Dragões triunfaram por 2-1 perante o Rio Ave na 3.ª jornada da 1.ª fase do Nacional de Juniores B.
A equipa de Sub-17 do FC Porto venceu neste sábado em casa do Rio Ave, por 2-1, na 4.ª jornada da Série A da 1.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores B. Anha Candé (13m) e Gil Martins (83m) foram os autores dos golos dos Dragões, que somam por triunfos os três encontros já disputados.
Os Sub-17 portistas, orientados por Ricardo Costa, alinharam com Gonçalo Silva, Edgar Antunes (Bernardo Ramirez, 84m), Duarte Nogueira, Vasco Santos, Daniel Carrasco, Amadu Camará (Rafinha, 74m), João Teixeira, Rodrigo Mora (Fábio Amaral, 60m), Gil Martins (Gonçalo Vieira, 84m), Gonçalo Paiva (Gonçalo Sousa, 60m) e Anha Candé.
O Castelo de Penha Garcia recebe, nos próximos dias 3 e 4 de setembro, o evento "Dias Templários".
"Dias Templários" é um evento ao ar livre que traz uma recriação histórica, tertúlias e um acampamento militar templário ao Castelo de Penha Garcia, em Idanha-a-Nova. Durante dois dias, haverá esgrima histórica, arco e besta, mostra de ofícios, dança medieval e mostra de produtos locais.
A organização é da Associação Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém (OPCTJ) e da Associação Thomar Honoris (ATH), em parceria com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a Junta de Freguesia de Penha Garcia.
O hastear da bandeira templária é às 12h30 de sábado, dia 3, prolongando-se o evento até às 15h30 de domingo.
Na tarde de sábado, às 16h00, destaque para a tertúlia na Gruta da Lapa, junto ao Castelo Templário. Com moderação de Manuel Furtado Mendes, diretor do Museu da Ordem dos Templários, participam Paula Pinto Costa e Joana Lencart, investigadoras do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória” da Universidade do Porto.
Em comunicado, a Câmara de Idanha-a-Nova explica que é seu propósito levar o evento “Dias Templários” a diferentes localidades onde a história e o património se cruzam com a Ordem do Templo, contribuindo para a consolidação da marca Templários e, assim, para o desenvolvimento do turismo em Portugal.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/penha-garcia-vai-viver-dias-templarios
Jogo em atraso da ronda inaugural do Nacional de Juniores A terminou empatado (1-1).
A equipa de Sub-19 do FC Porto até esteve a ganhar, mas acabou por empatar em casa do Paços de Ferreira, a uma bola, em jogo em atraso da 1.ª jornada da zona Norte da 1.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores A. Ussumane Djaló (41m) foi o marcador de serviço nos Dragões, que seguem na sexta posição da tabela com quatro pontos, menos cinco do que o líder Gil Vicente.
Os Sub-19 portistas, orientados por Nuno Capucho, alinharam com Gonçalo Ribeiro, Dinis Rodrigues, António Ribeiro, Luís Gomes, Francisco Silva, Mariano Regal, Ussumane Djaló, Francisco Guedes (Bruno Pires, 79m), Alfa Baldé (Tiago Andrade, 71m), Umaro Candé (Jesús Díaz, 79m) e Jeremy Agbonifo (Joel Carvalho, 71m).
«Quando Pascoaes publicou As Sombras, Unamuno ficou tão entusiasmado, que a primeira vez que veio ao Porto, quis visitá-lo em Amarante, onde se demorou quinze dias. Lembro-me de lhe ouvir dizes esta linda frase: «As Sombras foram feitas com palavras cujas letras andavam há muito no ar à procura de se casarem.» Devia ter sido em 1908. Unamuno era um homem extraordinário e um espantoso conversador. Tinha um aspeto sério, sereno, nobre e um ar luminoso sem nunca se rir. Recitava versos de todos os poetas que admirava no seu próprio idioma. Uma vez ouvi-lhe um soneto dum poeta italiano Antonio Fogarazo, rapaz que se estreava na poesia, de que eu muito gostei. Procurei depois, em todas as livrarias, um livro dele e nunca encontrei! Fiquei a pensar que talvez fosse um desses poetas que tantas vezes aparecem prometendo muito e partem sem deixar nada.» in "Olhando para trás vejo Pascoaes" de Maria da Glória Teixeira de Vasconcelos.
