20/04/08
F.C. do Porto 2 vs S.L. Benfica 0 - Vinte Pontos de Avanço!
Ninguém para a vontade de vencer da equipa do F.C. do Porto!
«24 golos, 24 pontos
Não foi exactamente entrar e marcar, apenas porque entre o começo e o golo houve seis minutos de permeio, espécie de ameno preparativo de consequências previsíveis elaborado como uma inevitabilidade, marcha implacável acelerada por uns e temida por outros.
Ao sétimo minuto, Lisandro, cansado do pacífico ensaio, deu a análise por concluída numa diagonal instintiva que carregava a ciência de um artista a cada metro conquistado e a cada adversário ultrapassado. O remate, no sentido inverso à direcção dada ao arranque e, desde logo, sugerida ao opositor, replicou a inegável genialidade do melhor marcador da Liga.
Novas lições de um dos melhores intérpretes do futebol apelidado de total estavam ainda reservadas por entre as ameaças de Lucho, Meireles e Quaresma, com o último a falhar execução soberba de um «chapéu» de ângulo altamente desaconselhável.
Os ensinamentos de Lisandro repetiam-se, enquanto o Benfica, indiferente à demonstração grátis, apelava persistentemente à criatividade de Quim, que dispensava a escala no meio-campo para solicitar a intervenção de Nuno Gomes, ou, em alternativa, ao estilo cerebral e peculiar de Nelson, promotor de uma boa dezena de cruzamentos semelhantes com destino idêntico.
O incansável argentino capitalizaria a atenção e o aplauso do estádio em várias situações, embora o tributo ensurdecedor da plateia se tenha revelado mais perceptível em duas delas.
Primeiro, numa recuperação de bola monstruosa, tão longa quanto célere, finalizada numa zona de intervenção a que poucos avançados se dão ao trabalho de acorrer, não só pela distância, mas, sobretudo, pelo desempenho de funções supostamente secundárias e de menor brilho, o que não foi, de todo, o caso. Depois, na conversão irrepreensível do segundo golo, a passe de Mariano, sem defesa para Quim e com o dom de juntar uma pitada de justiça a um resultado curto e especialmente simpático para o adversário, derrotado pela terceira vez consecutiva no espaço de uma semana.
O 24º golo de Lisandro sentenciava o desfecho da terceira festa consecutiva do tricampeão e selava a distância para o opositor, cuja contabilidade há muito deixou de constituir motivo de desassossego ou mera inquietação para o F.C. Porto. A três jornadas do final da Liga, 24 pontos separam o Benfica do consagrado líder, agora com 20 de vantagem sobre o segundo.
FICHA DE JOGO
Liga 2007/08, 27ª jornada
20 de Abril de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.199 espectadores
Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal)
Assistentes: António Godinho e Paulo Ramos
4º árbitro: Paulo Pereira
F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik, Lisandro e Quaresma.
Substituições: Tarik por Mariano (62m), Raul Meireles por Bolatti (82m); Quaresma por Farías (87m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Lino e Kazmierczak
Treinador: Jesualdo Ferreira
BENFICA: Quim; Nelson, Luisão, Katsouranis e Leo; Binya; Maxi Pereira, Rui Costa e Rodriguez; Nuno Gomes e Di Maria
Substituições: Maxi Pereira por Cardozo (56m); Nuno Gomes por Bosingwa (77m); Di Maria por Nuno Assis (85m)
Não utilizados: Butt, Luís Filipe, Edcarlos e Sepsi
Treinador: Fernando Chalana
Ao intervalo: 1-0
Marcador: Lisandro (7m e 80m)
Disciplina: cartão amarelo a Lisandro (7m), Maxi Pereira (12m), Bynia (17m e 90m), Katsouranis (27m), Fucile (68m), Cardozo (72m); cartão vermelho a Bynia (90m)» in site F.C. do Porto.
Imagens de mais uma vitória do F.C. do Porto, e dos golos pelo inevitável Lisandro Lopez!
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O F.C. do Porto deu mais uma prova cabal da sua categoria vencendo o Benfica de uma forma categórica! Uma equipa que tem vinte pontos de avanço no campeonato para o primeiro dos últimos, haverá mais uma coisa a dizer; contra factos não há argumentos! Os senhores da capital centralista do regime bafiento e salazarento vão ter que aplaudir o nosso mérito! Nós somos os maiores de Portugal e precisamos de adversários à nossa altura... para aqueles que dizem que ficamos aquém nas competições europeias se calhar é pela falta de concorrência interna! Os nossos adversários tem quue falar menos e jogar mais, a bem do Futebol Português. Grande Lisandro, grande garra, grandce jogador, mais dois grandes golos, é o verdadeiro jogador à Porto, oxalá fique no Dragão mais tempo! Ele, Lucho e até Mariano, queremos ver mais Tangos Agentinos, grande futebol!
Desporto Futebol: Amarante F.C. 4 vs Serzedelo 0 - Vitória Categórica dos Alvinegros!
Imagens de uma espetacular vitória do Amarante F.C. cimentando o 1.º lugar!
Momento da festa do 1.º Golo da Expressiva vitória do Amarante F.C.
Momento da festa do 2.º Golo da Expressiva vitória do Amarante F.C.
Momentos do jogo em que o Amarante F.C. dominou completamente!
