02/04/10

Igreja Católica: Já lá vão 3 Anos desde que o Anjo Branco nos deixou... João Paulo II é também Eterno!

«João Paulo II: o Papa das multidões e de Fátima


A 2 de Abril de 2005 o mundo parava perante a notícia da morte de João Paulo II. O Papa que criou uma afinidade acima da religião, com católicos e não católicos, deixou uma herança afectiva talvez demasiado pesada para o sucessor, Bento XVI. Nos cinco anos que assinalam a morte de João Paulo II, o SAPO recorda a vida daquele que ficou para sempre ligado a Fátima.» in http://noticias.sapo.pt/noticias/videos/#h4UTdHmbCce5qAEwODBR

O Anjo Branco deixou-nos há 3 anos; que saudades!


«Papa João Paulo II

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Nota: Se procura o estádio de futebol, consulte Estádio Papa João Paulo II.
João Paulo II
265º Papa
Imagem de João  Paulo II
Totus tuus
Brasão pontifical de João Paulo II
Nome de nascimento: Karol Józef Wojtyła
Nascimento Wadowice, Polónia,
18 de Maio de 1920
Eleição 16 de Outubro de 1978
Entronização: 22 de Outubro de 1978
Fim do
pontificado:
2 de Abril de 2005 (85 anos)
Predecessor: João Paulo I
Sucessor: Bento XVI
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Listas dos papas: cronológica · alfabética
O Papa João Paulo II (latim: Joannes Paulus PP. II, em italiano Giovanni Paolo II), nascido Karol Józef Wojtyła (Wadowice, Polónia, 18 de Maio de 1920Vaticano, 2 de Abril de 2005[1]), foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana de 16 de Outubro de 1978 até à data da sua morte,[2] e sucedeu ao Papa João Paulo I, tornando-se o primeiro papa não-italiano em 455 anos[3] (desde o holandês Adriano VI, no século XVI) e o primeiro papa de origem polaca.[4] Teve o terceiro papado mais longo da história do catolicismo,[5] com 26 anos de pontificado.[6] Foi o primeiro papa no terceiro milénio.

Índice

[esconder]

[editar] História pessoal


Karol Wojtyła aos doze anos de idade.
Karol Józef Wojtyła ( pronunciação polaca ajuda · ficheiro · ouvir) nasceu em Wadowice,[1] uma pequena localidade ao sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia;[1] filho de um tenente do exército dos Habsburgos, de quem herdou o nome, também chamado Karol Wojtyła. O seu irmão Edmund, ao formar-se em medicina, transformou-se na esperança de sustento da família, uma vez que o soldo do tenente Wojtyła era insuficiente para tal.
Em 1929, perderia a mãe, Emilia Kaczorowska,[7] vitimada por uma doença nos rins. Em 1931, morreria o irmão, de escarlatina. Karol perderia o pai poucos dias antes de completar 22 anos. Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã da Segunda Guerra Mundial. Assistiu, portanto, ao assassinato de vários dos seus amigos e colegas.
Manifestando interesse pelo teatro — cuja participação potenciava apoios à resistência polaca contra o nazismo —, pela música popular e pela literatura, a sua juventude foi marcada por intensos contactos com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia, e pela experiência da ocupação alemã, durante a qual trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha nazista. Atleta (chegou a actuar como jogador de futebol numa equipa amadora de Wadowice) e, muito religioso, (foi fundador de uma Congregação Mariana no seu colégio), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1 de Novembro de 1946 pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.
Foi docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. Em 28 de Setembro de 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio. Foi elevado a cardeal pelo Papa Paulo VI em 28 de Junho de 1967.

