenceu Egas Moniz, famoso aio de Dom Afonso Henriques, era em tempos medievais um dos principais mosteiros masculinos da zona Entre-Douro-e-Minho.(Fotografia de Manuel V. Botelho)» in https://www.nationalgeographic.pt/viagens/mosteiros-visitar-neste-natal-portugal_4547


(Mosteiro de Travanca | PORTUGAL)


#amarante    #travanca    #mosteirodetravanca    #igrejaromânicadetravanca

#rotadoromânicodotêmegaesousa

20/12/23

Ambiente e Ecologia - O ecologista que inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas, Thomas Crowther, apelou aos ministros do ambiente presentes na COP28, no Dubai, que reduzam o plantio excessivo de árvores.



«Parem de plantar árvores (diz o ecologista que inspirou o mundo a plantar um bilião delas)

O ecologista que inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas, apelou aos ministros do ambiente presentes na COP28, no Dubai,  que reduzam o plantio excessivo de árvores.

Na sua intervenção na COP28, Thomas Crowther salientou que as grandes plantações de árvores exageram frequentemente as suas capacidades de redução de carbono, prejudicam a biodiversidade e são usadas para compensar emissões sem cortes reais nas mesmas.

Um estudo conduzido por Crowther em 2019, na ETH Zurique, sugeriu que a Terra deveria ter mais 1,2 biliões de árvores — que iriam absorver emissões significativas de carbono.

O estudo inspirou a campanha Trillion Trees das Nações Unidas e desencadeou iniciativas de plantação de árvores em todo o mundo.

No entanto, estas iniciativas foram muitas vezes usadas por empresas e líderes mundiais como a Shell e Donald Trump para fazer greenwashing — políticas enganosas de relações públicas que promovem iniciativas falsamente amigas do ambiente, evitando assim reais reduções das emissões de carbono.

Na altura, Crowther enfrentou críticas de cientistas que argumentaram que o seu estudo sobrestimava a quantidade de solo necessário para a restauração das florestas e o potencial de absorção de carbono.

Em resposta a estas críticas, o ecologista alterou agora a sua posição, sublinhando que preservar as florestas existentes poderá ter um impacto maior do que plantar novas.

No seu artigo mais recente, que apresentou na COP28, o ecologista tenta contrariar o efeito de greenwashing que o seu trabalho anterior inadvertidamente apoiou, defendendo um investimento responsável na natureza, com ênfase no apoio às comunidades indígenas e na gestão sustentável da terra.

O estudo mais recente de Crowther, publicado em novembro na Nature e coautorado por mais de 200 cientistas, foca-se nos benefícios de preservar as florestas intactas e permitir que as existentes amadureçam, absorvendo assim quantidades substanciais de carbono.

Os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, anunciaram durante a cimeira planos para plantar 100 milhões de árvores até 2030, ao mesmo tempo que o país aumenta a produção de petróleo — um acto claro de greenwashing, diz Kate Dooley, investigadora da Universidade de Melbourne, citada pela Wired.

A COP28 trouxe progressos (discutíveis) no reconhecimento da importância de reverter a perda de florestas e no aumento do apoio a tais iniciativas.

Contudo, o desafio do greenwashing persiste, como é exemplificado pelas ações contraditórias da Noruega, que financia a conservação da Amazónia e ao mesmo tempo aprova novos projetos de exploração dos seus enormes depósitos de petróleo e gás.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/parem-de-plantar-arvores-diz-o-ecologista-que-inspirou-o-mundo-a-plantar-um-biliao-de-arvores-572507


(What is greenwashing? - BBC News)

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História Paleoantropologia - No Lagar Velho, no vale do Lapedo, a cerca de 150 km de Lisboa, foi descoberto em 1998 o esqueleto conhecido como Menino do Lapedo - o esqueleto português que sugere que neandertais e humanos se cruzaram.



«25 anos depois, o “Menino do Lapedo” vai ou não ser mostrado ao público?

Vinte e cinco anos depois da sua descoberta, o esqueleto do “Menino do Lapedo”, a criança neandertal portuguesa descoberta em 1998, permanece depositado no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa — e está por decidir se algum dia será exposto ao público.

