06/04/09

Caetano Veloso - Mais uma Grande Voz do Brasil e da Língua Portuguesa!





Caetano Veloso - "Eu Sei Que Vou Te Amar"

Caetano Veloso - "Sozinho" - (Ao Vivo)

Caetano Veloso - "Terra"

Catetano Veloso - "Você Não Me Ensinou a Te Esquecer"


Caetano Veloso - "O Ciúme"

Caetano Veloso - "Sampa"

Caetano Veloso - "Haiti"

Caetano Veloso - "Carolina"

Caetano Veloso - "O Leãozinho"

Caetano Veloso - "Tropicalia" - (Live)

Caetano Veloso - "Fale com Ela"

Caetano Veloso - "Luz do Sol"

Caetano Veloso - "Alegria, Alegria" - (Clip)

Caetano Veloso - "Força Estranha"

Caetano Veloso - "O Ultimo Romântico"

Caetano Veloso - "Un Vestido y un Amor"

João Gilberto e Caetano Veloso - "O Pato"

Caetano Veloso - "Mimar Você"

Caetano Veloso - "Tonada de Luna llena"

Caetano Veloso - "A Luz de Tieta"

Caetano Veloso - "Cucurrucucu Paloma"

Caetano Veloso - "Fina Estampa"

Caetano Veloso - "Trem das Cores"

João Gilberto e Caetano Veloso - "Garota de Ipanema"

Caetano Veloso - "Oração ao Tempo" - (05/08/2007)

Chico Buarque e Caetano Veloso - "Tatuagem" + "Esse Cara"

Caetano Veloso - "Menino Deus"

CAETANO VELOSO - "LA FLOR DE LA CANELA"

Caetano Veloso - "Cajuína"

Caetano Veloso - "Dom de Iludir"

Capullo De Jerez - "Flor de Canela" - (Vídeo Clip)

Caetano Veloso - "London London"




«Caetano Veloso

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Caetano Veloso

Caetano em Umbria Jazz (Perugia, Itália)
Informação geral
Nome completo Caetano Emanuel Viana Teles Veloso
Data de nascimento 7 de Agosto de 1942 (66 anos)
Origem Santo Amaro da Purificação
Bahia
País Brasil Brasil
Gêneros MPB
Instrumentos violão, guitarra
Sítio oficial www.caetanoveloso.com.br
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico e escritor brasileiro.

Índice

[esconder]


[editar] Biografia

Nascido na Bahia, é o quinto dos oito filhos de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô), nascida em 16 de setembro de 1907. Ele escolheu o nome da irmã, inspirado em uma canção famosa da época (18 de junho de 1946) na voz do cantor Nélson Gonçalves, Maria Bethânia, do compositor Capiba. Na infância, foi fortemente influenciado por arte, música, desenho e pintura; as maiores influências musicais desta época foram alguns cantores em voga na época, como "o rei do baião" Luiz Gonzaga, e músicas de maior apelo regional, como sambas de roda e pontos de macumba. Em 1956 freqüentou o auditório da Rádio Nacional, na capital fluminense, que contava com apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros. Em 1960 mudou-se para Salvador, onde aprendeu a tocar violão. Apresentou-se em bares e casas noturnas de espetáculos. Nesta época, o interesse por música se intensificou.

[editar] Trajetória artística

Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova. Recebendo a influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento, em seguida ajudou a criar um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando o melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 60 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. A obra adquiriu um contorno pesadamente engajado e intelectualista e o artista firmava-se sendo respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.
Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.Ele ganhou o premio nolbel; Por ter feito a musica amado por uma rosa.

[editar] Início da carreira musical

Foi lançado no cenário musical nacional pela irmã, a já reconhecida cantora Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções Cavaleiro e Samba em Paz, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG), participando também do musical Arena canta Bahia (ao lado de Gal, Gil, Bethânia e Tom Zé), dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC (São Paulo). Teve músicas inclusas na trilha do curta-metragem Viramundo, dirigido por Geraldo Sarno.
O primeiro LP gravado, em parceria com Gal Costa, foi Domingo (1967), produzido por Dori Caymmi, foi lançado pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), que lançaria quase todos os discos. Domingo contou com uma sonoridade totalmente bossa-novista, e a ele pertence o primeiro êxito popular da carreira, a canção Coração vagabundo. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu um bom reconhecimento à dupla e foi muito aclamado pelo meio musical da época, como Elis Regina, Wanda Sá, o próprio Dori Caymmi e Edu Lobo, marcando a estréia de ambos nessa gravadora, a convite do então diretor artístico João Araújo. A canção Um dia, no repertório deste, recebeu o prêmio de melhor letra no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record

