«Sérgio Conceição eleito Treinador do Ano da Liga
Não poderia ser de outra forma: Sérgio Conceição foi distinguido como o Treinador do Ano da Liga Portugal. Campeão Nacional com recorde de pontos (91), a defesa menos batida e o ataque mais concretizador, o técnico do FC Porto recolheu o maior número de votos junto dos homólogos e capitães do principal escalão para receber o galardão pela terceira vez.
À margem da cerimónia “Kick Off” que distingue os melhores entre os melhores de 2021/22 e que serve de projeção para a próxima edição da prova, o timoneiro dos Dragões fez questão de dividir o Prémio Vítor Oliveira pelas “60 pessoas que trabalham diariamente no Olival” e que lhe “permitiram conquistar este campeonato tão saboroso e merecido”.
Convidado a escolher o momento-chave na caminhada rumo ao 30.º campeonato, Sérgio Conceição recordou a reviravolta no Estoril (2-3) na qual ficou patente a “forma ambiciosa e determinada como trabalham” os atletas azuis e brancos. Para o Treinador do Ano, “todos os títulos são diferentes” e “essenciais”, mas “ganhar dá sempre prazer”.
Um prémio de todos
“Quero começar por cumprimentar todos os que assistem a esta gala e os meus colegas que fizeram parte deste campeonato, que foram distinguidos mensalmente e que hoje não podem estar aqui. Estou eu, mas podiam estar 60 pessoas que trabalham diariamente no Olival e que nos permitiram conquistar este campeonato tão saboroso e merecido.”
Aquela remontada na Amoreira
“Houve momentos da época que foram extremamente importantes. Lembro-me, principalmente, do jogo no Estoril. Até à quarta jornada estivemos atrás do Benfica, depois com os mesmos pontos do Sporting, que perdeu no Santa Clara. Ao intervalo no Estoril estávamos a perder 2-0 e acabámos por ganhar 3-2. Trabalho diariamente com os jogadores e sei a forma ambiciosa e determinada como trabalham, mas ali foi uma confirmação disso. E percebemos que teríamos desafios muito difíceis pela frente. Tivemos um mercado de janeiro em que perdemos três jogadores importantíssimos que foram os nossos últimos três melhores da Liga: o Corona, o Sérgio Oliveira e o Luis Díaz. Esse momento foi muito importante e permitiu à equipa continuar a ganhar de forma consistente e convincente. É um trabalho dos jogadores e de uma equipa técnica muito competente que dá o seu melhor todos os dias.”
Uma insaciável sede de vitórias
“Ganhar dá-me sempre prazer. Todos os títulos são diferentes. O primeiro foi muito importante por tudo aquilo que o FC Porto vivia naquele momento, não só a nível desportivo, mas pelo período que teve de dificuldades financeiras. E continua a ter, porque infelizmente os clubes portugueses não vivem numa situação que deixe os treinadores potenciarem os jogadores mais importantes durante várias épocas seguidas. Acho que podemos e devemos ser mais competitivos se formos mais inteligentes e criativos com outro tipo de planeamento na Europa. Em Portugal temos treinadores cada vez mais apetrechados a esse nível. Nos escalões de formação há também muitos jovens com talento e falta-nos também essa capacidade de os segurar para sermos competitivos lá fora. Acabo como comecei: o primeiro ano foi muitíssimo importante, mas todos os títulos são essenciais. Para quem ama o que faz ter vitórias na vida profissional é extremamente gratificante.”
Aos mais jovens
“O conselho que posso dar é que, dentro da sua paixão e vocação, o trabalho é a base de tudo. O trabalho e a paixão com que se trabalha. No final da carreira de cada jogador que queira abraçar novos desafios na sua vida profissional o mercado não é fácil. É extremamente competitivo a todos os níveis e só com muito trabalho e paixão é que se consegue lá chegar. A melhor caraterística que se pode ter é ser competente. Gostaria de ter muitos ex-jogadores ao meu lado se forem competentes. Se não tiverem competência devem optar por outra vida. A vida é competitiva e cada vez mais.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20220705-pt-para-quem-ama-o-que-faz-as-vitorias-na-vida-profissional-sao-extremamente-gratificantes