«Moody’s corta Caixa, BES, BCP e Montepio para “lixo”
A agência Moody’s reduziu o ‘rating’ de sete bancos portugueses. Cinco instituições foram colocadas na categoria de “lixo”.
Na sequência do ‘downgrade' ao ‘rating' de Portugal, as notações da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Espírito Santo (BES), Espírito Santo Financial Group, Millennium bcp e Montepio Geral foram reduzidas para uma categoria considerada "lixo". Ou seja, a Moody's associa à dívida destas instituições elevada vulnerabilidade ao risco de incumprimento. As classificações da dívida do BPI e do Santander Totta também desceram mas são ainda consideradas de boa qualidade, embora com algum risco.
O anúncio do ‘downgrade' aconteceu poucas horas depois de anunciado que os cinco bancos portugueses sujeitos aos testes de ‘stress' europeus passaram no exame. Em comunicado, a Moody's avisa que apesar desta redução, os ‘ratings' da banca nacional continuam em vigilância negativa, ou seja, existe o risco de novo ‘downgrade' em breve.
Essa eventual revisão em baixa adicional do ‘rating' depende do grau de exposição à dívida portuguesa, dos riscos relacionados com a crise da dívida soberana europeia, nomeadamente das dificuldades de financiamento, do impacto do ambiente macroeconómico na qualidade dos activos dos bancos e dos planos de desalavancagem a ser definidos com Bruxelas, enumera a Moody's.
"Esta decisão quanto aos bancos portugueses vem no seguimento do ‘downgrade' da do 'rating' da República Portuguesa a 5 de Julho, que sugere uma menor capacidade do governo português em ajudar o seu sistema financeiro", lê-se num comunicado da Moody's, que foi alvo de forte críticas um pouco por toda a Europa por causa da baixa de ‘rating' a Portugal.
CGD, BES e BCP têm agora uma notação de "Ba1", a primeira do limiar da categoria "lixo". Um nível abaixo ficou a Espírito Santo Financial Group e o Montepio, ambos com uma classificação de "Ba2". Já o BPI, agora com um ‘rating' de "Baa3" fica a apenas um passo de ‘junk'. Um pouco mais acima está o Santander Totta com "Baa1", continuando a beneficiar de pertencer ao grupo financeiro espanhol Santander. O ‘rating' do BPN será revisto em separado depois de concluído o processo de revisão, explica a Moodys, que não mexeu na classificação de "Ba2" do Banif.
Esta redução no ‘rating' significa, na prática, dificuldades acrescidas de financiamento para os bancos portugueses e, por consequência, menos crédito e crédito mais caro para as famílias e as empresas portuguesas. Tudo isto no meio de uma recessão económica em Portugal, cujo PIB deve contrair 2% este ano.» in
«Zé Povinho faz 'manguito' à Moody's
A empresa Faianças Bordallo Pinheiro vai esta tarde lançar uma edição especial da conhecida personagem do Zé Povinho na qual aparece a fazer um 'manguito' à Moody's, reagindo à descida do ‘rating’ da dívida portuguesa, esta semana.
"O Zé Povinho não ficou alheio às ondas de choque provocadas por uma das notícias de que mais se tem falado em Portugal, e decidiu mostrar todo o seu descontentamento enviando um 'manguito' à agência de notação financeira que recentemente baixou o ‘rating’ da dívida portuguesa para 'lixo'", lê-se no comunicado de imprensa, que revela que a primeira figura irá estar à venda a partir de 22 de julho.
Esta edição especial da figura criada por Rafael Bordallo Pinheiro na revista 'A Lanterna Mágica' em 1875 será comercializada "dentro de uma caixa própria, acompanhada de um postal endereçado à Moody’s, onde cada um poderá escrever a sua opinião e, posteriormente, enviar para a sede da agência de ‘rating’".
De acordo com a empresa, "esta peça, que traduz um sentimento generalizado em muito países europeus, tem sido alvo de interesse por parte de inúmeras pessoas da Grécia, Irlanda e Itália e dado o evoluir da situação, espera-se que outros países venham a aderir à iniciativa pois existe um interesse crescente por simbologias de protesto com história, como esta".
No dia 5 deste mês, a Moody's em quatro níveis o 'rating' de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk). A decisão originou um coro de protestos por parte dos principais líderes europeus e tem motivado uma série de iniciativas em Portugal como manifestações e ataques ao site da agência.» in http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1168279.html
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Já sabemos que vamos ser vitimas letais, mais tarde ou mais cedo destas agências... mas não penso que tenhamos que lhes pagar mais!
Que vão desgraçar outros... ouvi ontem o Snr. Obama, o tal democrata da justiça à moda da América, a dizer que na América não pode acontecer o que está a acontecer à Grécia e a Portugal... mas isto não é uma economia global?...