[editar] Tropicalismo


Caetano em 1996.
Nesse mesmo ano, a canção Alegria, Alegria, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968), que trouxe canções como Alegria alegria, No dia em que vim-me embora, a antológica Tropicália, Soy loco por ti América e Superbacana, e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou Domingo no Parque, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.
Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção É Proibido Proibir, da sua autoria (mesmo compacto que incluía a canção Torno a repetir, de domínio público), que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3º Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica (São Paulo, 15 de setembro de 1968). Vestido com roupa de plástico, ele lança de improviso um histórico discurso contra a platéia e o júri. "Vocês não estão entendendo nada!", grita. A canção é desclassificada, mas também foi lançada em compacto simples. Em novembro, Gal defende sua canção Divino maravilhoso, parceria sua com Gil, no mesmo musical onde participou defendendo a canção Queremos guerra (de Jorge Benjor). Caetano lançou um compacto duplo que continha a gravação do samba A voz do morto que foi censurado, com isso o LP foi recolhido das lojas.
Caetano Veloso e Jorge Mautner foram os primeiros andróginos da Música Popular Brasileira. Em seu primeiro show na volta ao Brasil, em 1972, Caetano encarava o público de brincos de argolas, tamancos, baton e tomara-que-caia. Caetano Veloso é a maior referência para o artista Ney Matogrosso - que mais tarde estrearia no grupo Secos & Molhados.

[editar] Ditadura militar

Desde o início da carreira, Veloso sempre demonstrou uma posição política ativa e esquerdista, ganhando por isso a inimizade do regime militar instituído no Brasil em 1964 e cujos governos perduraram até 1985. Por esse motivo, as canções foram freqüentemente censuradas neste período, e algumas até banidas. Em 27 de dezembro de 1968, Veloso e o parceiro Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.
Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. O espetáculo, precariamente gravado, se transformou no disco Barra 69, de três anos mais tarde.
Antes de partir para o exílio, em abril e maio de 1969, Caetano gravou as bases de voz e violão do próximo disco, Caetano Veloso, que foram mandadas para São Paulo, onde o maestro Rogério Duprat faria os arranjos e dirigiria as gravações do disco, lançado em agosto - um dos únicos que não traz uma foto sua na capa. No repertório, destaque para as canções Atrás do trio elétrico (lançada em novembro em compacto simples com Torno a repetir), Irene feita na cadeia em homenagem à irmã, o grande sucesso Marinheiro só, e regravações de Carolina, de Chico Buarque (regravada muitos anos depois no CD Prenda minha) e o tango argentino Cambalache.
A canção Não identificado, desse mesmo disco, foi lançada em novembro em compacto simples, juntamente com Charles anjo 45, de Jorge Ben, em dueto com o próprio. Além disso, também trabalhou como produtor musical, com João Gilberto (João voz e violão), Jorge Mautner (Antimaldito), Gal Costa (Cantar, cujo espetáculo originado deste também foi dirigido por ele) e a irmã Maria Bethânia (Drama - Anjo Exterminado, com faixa-título da autoria), caracterizando-se também por numerosas canções gravadas por outros intérpretes.

[editar] Década de 1970

Em janeiro de 1972, Caetano Veloso retornou definitivamente ao Brasil, após haver visitado o país em agosto de 1971, onde participou de um encontro histórico, ao lado de João Gilberto e Gal Costa, realizado pela extinta TV Tupi. Ao lado deste que fora uma das maiores influências, participou em 1981 do álbum Brasil, do seu mestre João Gilberto. O disco, que contou também com a presença de Gil e Bethânia, foi lançado pela gravadora WEA, paralelamente à estréia da peça O percevejo, do poeta russo Vladimir Maiakóvski, com a participação de Dedé Veloso como atriz, e alguns poemas musicados pelo próprio Caetano. Um deles, O amor, se tornaria sucesso na voz de Gal.
Em 1974 lançou, ao lado de Gil e Gal, o disco Temporada de verão, gravado no Teatro Castro Alves, em Salvador, com destaque para a regravação de Felicidade, de Lupicínio Rodrigues, e as inéditas De noite na cama (que seria regravada posteriormente por Marisa Monte e Erasmo Carlos, novamente obtendo êxito) e O conteúdo, ambas de sua autoria.
A Tropicália seria retomada no álbum Tropicália 2 (1993), que comemorou os vinte e cinco anos do movimento e trinta anos de amizade entre Caetano e Gil, e ainda retomando a parceria entre ambos, contendo algumas doses de experimentalismo (Rap popcreto, Aboio, Dada, As coisas), uma crítica à situação política do país (Haiti - rap social da dupla), uma homenagem ao cinema (o movimento Cinema novo), ao carnaval baiano (Nossa gente - também gravada pela banda Cheiro de amor com sucesso), ao poeta Arnaldo Antunes (As coisas - cuja letra foi musicada de um trecho deste livro homônimo), e ainda ao músico Jimi Hendrix, com Wait until tomorrow. Anteriormente, ambos já haviam lançado um compacto simples com as canções Cada macaco no seu galho (Riachão), também inclusa no repertório deste, e Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho).
Em 1973, apresentou-se no evento Phono 73, série de espetáculos promovidos pela gravadora Philips com todo o elenco desta, no Anhembi (São Paulo), onde ele cantou a canção Eu vou tirar você deste lugar, do ícone considerado brega Odair José. Um compacto simples com as musicalizações para Dias dias dias (com citação para Volta, de Lupicínio Rodrigues) e Pulsar (Augusto de Campos) saiu encartado em Caixa preta (Edições Invenção), obra do poeta em parceria com Júlio Plaza; quatro anos depois, também saiu acoplado ao livro Viva vaia (editora Duas Cidades), que seria então publicado por Augusto. Participou de um espetáculo com Gilberto Gil na Nigéria (1977), onde passaram cerca de um mês. Em abril, foi publicado pela editora Pedra q ronca o livro Alegria alegria, com uma série de artigos, manifestos e poemas de Caetano, além de entrevistas com ele, realizada pelo conterrâneo, amigo e poeta Waly Salomão.
Em 1979, apresentou-se em um festival na TV Tupi defendendo a canção Dona culpa ficou solteira, de Jorge Ben, onde foi vaiado e a canção desclassificada.
A década de 70 foi muito importante para carreira de Caetano, e para toda a MPB. Entre as canções de Caetano mais representativas desse período, estão, entre outras: Louco por você, Cá-já, A Tua presença morena, Épico, It's a long way, Um índio, Oração ao tempo, A little more blue, Nine out of ten, Maria Bethânia, Júlia/ Moreno, Minha Mulher, Tigresa, Cajuína, You don't know me e London London.