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Excelente exibição do Amarante F.C. que, mudou claramente o sistema de jogo, passando do 4x3x3 clássico, para o sistema 4x4x2. O meio campo do Amarante F.C. altamente pressionante como já há muito não via, colocou a equipa do Serzedelo num autêntico colete de forças não conseguindo sair a jogar... Gostei francamente da primeira parte do Amarante F.C., grande atitude, grande pressão e transições rápidas para o ataque. Na segunda parte, o Amarante F.C. teve uma quebra física grande dos jogadores do meio campo, alguns vindos de lesões e esse facto contribuiu para o abaixamento de rendimento da equipa. Mesmo assim, o Amarante F.C. com mais ou menos dificuldades, conseguiu controlar o jogo com alguma dificuldade. Grande exibição de todos os jogadores do meio campo, com destaque para Pedro, os centrais em grande evidência e o lateral Jorginho, que parecia o Bosingwa com as suas arrancadas pelo flanco direito. O sistema 4x4x2 exige muito dos laterais e Jorginho esteve á altura deste novo sistema de jogo. Uma palavra também para a equipa de arbitragem em grande nível, das melhores a que assisti no Municipal de Amarante, acompanhado muito de perto as jogadas e com uma postura muito sóbria, quase não se notando a sua presença!
19/04/08
Religião - Hoje é dia de S. Jorge o Patrono de Portugal!
«São Jorge
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São George e o Dragão, de Gustave Moreau
O Santo Guerreiro
Falecimento c. 23 de abril de 303 em Nicomédia
Venerado pela 23 de Abril e 3 de novembro
Principal templo Igreja de S.Jorge (Lida,Israel)
Festa litúrgica
Atribuições Cavaleiro combatendo dragão, Cruz de São Jorge, espada.
Portal dos Santos
São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia e da cidade de Moscou, além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes?] (ver sincretismo religioso).
Índice
1 História
1.1 Disseminação da devoção a São Jorge
2 Padroeiro da Inglaterra
3 Padroeiro da Catalunha
4 São Jorge, o Dragão e a Lua
5 São Jorge na cultura pop
6 Ver também
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região da atual Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Neste tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra. As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo.
Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado "São Jorge vencedor do Dragão". Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
Padroeiro da Inglaterra
Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado patrono da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas. Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.
Padroeiro da Catalunha
A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll. Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse orgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.
São Jorge, o Dragão e a Lua
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
São Jorge na cultura pop
Jorge de Capadócia é uma música de Jorge Ben, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's.
As tatuagens com o Santo Guerreiro estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.
Atualmente existe uma grande variedade de produtos de moda que possuem a estampa de São Jorge. Vão desde simples camisas até mesmo bolsas de marcas famosas. Muito além das fronteiras religiosas, São Jorge virou um ícone pop, especialmente no Brasil.
São Jorge é tido como o padroeiro do Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo Fiel, popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.
Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor católico italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Editoras Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia, que apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império, mas também a Cristo, e se recusou a contrair alianças com o genro do Imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para deliberar um golpe contra Diocleciano, o que terminantemente, o santo militar recusou.
São Jorge é considerado o Santo Padroeiro dos Jogadores de RPG.
Na Umbanda, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo São Jorge é identificado com Ogum.
Iron Maiden fala de São Jorge na música "Flash of the blade" no album Powerslave
A Banda Angra utilizou sua imagem na capa do Cd "Temple of shadows"
Ver também
O Wikimedia Commons possui multimédia sobre: São Jorge.» Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jorge"
«São Jorge
O culto de São Jorge terá sido introduzido em Portugal por cruzados ingleses no século XII. No entanto a sua popularidade só se iniciou verdadeiramente depois da Batalha de Aljubarrota, em 1385, quando os portugueses com a ajudados pelos ingleses derrotaram os espanhóis.
Nesta Batalha, D. Nuno Alvares Pereira segurava um pendão com a imagem de São Jorge. Os portugueses em vez de gritarem por "São Tiago" passaram a gritar por "São Jorge". O sucesso da batalha ditou a difusão do culto do santo. Em agradecimento pela vitória D. Nuno mandou construir a capela de S. Jorge no próprio campo de batalha. O rei D. João I mandou que o castelo de Lisboa tivesse o nome do Santo.
São Jorge é santo guerreiro que luta contra o mal e as forças invasoras. Um simbolo que se encaixava na prefeição no caso português.
O nome de S. Jorge foi dado a várias paróquias de Portugal, ilhas e fortalezas. Muitos reis e príncipes passaram a ter o seu nome. Foi igualment patrono de várias ordens militares e religiosas. O seu sucesso foi enorme.
O Santo que já era o padroeiro de Inglaterra (1330), passou a ser também de Portugal (1385), e depois de Aragão (Catalunha), Géorgia e até da Grécia.