[editar] Hábitos religiosos

Segundo o livro Why a Saint? publicado em janeiro de 2010 por Slawomir Oder, monsenhor que cuida processo de beatificação de João Paulo II, o Papa realizava a prática conhecida no Cristianismo como mortificação, ou seja, auto-flagelação, para atingir um grau mais próximo de Deus. Oder diz que no armário do pontífice existia uma cinta utilizada para executar o ato e que também Karol Wojtyla dormia algumas vezes no chão para praticar ascetismo.[8]

[editar] Eleição


Papa João Paulo II.
Ver artigo principal: Conclave de Outubro de 1978
Aquando da morte do Papa Paulo VI, em 6 de Agosto de 1978, esteve presente no conclave de 26 de Agosto de 1978, que escolheria Albino Luciani para um dos pontificados mais curtos da História. Trinta e três dias depois de votar no conclave, no dia 28 de Setembro de 1978, o então cardeal de Cracóvia, Karol Wojtyła, ficou a saber da triste – e até hoje suspeita – morte de João Paulo I pelo seu motorista particular. De volta a Roma, ele foi escolhido Papa em 16 de Outubro de 1978.
O conclave que se sucedeu ao inesperado falecimento do Papa João Paulo I, foi dominado por duas correntes que tiveram como candidatos o conservador arcebispo de Génova Giuseppe Siri, e o mais liberal arcebispo de Florença Giovanni Benelli. Crê-se que a eleição de Karol Wojtyła tenha sido uma solução de compromisso e que constituiu uma surpresa.
Adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente colocou-se do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.[parcial?]
Foi o Papa mais novo desde o Papa Pio IX porque foi eleito na época com 58 anos. No entanto, tornou-se o Papa cuja acção foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; para muitos tinha o carisma do Papa João XXIII; participou em eventos ecuménicos (foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém); procedeu a numerosas beatificações e canonizações; escreveu 14 encíclicas.

[editar] Brasão e lema

  • Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de blau, com uma cruz latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra "M" do mesmo, no cantão senestro da ponta. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves "decussadas", a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com os seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: "TOTVS TVVS", em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.

Brasão pontifício de João Paulo II.
  • Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa a Virgem Maria, principal intercessora do gênero humano, que esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho ("Iuxta crucem lacrimosa" Cf. Jo 19,25), sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema "TOTVS TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Mãe de Deus: "Sou todo teu, Maria", sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Virgem.

[editar] Pontificado


Mapa que representa os países que o Papa João Paulo II visitou ao longo do seu pontificado. É o Papa que visitou o maior número de países.
Com mais de 26 anos, é o terceiro pontificado mais longo da História da Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades), cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. É considerado pelo seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular da História.
A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Muitos polacos consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma "revolução sem sangue" e encorajaram outros países do bloco comunista a se liberar de Moscovo. A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.[9]
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação.[10]
"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002.[11] Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital".[12]

João Paulo II em visita ao Parlamento Polaco a 11 de junho de 1999.
Condenou também o terrorismo e o ataque ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América.[13]
Em relação ao Concílio Vaticano II, no qual João Paulo II participou, ele tentou activamente continuar as reformas e as ideias saídas deste Concílio, nomeadamente sobre o ecumenismo e sobre a abertura da Igreja ao mundo moderno. O Cónego João Seabra afirmou que João Paulo II "é um homem do Concílio, na sua doutrina, na sua concepção do mundo, na sua pastoral. O seu modelo de Igreja é da Lumen Gentium, a sua liturgia é da Sacrosanctum Concilium, a sua pastoral social é da Gaudium et Spes, João Paulo II é o Concílio em Marcha. Nesse sentido o concílio, na maneira como foi lido e aplicado pelo grande Papa João Paulo II, teve uma grande importância na queda do comunismo".[14]

[editar] Diálogo inter-religioso

Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo,[carece de fontes?] João Paulo II enfrentou no entanto acusações de "proselitismo agressivo" feitas pelo mundo ortodoxo. A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em Março de 2000 e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.
Motivou o diálogo interreligioso, o ecumenismo e a cultura da paz, sendo o primeiro Sumo Pontífice a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, a 26 de Março de 2000, e onde pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pelos filhos da Igreja no passado. Foi o primeiro a pregar numa sinagoga, a entrar numa mesquita (em Damasco, Síria), e a promover jornadas ecuménicas de reflexão pela paz em Assis (Oração Mundial pela Paz). Fez a primeira visita de um Sumo Pontífice católico à Grécia desde a separação das Igrejas Católica e Ortodoxa no cisma de 1054.
João Paulo II, determinou a devolução à Igreja Ortodoxa Russa do Ícone de "Nossa Senhora de Kazan", a "Theotokos" e sempre Virgem Maria. No dia 28 de Agosto de 2004, a "Solenidade da gloriosíssima Dormição da Theotokos", delegação representativa da Igreja Católica, chefiada pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou o Ícone, depois de um solene ofício na Catedral da Dormição no Kremlim, em Moscovo, em que participaram numerosos fiéis.[15][16][17]