Antigo avançado campeão pelo FC Porto na década de 50 desapareceu esta terça-feira aos 89 anos.
Morreu um dos últimos resistentes das equipas duplamente campeãs nacionais e vencedoras da Taça de Portugal nos anos 50. Carlos Duarte, avançado nascido na cidade angolana de Nova Lisboa, hoje Huambo, pereceu esta terça-feira aos 89 anos e deixou para trás um belíssimo legado ao serviço do FC Porto.
Ao longo de doze épocas no equador do século XX, o extremo fez as delícias dos adeptos portistas enquanto trocava as voltas ao adversário com uma capacidade de drible única e uma velocidade ímpar para a época. Nos 228 jogos em que vestiu de azul e branco, o dianteiro assinou 98 golos, consagrando-se como um dos melhores marcadores da história do clube e um dos grandes artilheiros do seu tempo.
As meras sete ocasiões em que foi chamado a representar a seleção portuguesa bastaram para que marcasse à poderosa Inglaterra em Londres e recebesse uma ovação do conhecedor público presente nas bancadas do mítico Estádio de Wembley. Admirador de Di Stéfano e de Paris, viu o emblema que o acolheu em terras lusas rejeitar uma oferta choruda oriunda do todo-poderoso AC Milan em 1958 e, no ano seguinte, lesionou-se com gravidade num joelho.
Mudou-se para Matosinhos na reta final da carreira para terminar o glorioso percurso futebolístico a marcar ao Sporting com as cores leixonenses. Em 2003, das mãos de Álvaro Pinto, viria a receber o Dragão de Ouro para Recordação do Ano.
«Cães choram de alegria quando se reencontram com os donos
Cientistas mediram a quantidade de lágrimas produzidas por um cão depois de se reencontrar com o dono e concluíram que estes animais de estimação também produzem lágrimas em situações de alegria, refere um estudo divulgado esta segunda-feira.
Para os investigadores, aos abanares de cauda, saltos e lambidelas, comportamentos que os donos de cães experienciam regularmente quando se reencontram com o seu animal de estimação após um longo período de separação, junta-se à lista um sinal mais discreto: as lágrimas.
“Nunca ouvimos falar de animais a derramarem lágrimas em situações alegres, como ao reunir-se com o seu dono”, salientou um dos autores do trabalho, Takefumi Kikusui, da Universidade de Azabu, no Japão, que defendeu que o estudo é “o primeiro no mundo” sobre este tema.
Os cientistas mediram as quantidades de lágrimas produzidas utilizando um teste amplamente conhecido, de Schirmer, que consiste numa tira colocada sob a pálpebra, segundo o estudo publicado na revista Current Biology.
Como ponto de comparação foi estabelecido um nível base elevado de lágrimas quando o cão estava no seu ambiente habitual, na presença do seu dono.
Após entre cinco a sete horas de separação, a quantidade de lágrimas aumentou “significativamente” cinco minutos após o reencontro do cão com o dono.
O volume de lágrimas também foi maior quando o cão se reencontrou com seu dono, em vez de outra pessoa.
Para os investigadores, esta produção lacrimal está ligada à presença da ocitocina, apelidada como a “hormona do amor”.
Os cientistas procuraram também perceber qual o papel prático que estas reações podiam desempenhar.
Para isso, os donos dos animais tiveram de classificar fotos do seu cão, indicando o quanto as imagens os faziam querer cuidar destes.
“É possível que cães que mostram olhos enevoados durante as suas interações com o seu dono levem este a cuidar mais deles”, defendeu Takefumi Kikusui.
Em humanos, bebés a chorar fazem com que os pais prestem mais atenção a estes, lembraram ainda os investigadores.
