(Amarante Rebordelo, casas típicas...)
28/07/17
Política de Saúde - O cantor Rui Reininho confessou hoje que várias vezes pensou em acabar com a vida durante os “violentíssimos” tratamentos que efetuou contra a hepatite C, enaltecendo a terapia atual que, sem sofrimento, destruiu o vírus.
«Rui Reininho pensou em suicídio devido à violência dos antigos tratamentos contra a hepatite C
O cantor Rui Reininho confessou hoje que várias vezes pensou em acabar com a vida durante os “violentíssimos” tratamentos que efetuou contra a hepatite C, enaltecendo a terapia atual que, sem sofrimento, destruiu o vírus.
Rui Reininho falava na cerimónia de apresentação do relatório sobre as hepatites virais em 2016 e início de 2017, durante a qual partilhou o sofrimento que passou nos tratamentos sucessivos que realizou desde que, em 1990, soube que estava infetado pelo vírus da hepatite C.
“Fui tentando tratamentos sucessivos desde 1990. Eram tratamentos violentíssimos”, disse o cantor, confessando que o desânimo era tal que várias vezes pensou em “acabar com a vida”.
Apesar da luta que travou contra a hepatite C, Reininho continuou a cantar e a reunir milhares de fãs nos seus espetáculos, levando alguns amigos a questionarem-se como o conseguia fazer, passando por tratamentos tão violentos.
Na altura, “as hipóteses de cura eram muito reduzidas”, afirmou, alertando para o estigma que rodeava a infeção.
“Como se diz na minha terra, não se apanha isto por ir à missa”, ironizou, lembrando que muitas vezes se tenta responsabilizar o doente com os comportamentos que teve.
“Há culpa própria, mas também há muitas regras que levam a isso”, disse.
Rui Reininho soube dos medicamentos inovadores, que chegaram a Portugal em 2014, embora ainda não estivessem acessíveis aos doentes, exceto mediante uma autorização especial, e foi nessa altura que pensou em emigrar para os obter mais baratos.
“No Egipto o tratamento ficava por 700 dólares”, disse, quando em Portugal o preço por tratamento começou por custar ao Estado 50 mil euros.
Esperou dois anos e assim que, mediante acordo entre o governo e os laboratórios, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) passou a disponibilizar o tratamento a todos os doentes, Rui Reininho recebeu o fármaco.
“Ao fim de um mês negativei. Já tinha negativado várias vezes, mas o vírus voltava sempre”, disse.
Ao fim de uma luta de 26 anos, Rui Reininho diz, a propósito da disponibilização destes tratamentos a todos os doentes, ter “orgulho” do país onde vive.
Dados oficiais indicam que foram já iniciados 11.792 tratamentos contra a hepatite C.
Dos 6.880 doentes que já concluíram tratamento, 6.639 estão curados, o que representa uma taxa de sucesso superior a 96%.
Estes tratamentos evitaram ainda 339 transplantes hepáticos, 1.951 carcinomas hepatocelulares e 5.417 casos de cirrose.
No Dia Mundial das Hepatites, os dados hoje revelados indicam que, em Portugal se estima que 0,4 a 1% da população seja portadora de hepatite B. Quanto à hepatite C, mais de 17 mil pessoas estão assinaladas como vivendo com a infeção crónica.
No que respeita à hepatite A, o relatório dá conta de 378 casos de janeiro até 30 de junho. A Direção-geral de Saúde divulgou na quinta-feira novos dados que apontam para 402 casos confirmados da infeção.
Em 2015, as hepatites virais causaram 139 mortos.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/rui-reininho-pensou-em-suicidio-devido-a-violencia-dos-antigos-tratamentos-contra-a-hepatite-c
GNR - "Dançar Sós" - (ft. Rita Redshoes)
"Dançar Sós
GNR
Enlaçar-te nesta melodia
Abraçar um balde de água fria
E morrer sem companhia
Enganar-me na casa de banho
Perguntar as horas a um estranho
E o medo de ficar para tia
Habitualmente dança-se só
Como viver, como morrer
Viver como mais gente
Ao som da chuva moderada
Dançar com a minha namorada
Enquanto eu vou fugir para a estrada
Ficar a ouvir a trovoada
Mover-me sem companhia
o medo de ficar para tia
No meio de perder um amigo
Saber se ligo ou não ligo
Habitualmente dançamos sós
Dança-se e fica-se só
Frequentemente vivemos a sós
Contigo, sem ti, mas comigo
Habitualmente
Habitualmente dançamos sós
Vive-se e fica-se só
Frequentemente vivemos tão sós
Dança e não só, Dança e não só
Dançamos nós"
Amarante Empreendedorismo - O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, não tem dúvidas de que o "Tâmega e Sousa é por natureza uma região empreendedora", como provam "as várias fileiras industriais nas quais a região é líder".
«Tâmega e Sousa Empreendedor
Dinâmica necessita de sofisticação
José Luís Gaspar, autarca de Amarante, acredita que o impacto do empreendedorismo será gerado no futuro.
