«The Reader
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The Reader (em português: O leitor) é um filme inglês e alemão de 2008, do gênero drama, dirigido por Stephen Daldry e baseado no romance Der Vorleser, de 1995, do escritor alemão Bernhard Schlink.
A adaptação para o cinema foi feita pelo roteirista David Hare. O elenco une desde atores experientes, como Kate Winslet e Ralph Fiennes, a jovens como David Kross. O filme foi a última produção de Anthony Minghella e Sydney Pollack, ambos tendo falecido antes da estreia do longa. As filmagens tiveram início na Alemanha, em setembro de 2007, e o lançamento nos cinemas americanos ocorreu no dia 10 de dezembro de 2008.
O filme conta a história de Michael Berg, um advogado alemão que, nos idos de 1958, mantém um caso com uma mulher mais velha, Hanna Schmitz, até que ela subitamente desaparece de sua vida para ressurgir oito anos mais tarde, no banco dos réus de um tribunal alemão, acusada de ter trabalhado para a SS durante a Segunda Guerra Mundial e de ser uma das responsáveis pela morte de dezenas de judeus em diferentes momentos da guerra. Michael percebe que Hanna guarda um segredo que acredita ser pior que seu passado nazista, um segredo que pode ser crucial para a decisão da corte.
Em casa, Michael é diagnosticado como portador de escarlatina. O médico da família ordena que o jovem fique de cama pelos três meses seguintes. Após a recuperação, ele manifesta vontade de visitar a desconhecida que o ajudara. Os dois acabam se envolvendo e passam a ter um caso. Durante os encontros no apartamento da trocadora, o jovem passa a ler para ela obras literárias que estuda no colégio, como a Odisséia, de Homero, A Dama do Cachorrinho, de Anton Checkhov, e Huckleberry Finn. Os encontros passam, então, a ter sempre uma sessão de leitura seguida de uma relação sexual. Hanna sempre se refere a Michael como "garoto" (kid), nunca pelo nome. Um belo dia, Hanna é promovida, sendo avisada de que iria trabalhar no escritório da empresa, e subitamente desaparece sem deixar rastros.
O filme volta a mostrar Michael já adulto, seguindo a carreira de advogado, quando então volta ao ano de 1966, com Michael cursando direito na Universidade de Heidelberg. Como parte de um seminário sob o comando do Professor Rohl (Bruno Ganz), um judeu sobrevivente de um campo de concentração, Michael passa a assistir o julgamento de várias mulheres acusadas de terem deixado trezentas prisioneiras judias morrerem queimadas em uma igreja em chamas no ano de 1944, em um evento conhecido como "Marcha da Morte", ocorrido após a evacuação do campo de Auschwitz. Uma das rés é Hanna Schmitz.
Atordoado, Michael visita um campo de concentração. O julgamento divide o seminário, com um dos alunos argumentando que não havia nada a aprender com aquilo, a não ser que coisas horríveis haviam acontecido diante dos olhos de milhões de cidadãos alemães, que falharam em não agir diante dos fatos e por isso haveriam de sofrer por toda a vida.
A evidência chave do julgamento é o depoimento da sobrevivente judia Ilana Mather (Alexandra Maria Lara), que escrevera um livro contando como ela e sua mãe conseguiram sobreviver à marcha da morte. Hanna, ao contrário das outras rés, admite que Auschwitz era um campo de extermínio e que as dez mulheres que eram "selecionadas" a cada mês eram enviadas à câmara de gás. Ela nega ter sido a autora de um relatório redigido após o incêndio da igreja, apesar da pressão das demais rés, no entanto, acaba confessando a autoria quando o juiz lhe solicita uma amostra de sua caligrafia.
Michael, então, descobre o grande segredo de Hanna: ela é analfabeta funcional, tendo ocultado o fato por toda a vida. Passou a integrar a SS após ter sido promovida em um emprego anterior, o que iria lhe obrigar a revelar seu segredo. Michael revela a seu professor que possui uma informação relevante, favorável a uma das rés, mas não sabe se faz a revelação, já que a mesma havia optado por escondê-la. O professor lhe diz que, se não havia aprendido nada com o passado, então não havia necessidade de participar daquele seminário.