Os cães, domesticados como nenhum outro animal, desenvolveram habilidades específicas de comunicação ao longo do tempo.
Está demonstrado que o contacto visual desempenha um papel na formação da relação entre um cão e o seu treinador.
Os investigadores pretendem estudar agora se os cães também produzem lágrimas quando se reencontram com outros animais da sua espécie.
«Sequestrou autocarro com crianças e enterrou-as vivas. Está em liberdade condicional
Foi concedida liberdade condicional a um homem que em 1976 sequestrou um autocarro cheio de crianças e enterrou-as vivas.
Em 1976, Frederick Woods sequestrou um autocarro escolar com 26 crianças e um motorista, e enterrou-os vivos. O norte-americano tinha, na altura, 24 anos. Agora, aos 70 anos de idade, foi-lhe concedida liberdade condicional.
O incidente aconteceu no norte da Califórnia, onde Woods e outros dois cúmplices, os irmãos Richard e James Schoenfeld, sequestraram as crianças e o motorista do autocarro em Chowchilla, uma cidade a sudeste de São Francisco.
Os reféns foram depois levados para Livermore, onde foram enterrados vivos. Woods e os irmãos exigiram 5 milhões de euros ao Conselho Estatal de Educação. As crianças, de 5 a 14 anos, e o motorista conseguiram escavar a saída após 16 horas, conta o USA Today.
Em março deste ano, Woods foi aprovado para liberdade condicional depois de anteriormente lhe ter sido negada por 17 vezes. Woods teve o apoio de dois sobreviventes do sequestro.
“Acredito que você já cumpriu pena suficiente pelo crime que cometeu”, disse o sobrevivente Larry Park, que apoiou a libertação de Woods juntamente com Rebecca Reynolds Dailey. Todavia, Park pediu que Woods considere fazer tratamento devido ao seu possível “vício de dinheiro”.
Richard Schoenfeld foi libertado em 2012 após uma ordem do tribunal e o seu irmão James foi libertado em liberdade condicional em 2015.
“Tenho empatia pelas vítimas que não tive na altura”, disse Woods em março. “Eu tive uma mudança de carácter desde então”.
Como Woods cometeu o crime quando era jovem, enquadra-se numa lei da Califórnia que exige que seja dado mais peso à libertação de prisioneiros que foram condenados durante a sua juventude, mas que agora são idosos e cumpriram longas penas de prisão.» in https://zap.aeiou.pt/sequestrou-criancas-liberdade-condicional-494123
O ar extremamente seco e gelado transforma quase instantaneamente a névoa de humidade que sai das bocas e narizes em minúsculos cristais de gelo cintilantes.
Debaixo do pico do Zeppelinfjellet, uma montanha de 556 metros na península Brøggerhalvøya, na costa da ilha de Spitsbergen, em Svalbard, o arquipélago norueguês no Oceano Ártico, fica a cidade de Ny-Ålesund, um pequeno povoado com uma população de 45 habitantes em pleno inverno e até 150 no auge do verão.
É o agrupamento de moradias permanentes mais ao norte do mundo, situado a cerca de 1231 km do Polo Norte. Com a montanha a erguer-se de um lado, e um fiorde do outro, é um lugar de tirar o fôlego.
É talvez também um dos melhores lugares do planeta para respirar — longe das principais fontes de poluição no ambiente quase intacto do Ártico, o ar aqui é puríssimo.
Os moradores da cidade são em grande parte cientistas que vêm até aqui justamente por este motivo.
Em 1989, uma estação de pesquisa foi construída no Zeppelinfjellet, a uma altitude de 472 metros, para ajudar os investigadores a monitorizar a poluição atmosférica.
Mais recentemente, o Observatório Zeppelin, como a estação de pesquisa é chamada, tornou-se um local crucial para medir os níveis de gases de efeito estufa que estão a impulsionar as alterações climáticas.
Mudanças à vista?
Mas também há sinais de que a qualidade do ar aqui pode estar a mudar.