O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, não tem dúvidas de que o "Tâmega e Sousa é por natureza uma região empreendedora", como provam "as várias fileiras industriais nas quais a região é líder". Ambicioso, o autarca pretende que a "aposta da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS) no empreendedorismo" seja reforçada para que "esta dinâmica se torne mais sofisticada". "Sendo uma aposta relativamente recente, o impacto pretendido [do empreendedorismo] será gerado sobretudo no futuro. No presente, conseguimos já vislumbrar vários indícios positivos, mas o mérito é sobretudo dos empreendedores", reforça quem garante que também as empresas de metalomecânica, fundamentais na economia amarantina, usufruem de um contexto que potencia a inovação.
Ao JN, José Luís Gaspar defende que iniciativas como a Rede de Apoio à Atividade Económica, lançada pela CIM-TS há dois anos, são de igual modo benéficas para quem procura o sucesso. "A experiência de 2015 permitiu, desde logo, a possibilidade de refletir sobre o que correu melhor e o que correu menos bem, no sentido de se trabalhar para que a Rede seja crescentemente uma mais-valia, gerando valor para empreendedores e investidores interessados no Tâmega e Sousa", assume.
O edil de Amarante frisa, ainda, que "os apoios à inovação no âmbito do Portugal 2020 são um instrumento muitíssimo importante para o setor empresarial". "A região tem visto muitas candidaturas de empresas aprovadas nos respetivos programas, mas acredito que é ainda possível crescer no aproveitamento global. Devemos conseguir que a informação chegue ainda mais aos empresários", refere.
Por outro lado, José Luís Gaspar sustenta que o prémio Tâmega e Sousa Empreendedor, cuja segunda edição foi agora lançada, "representa, sobretudo, uma oportunidade para colocar toda a região a falar sobre inovação no setor empresarial". "Tendo em consideração que a taxa de sucesso da atividade empreendedora é, por natureza, baixa, num concurso deste tipo, importa mais a qualidade dos projetos candidatados do que propriamente a quantidade. Creio que se assistirmos a um aumento da qualidade das candidaturas e a partir daí conseguirmos construir uma comunidade empreendedora do Tâmega e Sousa mais viva e coesa, então julgo que estarão alcançados os objetivos primordiais", declara.» in http://www.jn.pt/local/dossiers/tamega-e-sousa-empreendedor/interior/dinamica-necessita-de-sofisticacao-8665396.html
27/07/17
F.C. do Porto Jogo de Preparação - O FC Porto venceu esta quinta-feira o Portimonense, por 5-1, em jogo de preparação disputado no Estádio do Algarve.
«UMA MÃO-CHEIA DE ESPERANÇA
FC Porto continua a deixar boas indicações e goleou o Portimonense no Estádio do Algarve (5-1).
O FC Porto venceu esta quinta-feira o Portimonense, por 5-1, em jogo de preparação disputado no Estádio do Algarve. Soares (8m), Aboubakar (11m), Brahimi (22m e 72m) e Hernâni (85m) foram os marcadores de serviço no triunfo dos Dragões, que voltam a entrar em campo no domingo, frente ao Deportivo da Corunha. O jogo de apresentação aos sócios e adeptos arranca às 19h30, no Estádio do Dragão, e tem transmissão em direto no Porto Canal.
Os instantes iniciais do duelo com o Portimonense tiveram muito que se lhe diga. Logo aos quatro minutos, Aboubakar abriu o ativo e viu o golo ser-lhe anulado por um fora-de-jogo que, na realidade, não existiu, mas isso não retirou fulgor à entrada autoritária do FC Porto. Sempre num ritmo alto e com muita intensidade, os portistas ganharam mesmo vantagem aos oito minutos, quando Soares, num excelente golpe de cabeça, deu o seguimento perfeito ao cruzamento de Corona. Em abono da verdade, o brasileiro estava adiantado aquando do passe do mexicano, pelo que o assistente voltou a errar.
Não querendo ficar atrás do parceiro na frente de ataque, Aboubakar assinou o 2-0, também de cabeça, após cruzamento teleguiado de Alex Telles. O fluxo ofensivo do FC Porto não cessava e também Brahimi colocou o seu nome na lista dos marcadores, trocando as voltas ao guarda-redes Ricardo Ferreira depois de ser servido de bandeja por Soares (22m). Mesmo perante uma entrada fortíssima do FC Porto, o Portimonense foi-se libertando com o passar dos minutos e chegou mais vezes junto da baliza à guarda de Casillas. Numa dessas investidas, Ewerton reduziu para o Portimonense e estabeleceu o 3-1 registado ao intervalo.
A segunda parte não foi muito diferente da primeira e os Dragões mantiveram uma postura autoritária, sempre assente numa pressão alta, sem a bola, e em constantes movimentos na posse da mesma. O FC Porto de Sérgio Conceição começa decididamente a demonstrar uma identidade muito própria e junta a isso um apetite quase insaciável pela baliza contrária. André André abriu caminho ao bis de Brahimi (72m) e Hernâni, lançado por Herrera nas costas da defesa algarvia, fechou a goleada frente ao Portimonense (85m). Os números são claros e expressam a superioridade de uma equipa que é cada vez mais isso mesmo, uma equipa.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/uma-mao-cheia-de-esperanca-7-27-2017.aspx
Portimonense-FC Porto, 1-5 (27/07/17)
Amarante Aboim - Um espigueiro do passado, em muito bom estado, na linda freguesia de Aboim em Amarante.