No século XVI, o seu culto perdeu muito da sua importância quando a Ingleterra se tornou num país protestante, renegando o Santo. Em Portugal o seu culto permaneceu muito vivo nas camadas populares. No século XVIII, D. José I, decreta que a sua imagem a cavalo devia acompanhar as procissões de Corpus Christi, as mais importantes do país. Os espanhóis ameaçavam mais uma vez invadir Portugal, mas graças à protecção do Santo foram de novo derrotados.» in http://acultura.no.sapo.pt/indexFatima.html
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Na Freguesia de Fregim em Amarante, existe o lugar de S.º Jorge que é atribuído ao pedaço de terra que faz fronteira com as Freguesias de Freixo de Baixo, Freixo de Cima e Mancelos, todas do Concelho de Amarante e na Serra de S. Jorge. Aliás é nesse local que se encontra o marco Norte, delimitador da Ordem de Malta de Fregim. O marco Sul encontra-se nas imediações do parque de jogos da Empresa Metalocardoso! Esta Serra começa a ser inundada por construções mal enquadradas, entulho, eucaliptos, mas ainda me lembro de a atravessar em menino, de Fregim a Mancelos e era linda e muito arborizada! Infelizmente, começa a ficar muito degradada, como tudo neste País que não cuida do seu património em geral e do florestal em particular! O facto de S. Jorge ser o Patrono de Portugal, deve ser a explicação para o facto do nome Jorge ser tão banal em Portugal!
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São George e o Dragão, de Gustave Moreau
O Santo Guerreiro
Falecimento c. 23 de abril de 303 em Nicomédia
Venerado pela 23 de Abril e 3 de novembro
Principal templo Igreja de S.Jorge (Lida,Israel)
Festa litúrgica
Atribuições Cavaleiro combatendo dragão, Cruz de São Jorge, espada.
Portal dos Santos
São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia e da cidade de Moscou, além de ser padroeiro dos escoteiros e do S.C Corinthians Paulista. No dia 23 de Abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes?] (ver sincretismo religioso).
Índice
1 História
1.1 Disseminação da devoção a São Jorge
2 Padroeiro da Inglaterra
3 Padroeiro da Catalunha
4 São Jorge, o Dragão e a Lua
5 São Jorge na cultura pop
6 Ver também
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região da atual Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Neste tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra. As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo.
Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado "São Jorge vencedor do Dragão". Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
Padroeiro da Inglaterra
Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado patrono da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas. Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.
Padroeiro da Catalunha
A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll. Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse orgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.
São Jorge, o Dragão e a Lua
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
São Jorge na cultura pop
Jorge de Capadócia é uma música de Jorge Ben, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's.
As tatuagens com o Santo Guerreiro estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.
Atualmente existe uma grande variedade de produtos de moda que possuem a estampa de São Jorge. Vão desde simples camisas até mesmo bolsas de marcas famosas. Muito além das fronteiras religiosas, São Jorge virou um ícone pop, especialmente no Brasil.
São Jorge é tido como o padroeiro do Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo Fiel, popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.
Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor católico italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Editoras Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia, que apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império, mas também a Cristo, e se recusou a contrair alianças com o genro do Imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para deliberar um golpe contra Diocleciano, o que terminantemente, o santo militar recusou.
São Jorge é considerado o Santo Padroeiro dos Jogadores de RPG.
Na Umbanda, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo São Jorge é identificado com Ogum.
Iron Maiden fala de São Jorge na música "Flash of the blade" no album Powerslave
A Banda Angra utilizou sua imagem na capa do Cd "Temple of shadows"
Ver também
O Wikimedia Commons possui multimédia sobre: São Jorge.» Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jorge"
«São Jorge
O culto de São Jorge terá sido introduzido em Portugal por cruzados ingleses no século XII. No entanto a sua popularidade só se iniciou verdadeiramente depois da Batalha de Aljubarrota, em 1385, quando os portugueses com a ajudados pelos ingleses derrotaram os espanhóis.
Nesta Batalha, D. Nuno Alvares Pereira segurava um pendão com a imagem de São Jorge. Os portugueses em vez de gritarem por "São Tiago" passaram a gritar por "São Jorge". O sucesso da batalha ditou a difusão do culto do santo. Em agradecimento pela vitória D. Nuno mandou construir a capela de S. Jorge no próprio campo de batalha. O rei D. João I mandou que o castelo de Lisboa tivesse o nome do Santo.
São Jorge é santo guerreiro que luta contra o mal e as forças invasoras. Um simbolo que se encaixava na prefeição no caso português.
O nome de S. Jorge foi dado a várias paróquias de Portugal, ilhas e fortalezas. Muitos reis e príncipes passaram a ter o seu nome. Foi igualment patrono de várias ordens militares e religiosas. O seu sucesso foi enorme.
O Santo que já era o padroeiro de Inglaterra (1330), passou a ser também de Portugal (1385), e depois de Aragão (Catalunha), Géorgia e até da Grécia.
No século XVI, o seu culto perdeu muito da sua importância quando a Ingleterra se tornou num país protestante, renegando o Santo. Em Portugal o seu culto permaneceu muito vivo nas camadas populares. No século XVIII, D. José I, decreta que a sua imagem a cavalo devia acompanhar as procissões de Corpus Christi, as mais importantes do país. Os espanhóis ameaçavam mais uma vez invadir Portugal, mas graças à protecção do Santo foram de novo derrotados.» in http://acultura.no.sapo.pt/indexFatima.html
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Na Freguesia de Fregim em Amarante, existe o lugar de S.º Jorge que é atribuído ao pedaço de terra que faz fronteira com as Freguesias de Freixo de Baixo, Freixo de Cima e Mancelos, todas do Concelho de Amarante e na Serra de S. Jorge. Aliás é nesse local que se encontra o marco Norte, delimitador da Ordem de Malta de Fregim. O marco Sul encontra-se nas imediações do parque de jogos da Empresa Metalocardoso! Esta Serra começa a ser inundada por construções mal enquadradas, entulho, eucaliptos, mas ainda me lembro de a atravessar em menino, de Fregim a Mancelos e era linda e muito arborizada! Infelizmente, começa a ficar muito degradada, como tudo neste País que não cuida do seu património em geral e do florestal em particular! O facto de S. Jorge ser o Patrono de Portugal, deve ser a explicação para o facto do nome Jorge ser tão banal em Portugal!
