19/11/25

Amarante Literatura - Em 1949, o Eduardo e o Ernesto Veiga de Oliveira vêm mais uma vez visitar Pascoaes e trazem consigo o poeta Eugénio de Andrade.

 

«Em 1949, o Eduardo e o Ernesto Veiga de Oliveira vêm mais uma vez visitar Pascoaes. Trazem consigo o poeta Eugénio de Andrade.»

Mais um amigo que chega. Pascoaes tinha ido esperá-los ao caminho e abre-lhes os braços. Conversam animadamente e Pascoaes logo afirma: «Eu devo ter-me enganado muitas vezes, mas nunca menti.»

O Eugénio descreve-o assim:

«O Pascoaes que eu conheci, já velho, é certo, era magnifico e luminoso: espontâneo e simples como as crianças, mas também terrível e acusador como um profeta do Velho Testamento. A sua presença era inquieta e feliz, não deixando nada em sossego em nome da verdade.»

«A mentira era para ele o maior dos pecados mortais.»

(...)

«Olhava-o deslumbrado. No primeiro momento Pascoaes pareceu-me velho, muito mais velho do que eu imaginara. Nunca o vira antes e apenas o conhecia de antigos retratos. Mas essa impressão desfez-se logo. Ele era vida prodigiosa, ímpeto, espeço aberto. Sobretudo diante do Marão.» in "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos




#arte    #literatura    #poesia    #teixeiradepascoaes    #eugéniodeandrade

#ernestoveigadeoliveira    #amigos    #encontros    #solardepascoaes

Sem comentários:

Enviar um comentário