(Amarante Aboim, espigueiro tradicional)
Mundo Pessoas - Jeff Bezos, fundador da Amazon, é, desde esta quinta-feira, o mais rico do mundo com uma fortuna estimada em 90,5 mil milhões de dólares, um pouco acima do anterior ocupante desta posição, Bill Gates, que detém uma generosa quantia de 90,1 mil milhões de dólares na sua conta bancária.
«É oficial: Bill Gates já não é o mais rico do mundo. Sabe quem o destronou?
José Carlos Lourinho
Tem 53 anos e tornou-se hoje o mais rico do mundo. É norte-americano e, tal como Bill Gates, fundou um gigante tecnológico. Só esta semana, 'engordou' a sua conta bancária em 3 mil milhões de dólares.
Jeff Bezos, fundador da Amazon, é, desde esta quinta-feira, o mais rico do mundo com uma fortuna estimada em 90,5 mil milhões de dólares, um pouco acima do anterior ocupante desta posição, Bill Gates, que detém uma generosa quantia de 90,1 mil milhões de dólares na sua conta bancária.
Uma coisa é certa: Seattle continua a ser a cidade onde residem os dois homens mais ricos do mundo: Jeff Bezos e Bill Gates.
A fortuna do norte-americano Jeff Bezos tem seguido o mesmo ritmo da impressionante avaliação da Amazon. Só esta semana, Bezos ficou 3 mil milhões de dólares mais ricos graças à incrível valorização da Amazon e desde o início do ano, o seu património teve um crescimento fora do comum: cresceu quase 25 mil milhões de dólares.
Bezos: o empresário que só se arrepende daquilo que não faz
No passado mês de junho, a Amazon anunciou a compra da Whole Foods e nessa altura, o Business Insider (BI) recorreu a uma entrevista em que Bezos explica o conceito de “minimização do arrependimento”, ou como se diz em bom português: “Só me arrependo daquilo que não faço”.
“Imagino a minha vida quando tiver 80 anos e penso: ‘Ok, estou olhando para trás na minha vida. Quero minimizar o número de arrependimentos que tenho’. E eu sei que quando tiver 80 anos não me vou arrepender de ter tentado seja o que for. Não me arrependi de tentar participar nessa coisa chamada Internet. Eu sabia que se eu falhasse, não me arrependeria disso”, diz o CEO na entrevista, acrescentado que “única coisa que eu poderia arrepender-me seria nunca ter experimentado. Eu sabia que isso me iria perseguir todos os dias”.
Bezos já teve alguns fracassos enquanto CEO da Amazon. Segundo o BI, Jeff acredita que uma pessoa falha “nove em cada dez, mas de vez em quando há um home run, e em negócios, um único home run corresponde na verdade a mil.”» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/e-oficial-bill-gates-ja-nao-e-o-mais-rico-do-mundo-sabe-quem-o-destronou-191495
(Histórias de Empreendedores - Jeff Bezos y Amazon)
Ciência e Tecnologia - Uma equipa que envolve especialistas do Porto, de Lisboa e de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia para ser aplicada na superfície de pavimentos rodoviários, que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica.
«Desenvolvida tecnologia para pavimentos que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica
Uma equipa que envolve especialistas do Porto, de Lisboa e de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia para ser aplicada na superfície de pavimentos rodoviários, que permite extrair energia cinética aos veículos e transformá-la em energia elétrica.
Esta tecnologia possibilita igualmente a redução da velocidade de circulação, sem qualquer ação dos condutores e sem induzir impacto nos veículos, aumentando assim a segurança rodoviária, indicou à Lusa Francisco Duarte, um dos responsáveis pela tecnologia Pavnext.
A energia cinética captada pela tecnologia é convertida em energia elétrica e pode ser utilizada na iluminação da via pública, em passadeiras, sensores e semáforos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e para promover a eficiência energética no espaço público.
Adicionalmente, gera dados de tráfego e velocidade, em tempo real, assim como de energia gerada e consumida, que são enviados para a 'cloud' (nuvem) e utilizados para criar relatórios e para otimizar os consumos energéticos, explicou Francisco Duarte.
Segundo indicou, os equipamentos Pavnext podem ser aplicados em zonas de desaceleração, como na aproximação a passadeiras e praças de portagem, rotundas, cruzamentos de paragem obrigatória e saídas de autoestradas, entre outros.
"Ao gerar energia elétrica, os equipamentos elétricos do local podem também ser alimentados por essa energia, reduzindo ou eliminando o consumo de energia elétrica da rede, bem como os custos operacionais", acrescentou.
A equipa já criou e testou um protótipo inicial, que permitiu validar o conceito em ambiente privado, estando a desenvolver, neste momento, uma instalação piloto que será aplicada no decorrer do segundo semestre de 2017, de modo a validar a tecnologia em ambiente real.
De acordo com Francisco Duarte, a tecnologia tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, desde que iniciou o doutoramento em Sistemas de Transportes no programa MIT-Portugal, na Universidade de Coimbra.
Este projeto conta ainda com o apoio da Universidade de Coimbra (UC), do programa MIT-Portugal, da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), do Instituto Pedro Nunes (Coimbra), do Automóvel Clube de Portugal, da Vodafone Portugal, da Ericsson e do Climate-KIC.