[editar] Doces Bárbaros

Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Ao longo dos anos, o lema Doces Bárbaros foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira'em 1994, com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu (paráfrase do verso de Atrás do trio elétrico, gravada em 1969), puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e numa apresentação para a rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 70.
Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry Fields Forever, São João Xangô Menino e O seu Amor, todas gravações raras.

[editar] Anos 80


Caetano Veloso no TIM Festival.
Nos anos 80, cresceu a popularidade no exterior, principalmente em Israel, Portugal, França e África. Comandou, em 1986, ao lado de outro dos grandes cantores de sua geração, o carioca Chico Buarque, com quem gravou um antológico disco ao vivo em 1972, na apresentação do programa Chico e Caetano (TV Globo). O sucesso deste acabou por originar o álbum Melhores momentos de Chico e Caetano, que contou com a participação especial, dentre outros, de Rita Lee, Jorge Benjor, Astor Piazzolla, Elza Soares, Tom Jobim, Luiz Caldas, o grupo Fundo de Quintal e Paulo Ricardo.
Além deste, neste ano lançou dois discos: Totalmente demais, originado de um espetáculo acústico (outubro de 1985) que fora gravado no hotel carioca Copacabana Palace. Este disco, lançado para o projeto Luz do Solo inclusive, foi o primeiro grande sucesso da carreira, que vendeu cerca de 250 mil cópias e que trouxe regravações de canções que fizeram sucesso na voz de outros cantores, com destaque para a faixa-título, proibida pelo regime militar havia três anos, e ainda Caetano Veloso, também conhecido como Acústico, pelo selo Nonesuch, que trouxe regravações dos antigos sucessos neste formato. Este disco contou com a participação especial de três músicos: Tony Costa (violão), Marcelo Costa e Armando Marçal (percussão). Lançado inicialmente nos EUA, onde foi gravado, foi distribuído no Brasil somente quatro anos depois (outubro de 1990) e obteve boa recepção crítica, originando um espetáculo na casa carioca Canecão, que seria reiniciado em abril de 1991. Nesse mesmo mês, no dia 21, dia de Tiradentes, fez uma apresentação em homenagem ao Dia da Terra, que contou com a participação de cerca de cinqüenta mil pessoas, realizado na enseada do Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em 1981, o disco Outras palavras atingiu a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos Lua e estrela e Rapte-me camaleoa, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção Vera Gata, a língua portuguesa, numa incursão poética vanguardista (com a faixa-título), o estado de São Paulo (Nu com a minha música), o poeta Paulo Leminski (Verdura), a cultura do candomblé e umbanda (Sim/não), o grupo Os Trapalhões (Jeito de corpo) e o cantor francês Henri Salvador (Dans mon ile), a quem também homenageria na canção Reconvexo, gravada por Maria Bethânia. Nessa mesma época, causou polêmica ao se desentender com a imprensa especializada (jornalistas e poetas como Décio Pignatari com quem se reconciliaria em 6 de dezembro de 1986, José Guilherme Merquior - que o acusou de "pseudo-intelectual que tenta usurpar a área do pensamento", e Paulo Francis).
Participou como ator, em 1982, do filme Tabu, de Júlio Bressane, onde interpretou o compositor Lamartine Babo, e sete anos depois, de Os Sermões - A História de Antônio Vieira, como Gregório de Matos, também de autoria de Júlio. No ano seguinte, inaugurou o programa Conexão Internacional, da extinta TV Manchete, numa gravação realizada em Nova Iorque, onde entrevistou Mick Jagger, cantor do grupo Rolling Stones. Em fins de 1988 - dezembro, a editora Lumiar publicou um songbook (livro de canções), produzido por Almir Chediak, desmembrado em dois volumes e com as letras e cifras de 135 músicas.
Três anos depois, veio Velô, acompanhado pelos músicos da Banda Nova, com destaque, dentre outras, para Podres poderes, O pulsar, a regravação de Nine out of ten (gravada originalmente no álbum Transa, de 1972), O quereres, uma homenagem ao pai com O homem velho, Comeu, Shy moon e Língua, uma homenagem à língua portuguesa. Estas duas últimas contaram com as participações especiais de Ritchie e Elza Soares.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
A década de 80 foi o momento em que Caetano começou a lançar seus discos e fazer shows maiores no exterior. Dentre as gravações mais representativas deste período na carreira do artista, e para toda a MPB, estão, entre outras: Os outros românticos, O estrangeiro, José, Giulieta Massina, O ciúme, Eu sou neguinha, Ele me deu um beijo na boca, Outras Palavras, Peter Gast, Eclipse oculto, Luz do sol, Jasper, Queixa, O quereres, O homem velho, Trem das cores, Noite de Hotel, Este amor, Rapte-me camaleoa, Língua e Podres Poderes.