Hanna é condenada à prisão perpétua por seus crimes de guerra, enquanto as demais rés recebem penas menores. Nos anos posteriores, Michael se casa, tem uma filha e se divorcia. Ao rever seus livros e notas de aula dos tempos de seu caso com Hanna, resolve gravar os textos em fitas cassete e envia as fitas, junto com um tocador, para Hanna. Com o tempo, ela aprende a ler e a escrever, e passa a enviar cartas para o rapaz.
Michael nunca retorna as cartas, mas continua enviando fitas. Em 1988, uma funcionária da penitenciária (Linda Basset) telefona para Michael e pede sua ajuda: Hanna tivera um afrouxamento de pena e será libertada, mas sua transição para uma vida em sociedade poderia ser problemática. Michael encontra um lar e um emprego para ela, e finalmente a visita. No entanto, na noite anterior ao dia de liberdade, Hanna se suicida e deixa uma carta para Michael, e junto com ela uma lata com algum dinheiro.
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Informação gentilmente cedida pela Minha Colega e Amiga, Professora Elsa Cerqueira!
Cinema Teixeira de Pascoaes
6ªs feira, dia 19 às 21: 30
Telefone: 255 431 084
Título original: The Reader
De: Stephen Daldry
Com: Ralph Fiennes, Jeanette Hain, Kate Winslet
Género: Drama, Thriller
Classificacao: M/16
ALE/EUA, 2008, Cores, 125 min.
Sinopse
No final da Segunda Guerra Mundial, o jovem Michael Berg adoece e é tratado por uma bela e misteriosa mulher mais velha, Hanna (Kate Winslet). Quando os dois se reencontram, apaixonam-se e a relação intensifica-se à medida que Michael lê para Hanna obras clássicas. Mas Hanna volta a desaparecer. Oito anos depois, Michael (Ralph Fiennes) é aluno de Direito e acompanha os julgamentos dos crimes de guerra cometidos pelos nazis. É aí que descobre que a mulher que tanto amou escondia segredos que afectarão por completo a vida de ambos.
Não temos certeza que seja um grande filme, mas sabemos que nos deixa a remoer
Por esta altura, já se percebeu como a adaptação por Stephen Daldry ("Billy Elliot", "As Horas") do romance de Bernhard Schlink, milimetricamente programada à distância para fazer boa figura nos Oscares, foi perseguida pela turbulência: Nicole Kidman começou por substituir Kate Winslet, comprometida com "Revolutionary Road", mas saltou fora quando as rodagens de "Austrália" se atrasaram, e Winslet entretanto livre regressou ao filme; o adolescente David Kross, sem experiência de representação, teve de aprender inglês (que não falava) e a produção teve de aguardar que ele chegasse à maioridade legal para arrancar com as filmagens; o director de fotografia Roger Deakins teve de abandonar as rodagens a meio para ir filmar "Dúvida", sendo substituido pelo mestre Chris Menges; os produtores, Anthony Minghella e Sydney Pollack, faleceram durante a produção; Daldry montou o filme a par com os ensaios da sua transposição para a Broadway da versão musical de "Billy Elliot", levando a um choque com os temidos irmãos Weinstein, co-produtores do filme; Scott Rudin, outro dos produtores, retirou o nome do filme na sequência (também aqui) de choques com os Weinstein...
Há um ditado inglês que, traduzido à letra, diz "demasiados cozinheiros estragam o prato", e com tanta confusão e turbulência de produção seria legítimo esperarmos um prato mal amanhado. Mas não foi nada disso que aconteceu: cerebral, meticulosamente pensado até ao ínfimo pormenor, a história do tórrido caso de Verão entre um liceal precoce e uma revisora de autocarros na Alemanha do pós-II Guerra Mundial - e do modo como os segredos do passado nazi vêm alterar "a posteriori" essa experiência - é um filme singularmente perturbante. Não porque haja aqui uma marca de realizador (e não há; antes um certo anonimato de "qualidade britânica") ou interpretações de estarrecer (mesmo que Kate Winslet seja maravilhosa, como sempre, embora no seu caso isso seja o mínimo que se possa esperar). Antes porque Daldry e o seu argumentista, o dramaturgo David Hare, fazem desta história de amor esquiva e profundamente equívoca uma meditação sobre a moral, a justiça, a vergonha, o passado, a História, o dever. Onde nunca nada é o que parece e tudo parece construído sobre areias movediças, numa sucessão de camadas que vão lentamente caindo, como uma flor malsã que só revela a sua natureza profunda depois de desabrochar por completo, mas sem escamotear que o que aqui se joga é, tudo, demasiadamente humano.