No Lagar Velho, no vale do Lapedo, a cerca de 150 km de Lisboa, foi descoberto em 1998 o esqueleto conhecido como Menino do Lapedo - o esqueleto português que sugere que neandertais e humanos se cruzaram.

Com cerca de 4 anos, a criança foi enterrada neste local há cerca de 29 mil anos.

Na altura da descoberta, algo diferente no seu corpo chamou a atenção dos arqueólogos que começaram a escavar o sítio arqueológico.

“Havia algo estranho na anatomia da criança. Quando encontramos a mandíbula, sabíamos que seria um humano moderno, mas quando expusemos o esqueleto completo […] vimos que tinha as proporções corporais de um Neandertal”, explica João Zilhão, arqueólogo e líder da equipa que trabalhou na descoberta.

“A única coisa que poderia explicar essa combinação de características é que a criança era, de facto, evidência de que os neandertais e os humanos modernos se cruzaram”.

Mas a teoria do cientista português provocou então uma revolução nos estudos evolutivos, e imortalizou o Menino de Lapedo — que está depositado, desde então, nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia (MNA).

Agora, no âmbito das comemorações dos 25 anos da descoberta, o MNA organizou uma visita ao esqueleto.

O MNA está encerrado ao público há mais de um ano, para remodelação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas algumas das obras e coleções, como o esqueleto do “Menino do Lapedo”, e laboratórios estão depositados em oito contentores climatizados, numa área ao ar livre do edifício.

Na visita conduzida pelo diretor do MNA, António Carvalho, foi possível ver as caixas onde estão colocadas as dezenas de fragmentos e ossos da “Criança do Lapedo”, com cerca de 29.000 anos, classificados como tesouro nacional.

A descoberta marcou a paleoantropologia internacional, por se tratar do primeiro enterramento Paleolítico escavado na Península Ibérica e porque a criança apresenta traços de ‘Neandertal’ e de ‘homo sapiens‘.

Questionado pela Lusa, António Carvalho disse que ainda está a ser debatido, e não há uma decisão tomada, sobre o futuro deste achado arqueológico: se permanecerá nas reservas do museu nacional, se poderá integrar a exposição permanente quando reabrir, ou se regressará ao sítio arqueológico, classificado como monumento nacional.

“No quadro da intervenção do museu certamente que esta questão e outras vão ser debatidas, porque é normal. Um museu que depois se oferece com todas as condições de conservação e de alguma projeção das suas reservas que vá ser objeto de reflexão, se se vão juntar determinados bens arqueológicos”, disse.

“Até para respeitar um princípio legal que é a da não-dispersão dos bens arqueológicos. Vamos ver”, detalhou António Carvalho.

Presente na visita, a antropóloga Cidália Duarte, que em 1998 fez parte da equipa de escavações, e que atualmente ainda trabalha no projeto de conservação, falou na “enorme responsabilidade” em lidar com este tesouro nacional.

“É uma descoberta tão importante que é uma responsabilidade que recai em cima de nós se isto se deteriora por alguma ação que queiramos fazer. Já o imaginei exposto de várias maneiras, mas eu tenho receio, todos nós temos de tratar dessa memória para o futuro”, acrescentou a antropóloga.

A antropóloga recordou que o esqueleto só esteve uma vez exposto ao público, numa exposição temporária, na Alemanha, no âmbito da exposição de 2011 que assinalou os 150 anos da descoberta do Homem de Neandertal nesse país.

A visita realizada esta quinta-feira é uma das várias iniciativas que assinalam os 25 anos da descoberta do Menino do Lapedo — agora também conhecido como a “Criança do Lapedo”.

O programa prolongar-se-á até ao final de 2024 e “inclui conferências, conversas, mesas-redondas, exposições, residências artísticas, publicações, em vários formatos, percursos pedestres e atividades performativas e educativas, de distintas naturezas”, anunciou a Câmara de Leiria.» in https://zap.aeiou.pt/25-anos-depois-o-menino-do-lapedo-vai-ou-nao-ser-mostrado-ao-publico-572678


(Contigo a história é outra: Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho)


(Uma história com 29 000 anos: recriação imaginada do enterramento do Menino do Lapedo)

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