[editar] Trilhas de filmes

Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos pop stars latino-americanos no mundo, com mais de cinqüenta álbuns lançados, incluindo canções em trilhas sonoras de filmes de longa-metragem como Hable con ella, de Pedro Almodóvar; Frida, uma biografia da pintora mexicana; São Bernardo, de Leon Hirszman, com roteiro a partir do romance homônimo de Graciliano Ramos; o documentário Cinema Falado, relançado em 2003 em DVD, cujo título remete ao primeiro verso de um antigo samba de Noel Rosa; Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes; Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, baseado no romance homônimo do escritor Jorge Amado; A dama do lotação, de Neville de Almeida, baseado no conto homônimo de Nelson Rodrigues; O Quatrilho, de Fábio Barreto; O coronel e o lobisomem; Orfeu; Proezas do Satanás na Terra do Leva-e-Traz, de Paulo Gil Soares; Ó Paí, Ó, de Monique Gardenberg, dentre outros.
Em 2002 publicou um livro sobre o movimento da Tropicália, Tropical Truth: A Story of Music and Revolution in Brazil (Tropicália: uma história de música e revolução no Brasil) e em 1997 redigiu o texto de Verdade Tropical (editora Companhia das Letras - 524 páginas), livro este onde relatou as lembranças do Tropicalismo e um relato pessoal sobre a visão de mundo, paralelamente ao lançamento do CD Livro, muito elogiado pela crítica especializada e indicado para o prêmio Grammy Latino em setembro de 2000, na categoria World Music (Música do Mundo). No repertório, a recriação de um trecho do poema O Navio Negreiro, do conterrâneo Castro Alves, algumas canções inéditas (Os passistas, Doideca, Você é minha, Livro, Um tom, Manhatã - dedicada a Lulu Santos -, Não enche, Alexandre e Pra ninguém), regravações de clássicos da MPB (Na baixa do sapateiro, de Ary Barroso) e de canções de sua autoria (Onde o Rio é mais baiano e Minha voz, minha vida, feita nos anos 80, mais precisamente em 1982, para Gal Costa gravar), e How beautiful could a being be, do filho Moreno.
Deste disco, foi originado o espetáculo Prenda minha, que por sua vez originou o também elogiado CD homônimo, lançado em fins de 1998, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas, na ausência total de canções do disco de estúdio. Inclusive este CD foi o primeiro a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas na sua carreira, vendagem esta alavancada pelo estrondoso sucesso da regravação da canção Sozinho (Peninha), que incluída na trilha sonora da telenovela Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, explodiu nas rádios brasileiras. Exibiu alta produtividade também como compositor, com viés predominantemente poético e intelectual.