18/04/08
Oficinas de Emprego e Orientação Profissional do Tâmega - Amarante!
O meu aluno Luís em grande estilo, temos jogador, grande classe!
Penso que a participação da Escola Secundária/3 de Amarante nas Oficinas de Emprego e Orientação Profissional do Tâmega, que decorreu nos Parques EDT, constituiu um grande momento de divulgação do trabalho realizado na Escola, por professores e alunos muito dedicados, apesar do ambiente turbulento que vive a Educação em Portugal! Notei, quer nos alunos do nono, quer nos do décimo segundo ano, uma grande curiosidade pelas inúmeras ofertas de Educativas e de Empregabilidades futuras, que as inúmeras Instituições apresentaram. Foi útil e quando assim é estão todos de parabéns. Todos os professores e alunos que de alguma forma contribuíram para a participação da ESA nesta Feira, estão de parabéns. Pena foi a Feira de Vaidades que alguns realizaram em simultâneo, mas, é a politica!
Planeta Terra - A exuberância habitual!
Terra, o Planeta que teimamos em destruir, mas que continua belíssimo!
Educação em Portugal - A palavra a Nuno Crato!
«Nuno Crato: "Não se pode avaliar professores sem exames externos aos alunos"
Sara R. Oliveira 2008-04-15
Conquistou o segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. O professor e divulgador de ciência compreende a revolta da classe docente quando é olhada como culpada de todos os males.
Ficou em segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Foi a primeira vez que um prémio desta natureza foi atribuído a um português. Nuno Crato, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, continua a acreditar que vale a pena trabalhar em prol da divulgação científica. Quanto à política educativa, faz alguns reparos e considera que a tutela tem revelado falta de tacto para resolver conflitos.
Na sua opinião, o sistema de avaliação que é proposto pela tutela pressiona a inflação das notas. O que poderá facilitar a transição de ano de alunos que deviam ficar retidos. Nuno Crato, professor de Matemática e Estatística do Instituto Superior de Economia e Gestão, defende um processo de avaliação externa que registe resultados e regule a actividade educativa. O docente afirma que é uma "situação absurda" os estudantes não serem avaliados externamente durante o percurso escolar obrigatório. E, em seu entender, se as notas subirem no próximo exame nacional de Matemática do 12.º ano, que aumentou de duração, é complicado perceber a razão. "Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame", refere.
EDUCARE.PT: Segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Divulgar ciência em Portugal: um trabalho que compensa, uma tarefa ingrata?
Nuno Crato: Acho que é um trabalho bastante compensador. Vejo interesse das pessoas, vejo gosto dos jovens e é o género de actividade em que há um quase consenso sobre a sua utilidade. Hoje em dia, após ultrapassados em larga medida alguns obstáculos de incompreensão dentro do mundo académico e dentro da comunicação social, reconhece-se uma utilidade social na divulgação científica.
E: A sociedade portuguesa está mais receptiva à divulgação de uma área olhada como pouco perceptível?
NC: Acho que sim, que se evoluiu bastante nos últimos dez anos.
E: A política educativa tem vindo a gerar uma onda de descontentamento. Quais os pontos que, na sua opinião, a tutela devia rever e alterar?
NC: São tantos! A actual equipa ministerial pegou em alguns pontos importantes, mas tem ignorado outros. E, mesmo tendo razão em muitas decisões administrativas que tem tomado, tem tido uma notória falta de capacidade para gerar consensos. É mais do que falta de tacto, parece vontade de criar conflitos.
Uma das questões essenciais em que discordo da política ministerial tem sido nas orientações educativas e pedagógicas. Em vez de rever um passado de facilitismo, o Ministério tem promovido a revisão de programas continuando a velha política de simplificação de conteúdos. Outro dos aspectos de que discordo é a falta de avaliação. Alguns exames acabaram (nos cursos tecnológicos) e mantém-se esta situação absurda de os alunos não serem avaliados externamente durante todo o percurso escolar obrigatório. Só no 9.º ano têm dois exames, apenas dois, a Matemática e Português, e valendo apenas 30% da nota final.
Os poucos exames que temos são de uma facilidade extrema e os critérios têm variado de ano para ano, de forma que os resultados não são comparáveis. Os progressos que se anunciam não são progressos, ou não se sabe se são, pois não há critérios para os medir.
E: A avaliação dos professores proposta pelo Ministério da Educação está bem planeada? Quais os aspectos que destaca?
NC: Acho que há um erro base: não se pode avaliar os professores sem avaliar o resultado do seu trabalho, ou seja, sem fazer exames externos aos alunos. O sistema de avaliação proposto constitui uma pressão para que os professores inflacionem as notas e passem alunos que deveriam ser retidos. Sem um processo de avaliação externa que registe os resultados e regule a actividade educativa, tudo isto pode ser muito grave.