Às vezes, correntes atmosféricas levam ar da Europa e da América do Norte para esta parte de Svalbard, trazendo consigo a poluição destas regiões.
Não só os investigadores estão a ver os níveis de certos poluentes aumentar, como também há sinais de novos tipos de poluição a ser trazidos pelo vento que preocupam os cientistas.
“O Observatório Zeppelin está localizado num ambiente remoto e intacto, longe das principais fontes de poluição”, diz Ove Hermansen, cientista sénior do Observatório Zeppelin e do Instituto Norueguês de Pesquisa do Ar.
“Se se consegue medir estes gases aqui, já se sabe que têm uma prevalência global. Este é um bom local para estudar as mudanças na atmosfera.”
A pesquisa em Ny-Ålesund é parte crucial de um esforço internacional para mapear o impacto da humanidade na atmosfera. As medições que fazem ajudam a “detetar a linha de base da poluição e calcular a tendência global ao longo do tempo”, explica Hermansen.
Cinco dias por semana, um funcionário do Instituto Polar Norueguês sobe de teleférico até o observatório, onde realiza a manutenção, recolhe amostras do ar e troca os filtros do equipamento.
Devido à sua localização remota e altitude acima das camadas atmosféricas que podem capturar a pouca poluição produzida localmente pela cidade, o Observatório Zeppelin é o lugar ideal para ajudar a consolidar um panorama do que está a acontecer na atmosfera da Terra.
Os sensores do observatório medem não apenas gases de efeito estufa, como também componentes clorados, como CFCs, metais pesados transportados pelo ar, poluentes organofosforados, como pesticidas, e poluição normalmente associada à queima de combustíveis fósseis, como óxido de nitrogénio, dióxido de enxofre e partículas como fuligem.
Os dados recolhidos são então adicionados a medições feitas noutros lugares por uma rede internacional de estações para criar um “panorama” global de gases atmosféricos, aerossóis e partículas na atmosfera, oferecendo uma referência a partir da qual a poluição é medida.
“A monitorização aqui no observatório abrange uma grande variedade de questões”, diz Hermansen, que trabalha no Observatório Zeppelin há duas décadas.
“As toxinas ambientais são particularmente interessantes pelos seus efeitos biológicos e pelo estado do ambiente ártico, enquanto as medições de gases de efeito estufa e aerossóis são especialmente importantes num contexto global pelo seu impacto nas alterações climáticas.”
Mas o Observatório Zeppelin também pode fornecer um alerta antecipado das mudanças que estão a acontecer na atmosfera.
Sinais de Fukushima
Os níveis de metano no ar ao redor do Zeppelin, por exemplo, têm aumentado desde aproximadamente 2005 — e atingiram níveis recordes em 2019.
Há agora uma preocupação crescente de que os níveis de emissões de metano causadas pelo homem estão a ameaçar as tentativas de limitar o aquecimento global a um aumento de temperatura de 1,5°C.
Dez dias após o acidente do reator nuclear de Fukushima em 2011, radionuclídeos foram detetados na atmosfera em Zeppelinfjellet. Isso mostrou que estas partículas radioativas estavam a ser transportadas por milhares de quilómetros pela atmosfera em apenas alguns dias.
Os pesquisadores do Zeppelin também observaram picos nos níveis de sulfato, partículas e metais, como níquel e vanádio, no ar ao redor de Ny-Ålesund durante os meses de verão devido ao crescente número de navios de cruzeiro que visitam a área.
Também detetaram altas concentrações de partículas “envelhecidas” entre março e maio de cada ano, já que os padrões climáticos carregam poluição de outras partes da Europa e da Ásia.
À medida que a fuligem se move pela atmosfera, por exemplo, sofre uma reação química que torna as partículas mais reativas e aumenta a sua toxicidade.
Fundições industriais na península de Kola, na Rússia, também produzem picos ocasionais de metais como níquel, cobre, zinco e cobalto no ar, quando o vento sopra na direção errada durante o inverno e a primavera.