[editar] Diálogo com os jovens

Foi grande incentivador do Movimento Escoteiro, visitando eventos mundiais e europeus da maior organização juvenil do mundo.[carece de fontes?]

[editar] Diálogo com os mortos

Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse :
"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".[18]

[editar] Diplomacia

A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra. Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de janeiro de 1979 - através do qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa - e à conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no dia 29 de novembro de 1984.[19]

[editar] Visitas papais

Ao todo foram 104 as visitas realizadas por João Paulo II pelo mundo quebrando o antigo costume dos papas não saírem do Vaticano ou de fazê-lo pouquíssimas vezes em circunstâncias especiais ou em ocasiões extraordinárias.

[editar] Visitas ao Brasil


Na Nunciatura Apostólica, em 1991, por ocasião da segunda visita ao Brasil.
O Papa João Paulo II visitou o Brasil quatro vezes. A primeira vez foi em 1979, em que visitou a cidade do Rio de Janeiro. Na segunda vez chegou ao meio-dia de 30 de junho de 1980 e percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Entrou por Brasília e partiu por Manaus.
A terceira foi entre 12 e 21 de outubro de 1991. O Papa não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado, mas no Brasil ele quebrou a tradição. Visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.
Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de outubro de 1997. O Papa sempre demonstrou grande amor pelo Brasil, o país com mais católicos no Mundo. Inclusive, na sua primeira visita, chegou a demonstrar o seu apoio ao movimento sindical, então liderado por Lula, em aberto desafio ao governo militar brasileiro – uma situação parecida com a da sua Polónia natal.

João Paulo II com o cantor Roberto Carlos a 5 de outubro de 1997, na sua terceira visita ao Brasil.
Destacou-se, numa dessas visitas ao país, a música "A bênção, João de Deus", composta para a ocasião por Péricles de Barros.
Em visita à cidade do Rio de Janeiro declarou: "Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca".[20]

[editar] Visitas a Portugal

João Paulo II esteve em Portugal por cinco vezes. A primeira visita (12 a 15 de maio de 1982) ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981. Nesta visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar da Nossa Senhora de Fátima ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima.
Em 14 de Maio de 1982 visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa.
Em 15 de maio de 1982 visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Braga.
Em 2 de março de 1983 fez escala em Lisboa na viagem à América Central.
De 5 a 13 de maio de 1991 esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima.
Uma outra visita, em que beatificou os videntes de Fátima, teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000.

[editar] Documentos Pontifícios

Ao todo são 14, as encíclicas escritas por João Paulo II ao longo do seu pontificado e diversos os pronunciamentos sobre todos os campos da atividade humana onde houvesse necessidade de se dar um critério ético ou moral de ação.

Funeral de João Paulo II na Basílica de São Pedro.

Funeral de João Paulo II. Presidido pelo futuro Bento XVI, em Roma.

Túmulo de João Paulo II, lápide que anteriormente guardava os restos mortais do Papa João XXIII.

[editar] Tentativa de assassinato

Três anos depois de ter sido eleito Papa, é vítima de grave atentado na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, por parte do turco Ali Agca, o atentado contra o papa terá sido decidido pelo ditador comunista Leonid Brejnev e organizado por serviços militares soviéticos, os serviços búlgaros teriam servido de "cobertura", enquanto que a Stasi, da RDA, teria sido encarregada da "desinformação".
Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassínio de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.[21]
Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. A 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus, resultante da operação anterior.
Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.[22]