E: Há algum tempo disse que a formação, selecção e promoção de professores não privilegiam o conhecimento das matérias, a capacidade pedagógica e o mérito. Continua tudo na mesma?
NC: No que se refere à formação de professores, a situação varia muito consoante as escolas. No que se refere à selecção, esperemos que venha a mudar com o exame de entrada na profissão, que a Sociedade Portuguesa de Matemática tem vindo a defender há quase uma década. No que se refere à avaliação, há uma tentativa de mudar, reconheça-se. Mas sem exames externos aos alunos a avaliação dos professores é muito difícil, como disse.
E: O novo Estatuto do Aluno está desenhado para combater o insucesso e abandono escolares?
NC: Não. Acho o novo Estatuto um passo em frente demasiado tímido, em alguns casos até um passo atrás. Tudo está a ser posto em causa agora depois dos acontecimentos na Secundária Carolina Michaëlis.
E: O novo regime de faltas dos alunos contribuirá para a diminuição dos casos de indisciplina?
NC: Acho que não, de forma alguma.
E: Como presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, como vê o aumento da duração do exame nacional de Matemática do 12.º ano de escolaridade?
NC: Mais uma vez é uma mudança de critério. Os exames que o Ministério faz não são comparáveis. Se este ano as notas subirem alguém sabe a que isso é devido? Ninguém sabe. Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame.
E: A Matemática continua a ser a disciplina "menos amada" do plano curricular?
NC: Não sei. É uma daquelas em que os resultados são preocupantes. Mas os resultados são maus em todas as disciplinas centrais.
E: O último PISA - Programme for International Student Assessment - colocava o desempenho dos alunos portugueses de 15 anos a Matemática, Ciências e Leitura no 37.º lugar entre os 57 países analisados. Há motivos para preocupações?
NC: Há. Já o tínhamos dito antes deste estudo e mantemos. Aliás, se virmos o PISA, verificamos que a situação se mantém.
E: Há razões que expliquem o facto de a Matemática continuar a apresentar notas baixas?
NC: Há: o ensino está mal. Estamos a sofrer o resultado de programas maus, de ausência de avaliação externa, de pouca exigência, de fraca formação inicial, de tudo...
E: O ensino de Ciências requer uma revisão da metodologia por parte dos docentes, de forma a motivar os alunos e subir as notas?
NC: Talvez, mas requer sobretudo uma mudança de orientações pedagógicas por parte do Ministério. Eu não poria a tónica na motivação nem no aumento de notas. Era assunto para outra entrevista...
E: Que análise faz do protesto dos professores de 8 de Março? Foi à manifestação?
NC: Não fui à manifestação, mas percebo que os professores se sintam revoltados e rejeitem serem vistos como culpados de todos os problemas.» in http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=4AE69AB07CFB50CCE04400144F16FAAE&opsel=1&channelid=0
Sara R. Oliveira 2008-04-15
Conquistou o segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. O professor e divulgador de ciência compreende a revolta da classe docente quando é olhada como culpada de todos os males.
Ficou em segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Foi a primeira vez que um prémio desta natureza foi atribuído a um português. Nuno Crato, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, continua a acreditar que vale a pena trabalhar em prol da divulgação científica. Quanto à política educativa, faz alguns reparos e considera que a tutela tem revelado falta de tacto para resolver conflitos.
Na sua opinião, o sistema de avaliação que é proposto pela tutela pressiona a inflação das notas. O que poderá facilitar a transição de ano de alunos que deviam ficar retidos. Nuno Crato, professor de Matemática e Estatística do Instituto Superior de Economia e Gestão, defende um processo de avaliação externa que registe resultados e regule a actividade educativa. O docente afirma que é uma "situação absurda" os estudantes não serem avaliados externamente durante o percurso escolar obrigatório. E, em seu entender, se as notas subirem no próximo exame nacional de Matemática do 12.º ano, que aumentou de duração, é complicado perceber a razão. "Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame", refere.
EDUCARE.PT: Segundo lugar do European Science Awards na categoria de Science Communicator of the Year. Divulgar ciência em Portugal: um trabalho que compensa, uma tarefa ingrata?
Nuno Crato: Acho que é um trabalho bastante compensador. Vejo interesse das pessoas, vejo gosto dos jovens e é o género de actividade em que há um quase consenso sobre a sua utilidade. Hoje em dia, após ultrapassados em larga medida alguns obstáculos de incompreensão dentro do mundo académico e dentro da comunicação social, reconhece-se uma utilidade social na divulgação científica.
E: A sociedade portuguesa está mais receptiva à divulgação de uma área olhada como pouco perceptível?
NC: Acho que sim, que se evoluiu bastante nos últimos dez anos.
E: A política educativa tem vindo a gerar uma onda de descontentamento. Quais os pontos que, na sua opinião, a tutela devia rever e alterar?
NC: São tantos! A actual equipa ministerial pegou em alguns pontos importantes, mas tem ignorado outros. E, mesmo tendo razão em muitas decisões administrativas que tem tomado, tem tido uma notória falta de capacidade para gerar consensos. É mais do que falta de tacto, parece vontade de criar conflitos.