A equipa foi uma das três selecionadas para representar Portugal na final europeia do Climate LaunchPad, uma iniciativa da União Europeia que, em Portugal, é coordenada pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) e pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI).
A final internacional do ClimateLaunchpad, programa que apoia ideias inovadoras com vista à redução do impacto ambiental, em mais de 35 países, ocorrerá no Chipre, entre 17 e 18 de outubro.
Para além desta conquista, o projeto recebeu o Prémio Inovação de Segurança Rodoviária, em 2016, promovido pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP) e pela BP Portugal, tendo também vencido, em julho deste ano, o concurso BIG Smart Cities 2017.» in http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/desenvolvida-tecnologia-para-pavimentos-que-permite-extrair-energia-cinetica-aos-veiculos-e-transforma-la-em-energia-eletrica
26/07/17
Amarante Telões - Mais uma casa lindíssima e que marca uma época arquitetónica, em Amarante, Telões.
(Casa lindíssima de Amarante Telões...)
F.C. do Porto Jogo de Preparação - Os Dragões fizeram um jogo-treino frente ao Lusitano de Vila Real de Santo António, que terminou com um resultado favorável de 5-0
«SEM LIMITAÇÕES NA VÉSPERA DO JOGO COM O PORTIMONENSE
Equipa voltou a treinar por duas vezes. Sessão da tarde incluiu jogo-treino com o Lusitano.
O plantel principal do FC Porto voltou a treinar por duas vezes esta quarta-feira, em Lagos, local onde a equipa estará a estagiar até ao próximo sábado. Nas duas sessões deste segundo dia de trabalho no Algarve, Sérgio Conceição voltou a ter os 29 jogadores à sua disposição, um dia antes da curta deslocação até ao Estádio do Algarve, para jogar frente ao recém-promovido Portimonense (20h30, Porto Canal).
Na sessão da tarde, os Dragões fizeram um jogo-treino frente ao Lusitano de Vila Real de Santo António, que terminou com um resultado favorável de 5-0. Os marcadores de serviço foram Sérgio Oliveira, Rui Pedro, Aboubakar (2) e Soares.
Ainda antes do quarto particular da pré-temporada, os Dragões regressam aos treinos em Lagos, numa sessão que está agendada para as 10h45 (porta fechada).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/treino-260717.aspx
Música Cabo Verde - Tito Paris é um músico, compositor e cantor cabo-verdiano, radicado em Lisboa, um cantor do Mundo da Música de Cabo Verde.
Tito Paris - "Mim Ê Bô"
Tito Paris - "Dança ma mi criola"
Mariza - "Beijo de Saudade"
Tito Paris - "Sodade" - (Cesaria Evora cover)
Tito Paris - "Mim Ê Bô"
"Dança ma mi criola
Tito Paris
Dança ma mim criola cola na mim
Pensa na passá sabe num coladera
Sabura é lá na nôs terra cabo verde
Lá nô ta sinti na meio d'nôs tradiçon
Tchiga na mim bô perta'm forte quê pa'm sinti
Calor di bô morininha óh cabo verde
Sabura é lá na nôs terra cabo verde
Lá nô ta sinti na meio d'nôs tradiçon"
Amarante Festival Mimo - Quando Herbie Hancock foi anunciado, o parque ribeirinho enchia-se gradualmente com público que ocupava não só a plateia em pé em frente ao palco mas também os muros e escadas que agora serviam de bancadas.
«HERBIE HANCOCK NO MIMO: AMARANTE ABRIU AS PORTAS AO EMBAIXADOR DO JAZZ
Quatro meses após ter sido nomeado embaixador da boa vontade da UNESCO, Herbie Hancock via, a novembro de 2011, a Assembleia Geral da Organização proclamar a celebração anual do Dia Internacional do Jazz como forma de comemorar "as virtudes [do Jazz] como uma plataforma educacional e um veículo para a paz, unidade, diálogo e cooperação entre pessoas." No passado sábado o ex-integrante do quinteto de Miles Davis veio como emissário a Amarante e a cidade ouviu-o.
A quem veio pela primeira vez ao festival Mimo, custa acreditar que esta é só a sua segunda edição… o número de pessoas que se via na rua, o cartaz de luxo dos três dias e o ambiente de festa e descontração nas margens do Tâmega são de fazer inveja a alguns festivais já veteranos nestas andanças. O Norte sempre soube receber! Conquista quem o visita pela barriga (o que se notava pelos lotados restaurantes e tascas locais), pela hospitalidade e agora, pelos programas culturais de qualidade.
Quando Herbie Hancock foi anunciado, o parque ribeirinho enchia-se gradualmente com público que ocupava não só a plateia em pé em frente ao palco mas também os muros e escadas que agora serviam de bancadas.
Acompanhado por uma banda de luxo, com nomes como Vinnie Colaiuta (ex-baterista de Frank Zappa) e James Genus (baixista no famosos programa de televisão americano Saturday Night Live), Herbie começou logo a explorar e divagar pelas suas composições com uma perfeição improvisatorial que só ele sabe atingir. Ouve espaço para temas novos mas, Head Hunters e Empyrean Isles, álbuns que hoje são considerados cânones do Jazz, foram também abertos em palco. Podíamos ouvir Herbie Hancock três dias seguidos ao vivo que "Cantaloupe Island" ou "Watermelon Man" seriam tocados de maneira diferente nessas três ocasiões. E o público exigente aprecia isso… a experiência de ir ver um concerto ao vivo tem de ser diferente da de pôr um Vinil ou um CD numa aparelhagem!
