«Amarante: Caminhada milenar pela arte
Cerca de duas centenas de pessoas participaram no domingo, dia 29, no percurso pedestre “Caminhada milenar pela arte” organizada pela Rota do Românico em parceria com a Associação Palmilhar e os Escuteiros de Margaride, ambas de Felgueiras, e as Juntas de Freguesias de Mancelos e Travanca, de Amarante.
Com uma extensão de cerca de 12 quilómetros, este percurso pedestre linear teve início, pelas 8.30 horas, no Mosteiro de São Martinho de Mancelos, no concelho de Amarante, um dos novos monumentos da Rota do Românico que, apesar das transformações que sofreu ao longo dos séculos, conserva, ainda, importantes parcelas de um românico de resistência, datáveis de meados do século XIII, destacando-se o imponente portal.
Neste Mosteiro foi realizada também uma visita aos túmulos de Amadeo de Souza-Cardoso, reconhecido pintor modernista português, e de Ana Guedes, enfermeira e benemérita, ambos naturais da freguesia de Mancelos.
O percurso seguiu pelos montes da Quinta de São Tomé, que levou os pedestrianistas até à Casa de Manhufe, onde Amadeo de Souza-Cardoso viveu parte da sua vida e retratou nas suas pinturas. Na freguesia de Real, foi realizada uma visita à Igreja do Salvador de Real, outro dos monumentos da Rota do Românico.
Na freguesia de Mancelos, o percurso trilhou-se ainda por algum património da época moderna e contemporânea, sobressaindo a Capela de São Sebastião e a Capela do Padrão.
Em Travanca, foi realizada uma paragem obrigatória na Casa da Figueira, onde viveu Acácio Lino, pintor e escultor contemporâneo, com visita à Casa Museu do artista. No caminho de acesso ao Mosteiro do Salvador de Travanca, junto da chamada "Portinha", teve lugar um momento cultural com referência a outro vulto da região - Agustina Bessa-Luís -, evidenciando a sua ligação a Travanca e ao Mosteiro.
O Mosteiro do Salvador de Travanca, outro dos novos monumentos da Rota do Românico, marca o ponto de chegada deste percurso pedestre. O animado e retemperador almoço realizou-se nos claustros da sua Igreja que representa um dos mais ritmados espaços da arquitetura românica portuguesa. A torre, que deverá ser datada de finais do século XIII ou inícios do século XIV, merece uma atenção especial por ser não só uma das nossas mais elevadas torres medievais, mas porque se encontra isenta. Tal facto indicia uma afirmação senhorial do mosteiro beneditino. Há também que destacar neste conjunto a linguagem escultórica tipicamente românica.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MjoiMTkiO3M6MTA6ImlkX25vdGljaWEiO3M6NDoiNTc4NiI7fQ==
(MOSTEIRO DA TRAVANCA)
(MOSTEIRO DA MANCELOS)
(AMADEU DE SOUSA CARDOSO)