Reveladora, a esse nível, é a cena do julgamento em que Winslet faz a pergunta-chave que norteia todo o filme: "o que teria você feito? O que esperava que eu fizesse?" É um momento arrepiante que cristaliza aquilo de que "O Leitor" fala: do equilíbrio precário entre a luz e a escuridão, visto com a frieza decidida e distante do que poderia ser um filme ("tipicamente") alemão (e, de certa maneira, até o é; co-produção alemã, rodada na Alemanha com um elenco onde apenas Winslet, Ralph Fiennes e Lena Olin não são nativos).
Mas essa é apenas mais uma das ilusões de um filme que se esquiva a ser catalogado e está constantemente a mover o terreno debaixo dos pés do seu espectador. Não temos certeza que "O Leitor" seja um grande filme (há um final demasiado "certinho", por exemplo; há um requinte sem esforço que nos pergunta se há aqui de facto mais alguma coisa do que apenas uma adaptação de prestígio de um romance conhecido). Mas sabemos que nos deixa a remoer; e isso já é muito mais do que muitos grandes filmes contemporâneos conseguem.
Jorge Mourinha, Público, 12/02/2009
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
The Reader | |
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O Leitor (PT/BR) | |
Estados Unidos / Alemanha 2008 ı cor ı 124 min | |
Direção | Stephen Daldry |
Elenco | Kate Winslet Ralph Fiennes David Kross Alexandra Maria Lara Lena Olin Bruno Ganz Thorben Lembke Linda Basset |
Roteiro/Guião | David Hare |
Género | drama |
Idioma | inglês |
IMDb |
A adaptação para o cinema foi feita pelo roteirista David Hare. O elenco une desde atores experientes, como Kate Winslet e Ralph Fiennes, a jovens como David Kross. O filme foi a última produção de Anthony Minghella e Sydney Pollack, ambos tendo falecido antes da estreia do longa. As filmagens tiveram início na Alemanha, em setembro de 2007, e o lançamento nos cinemas americanos ocorreu no dia 10 de dezembro de 2008.
O filme conta a história de Michael Berg, um advogado alemão que, nos idos de 1958, mantém um caso com uma mulher mais velha, Hanna Schmitz, até que ela subitamente desaparece de sua vida para ressurgir oito anos mais tarde, no banco dos réus de um tribunal alemão, acusada de ter trabalhado para a SS durante a Segunda Guerra Mundial e de ser uma das responsáveis pela morte de dezenas de judeus em diferentes momentos da guerra. Michael percebe que Hanna guarda um segredo que acredita ser pior que seu passado nazista, um segredo que pode ser crucial para a decisão da corte.
Índice[esconder] |
[editar] Sinopse
O filme começa em 1995, na cena em que Michael (Ralph Fiennes) prepara o [café-da-manhã]] para uma mulher com quem passou a noite. Quando ela vai embora, Michael olha pela janela e vê um U-Bahn amarelo, fazendo-o lembrar de quando, em 1958, então com 15 anos, morando em Neustadt, passa mal durante o trajeto do U-Bahn e acaba vomitando na entrada de um prédio, sendo em seguida socorrido por Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma trocadora que morava naquele prédio.Em casa, Michael é diagnosticado como portador de escarlatina. O médico da família ordena que o jovem fique de cama pelos três meses seguintes. Após a recuperação, ele manifesta vontade de visitar a desconhecida que o ajudara. Os dois acabam se envolvendo e passam a ter um caso. Durante os encontros no apartamento da trocadora, o jovem passa a ler para ela obras literárias que estuda no colégio, como a Odisséia, de Homero, A Dama do Cachorrinho, de Anton Checkhov, e Huckleberry Finn. Os encontros passam, então, a ter sempre uma sessão de leitura seguida de uma relação sexual. Hanna sempre se refere a Michael como "garoto" (kid), nunca pelo nome. Um belo dia, Hanna é promovida, sendo avisada de que iria trabalhar no escritório da empresa, e subitamente desaparece sem deixar rastros.