Com o encore fechou-se a chave de ouro um concerto único em Portugal. Passeou-se pelo palco com a sua keytar e recriou "Chameleon" para o público Amarantino, desde o início refém do groove de Hancock.
Para os céticos e críticos que pensavam que um concerto de Hancock, numa cidade que não é uma das grande metrópoles do país, era dar nozes a quem não tem dentes, foi provado de errado. Em Portugal existe sede de cultura mas infelizmente o que não existe é o fácil acesso à mesma. Se há coisa que o festival Mimo prova é que quando esse acesso é facilitado e estendido a um público mais vasto, a resposta é tremenda.
"O Jazz foi a voz da liberdade em tantos países durante a metade do século passado. (…) [Essa data] é realmente sobre o aspecto diplomático internacional do jazz e como ele foi, durante boa parte de sua história, uma grande força ao unir pessoas de vários países e culturas diferentes." – Herbie Hancock em entrevista à revista norte-americana Billboard.
Fotografia: António Teixeira
Texto: Henrique Caria» in http://www.noitemusicamagazine.pt/reportagens/herbie-hancock-no-mimo-amarante-abriu-as-portas-ao-embaixador-do-jazz/19110
Herbie Hancock - (Mimo, Amarante, 2017.)
Herbie Hancock - (Jazz Fest Wien 2017)
Herbie Hancock - "Chameleon" - (FULL VERSION)
Herbie Hancock - "Rockit"
Herbie Hancock - "Autodrive"
Herbie Hancock - "Vibe Alive"
25/07/17
Amarante Hotelaria - Em Amarante o Des Arts – Hostel & Suites é o local perfeito para voltar a encontrar magia nas pequenas coisas da vida.
«PRÓXIMA PARAGEM?
DES ARTS – HOSTEL &
SUITES EM AMARANTE!
O mais antigo hotel da região de Amarante ganhou uma nova vida. Saiba tudo sobre a próxima escapadinha obrigatória, em Portugal.
Em pleno centro histórico da cidade, nasceu um novo conceito no hotel mais antigo de Amarante. Des Arts – Hostel & Suites é o local perfeito para voltar a encontrar magia nas pequenas coisas da vida. Debruçado sobre o rio Tâmega, este hotel renasce num emblemático edifício da cidade e presta homenagem aos artistas portugueses que marcaram a história de Amarante.
Aliando cultura, turismo e arte, cada quarto do Des Arts – Hostel & Suites conta a história de um pintor ou escritor da região. Mas a magia não acaba nas portas da casa: o próprio jardim do hotel foi desenhado com base num dos famosos quadros do grande pintor português Amadeo de Souza-Cardozo (também natural de Amarante).
Pensado como uma casa para todas as idades, o Des Arts – Hostel & Suites ainda tem a vantagem de ser uma mistura entre um hostel e um hotel, oferecendo 15 suites e 9 camaratas. A cozinha e a sala de jantar são comunitárias. Se estiver apenas de passagem, não deixe de visitar e esteja atento à programação cultural cultural, aberta ao público, AQUI. De concertos a exposições, passe o final da tarde no bar com uma magnífica vista sobre o rio e a natureza.
Clique na galeria e veja o Des Arts – Hostel & Suites. O melhor de tudo? A festa de lançamento é já na próxima sexta-feira, dia 29 de julho.
Informações:
Telf.: (+351) 962 287 457
Email: projeto@hosteldesarts.com
Morada: Rua Cândido dos Reis, 53| Amarante - Portugal» in Leia mais em: http://www.vip.pt/proxima-paragem-des-arts-hostel-suites-em-amarante
(Antigo HOTEL SILVA-Amarante em OBRAS-2015)
Zoologia - Apesar de pertencerem a uma espécie protegida, os crocodilos das Ilhas Salomão, no oceano Pacífico, estão a ser mortos pelas autoridades devido ao número crescente de ataques a humanos, já que ao longo de 30 anos de proibição da venda da pele dos animais, a população de crocodilos tem vindo a aumentar exponencialmente.
«Ilhas Salomão: População de crocodilos tem de ser controlada para evitar a morte de humanos
Apesar de pertencerem a uma espécie protegida, os crocodilos das Ilhas Salomão, no oceano Pacífico, estão a ser mortos pelas autoridades devido ao número crescente de ataques a humanos. Ao longo de 30 anos de proibição da venda da pele dos animais, a população de crocodilos tem vindo a aumentar exponencialmente.
As ilhas Salomão, no oceano Pacífico, são a casa de 600 mil pessoas. E, como visível no seu brasão de armas, de crocodilos. Este ano, o número crescente de ataques por parte dos animais obrigou a polícia a tomar medidas, diz o The Guardian.
Ao longo do ano, foram registados dez ataques a pessoas e dezenas deles a animais domésticos ao longo das ilhas. É por isto que as autoridades têm vindo a matar alguns dos animais e que se tem colocado a hipótese de levantar a proibição de exportar a pele dos animais, que vigora há 30 anos. E é precisamente esta lei que pode estar na origem do aumento do número de animais.