[editar] Saúde débil

A saúde de João Paulo II foi motivo de preocupação para os muitos milhões de católicos em todo o Mundo. O historial clínico daquele que foi apelidado de "Atleta de Deus", devido á sua extraordinária compleição física, tem ínicio nos anos 1940, quando é atropelado em Cracóvia por um camião militar alemão, sofrendo um fractura de crânio. A 12 de Julho de 1982, sofre nova intervenção de quatro horas na Policlínica Gemelli, para remoção de um tumor benigno do cólon (com as dimensões de uma laranja) e da vesícula biliar.
A 11 de Novembro de 1993, sofre uma queda durante uma audiência no Vaticano, com fractura de uma omoplata, vindo a ser operado na mesma Policlínica. Em 1994, sofre nova queda, quando saía do banho no seu aposento privado, com fratura no fémur direito. É-lhe implantada uma prótese de titânio em substituição da cabeça do fémur. Ainda nos anos 1990, começa a manifestar sintomas de Parkinson, que se acentuam cada vez mais: tremor da mão esquerda, coluna curvada, olhar ausente. A 8 de Outubro de 1996, ingressa uma vez mais na Gemelli, para remoção do apêndice. Em Março de 2002, é diagnosticada uma artrose no joelho direito, o que o obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas especial, que utiliza para presidir às celebrações e outros actos. Em Setembro de 2003, durante a visita à Eslováquia, já são visíveis as dificuldades de João Paulo II para respirar e mover-se. Em Setembro do mesmo ano, tem que anular uma audiência geral devido a oclusão intestinal. A 10 de Fevereiro de 2005, na sequência de um processo gripal, padece de laringo-traqueíte aguda, pelo que volta à Gemelli. A 24 de Fevereiro de 2005, é submetido a uma traqueostomia, com o fim de facilitar a respiração.

[editar] Os últimos dias de João Paulo II

Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de Março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'. Às 21h37, hora de Roma, do dia 2 de Abril de 2005, o Mundo parou perante a notícia da morte do Santo Padre mais viajado de sempre. As exéquias fúnebres decorreram na Praça de São Pedro, pela manhã do dia 7 de Abril de 2005. A cerimónia fúnebre durou três horas, sob alta segurança, presidida pelo então, decano dos cardeais, o Cardeal Joseph Ratzinger. Assistiram 2500 convidados, entre Chefes de Estado, primeiros-ministros, e outras personalidades. O corpo de João Paulo II está sepultado nas Catacumbas Vaticanas.

[editar] Beatificação

No dia 13 de Maio de 2005, o seu sucessor Bento XVI fez uma exceção à regra do Código de Direito Canônico em relação à beatificação de João Paulo II, tal como este havia feito em relação à Madre Teresa de Calcutá. Abrindo mão dos cinco anos que são dados para o início do processo (que se dá a partir da morte daquele que vem a falecer em fama de santidade).
O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho do mesmo ano. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI proclamou-o "Venerável", ao promulgar o decreto que reconhece as virtudes heróicas do Servo de Deus João Paulo II, um importante passo dentro do processo de beatificação que fica aguardando a existência de um milagre realizado pela intercessão do papa polonês [23].

