«A 20.ª VITÓRIA CONSECUTIVA NA FORTALEZA DRAGÃO
Aboubakar e Brahimi marcaram no triunfo sobre o Maccabi (2-0), que vale a liderança do grupo da Champions.
O FC Porto deu mais um passo firme rumo aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, após bater por 2-0 o Maccabi Telavive, com golos de Aboubakar e Brahimi, no espaço de apenas quatro minutos, na primeira parte. Com este triunfo, os azuis e brancos assumem a liderança isolada do grupo G, com sete pontos, mais dois do que o Dínamo Kiev, segundo. Para além disso, no primeiro jogo oficial frente a uma equipa israelita, os Dragões completaram o segundo melhor ciclo vitorioso de sempre em casa: 20 partidas, num percurso que já vem da temporada passada e que inclui adversários como o Sporting, Bayern Munique, Benfica e Chelsea. No total, os azuis e brancos não perdem há 16 encontros oficiais em todas as competições, desde a visita de má memória a Munique, para a Champions, e estão na melhor sequência da época, com quatro vitórias.
Após ter dado oportunidade a alguns jogadores menos utilizados frente ao Varzim, em jogo da Taça de Portugal, Lopetegui retomou o onze que tem sido mais habitual. A única alteração face à recepção ao Belenenses, para a Liga NOS, foi a saída de Maicon, lesionado, que cedeu o lugar a Martins Indi. Mas a nota de maior destaque acabou por ser o facto de Rúben Neves capitanear a equipa, aos 18 anos e 221 dias, tornando-se o mais jovem de sempre na Liga dos Campeões, superando Rafael van der Vaart (20 anos e 217 dias, em Setembro de 2003, pelo Ajax). Os primeiros 15 minutos deram a ideia de que seria uma partida de sentido único, mas, após uma série de perdas de bola comprometedoras dos portistas a meio-campo, o Maccabi desinibiu-se e mostrou ter uma receita que até poderia funcionar, com uma boa dose de fortuna: defender bastante, é certo, mas depois aproveitar erros para lançar contra-ataques rápidos. Foi assim aos 16 minutos, quando um raide de Beh Haim II criou real perigo junto da baliza de Casillas e fez vibrar os cerca de 2.500 adeptos israelitas que estiveram no Porto.
Não se pense, porém, que o FC Porto não tinha mais posse de bola e não criava situações de golo: Aboubakar rematou por duas vezes com perigo, aos 12 e 25 minutos, assistido por Maxi e Layún, respectivamente. E seria mesmo o mexicano a servir o camaronês, com um cruzamento de pé esquerdo, para o lance do 1-0. O avançado, que não marcava há mais de um mês (bisou no empate em Kiev, por 2-2), cabeceou para o terceiro golo na prova, esta temporada. Apenas quatro minutos depois, surgiu o 2-0, com Aboubakar a isolar desta vez Brahimi, que não perdoou no frente-a-frente com Rajković. O marcador ao intervalo era resultado de 15 minutos de muito bom nível, após um período intermédio de torpor dos azuis e brancos.
Na segunda parte, os portistas controlaram o desafio, em especial a partir do momento em que Danilo e Tello entraram em campo para os lugares de Imbula e Corona. Danilo veio consolidar o meio-campo e os portistas poderiam mesmo ter chegado aos 3-0, quando Aboubakar acertou no poste, após cruzamento de Tello, aos 67 minutos. No pontapé de canto que se seguiu. Indi atirou por cima a poucos metros da linha de baliza. O melhor que se viu dos israelitas foi um remate de longe de Rikan, que saiu pouco ao lado da baliza de Casillas. Aliás, o guardião espanhol apenas foi forçado a uma defesa aos 87 minutos. Ainda houve tempo para Brahimi - um dos melhores em campo - ser rendido por Osvaldo e receber uma calorosa salva de palmas, enquanto Tello procurou sem sorte o golo, que esteve perto em duas ocasiões, já ao cair do pano.
Ficha do Jogo