Contudo, os ataques registados podem não corresponder exatamente à realidade. Há a possibilidade de acontecerem ataques em regiões remotas, onde os habitantes tentam controlar a população de crocodilos com os seus próprios meios - não têm armas que permitam matar os animais, que podem atingir os 7 metros, tendo em conta que as armas de fogo foram banidas em 2003 - e não reportam os ataques às autoridades. De acordo com as autoridades, o último acidente mortal aconteceu em abril, aquando do ataque de uma crocodilo a uma menina de oito anos.
"Os ataques de crocodilo começaram nos anos posteriores à RAMSI [Missão de Assistência Regional nas Ilhas Salomão], e acreditamos que é devido ao facto de os aldeões não terem armas para se protegerem e atirarem contra os crocodilos". Esta intervenção, iniciada há 14 anos, teve como objetivo controlar a violência entre grupos étnicos nas Ilhas.
Uma unidade da polícia especializada em crocodilos está, desde maio, equipada para controlar o número de animais. Aproveitando a noite e o facto de os olhos dos crocodilos se tornarem vermelhos no escuro e serem, por isso, um alvo mais fácil de atingir, as autoridades mataram, até ao momento, 40 crocodilos, um deles com 6.4 metros. "Têm havido muitos ataques: a população de crocodilos está fora de controlo".
Craig Franklin, professor de zoologia e especialista em crocodilos da Universidade de Queensland, lançou o alerta: "Quando dizemos que as populações [de crocodilos] estão a aumentar substancialmente, o que está também a crescer fora de controlo é a população humana, e as duas misturam-se muitas vezes. Quantas mais pessoas tivermos a viver num país de crocodilos, mais facilmente teremos estas interações negativas".
Além disso, cada vez que um crocodilo ataca um humano tem de ser capturado. Se não for, cada vez que se cruzar com pessoas vai identificá-las automaticamente como "uma fonte de comida".
Contudo, matar os animais para controlar a situação tem de ser um ato bem analisado. "Estamos a procurar assistência internacional de especialistas em crocodilos para conseguirmos fazer um relatório com dados científicos e informação que prove que a população de crocodilos está a aumentar lentamente, como acreditamos que está", referiu Joseph Hurutarau, vice-presidente de Conservação das Ilhas.
"O plano a longo-prazo é reintroduzir a exportação das peles de crocodilos, mas apenas para controlar a população e o número de ataques. Os crocodilos são uma espécie protegida e temos de encontrar um equilíbrio para manter a população saudável mas também para proteger as pessoas que vivem nas áreas costeiras e que dependem do oceano para o seu dia-a-dia".
As Ilhas Salomão têm a particularidade de terem crocodilos de água salgada, espécie existente no Índico e no Pacífico, podendo habitar também rios e estuários.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ilhas-salomao-populacao-de-crocodilos-tem-de-ser-controlada-para-evitar-a-morte-de-humanos
F.C. do Porto Ciclismo - O penafidelense Joaquim Silva foi o melhor entre os ciclistas da W52-FC Porto-Mestre da Cor na edição de 2017 da clássica de Villafranca, com o corredor portista a concluir os 165,7 quilómetros da 94.ª edição da prova com o tempo de 3h54m19s.
«JOAQUIM SILVA FOI O MELHOR PORTISTA NA CLÁSSICA DE VILLAFRANCA
Portista terminou a prova no 21.º posto, a um minuto e 16 segundos do vencedor.
O penafidelense Joaquim Silva foi o melhor entre os ciclistas da W52-FC Porto-Mestre da Cor na edição de 2017 da clássica de Villafranca, com o corredor portista a concluir os 165,7 quilómetros da 94.ª edição da prova com o tempo de 3h54m19s, gastando mais 1m16s do que o vencedor, o russo da Lokosphinx Sergei Shilov (5h53m03s).
Na prova que contemplava um circuito de cinco voltas, com partida e chegada na cidade de Ordizia, no País Basco (Espanha), foram ultrapassadas sete contagens de montanha de terceira categoria. O pódio ficou completo com o espanhol Benjami Prades (Team Ukyo) e com russo Dmitrii Strakhov (lokosphinx), segundo e terceiro classificados, respetivamente, com o mesmo tempo do líder.
Quanto aos restantes portistas em prova, Tiago Ferreira foi 33.º (a 1m21s), Juan Perez Martin 54.º (a 6m59s), Daniel Freitas 56.º (a 6m59s), Jacobo Ucha 80.º (a 13m42s) e Ángel Sánchez 87.º (chegou fora do controlo, a 20m14s).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo-94-prueba-villafranca-.aspx
História - Na quarta-feira assinalam-se os cem anos do afundamento do navio caça-minas Roberto Ivens que explodiu ao embater numa mina colocada por um submarino alemão à entrada de Lisboa, tendo morrido 15 dos 22 tripulantes que se encontravam a bordo.
«Roberto Ivens: 100 anos do naufrágio do caça-minas à entrada de Lisboa
Na quarta-feira assinalam-se os cem anos do afundamento do navio caça-minas Roberto Ivens que explodiu ao embater numa mina colocada por um submarino alemão à entrada de Lisboa, tendo morrido 15 dos 22 tripulantes que se encontravam a bordo. Os destroços do navio, naufragado em 1917, ficam protegidos pela convenção da UNESCO sobre património subaquático.