[editar] Destaques discográficos


Caetano Veloso no Coliseu de Lisboa.
A primeira produção de um CD totalmente em Inglês (já havia lançado o disco "Fina Estampa" totalmente em Espanhol) foi A Foreign Sound -- Um som Estrangeiro (2004), no qual interpretou clássicos da música estadunidense e inglesa. Da vasta discografia, destacou-se também o álbum Estrangeiro, gravado em Nova Iorque, após uma série de apresentações na Itália em abril, foi gravado em parceria com Arto Lindsay, que obteve ótima recepção crítica da imprensa dos EUA, rendendo-lhe o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim) de música (1989), tendo como um dos grandes êxitos a canção Meia lua inteira (de um compositor até então novato, Carlinhos Brown), que integrou a trilha sonora da telenovela Tieta de Aguinaldo Silva, e também gravou um LP em espanhol, Fina Estampa (1994), que trouxe clássicos latino-americanos com arranjos do maestro e violoncelista Jacques Morelenbaum, em estilo de bossa nova, e originou um álbum ao vivo homônimo, com parte daquelas canções entre outras músicas consagradas e pouco conhecidas da MPB (O samba e o tango, Canção de amor, Suas mãos, Lábios que beijei, Você esteve com meu bem), regravações dos antigos sucessos (Haiti, O pulsar, Itapuã, Soy loco por ti América) e canções em espanhol fora do disco de estúdio, com Cucurrucucú paloma, La barca e Ay amor. O espetáculo contou com poucas apresentações em território nacional, apresentando-se principalmente na cidade italiana de Nápoles (agosto de 1994, num encontro com o cantor Lucio Dalla). Inclusive a versão em CD do álbum de estúdio trouxe três músicas a mais: Tonada de luna llena, Lamento borincano e Vete de mi.
Outro trabalho que obteve relevante sucesso foi Omaggio a Federico e Giulietta (1999), com parte das canções em italiano (Come prima, Gelsomina e Luna rossa, que integrou a trilha sonora da telenovela Terra Nostra, de Benedito Ruy Barbosa), consistindo em uma homenagem ao cineasta italiano Federico Fellini e a esposa, a atriz cinematográfica Giulietta Masina, a quem também homenagearia na canção homônima, incluída neste mesmo disco. Ela também fez parte do repertório do disco Caetano (1987), que vendeu cem mil cópias. Inclusive esta canção foi proibida na época do lançamento. Diferentemente dos lançamentos anteriores, este Caetano não foi acompanhado de entrevistas. Caetano, desgostoso com a imprensa, quis cortar relações com ela. O espetáculo realizado em Paris (março de 1988), lhe garantiu uma aparição exclusiva na revista Vogue.
A maior parte das canções do álbum Caetano Veloso, gravado em Londres pelo selo Famous da Paramount Records, foram cantadas em inglês, e Transa mesclou português e inglês nas canções, ambos de 1971. Um dos sucessos deste, London London, acabou por ser regravada pelo grupo RPM quinze anos depois, novamente colocando a canção nas paradas de sucesso, e a regravação de Asa branca (de autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).
Transa, com uma capa inusitada em formato de objeto tridimensional, com destaque para a regravação do samba Mora na filosofia (de autoria da dupla Monsueto e Arnaldo Passos) e Triste Bahia (feita sobre inspiração de um trecho de soneto do conterrâneo, o poeta barroco Gregório de Matos). Transa também iniciou uma trilogia marcada pelo experimentalismo. O segundo trabalho nesse caminho foi o polêmico Araçá Azul (1972), que surpreendeu pelo perfil anticomercial, tendo por isso grande número de devoluções, foi retirado de catálogo e relançado somente em 1987.
Em fins de 1971 também lançou o compacto duplo O Carnaval de Caetano, com destaque para a canção Chuva, suor e cerveja, que obteve enorme sucesso no ano seguinte. Na época, lançou outros compactos destinados ao mercado carnavalesco: Piaba, Um frevo novo, A filha da Chiquita Bacana, Massa real e Deus e o diabo.
A última obra da trilogia foi Jóia (1975), lançado juntamente com Qualquer coisa. A capa original deste primeiro foi censurada por exibir um auto-retrato, a então mulher e o filho nus - num desenho de sua autoria, cuja capa só seria reconstituída dezesseis anos depois, quando da reedição em CD. A capa de Qualquer coisa foi uma paráfrase à do álbum Let it be, do grupo inglês The Beatles, a quem homenageou justamente nesses dois discos, com as canções Let it be, Eleanor Rigby e For no one (Qualquer coisa) e Help (Jóia).
Um dos discos mais aclamados pela crítica estrangeira foi o álbum "Estrangeiro", lançado em 1989. Não diferente aconteceu com os álbuns "Circuladô", "Livro" e "Noites do Norte". No Brasil, além desses álbuns, também tiveram críticas positivas discos como: Cê, Velô, Fina Estampa, Eu não peço desculpa, A foreign sound e Caetano [87].
Em termos de importância, muitos são os discos do artista Caetano Veloso que devem ser citados obrigatoriamente na história da Música Popular Brasileira: Transa [1972], Jóia [1975], Livro [1997], Caetano Veloso [1971], Cê [2006], Cinema Transcendental [1979], Qualquer Coisa [1975], Circuladô [1991], Bicho [1977], Uns [1983], e outros.

