FC Porto perdeu em casa do Atlético (2-1) num jogo de Champions decidido para lá da hora.
O que se passou na noite desta quarta-feira em Madrid foi o espelho do que se havia visto há um ano quer no Metropolitano quer no Dragão. Na ronda de abertura do Grupo B da Liga dos Campeões 2022/23, o cabeça de série FC Porto jogou, rematou e teve mais chances para ganhar do que o Atlético, mas regressou da capital espanhola sem pontos (2-1), com mazelas (que o diga Otávio) e menos um jogador para a jornada caseira da próxima semana diante do Club Brugge.
Sérgio Conceição promoveu Zaidu e Evanilson aos lugares ocupados em Barcelos por Wendell e Toni Martínez e a melhor oportunidade dos da casa surgiu logo a abrir, num livre distante cobrado por Carrasco que passou perto do travessão de Diogo Costa. O troco não tardou e surgiu de forma semelhante, com Otávio a rematar longo e longe da baliza. Dez minutos volvidos, Matheus Uribe seguiu o exemplo do companheiro de setor, igualmente sem pontaria, e o que se viu até ao período de compensação foi um jogo morno ao longo do qual Pepe ia fazendo por merecer as vénias dos milhares de Dragões que acudiram à capital vizinha e em que ambos os conjuntos se anularam, mostrando-se mais preocupados em não cometer erros do que em arriscar. Parca em ocorrências, a etapa inaugural findou com uma boa iniciativa atacante de Mehdi Taremi que podia (e devia) ter contado com a colaboração de um colega de equipa que a finalizasse.
O arranque do segundo tempo assemelhou-se ao do primeiro, com o Atlético por cima, a ter um golo anulado por posição irregular, e o FC Porto a responder por Eustaquio de longe, forçando Oblak a grande intervenção. O internacional canadiano tornou a visar o arco guardado pelo esloveno e, acabado de entrar para a vaga do amarelado Pepê, João Mário não deu a melhor resposta ao passe açucarado do camisola 9 portista. O desperdício portista mantinha-se, na mesma altura em que Otávio saiu de maca com mazelas na zona costal para dar espaço a Bruno Costa, que entrou juntamente com Toni Martínez, substituto de Evanilson.
Na reta final da contenda não faltou ação. Taremi começou por ver o segundo cartão após queda na área, Gabriel Veron rendeu o desgastado Galeno e no segundo dos 9 minutos adicionais, os colchoneros adiantaram-se por Hermoso com uma carambola à mistura que traiu Diogo Costa. Em desvantagem numérica e no marcador, os azuis e brancos correram atrás do prejuízo, beneficiaram de um penálti por mão do autor do golo madridista que Uribe cobrou de forma exímia (1-1), mas a fortuna não queria nada com o FC Porto: canto para os da casa no último lance da contenda, confusão na área forasteira e golo de Griezmann ao segundo poste. O triplo apito do juiz polaco soou imediatamente a seguir.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20220907-pt-injustica-divina