«IMPOSSÍVEL RESISTIR A EXPULSÃO E AUTOGOLO
A eliminação começou a desenhar-se com a expulsão de Castro e prolongou-se no autogolo de Danilo. E o Braga, que começou a perder, acabou a ganhar (2-1). O FC Porto, a única equipa da Europa até então invicta, ficou fora da Taça de Portugal e não entrou nos “quartos”, depois de ter marcado primeiro, por Mangala.
Porque nem as histórias, nem os jogos são absolutamente iguais, especialmente quando “escritos” por intérpretes diferentes, o reencontro entre Braga e FC Porto no curto espaço de cinco dias começou equilibrado, mas mantendo traços comuns ao choque inicial.
A modificação profunda do onze inicial portista, com sete alterações, foi o primeiro dado a traçar distâncias entre os jogos da Liga e da Taça, num risco de gestão assumido e parcialmente ditado pela Champions e pela ambição de vencer em Paris. O resto explica-se num incontornável exercício de rotatividade.
Como resultado mais ou menos imediato, Vítor Pereira obteve mais uma diferença substancial em relação à experiência de domingo e à vitória conseguida nos últimos instantes da partida. Desta vez, o FC Porto marcou ao primeiro remate. Se a persistência de então foi confundida com sorte, a eficácia de agora será, seguramente, tomada como fortuna.
No lance do golo ressaltam ainda dois instantes de alguma ironia: a interferência de James, que, desta vez, assistiu e não marcou, e o facto de a bola ter batido novamente no ferro da baliza do Braga antes de entrar, enquanto Quim observava sem nada poder fazer. A circunstância de Mangala ter cabeceado sem hipótese de defesa aos 13 minutos é simples coincidência e folclore do campeonato das superstições.
Mais a mais, o jogo era de Taça, de um equilíbrio aparente que não se desfez com a vantagem portista, ainda que o Braga se mostrasse incapaz de gerar situações de desequilíbrio e, muito menos, de remate, perante a remodelada estrutura dos Dragões.
A reacção do Braga precisou do intervalo de permeio, de dois novos avisos do ataque portista, com Defour e Kleber muito perto de ampliar a vantagem, da expulsão de Castro e de seis minutos para virar o resultado. Primeiro, num autogolo de Danilo; depois, num remate cruzado de Éder, que fechou as contas, aos 80 minutos. Um e outro conseguidos em superioridade numérica.
Um remate de Lucho e outro de Kleber ameaçaram prolongamento, mas não evitaram a primeira derrota da única equipa da Europa até então invicta e a consequente eliminação da Taça de Portugal. Porque o desfecho foi diferente, o que, convenhamos, faz toda a diferença…
FICHA DE JOGO
SC Braga-FC Porto, 2-1
Taça de Portugal, oitavos-de-final
30 de Novembro de 2012
Estádio Municipal de Braga
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Assistentes: Bertino Miranda e Luís Marcelino
Quarto Árbitro: Vasco Santos
SC BRAGA: Quim; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Custódio e Hugo Viana; Alan (cap.), Mossoró e Ruben Amorim; Éder
Substituições: Ruben Amorim por Ruben Micael (61m), Mossoró por Paulo César (88m)
Não utilizados: Beto, Hélder Barbosa, Elderson, Djamal e Carlão
Treinador: José Peseiro
FC PORTO: Fabiano; Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Fernando (cap.), Castro e Defour; James, Kleber e Atsu
Substituições: Miguel Lopes por Danilo (59m), Fernando por Lucho (59m) e Atsu por João Moutinho (81m)
Não utilizados: Kadú, Jackson, Varela e Alex Sandro
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Mangala (13m), Danilo (74m, p.b.), Éder (80m)
Cartão amarelo: Castro (18m e 72m), Miguel Lopes (20m), Otamendi (64m), Custódio (65m), Mossoró (68m), Lucho (74m), Ruben Micael (75m), Kleber (86m), Mangala (90m)
Cartão vermelho: Castro (72m)» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futbragafcpcro_301112_72364.asp
(Braga vs FC Porto (2-1) todas as metas e partida cheia Destaques 30/11/2012 - Vídeo em HQ)