[editar] Curiosidades


Durante apresentação no Coliseu de Lisboa.
Em 1977 vieram dois discos: Muitos carnavais, com canções destinadas ao carnaval, feito a partir de gravações de músicas lançadas anteriormente em compactos, e Bicho, que simulou uma incursão pela discoteca, gênero muito em voga na época, com destaque para a canção Tigresa, sucesso na voz de Gal Costa que fora composta em homenagem a atriz Sônia Braga (para quem também escreveu Trem das cores, do disco Cores e nomes, lançado em 1982). Em 1978 lançou o criticado Muito, que iniciou a parceria com o grupo A Outra Banda da Terra (terminada em Uns, lançado em 1983 que contou com a participação especial de Marina Lima, Antônio Cícero, a bateria da escola de samba GRES União da Ilha do Governador e a irmã Maria Bethânia na canção É hoje) e foi um fracasso comercial - vendeu cerca de trinta mil cópias, com destaque para as canções Terra, uma homenagem à Bahia, mas também ao planeta Terra, e Sampa, escrita em homenagem à cidade de São Paulo, além de uma homenagem ao futebolista e ex-ministro dos esportes Pelé (Love love love) e a regravação de um sucesso da bossa nova Eu sei que vou te amar (de autoria da dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Neste mesmo ano, lançou Maria Bethânia e Caetano Veloso - ao vivo, que inicialmente seria concebido apenas na cidade natal para levantar fundos para a recuperação da catedral local, mas acabou sendo levado a várias cidades brasileiras. No ano seguinte, lançou o elogiado Cinema Transcendental, cujo título era extraído da canção Trilhos urbanos, no repertório. Atingindo a vendagem de cerca de cem mil cópias, trouxe canções antológicas de sua autoria, como Menino do Rio (sucesso na voz de Baby Consuelo, atual Baby do Brasil), Lua de São Jorge, Beleza pura (que se tornou o grande hit do LP), e Cajuína, e uma exaltação à religiosidade com Oração ao tempo. Em julho de 1990, participou do Festival de Jazz de Montreux, na França.
Merecem destaque também os álbuns Circuladô (1991), novamente produzido por Arto Lindsay após ter realizado em setembro alguns espetáculos na casa de espetáculos nova-iorquina Town Hall, cuja faixa-título é inspirada num poema de Haroldo de Campos, colaborador de longa data, que originou um álbum duplo ao vivo e ainda um documentário, como também um especial de cinco programas na TV Manchete, dirigido por Walter Salles. Em outubro, escreveu no jornal The New York Times um longo artigo, de profundas implicações culturais, sobre a cantora Carmen Miranda, paralelamente ao lançamento de outro livro: Caetano, por que não?, de autoria de Gilda Dieguez e Ivo Lucchesi, pela Editora Francisco Alves. Em maio, pela segunda vez, recebeu o Prêmio Sharp de Música. Em 1993 foi lançado o livro Caetano - esse cara, de Héber Fonseca, publicado pela editora Revan, que continha depoimentos dados ao longo da carreira em várias publicações, como emissoras de rádio e televisão brasileiras. Em 1996 foi alvo de criação de outro livro: O arco da conversa: um ensaio sobre a solidão, de Cláudia Fares (Cada Jorge Editorial).
Lançou ainda o CD Noites do norte (2000), que trata das culturas negras e africanas, onde todas as canções são inéditas, e cuja-faixa título foi extraída de um trecho de livro de Joaquim Nabuco, e que também originou um álbum duplo ao vivo e um DVD, contendo a íntegra do espetáculo. Gravou um disco com Jorge Mautner em 2002, Eu não peço desculpa, que inclusive foi indicado ao prêmio Grammy Latino no ano seguinte, na categoria melhor álbum de música popular brasileira, na mesma época em que participou na PUC de São Paulo) de um especial realizado pela TV Cultura, em homenagem ao poeta, crítico e tradutor Haroldo de Campos - fundador do movimento de poesia concreta nos anos 50 -, que havia falecido em 16 de agosto daquele mesmo ano. O trabalho mais recente foi o super-elogiado e polêmico (2006), onde retomou o repertório pop contido em outros discos, como Transa e Velô. Este disco causou polêmica por conter algumas letras picantes que remetem à sexualidade, como Outro, Deusa urbana, Homem e Por quê.
Em 2003, lançou o primeiro DVD-áudio, Muito mais, que foi bônus da caixa Todo Caetano, lançada em fins do ano anterior (dezembro) em comemoração aos trinta e cinco anos de carreira (foi lançada originalmente em 1996, com trinta álbuns), e cujo repertório apresenta canções consagradas do artista escolhidas pelos fãs através da internet, rede mundial de computadores. Em 2007, a Universal Music lançou Quarenta Anos Caetanos, caixa dividida em quatro partes, contendo toda a discografia oficial, em comemoração aos quarenta anos de parceria entre Caetano e a gravadora.
Caetano, em maio de 2008 estreou o show "Obra em Progresso", onde canta canções de sua carreira, mas sobretudo canções inéditas. O show só foi apresentado na cidade do Rio de Janeiro, e acabou voltando no mês de agosto à mesma cidade. Entre as canções novas apresentadas ao público que lotou as noites nas casas Vivo Rio e Teatro Casa Grande, estão: Falso Leblon, Lobão tem Razão, Perdeu e Base de Guantanamo.
O show "Obra em Progresso" foi transformado em disco, todo produzido em estúdio no segundo semestre de 2008, a ser lançado em abril de 2009 com o título de "zii e zie, transambas". Foi feito um blog para o cantor para este projeto iniciado em 2008, e que seguirá o mundo em turnê, posteriormente ao lançado do álbum pela Universal Music.