[editar] Homenagens

[editar] Estátuas

Existem várias estátuas em homenagem a João Paulo II espalhadas pelo mundo.
Uma estátua de João Paulo II foi inaugurada em 23 de Fevereiro de 2008 em Santa Clara, Cuba para recordar os dez anos da sua visita ao país. A estátua foi levada como um presente à comunidade católica de Cuba pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Tarcísio Bertone[24]
Em Fátima, que o Papa visitou por três vezes, foi inaugurada uma estátua da autoria de Czeslaw Dzwigaj, de nacionalidade polaca, por ocasião do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora, celebrado em Maio de 2008. As palavras que o Papa proferiu na Capelinha quando da primeira visita a Fátima, em 1982, estão gravadas na estátua de João Paulo II que se encontra na praça exterior, junto à nova igreja da Santíssima Trindade. A estátua de João Paulo II que retrata o momento de oração na Capelinha, junto à imagem de Nossa Senhora testemunha as Aparições do Anjo e também a actualidade do mistério das três pessoas da Santíssima Trindade.[25] É em bronze e mede 3,5m de altura.[26]
Em 1 de Julho de 2009, a Policlínica Gemelli de Roma, onde o Papa foi internado em nove ocasiões (a primeira, em 13 de maio de 1981, após o atentado sofrido na Praça de São Pedro; a última, em março de 2005 ao final de sua enfermidade) e onde passou um total de 153 dias e 152 noites, inaugurou uma estátua em sua homenagem. A estátua foi construída de um bloco procedente das pedreiras de Carrara, pesando todo o conjunto 47 toneladas e alcançando 4,6 metros. A estátua pesa 18 toneladas e mede 3,05 metros, e tem uma base de cerca de 20 toneladas e uma cruz de metal. Está com os olhos fixos na janela do quarto do 10.º andar, onde o Papa ficava internado e de onde concedia a bênção aos fiéis. A estátua mostra uma imagem do Papa João Paulo II como recordada pelos médicos e religiosas que o assistiram até à sua morte, ou seja, com o rosto e o corpo marcados pela doença que ele nunca quis esconder. Os trabalhos para a elaboração desta escultura demoraram cerca de sete meses, sem considerar os numerosos projectos realizados anteriormente. A cerimónia de inauguração foi animada pela Banda Musical de Armas dos Carabineiros, dirigida pelo maestro Tenente Colonnello Massimo Martinelli.[27]

[editar] Praças

Uma praça em homenagem ao Papa João Paulo II chamada Praça do Papa, foi criada em Campo Grande no local onde, em 1991, foi realizada uma missa durante a sua visita à cidade. Existem, também, outras praças com o mesmo nome em Belo Horizonte e em Vitória, em sua homenagem. Ambas se localizam no Brasil. Na cidade de Curitiba também existe um parque em sua homenagem, no local onde o Papa passou quando esteve na cidade. Em Porto Alegre, próximo ao Estádio Olímpico Monumental, há uma rótula (entre as avenidas Erico Veríssimo, José de Alencar, da Azenha e Gastão Mazeron [Cascatinha]), onde está um monumento que lembra sua missa rezada no local.

[editar] Outras Homenagens

Na cidade de Mogi Mirim o Estádio de Futebol do Mogi Mirim Esporte Clube recebeu o nome de Papa João Paulo II após o sequestro da filha do ex-presidente do Clube[carece de fontes?].

[editar] Críticas

O papa foi alvo várias vezes de críticas de vários setores da sociedade. Entre os principais pontos de sua atuação pública que foram questionados estão:
  • Sua defesa de visões conservadoras sobre questões ligadas aos gêneros sexuais, sexualidade, eutanásia e o papel da mulher na sociedade. A revista Time referiu que seu próprio comportamento por ocasião de sua agonia contradisse sua pregação sobre o prolongamento artificial da vida.[34][35]
  • Sua posição ambígua nos escândalos sexuais envolvendo clérigos, favorecendo secretamente políticas de acobertamento e intimidação das vítimas, enquanto a público fazia declarações condenatórias.[38][31]
  • Foi criticado também por praticar a centralização do poder de forma autoritária, revertendo uma tendência liberal e colegiada iniciada por João XXIII. Também encontrou objeções sobre suas frequentes viagens, que teriam deixado a estrutura administrativa da Igreja desamparada em várias crises importantes, além de serem causa de alta despesa para os países visitados.[31]
  • Muitas críticas foram levantadas por grupos que alegaram que as instituições e programas benemerentes da Igreja espalhados pelo mundo eram uma fachada para buscar a conversão de populações não-católicas.[39][40][41]
  • Onze teólogos dissidentes protestaram contra o processo de sua beatificação, baseados no argumento de que suas declarações e atitudes sobre vários pontos eram contrárias aos requisitos formais.[42]