Uma das questões essenciais em que discordo da política ministerial tem sido nas orientações educativas e pedagógicas. Em vez de rever um passado de facilitismo, o Ministério tem promovido a revisão de programas continuando a velha política de simplificação de conteúdos. Outro dos aspectos de que discordo é a falta de avaliação. Alguns exames acabaram (nos cursos tecnológicos) e mantém-se esta situação absurda de os alunos não serem avaliados externamente durante todo o percurso escolar obrigatório. Só no 9.º ano têm dois exames, apenas dois, a Matemática e Português, e valendo apenas 30% da nota final.
Os poucos exames que temos são de uma facilidade extrema e os critérios têm variado de ano para ano, de forma que os resultados não são comparáveis. Os progressos que se anunciam não são progressos, ou não se sabe se são, pois não há critérios para os medir.
E: A avaliação dos professores proposta pelo Ministério da Educação está bem planeada? Quais os aspectos que destaca?
NC: Acho que há um erro base: não se pode avaliar os professores sem avaliar o resultado do seu trabalho, ou seja, sem fazer exames externos aos alunos. O sistema de avaliação proposto constitui uma pressão para que os professores inflacionem as notas e passem alunos que deveriam ser retidos. Sem um processo de avaliação externa que registe os resultados e regule a actividade educativa, tudo isto pode ser muito grave.
E: Há algum tempo disse que a formação, selecção e promoção de professores não privilegiam o conhecimento das matérias, a capacidade pedagógica e o mérito. Continua tudo na mesma?
NC: No que se refere à formação de professores, a situação varia muito consoante as escolas. No que se refere à selecção, esperemos que venha a mudar com o exame de entrada na profissão, que a Sociedade Portuguesa de Matemática tem vindo a defender há quase uma década. No que se refere à avaliação, há uma tentativa de mudar, reconheça-se. Mas sem exames externos aos alunos a avaliação dos professores é muito difícil, como disse.
E: O novo Estatuto do Aluno está desenhado para combater o insucesso e abandono escolares?
NC: Não. Acho o novo Estatuto um passo em frente demasiado tímido, em alguns casos até um passo atrás. Tudo está a ser posto em causa agora depois dos acontecimentos na Secundária Carolina Michaëlis.
E: O novo regime de faltas dos alunos contribuirá para a diminuição dos casos de indisciplina?
NC: Acho que não, de forma alguma.
E: Como presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, como vê o aumento da duração do exame nacional de Matemática do 12.º ano de escolaridade?
NC: Mais uma vez é uma mudança de critério. Os exames que o Ministério faz não são comparáveis. Se este ano as notas subirem alguém sabe a que isso é devido? Ninguém sabe. Tanto pode ser devido ao maior conhecimento dos alunos como à maior facilidade do exame.
E: A Matemática continua a ser a disciplina "menos amada" do plano curricular?
NC: Não sei. É uma daquelas em que os resultados são preocupantes. Mas os resultados são maus em todas as disciplinas centrais.
E: O último PISA - Programme for International Student Assessment - colocava o desempenho dos alunos portugueses de 15 anos a Matemática, Ciências e Leitura no 37.º lugar entre os 57 países analisados. Há motivos para preocupações?
NC: Há. Já o tínhamos dito antes deste estudo e mantemos. Aliás, se virmos o PISA, verificamos que a situação se mantém.
E: Há razões que expliquem o facto de a Matemática continuar a apresentar notas baixas?
NC: Há: o ensino está mal. Estamos a sofrer o resultado de programas maus, de ausência de avaliação externa, de pouca exigência, de fraca formação inicial, de tudo...
E: O ensino de Ciências requer uma revisão da metodologia por parte dos docentes, de forma a motivar os alunos e subir as notas?
NC: Talvez, mas requer sobretudo uma mudança de orientações pedagógicas por parte do Ministério. Eu não poria a tónica na motivação nem no aumento de notas. Era assunto para outra entrevista...
E: Que análise faz do protesto dos professores de 8 de Março? Foi à manifestação?
NC: Não fui à manifestação, mas percebo que os professores se sintam revoltados e rejeitem serem vistos como culpados de todos os problemas.» in http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=4AE69AB07CFB50CCE04400144F16FAAE&opsel=1&channelid=0
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Nuno Crato, uma pessoa que sabe do que fala, com grandes reconhecimentos académicos toca nos pontos essenciais da fragilidade das politicas ministeriais. A falta de tacto da Ministra para dialogar com os professores e a tendência nefasta para os diabolizar. Ora, ninguém faz reformas bem sustentadas contra os agentes em questão. Só se pode reformar com as pessoas interessadas e não contra elas. Começou muito mal o processo a Senhora Ministra, com uma campanha miserável contra a classe docente, vinda agora mitigar os danos que são indeléveis, com esmolas em forma de balões de oxigénio, para a Senhora Ministra. Temos também a questão da formação, sector em que a Tutela tem muitas responsabilidades, oferecendo uma formação totalmente obsoleta. Um professor para se manter actualizado tem que pagar a sua formação, logo na equiparação com as empresas privadas, ficamos claramente a perder. As empresas/instituições de vanguarda sabem que a formação é um factor primordial, colocando muitas vezes os seus funcionários semanas e meses em formação, em horário laboral e a expensas das entidades patronais. Outro aspecto em que Nuno Crato tem razão tem a ver com o aligeirar dos critérios de avaliação interna e externa de forma a mostrar bons resultados a toda a força; só que estes bons resultados não são resultado da melhoria do processo de ensino/aprendizagem. Trabalhamos para as estatísticas, esquecendo uma das funções mais importantes da avaliação: o aspecto formativo, o processo! E depois temos o número excessivo de alunos por turma; o aumento significativo de alunos com necessidades educativas especiais e a diminuição de pessoal especializado afecto aos mesmos, designadamente, psicólogos, terapeutas da fala, apoio a invisuais, etc. Mas é assim este país, os políticos vivem numa redoma, num país imaginário; repudiam e menosprezam o país real!