[editar] Discografia

  • Domingo (1967) - com Gal Costa
  • Caetano Veloso (1968)
  • Tropicália (1969)
  • Caetano Veloso (1969)
  • Caetano Veloso (1971)
  • Transa (1972)
  • Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1972) - com Gilberto Gil
  • Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo (1972) - com Chico Buarque
  • Araçá Azul (1972)
  • Temporada de Verão - ao Vivo na Bahia (1974) - com Gilberto Gil e Gal Costa
  • Jóia (1975)
  • Qualquer Coisa (1975)
  • Doces Bárbaros (1976) - ao vivo - com Gil, Bethânia e Gal
  • Bicho 1977 (1977)
  • Muitos Carnavais (1977)
  • Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978)
  • Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978) - com Maria Bethânia
  • Cinema Transcendental (1979)
  • Outras Palavras (1981)
  • Cores, Nomes (1982)
  • Uns (1983)
  • Velô (1984)
  • Totalmente Demais (1986) - ao vivo
  • Caetano Veloso (1986) - lançado no BRASIL em 1990
  • Caetano Veloso (1987)
  • Estrangeiro (1989)
  • Circuladô (1991)
  • Circuladô ao Vivo (1992)
  • Tropicália 2 (1993) - com Gilberto Gil
  • Fina Estampa (1994)
  • Fina Estampa ao Vivo (1994)
  • Livro (1997)
  • Prenda Minha - ao vivo (1998)
  • Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999)
  • Noites do Norte (2000)
  • Noites do Norte ao Vivo (2001)
  • Eu Não Peço Desculpa (2002)
  • A Foreign Sound (2004)
  • (2006)
  • Cê ao vivo (2007)
  • Caetano Veloso e Roberto Carlos - e a música de Tom Jobim (2008)
  • Zii e Zie, transambas - a partir de abril de 2009

[editar] Principais espetáculos

  • Os Doces Bárbaros - com Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia - 1976
  • Bicho Baile Show - 1977 / 1978
  • Muito - 1978 / 1979
  • Cinema Transcendental - 1980
  • Outras Palavras - 1981
  • Cores, Nomes - 1982
  • Uns - 1983
  • Velô - 1984 / 1985
  • Voz e Violão - 1986
  • Caetano - 1988
  • Estrangeiro - 1989 / 1990
  • Acústico - 1990 / 1991
  • Circuladô - 1992
  • Tropicália Duo - com Gilberto Gil - 1994
  • Fina Estampa - 1995 / 1996
  • Livro Vivo - 1998 / 1999
  • Noites do Norte - 2001 / 2003
  • A foreign Sound - 2004 / 2005
  • Cê - 2006 / 2007

[editar] Cinema


[editar] Literatura


[editar] Ver também


[editar] Ligações externas

Commons
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"Força Estranha
Caetano Veloso


Composição: Caetano Veloso


Eu vi um menino correndo
eu vi o tempo brincando ao redor
do caminho daquele menino,
eu pus os meus pés no riacho.
E acho que nunca os tirei.
O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou.
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha.


Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
o tempo não pára no entanto ele nunca envelhece.
Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.
Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta,
é a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol.
É o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha."


Hóquei Patins: Candelária 0 vs F.C. Porto 1 - F.C. do Porto na Final Four da taça de Portugal!

«Ventura sela presença na final-four da Taça

Um golo de Reinaldo Ventura, apontado ainda no decorrer da primeira parte, foi suficiente para a vitória portista na deslocação ao reduto do Candelária, 0-1, em encontro dos quartos-de-final da Taça de Portugal. O triunfo carimba a presença azul e branca na final-four da prova, seguindo-se o duelo com o Valongo na luta pela revalidação do troféu. A sempre complicada deslocação ao Açores foi resolvida com um coeso jogo colectivo e a inspiração habitual de Reinaldo Ventura, que assinou o golo da vitória portista aos 19 minutos do primeiro tempo. Os Dragões ultrapassaram a formação do Candelária e asseguraram a presença entre as quatro últimas equipas em prova na Taça de Portugal, disputando a final-four da competição em Junho. Pela frente, na corrida pela revalidação do troféu, a formação de Franklim Pais encontrará o Valongo, em partida agendada para 13 de Junho.» in site F.C. do Porto.

05/04/09

História - A importância de registar, de relembrar, de não esquecer, para que a História do Mal, não se repita!


Holocausto
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Excelente apresentação sobre o Holocausto e o seu esquecimento deliberado, enviada pela minha Amiga, Julieta Oliveira, que nos interpela...

Mais um Incêndio Florestal, em Fregim, Amarante, que triste sina a dos homens... sempre a queimar o seu oxigénio!



Incêndio no Marão
«Um incêndio florestal no Lugar da Mó, em Amarante (Porto), está a mobilizar 33 homens e dez veículos, segundo informações da página da Autoridade Nacional de Protecção Civil, escreve a Lusa. O fogo deflagrou às 12:35, tendo sido encaminhado para o local duas horas mais tarde um helicóptero pesado Kamov para apoiar os bombeiros.» in http://diario.iol.pt/sociedade-regioes/amarante-bombeiros-incendio-fogo-chamas-tvi24/1054861-4556.html

Os homens continuam a ter prazer em queimar as árvores... esses seres simples e belos que, imagine-se, ainda nos permitem respirar!