Referências

  1. a b c Breve biografia.
  2. Portal de João Paulo II.
  3. João Paulo II: 27 anos de papado inovador.
  4. Karol Wojtyla: o primeiro papa polonês.
  5. Terra, 14 de março de 2004. Pontificado de João Paulo II é o 3º mais longo
  6. O recordista..
  7. Biografia de João Paulo II em vídeo.
  8. Portal G1. "http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1463832-5602,00-PAPA+JOAO+PAULO+II+SE+FLAGELAVA+COM+FREQUENCIA+DIZ+LIVRO+DE+MONSENHOR.html". . (página da notícia visitada em 26/01/2010)
  9. Carta Capital 05 de junho de 2009. O ano em que a cortina caiu, por Gianni Carta.
  10. Encíclica Centesimus annus
  11. Discurso no Brasil
  12. Carta
  13. 11 de setembro
  14. João Paulo II é o Concílio em marcha (em português). Mega FM (22 de Janeiro de 2009). Página visitada em 14 de Junho de 2009.
  15. Saudação do cardeal Kasper
  16. Agradecimento de Alexis II, Patriarca de Moscovo
  17. Carta ao Patriarca de Moscovo
  18. Revista VEJA, nº1899, ano 38 de 06/04/2005, p.93
  19. Artigo do cardeal [Odilo Pedro Scherer].
  20. Notícia UOL
  21. Título ainda não informado (favor adicionar).
  22. Atentado contra o Papa. Página visitada em 9 de janeiro de 2008.
  23. Yahoo Notícias: "Bento XVI proclama "veneráveis" os Papas Pio XII e João Paulo II" (19 de Dezembro de 2009)
  24. Estátua de João Paulo Notícia em O Globo..
  25. Estátua de João Paulo II junta fiéis em oração, Canção Nova.
  26. Desdobrável sobre a Igreja da Santíssima Trindade.
  27. Inaugurada uma estátua de João Paulo II no Gemelli de Roma, ZENIT.
  28. BBC - Religion & Ethics - John Paul II. © 2006,2009 by BBC. Página visitada em 6 February 2009.
  29. John Paul II Biography (1920–2005). © 1996, 2009 A&E Television Networks. Página visitada em 12 January 2009.
  30. a b Catholic Church to Ease Ban on Condom Use. © 2006, 2009 Deutsche Welle (24 April 2006). Página visitada em 12 January 2009.
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(notícias)
Começa o processo de beatificação de João Paulo II, 29 de Junho, 2005

Jornal italiano relata suposto milagre de João Paulo II, 10 de Abril, 2005
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Vaticano anuncia o testamento do papa João Paulo II, 7 de Abril, 2005

João Paulo II, o Grande, 6 de Abril, 2005

Continuam as especulações sobre o sucessor de João Paulo II, 6 de Abril, 2005

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Igreja Católica se prepara para o conclave, 3 de Abril, 2005

Ioannes Paulus II 1920 - 2005, 2 de Abril, 2005

Saúde do Papa João Paulo II piora, 1 de Abril, 2005

Não desliguem meus aparelhos, é o pedido do papa, 31 de Março, 2005

Papa João Paulo II recebe sonda para poder alimentar-se, 31 de Março, 2005

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01/04/10

Amarante - Cineclube de Amarante Apresenta "Estrela Cintilante"!

«CineClube de Amarante apresenta Estrela Cintilante!

Cinema Teixeira de Pascoaes
5ª Feira, dia 1
Telefone: 255 431 084
Estrela Cintilante
Título original: Bright Star
De: Jane Campion
Com: Paul Schneider, Thomas Sangster, Abbie Cornish, Kerry Fox
Género: Drama
Classificacao: M/12

GB, 2009, Cores, 120 min.