“O interesse deste naufrágio que vai fazer 100 anos na quarta-feira tem um interesse simbólico e legal. A partir do dia 26 de julho fica sob a proteção da Convenção da UNESCO sobre Património Cultural Subaquático. Portugal subscreveu a convenção para proteger todos os naufrágios, tenham ou não tesouros a bordo, porque pretende privilegiar o naufrágio como um testemunho”, disse à Lusa Alexandre Monteiro, um dos investigadores que localizou o navio caça-minas à entrada do Tejo, em 2015.
Analisar diários de guerra para encontrar destroços
O caça-minas Roberto Ivens naufragou ao embater, “pelas 15:15” de 26 de julho de 1917, numa mina lançada por um submarino alemão a quatro milhas náuticas a sul do forte do Bugio, "à entrada" de Lisboa.
“Há naufrágios que são praticamente anónimos, com história desconhecida, mas neste caso, temos o caso inverso do que é costume em Portugal, onde os naufrágios são encontrados de uma forma inopinada ou em contexto de obra. Neste caso, partimos de investigação em arquivo e fomos à procura do destroço”, disse o arqueólogo.
A localização do navio foi durante muitas décadas assunto de debate entre investigadores, marinheiros e pescadores, apesar da versão oficial que situava o local do naufrágio a 12 milhas náuticas ao largo de Cascais.
“Chegou a pensar-se que o destroço era de uma traineira (Maria Eduarda), de madeira, que naufragou nos anos 1950 e que na verdade está perto, mas foi só quando nós nos apercebemos de que o que ali estava era um navio de ferro com um motor a vapor é que começamos a duvidar”, recorda Alexandre Monteiro acrescentando que a existência de minas inimigas às portas da capital foram um "assunto sensível" para o poder político.
“Há um logro que o governo de então fez passar para a opinião pública para encobrir a falta de preparação para enfrentar a nova ameaça dos submarinos e das minas”, admite o arqueólogo que participou na investigação.
A posição exata dos destroços do caça-minas ocorreu em 2015 tendo o Instituto Hidrográfico da Marinha colaborado com os trabalhos de investigação do arqueólogo Alexandre Monteiro, do Instituto de Arqueologia e Paleociências e do investigador Paulo Costa, do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa.
Uma das fontes decisivas para detetar o Roberto Ivens foi a descoberta e a análise do diário de guerra do submarino alemão UC54 que lançou as várias minas a apenas quatro milhas náuticas a sul do forte do Bugio, na foz do rio Tejo.
A versão oficial, logo após a explosão, indicava que o campo de minas alemão estava mais afastado, a cerca de 12 milhas náuticas ao largo de Cascais.
O diário de bordo do Bérrio, o outro navio que participa na mesma operação de desminagem e que recolheu os sete sobreviventes do Roberto Ivens na tarde de 19 de julho de 1917, desapareceu apesar do relato de um dos tripulantes.
“Este naufrágio atirou o navio para o fundo. Parte da popa foi volatizada na explosão e, por isso, é que só temos a casa das máquinas, incluindo a câmara dos oficiais que está no local, além de vários destroços espalhados à volta”, relata Alexandre Monteiro que conhece os destroços do caça minas, atualmente uma sepultura de guerra da Marinha.
“As sepulturas de guerra têm um estatuto especial. Não é por estar no fundo que o Roberto Ivens não deixa de ser uma unidade da Marinha de Guerra Portuguesa”, frisa o arqueólogo,
No passado dia 19 de julho o funeral militar dos tripulantes do Roberto Ivens tombados num ato de guerra - morreram 15 dos 22 tripulantes - realizou-se a bordo da fragata Bartolomeu Dias, na presença de descendentes, com deposição de flores no local do afundamento e disparos de tiros de salva efetuados pela corveta João Roby.
“Foi importante do ponto de vista simbólico porque foi o último grande conflito internacional em que Portugal participou de forma ativa e numa altura em que se assinala o centenário da entrada de Portugal na Grande Guerra (1914-1918)”, frisa Alexandre Monteiro.
O Augusto Castilho foi o outro navio da Marinha portuguesa afundado durante I Guerra Mundial, após um combate com um submarino alemão ao largo dos Açores, em 1918, tendo morrido o comandante, o primeiro-tenente Carvalho Araújo e cinco membros da guarnição.
Neta do comandante do Roberto Ivens diz que Portugal lida mal com tragédias
“Portugal está como estava há cem anos e não lida bem com estas coisas estranhas do ‘inimigo às portas’, como aconteceu com o submarino que pôs bombas à porta de Lisboa. O que quiseram fazer foi não criar pânico. Não deixar saber-se …”, disse Maria Fernanda Gargaté Cascais, neta mais velha do primeiro-tenente Raul Cascais, que comandava o caça-minas que naufragou ao colidir com uma mina alemã.
“A minha mãe tinha seis anos quando o meu avô morreu. O meu avô era muito novo, tinha 36 anos. O corpo nunca foi encontrado e quando faleceu deixou seis filhos: o mais velho teria oito anos e a mais nova tinha poucos meses”, conta a neta mais velha do comandante Raul Cascais.