O filme volta a mostrar Michael já adulto, seguindo a carreira de advogado, quando então volta ao ano de 1966, com Michael cursando direito na Universidade de Heidelberg. Como parte de um seminário sob o comando do Professor Rohl (Bruno Ganz), um judeu sobrevivente de um campo de concentração, Michael passa a assistir o julgamento de várias mulheres acusadas de terem deixado trezentas prisioneiras judias morrerem queimadas em uma igreja em chamas no ano de 1944, em um evento conhecido como "Marcha da Morte", ocorrido após a evacuação do campo de Auschwitz. Uma das rés é Hanna Schmitz.
Atordoado, Michael visita um campo de concentração. O julgamento divide o seminário, com um dos alunos argumentando que não havia nada a aprender com aquilo, a não ser que coisas horríveis haviam acontecido diante dos olhos de milhões de cidadãos alemães, que falharam em não agir diante dos fatos e por isso haveriam de sofrer por toda a vida.
A evidência chave do julgamento é o depoimento da sobrevivente judia Ilana Mather (Alexandra Maria Lara), que escrevera um livro contando como ela e sua mãe conseguiram sobreviver à marcha da morte. Hanna, ao contrário das outras rés, admite que Auschwitz era um campo de extermínio e que as dez mulheres que eram "selecionadas" a cada mês eram enviadas à câmara de gás. Ela nega ter sido a autora de um relatório redigido após o incêndio da igreja, apesar da pressão das demais rés, no entanto, acaba confessando a autoria quando o juiz lhe solicita uma amostra de sua caligrafia.
Michael, então, descobre o grande segredo de Hanna: ela é analfabeta funcional, tendo ocultado o fato por toda a vida. Passou a integrar a SS após ter sido promovida em um emprego anterior, o que iria lhe obrigar a revelar seu segredo. Michael revela a seu professor que possui uma informação relevante, favorável a uma das rés, mas não sabe se faz a revelação, já que a mesma havia optado por escondê-la. O professor lhe diz que, se não havia aprendido nada com o passado, então não havia necessidade de participar daquele seminário.
Hanna é condenada à prisão perpétua por seus crimes de guerra, enquanto as demais rés recebem penas menores. Nos anos posteriores, Michael se casa, tem uma filha e se divorcia. Ao rever seus livros e notas de aula dos tempos de seu caso com Hanna, resolve gravar os textos em fitas cassete e envia as fitas, junto com um tocador, para Hanna. Com o tempo, ela aprende a ler e a escrever, e passa a enviar cartas para o rapaz.
Michael nunca retorna as cartas, mas continua enviando fitas. Em 1988, uma funcionária da penitenciária (Linda Basset) telefona para Michael e pede sua ajuda: Hanna tivera um afrouxamento de pena e será libertada, mas sua transição para uma vida em sociedade poderia ser problemática. Michael encontra um lar e um emprego para ela, e finalmente a visita. No entanto, na noite anterior ao dia de liberdade, Hanna se suicida e deixa uma carta para Michael, e junto com ela uma lata com algum dinheiro.
[editar] Elenco
- Kate Winslet .... Hanna Schmitz
- Ralph Fiennes .... Michael Berg
- Jeanette Hain .... Brigitte
- David Kross .... jovem Michael Berg
- Susanne Lothar .... Carla Berg
- Alissa Wilms .... Emily Berg
- Florian Bartholomäi .... Thomas Berg
- Friederike Becht .... Angela Berg
- Matthias Habich .... Peter Berg
- Frieder Venus .... médico
- Lena Olin .... Rose Mather / Ilana Mather
- Alexandra Maria Lara .... jovem Ilana Mather
- Bruno Ganz .... professor Rohl
[editar] Principais prêmios e indicações
Kate Winslet e o jovem ator David Kross, intérprete de Michael Berg na juventude, receberam o aplauso do público e da crítica por suas performances. Além disso, Winslet conquistou o Oscar, o BAFTA, o Globo de Ouro e o SAG de 209 por sua atuação no drama. O filme também foi indicado a diversos outros prêmios em outras categorias, como o Oscar de melhor roteiro adaptado, para o roteirista David Hare.[editar] Ligações externas
- The Reader (em inglês) no Internet Movie Database» in Wikipédia.
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