Em 1818, o jovem poeta inglês John Keats (Ben Whishaw) apaixona-se pela sua vizinha Fanny Brawne (Abbie Cornish) sem imaginar como isso irá mudar a sua vida. Apesar de terem muito pouco em comum, - ele um poeta romântico, ela uma estudante de moda pouco dada à literatura - a grave doença do irmão mais novo de John aproxima-os. Essa amizade, que rapidamente se transforma num amor sem limites, tendo a poesia como linguagem, acaba por tornar-se uma obsessão difícil de aceitar por todos os que os rodeiam. Mas, apesar de todas as contrariedades, só a doença e morte prematura de John Keats terá o poder de os separar.
Um filme biográfico, realizado por Jane Campinon, cujo título original se inspira em Bright Star: Love Letters and Poems of John Keats to Fanny Brawne, uma colectânea de cartas de amor e poemas do próprio escritor dedicados ao amor da sua vida.
A defesa do poeta
O novo filme de Jane Campion finta todas as expectativas do filme de época para contar uma arrebatada paixão moderna despoletada pelo poder da palavra
Um filme de sucesso pode fazer muito mal a um realizador que não lhe está habituado - no caso da neo-zelandesa Jane Campion, o problema não é tanto responsabilidade dela mas sim das expectativas que o triunfo improvável de "O Piano" (1993) colocaram nos ombros de uma cineasta que segue uma musa muito pessoal e ainda mais peculiar. De tal modo que os olhares mais mercantilistas olharam para "Retrato de uma Senhora" (1996), "Fumo Sagrado" (1999) e "Atracção Perigosa" (2003) como "suicídio comercial" a longo prazo - esquecendo o modo como cada um desses três filmes se inscrevia com naturalidade no percurso de uma realizadora mais atenta às correntes subterrâneas das suas personagens do que à recepção comercial de filmes que não foram pensados para serem "blockbusters".
Isto tudo para dizer que, como é habitual em Campion, "Estrela Cintilante", primeiro grande (que dizemos? Grandíssimo, extraordinário) filme que estreia em 2010, vai começar por ser visto como uma daquelas biografias históricas muito britânicas de irrepreensível reconstituição de época. Ou não contasse a história verídica (mas livremente romanceada por Campion a partir da pesquisa realizada por Andrew Motion, biógrafo do poeta) do romance entre John Keats, um dos grandes poetas românticos do princípio do século XIX, e Fanny Brawne, a sua jovem e arrebatada vizinha. Romântico é a palavra certa para descrever o amor de Keats e Fanny, noivado que a morte prematura do poeta impediu de consumar, mas se à superfície o filme cumpre muitas das figuras obrigatórias do género, um simples olhar por baixo do tapete descobre mais um daqueles "retratos de senhora" em que a realizadora é perita - uma mulher imperiosa e insegura ao mesmo tempo, à frente do seu tempo, moderna, determinada. A Fanny de Abbie Cornish é uma jovem que pode não ter verdadeiramente experiência de vida, mas entrevê nas palavras que Keats escreve a possibilidade de uma emoção de tal modo transcendente que raia o sagrado.
E é disso que "Estrela Cintilante" fala: do poder quase sagrado da palavra (escrita ou falada) para nos abrir portas, caminhos, janelas que nos mostram quem somos, quem podemos ser, quem queremos ser; da palavra poética como ponte espiritual entre as pessoas; do amor como experiência sensorial de uma transcendência inexplicável mas que, em condições ideias de temperatura e pressão, consegue ser traduzida em palavras. E, para melhor o traduzir para os seus espectadores, Campion filma tudo isto no âmbito de um peculiar triângulo amoroso (o terceiro vértice é Charles Brown, amigo, anfitrião e auto-nomeado protector de Keats com quem Fanny se pega desde o primeiro encontro), como se fosse um idílio pastoral literalmente de câmara que a saúde frágil de Keats confina a salas, salões, quartos. A natureza, em "Estrela Cintilante" é uma Natureza idealizada, que Keats regista na sua memória num dos espaçados planos de exteriores do filme e depois reconstitui na sua poesia ornamentada à qual a voz de Ben Whishaw dá uma vida extraordinária (à atenção da distribuidora: é inexplicável e lamentável que o poema lido por Whishaw ao longo do genérico final não esteja legendado).
Retrato assombroso de um romance moderno antes do seu tempo, "Estrela Cintilante" é um poema em cinema. E o primeiro grande filme de 2010
Jorge Mourinha, Público, 8 de Janeiro de 2010»

Trailer "BRIGHT STAR" — ("ESTRELA CINTILANTE", PT)


Abbie Cornish - "Bright Star" - (Interview Pert 1 & Part 2)
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Informação gentilmente cedida pela Minha Colega e Amiga, Professora Elsa Cerqueira!