“A minha mãe lembrava-se do pai e fazia muita questão de dizer o que lhe tinha acontecido. Tinha a farda do meu avô que sempre nos mostrou. Fui criada com a fotografia do meu avô e que esteve sempre presente na sala dos meus pais e com os meus tios sempre a falarem do Roberto Ivens”, recorda Maria Fernanda Cascais.
“Eu tinha uma carta de um dos marinheiros (o então grumete Tiago Gil) e que pedia uma homenagem aos mortos. Ele bateu-se a vida toda, para se fazer isto que se fez agora”, conta Maria Teresa Cascais, referindo-se ao funeral militar organizado pela Marinha no passado dia 19 de julho.
Um século após o afundamento, realizou-se o funeral militar. “Nunca pensei assistir ao funeral do meu avô e dos outros marinheiros. Estou muito grata para com a Marinha e para com os investigadores. A minha mãe morreu há dez anos. Teria sido uma grande uma emoção para ela, como foi para nós”, disse referindo-se ao funeral militar que considera inédito.
“O país ainda não está muito preparado para fazer estas homenagens e há tanta gente que morre ingloriamente”, afirma frisando o “sofrimento” das famílias das vítimas.
“Eu sei o que a minha avó passou e não sei se os portugueses não continuam a passar pelo mesmo. Muito morrem a defender a população, sejam eles bombeiros, polícias, médicos ou militares. Sabemos que as dificuldades que os familiares enfrentam são muito grandes e nisso ainda estamos aquém do que devíamos estar. É o que temos”, conclui.
Um naufrágio que dá origem a uma tese
O investigador Paulo Costa, que participou na localização do navio caça-minas Roberto Ivens prepara uma tese de mestrado sobre o naufrágio provocado por uma mina alemã na barra do Tejo, em 1917, e em plena crise política e social.
“A minha tese de mestrado conclui que o caça-minas Roberto Ivens não está onde se pensava e é contextualizada no ambiente que se vivia em julho de 1917, um mês complicadíssimo para o governo de Afonso Costa, em Lisboa” explica o historiador, um dos responsáveis pela localização exata dos destroços do navio da Marinha Portuguesa durante a Grande Guerra.
O historiador recorda que no mês de julho de 1917 decorrem sessões secretas no Parlamento, “porque havia muitas complicações na gestão de Portugal” e com a oposição a pedir também satisfações ao governo sobre o Corpo Expedicionário Português em França.
No mesmo mês verificam-se “revoltas em Lisboa e há fome”.
No Parlamento há sessões à porta fechada em que participa como membro do Partido Democrático (oposição) o comandante Leote do Rego, da Divisão da Marinha, ocorrendo uma “guerra de tinteiros” e insultos entre os deputados.
No dia 25 de julho de 1917 a oposição abandona o parlamento criticando a falta de diálogo do governo e no dia 26 de julho o caça minas Roberto Ivens afunda-se às portas de Lisboa.
“Foi a pior altura possível. Os jornais da época dizem-nos que Leote do Rego foi imediatamente à Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara, receber os sobreviventes. No mesmo dia sai uma nota da Marinha que diz que o afundamento ocorreu ‘a 12 milhas ao sul de Cascais, um pouco ao norte do Cabo Espichel’”, sublinha Paulo Costa.
Na tarde do dia 26 de julho, o Roberto Ivens estava a navegar com o rebocador Bérrio, porque nas operações de desminagem participavam sempre dois navios, mas o diário de bordo não existe.
“Do Bérrio, existem os diários anteriores e os posteriores, mas o diário do dia da explosão da mina alemã não existe. Nunca entrou no arquivo histórico”, sublinha o autor do estudo.
“Eu penso que era muito complicado assumir-se perante o público e a oposição que submarinos alemães tinham entrado no Tejo, até ao Bugio. A informação foi ocultada e se lermos os diários de guerra dos submarinos alemães ficamos a saber que o inimigo navega à superfície e à vista de terra”, diz Paulo Costa acrescentando que o “assunto Roberto Ivens” acaba por cair no esquecimento com o passar do tempo.
“Dificilmente haverá outro episódio que possa ter tantos aspetos diferentes: História da Grande Guerra (1914-1918); História da Primeira República (1910-1926); destroços; património cultural subaquático; arqueologia subaquática; investigação em arquivo; memória, tradição oral da comunidade piscatória. Tudo no mesmo tema. Não sei se nos voltamos a cruzar com uma história desta dimensão”, refere o historiador que defende igualmente o estudo da memória dos factos junto dos descendentes.
“Há muito trabalho a fazer a esse nível: um sobrinho de um dos sargentos com quem já falei várias vezes conta que o tio morreu uma semana antes do casamento. Foi esta a memória que ficou na família: a noiva que ficou viúva antes de se casar. Espero desenvolver os aspetos relacionados com as memórias das famílias”, diz Paulo Costa acrescentando que os investigadores foram convidados pela Marinha a publicar uma monografia sobre o Roberto Ivens, em 2018.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/roberto-ivens-100-anos-do-naufragio-do-caca-minas-a-entrada-de-lisboa#
(Destroços do caça-minas “Roberto Ivens")
(Evocação do afundamento do caça-minas "Roberto Ivens")
(A localização do naufrágio do "Roberto Ivens")
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