Nuno Crato, uma pessoa que sabe do que fala, com grandes reconhecimentos académicos toca nos pontos essenciais da fragilidade das politicas ministeriais. A falta de tacto da Ministra para dialogar com os professores e a tendência nefasta para os diabolizar. Ora, ninguém faz reformas bem sustentadas contra os agentes em questão. Só se pode reformar com as pessoas interessadas e não contra elas. Começou muito mal o processo a Senhora Ministra, com uma campanha miserável contra a classe docente, vinda agora mitigar os danos que são indeléveis, com esmolas em forma de balões de oxigénio, para a Senhora Ministra. Temos também a questão da formação, sector em que a Tutela tem muitas responsabilidades, oferecendo uma formação totalmente obsoleta. Um professor para se manter actualizado tem que pagar a sua formação, logo na equiparação com as empresas privadas, ficamos claramente a perder. As empresas/instituições de vanguarda sabem que a formação é um factor primordial, colocando muitas vezes os seus funcionários semanas e meses em formação, em horário laboral e a expensas das entidades patronais. Outro aspecto em que Nuno Crato tem razão tem a ver com o aligeirar dos critérios de avaliação interna e externa de forma a mostrar bons resultados a toda a força; só que estes bons resultados não são resultado da melhoria do processo de ensino/aprendizagem. Trabalhamos para as estatísticas, esquecendo uma das funções mais importantes da avaliação: o aspecto formativo, o processo! E depois temos o número excessivo de alunos por turma; o aumento significativo de alunos com necessidades educativas especiais e a diminuição de pessoal especializado afecto aos mesmos, designadamente, psicólogos, terapeutas da fala, apoio a invisuais, etc. Mas é assim este país, os políticos vivem numa redoma, num país imaginário; repudiam e menosprezam o país real!
17/04/08
Música Brasileira - O que será? - O Mundo anda muito estranho! - O que será?
Chico Buarque - "O que será?"
Milton Nascimento & Chico Buarque - "O que será?"
Milton Nascimento & Chico Buarque - "O que será?" - (Castellano)
Simone - "O que será?" - (ao vivo)
Simone - "O que será?" - (1976)
Chico Buarque, Toquinho & Fiorella Mannoia - "O que será?"
Fiorella Mannoia - "O que será?"
Dallo Studio 3 - "O Que Será?" - (À Flor da Pele)
Willie Colon - "Oh Que será?"
Maria de Medeiros - "O que será?" - (Chico Buarque en Castellano)
Niguim - "O Que Será?" - (Chico Buarque)
Viviane Miranda - "O que será?"
"O que será (À flor da pele)
Chico Buarque/1976
(Para o filme Dona Flor e seus dois maridos de Bruno Barreto)
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"
-----------------------------------------------------------------------------
Não sei o que será, nem o que se passa, mas que este mundo anda esquisito, estranho, lá isso anda; e parece que é contagiante!
Notícias frescas de dois frescos, de Curral de Moinas
Estes apresentadores do Telejornal de Curral de Moinas são danados!
José Socrates - "O Anunciador!"
«"1% é melhor que nada (muito ligeiramente, mas é)" - Ricardo Araújo Pereira
"As minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador"
Se uma pessoa não anda com atenção, deixa-se enganar com facilidade. Segundo a comunicação social, o Governo anunciou uma descida de 1% no IVA. Não é verdade. O que o Governo fez foi anunciar um aumento de 1% no IVA. Vamos lá pensar bem nisto: há uns meses, aumentaram o IVA em 2%. Agora, tiraram 1%. O resultado é que, desde que este governo foi eleito, o IVA aumentou 1%. É uma excelente ideia, mas podia ser melhor. Realmente bem pensado seria José Sócrates anunciar, no primeiro mês de governação, um aumento do IVA de 250%. Depois, todos os meses anunciava uma substancial descida de 5%. No fim do mandato ainda teria saldo positivo e, quando a comunicação social fizesse um balanço da legislatura, contabilizaria apenas uma medida impopular contra 48 medidas populares. Daqui se conclui que as minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador.
Não estou a dizer que a ideia do Governo é má, antes pelo contrário. O facto de ser mais sonsa que a minha só lhe fica bem. O conceito é, aliás, tão bom que não ficaria surpreendido se Sócrates o aplicasse a várias outras áreas. Escolher duas ou três medidas impopulares que foram tomadas até meio do mandato e suavizá-las na metade que sobra até às eleições. Por exemplo, abrir meio centro de saúde em cada concelho. Ou avaliar só metade dos professores, e com teste de consulta. Ou ir tirar meia licenciatura. Bom, isso, ao que dizem, já ele fez, e deu sarilho. Esqueçam a última. Mas as outras têm potencial.