O Dr, Pacheco pereira explica porque é que o caso Freeport, merece ser analizado com profundidade!

«A primeira razão é que o processo de licenciamento do Freeport aparece envolvido em suspeitas, indícios, acusações de irregularidades, quer porque há testemunhos públicos de que existiram tentativas de corrupção com ele associado (entrevista do tio de Sócrates), quer porque a sua condução governamental é excepcional (ainda recentemente o Presidente da Câmara de Alcochete que perdeu as eleições referiu a anormalidade do processo).

A segunda razão é que último responsável pela decisão no licenciamento do Freeport foi o então Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates, pelo que existe um processo de responsabilidade objectiva no plano político no modo como tudo ocorreu, mesmo que não haja qualquer responsabilidade subjectiva no plano criminal. O Primeiro-ministro como deputado, dirigente do PS e governante várias vezes nomeou para terceiros esse princípio de responsabilidade objectiva no plano político. Foi esse princípio que levou Jorge Coelho a demitir-se quando da queda da Ponte de Entre-os-Rios e é esse princípio que leva muitos a pedir a demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado.

A terceira razão é que o nome do então Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates, aparece envolvido nessas suspeitas, referido em documentos policiais, citado em declarações gravadas por intervenientes do processo (uma coisa é o valor provatório do DVD, que é nulo à luz da lei portuguesa, outra é a importância do seu conteúdo para a investigação), quer porque seja um caso de corrupção, caso tenha havido, quer porque haja um envolvimento abusivo e calunioso do nome do então Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates.

A quarta razão é que a família do então Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates, apareceu na primeira pessoa a falar de tentativas de corrupção, que foram então comunicadas ao Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates, e que , tanto quanto se saiba, não foram então comunicadas ao Ministério Público.

A quinta razão é que outro membro da família, entretanto saído de Portugal, aparece a usar a relação familiar para obter vantagens no negócio do Freeport, afirmando a família que o fez abusivamente. A presença de familiares do então Ministro do Ambiente, agora Primeiro-ministro José Sócrates, envolvidos em actos pouco esclarecidos do processo Freeport, também não o incrimina de per si, mas acentua os factores de responsabilidade objectiva. Um ministro deve manter a sua família a milhas de distância da área da sua governação. Leonor Beleza pagou caro essas proximidades.

A sexta razão é que Procuradoria Geral da República, e a Polícia Judiciária portuguesa estão há meia década a investigar a possibilidade de corrupção e tal muito dificilmente aconteceria se não houvesse sérias suspeitas ou indícios. Em 2005, numa carta portuguesa enviada à polícia inglesa e cujo conteúdo se conhece porque foi sintetizada por esta na Carta Rogatória de Janeiro 2009, são transmitidas suspeitas de grande gravidade, pedidas diligências, sempre no contexto de uma clara convicção policial de que havia actos de corrupção envolvidos no processo Freeport.

A sétima razão é que dessa convicção, assente em indícios e suspeitas, resultaram buscas, apreensões, interrogatórios e se constituíram arguidos, pelo que é de admitir que crimes e ilegalidades foram cometidos no processo Freeport na convicção da polícia e dos magistrados. Seria absurdo que não existindo quaisquer razão para tais procedimentos, estes fossem realizados.

A oitava razão é que uma polícia estrangeira inclui o Primeiro-ministro português numa lista de suspeitos e pede acesso à sua conta bancária, envolvendo-o numa investigação activa e em curso. A mesma polícia estrangeira propôs actuação conjunta com a polícia portuguesa que lhe negada.

A nona razão é que o Primeiro-ministro José Sócrates (e outros membros do seu governo e responsáveis do PS) utiliza publicamente o caso Freeport para uma estratégia política de vitimização, em várias intervenções quer na Assembleia da República, quer no Congresso do PS, quer em declarações e entrevistas avulsas, pelo que ele tem uma dimensão política clara, podendo e devendo ser discutido politicamente.

A décima razão é que suspeitas envolvendo o Primeiro-ministro têm que ser obrigatoriamente esclarecidas sem margem para dúvida, dadas as suas altas funções (foi o que disse o PR quando falou de “assunto de estado”), sem quaisquer pressões sobre a justiça, nem sobre os órgãos de comunicação social.

*

Seria possível acrescentar mais dez razões. O caso Freeport é um caso de justiça, mas quer como caso em si, envolvendo a possibilidade de ilegalidades ou crimes, quer como caso em que a justiça e os seus procedimentos podem estar em causa, quer como caso ético-político, quer como caso de liberdade de imprensa, deve ser discutido sem ambiguidades, pelo seu papel central na vida pública portuguesa. Ele existe, move-se e é decisivo para a nossa sanidade pública. Colocá-lo debaixo do tapete, enche-lo de medos, de sussurros, de silêncios, de incomodidades, deixará Portugal envenenado por muitos e bons anos.

(url)» in Abrupto.