Mas nem tudo são más notícias
Também observaram a redução de níveis de metais pesados, como chumbo e mercúrio, em grande parte devido ao endurecimento das regras sobre a queima de resíduos e na indústria.
Esforços para reduzir o uso de pesticidas organofosforados — que podem ser levados pelo ar quando são pulverizados nos campos — também provocaram um declínio gradual na quantidade destes produtos químicos detetada na atmosfera ao redor do Ártico.
Mais recentemente, os cientistas notaram níveis crescentes de microplásticos em amostras de neve de regiões remotas do Ártico, sugerindo que podem ter sido transportados até lá pelo ar.
No entanto, embora essas “intromissões” de outras partes do mundo contaminem de vez em quando o ar neste recanto do Ártico, permanece muito distante da pior poluição que os humanos liberam na atmosfera.
Desligados do mundo
Há apenas dois voos semanais para a cidade de Longyearbyen, em Svalbard, que são feitos em um avião a hélice.
A cidade em si é composta por cerca de 30 construções semelhantes a cabanas com nomes de grandes centros urbanos globais: Amesterdão, Londres, México, Itália — para citar alguns. Servem como um lembrete da necessidade de relações diplomáticas neste lugar distante do alvoroço das aglomerações.
Outras formas de conectividade, no entanto, estão disponíveis de forma menos imediata — todos os telemóveis e Wi-Fi devem ser desligados.
A cidade é uma zona livre de rádio na tentativa de manter as ondas de rádio na área o mais silenciosas possível, e é necessária uma permissão especial para os investigadores que desejam operar quaisquer equipamentos que usem transmissões de rádio.
Temperaturas a subir
O clima extremo é um risco para todos aqueles que vivem e trabalham aqui. As temperaturas ficam muitas vezes abaixo de zero, e a mais fria já registada foi de -37,2 °C no inverno.
Em março deste ano, as temperaturas bateram um recorde de 5,5 °C para o mês. O recorde anterior era de 5,0 °C, registado em 1976. Depois das 16h30, quando termina o trabalho, a pequena comunidade tende a recolher-se dentro de casa.
Estar desprovido de comunicação instantânea e contacto através de telemóveis significa que tem de se combinar previamente qualquer tipo de socialização.
A cantina da cidade é o único lugar onde as pessoas se encontram espontaneamente para socializar durante o almoço e jantar, trocando histórias sobre a aurora boreal e a vida selvagem que encontraram.
Muitas dessas histórias partilhadas atestam as mudanças que estão a acontecer neste remoto ecossistema do Ártico.
Leif-Arild Hahjem, que trabalhou por muitos anos em Ny-Ålesund como engenheiro do Instituto Polar Norueguês, está na região desde 1984 e observou mudanças dramáticas na paisagem circundante.
“O fiorde próximo ao assentamento estava congelado naquela época, podia ir-se até lá com uma moto de neve, mas desde 2006/2007 que já não está congelado”, conta. “O povoamento é cercado por muitas massas de gelo que estão a ficar menores, e a maior parte disso deve-se ao aumento das temperaturas.”
Rune Jensen, chefe do Instituto Polar Norueguês em Ny-Ålesund, acrescenta, com alguma tristeza, que na década de 1980 uma área conhecida como Blomstrandhalvoya, perto de Ny-Ålesund, ainda era considerada uma península — mas como o gelo recuou ao longo da última uma década mais ou menos, virou uma ilha, isolada do continente.
“Hoje, sentimos os efeitos de um Ártico mais quente em várias áreas”, diz.
“Por exemplo, o aumento do fluxo de água mais quente do Atlântico que altera todo o ecossistema no fiorde nos arredores de Ny-Ålesund. Afeta até os ursos polares, que são forçados a adaptar a sua dieta. Anteriormente, costumavam capturar focas-aneladas no gelo marinho. Agora vemos um grande aumento no número de ursos polares a alimentarem-se de ovos de ninhos de aves marinhas e a capturar focas da terra.”
No céu e na paisagem, os moradores de Ny-Ålesund estão a testemunhar as marcas deixadas pelo nosso mundo em mudança.