Quanto ao impacto que a medida vai ter na economia, permitam-me que manifeste algum receio. Todos sabemos que o povo fazer poupanças de IVA a menos no bolso, assim de um dia para o outro, pode começar a desbaratar. Eu, que não sou excepção, já estou de olho num iate, que vou adquirir só com o que passo a poupar na mercearia.
O ideal seria que a medida fosse acompanhada de, adivinharam, uma acção de sensibilização. Por princípio, apoio todas as acções de sensibilização. Julgo que uma pessoa sensibilizada é uma pessoa melhor. E, se os cidadãos forem sensibilizados no sentido de amealhar todos os cêntimos que pouparão no IVA que deixam de pagar, quando chegarem à idade da reforma aqueles 10 ou 15 euros vão-lhes saber bem. Hoje parece pouco, mas no futuro, com a inflação, parecerá menos ainda.
------------------------------------------------------------------------------
De facto este Primeiro Ministro se fosse um Rei, merecia o nome de "O Anunciador". Quando foi para aumentar o IVA em dois pontos percentuais, teve efeitos imediatos; a baixa de um ponto percentual anuncia-se em Março, com efeitos em Julho...
"As minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador"
Se uma pessoa não anda com atenção, deixa-se enganar com facilidade. Segundo a comunicação social, o Governo anunciou uma descida de 1% no IVA. Não é verdade. O que o Governo fez foi anunciar um aumento de 1% no IVA. Vamos lá pensar bem nisto: há uns meses, aumentaram o IVA em 2%. Agora, tiraram 1%. O resultado é que, desde que este governo foi eleito, o IVA aumentou 1%. É uma excelente ideia, mas podia ser melhor. Realmente bem pensado seria José Sócrates anunciar, no primeiro mês de governação, um aumento do IVA de 250%. Depois, todos os meses anunciava uma substancial descida de 5%. No fim do mandato ainda teria saldo positivo e, quando a comunicação social fizesse um balanço da legislatura, contabilizaria apenas uma medida impopular contra 48 medidas populares. Daqui se conclui que as minhas ideias para explorar o povo português são ainda mais pérfidas do que as de José Sócrates, o que é ao mesmo tempo difícil e assustador.
Não estou a dizer que a ideia do Governo é má, antes pelo contrário. O facto de ser mais sonsa que a minha só lhe fica bem. O conceito é, aliás, tão bom que não ficaria surpreendido se Sócrates o aplicasse a várias outras áreas. Escolher duas ou três medidas impopulares que foram tomadas até meio do mandato e suavizá-las na metade que sobra até às eleições. Por exemplo, abrir meio centro de saúde em cada concelho. Ou avaliar só metade dos professores, e com teste de consulta. Ou ir tirar meia licenciatura. Bom, isso, ao que dizem, já ele fez, e deu sarilho. Esqueçam a última. Mas as outras têm potencial.
Quanto ao impacto que a medida vai ter na economia, permitam-me que manifeste algum receio. Todos sabemos que o povo fazer poupanças de IVA a menos no bolso, assim de um dia para o outro, pode começar a desbaratar. Eu, que não sou excepção, já estou de olho num iate, que vou adquirir só com o que passo a poupar na mercearia.
O ideal seria que a medida fosse acompanhada de, adivinharam, uma acção de sensibilização. Por princípio, apoio todas as acções de sensibilização. Julgo que uma pessoa sensibilizada é uma pessoa melhor. E, se os cidadãos forem sensibilizados no sentido de amealhar todos os cêntimos que pouparão no IVA que deixam de pagar, quando chegarem à idade da reforma aqueles 10 ou 15 euros vão-lhes saber bem. Hoje parece pouco, mas no futuro, com a inflação, parecerá menos ainda.
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De facto este Primeiro Ministro se fosse um Rei, merecia o nome de "O Anunciador". Quando foi para aumentar o IVA em dois pontos percentuais, teve efeitos imediatos; a baixa de um ponto percentual anuncia-se em Março, com efeitos em Julho...
Mas, ao ver este artigo do Ricardo Araújo que a brincar com a descida do IVA deu uns conselhos malévolos ao Primeiro Ministro, fico preocupado! Ele é bem capaz de colocar as sugestões em prática! Nós ainda não vimos tudo, esta gente é muito perigosa, são capazes de tudo!
16/04/08
Escola Secundária de Amarante - Ricardo Rafael o Homem do Vídeo - RRHV!
Apresentação dos Cursos ESA, para a Feira das Profissões!
O Ricardo Rafael com a sua competência e voluntarismo habituais, fez a montagem do vídeo de apresentação da ESA, corolário da ideia original do Professor António França, do excelente trabalho do Professor Manuel Cardoso, do professor Rui Rodrigues e a mim, coube-me a parte mais fácil, acompanhar o trabalho de montagem final do Ricardo! E assim se criou o spot da Escola Secundária/3 de Amarante, para a edição deste ano. Já no ano anterior foi o meu aluno Rafael Peixoto, hoje a estudar no ISEP e a quem envio um abraço, que fez o filme da ESA! Parabéns Ricardo Rafael (RRHV), grande aluno, grande ser humano! São os alunos que fazem toda a diferença na Escola, mais uma vez se provou...
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