31/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Asas de Amar"



"ASAS DE AMAR

Vai, é agora,
Já abanam os teus cabelos
Ao vento,
Já sinto nas tuas asas apelos
De firmamento,
O teu desejo possuído por correntes de liberdade,
Voa,
A puberdade,
Na tua dança de pavoa,
Para perto da mira dos homens.
E sobe, sobe até ao telhado do mundo,
As tuas mãos jovens,
Em corpo fecundo,
Vai, e leva no teu anel a mensagem,
De que numa terra franca,
Há um beiral,
Sobre uma bela paisagem,
De onde partiste ao alvor,
Do teu pombal,
E ao deixares cair uma pena,
Ficou a dor,
Pomba branca,
Mulher morena."

Eugénio Mourão.

30/12/14

Taça da Liga: Rio Ave 0 vs F.C. do Porto 1 - Dragões derrotaram o Rio Ave, em Vila do Conde, com um golo do avançado camaronês, Aboubakar.



«PERSEVERANÇA DE ABOUBAKAR EM ESTREIA VITORIOSA NA TAÇA DA LIGA

Dragões derrotaram o Rio Ave (1-0), em Vila do Conde, com um golo do avançado camaronês.

​Com várias mudanças no onze inicial e Ricardo Quaresma a capitanear a equipa no seu 200.º jogo de Dragão ao peito, o FC Porto não fugiu àquilo que têm sido os seus ideais nesta estreia vitoriosa na Taça da Liga, no terreno do Rio Ave, por 1-0. Dominadores, pressionantes e intensos, os azuis e brancos protagonizaram uma primeira parte de excelente nível, que, do outro lado, encontrou um guarda-redes à altura. Ederson foi a figura maior dos primeiros 45 minutos e negou uma mão-cheia de golos aos Dragões, que também acusaram alguma ineficácia do capítulo da finalização. Adrián López (5m e 12m) chamou a si o protagonismo inicial e desperdiçou as primeiras grandes oportunidades da noite, às quais Quaresma deu seguimento com um remate por cima em situação muito privilegiada, após cruzamento do avançado espanhol (16m).

À passagem dos 28 minutos, Ederson travou três remates num espaço de segundos e impediu um festejo que parecia certo. À “bomba” de Casemiro seguiu-se a recarga de Aboubakar e logo a seguir um cabeceamento de Evandro, mas todas as tentativas portistas esbarraram no mesmo obstáculo: Ederson. No minuto seguinte, Jebor testou os reflexos de Andrés Fernández e o guardião espanhol respondeu com segurança ao cabeceamento do avançado vila-condense, naquele que foi o último lance de verdadeiro perigo no primeiro tempo. Ainda que tenha feito consideravelmente mais do que o Rio Ave, o FC Porto não conseguiu desfazer o nulo até ao intervalo. A justiça tardava, mas acabaria por chegar.

Já depois de Adrián López ter deixado novo aviso com um remate ao poste (56m), foi na sequência de um canto cobrado por Quintero que o FC Porto conseguiu finalmente chegar à vantagem. Com persistência e perseverança, Aboubakar colocou o pé direito no caminho da bola aliviada por um defensor vila-condense e esta tomou caprichosamente a direcção da baliza, acariciando o poste antes de beijar as redes, e tudo perante o olhar indefeso de Ederson (61m). Estava finalmente desfeiteado o guardião brasileiro e desfeito o nulo, mas nem por isso os Dragões mostraram querer ficar por aqui. Momentos depois, Evandro ofereceu o 2-0 a Ricardo, mas Ederson voltou a brilhar (67m). Diego Lopes ainda fez estremecer a baliza de Andrés Fernández com um forte cabeceamento à trave (70m), mas a reacção do Rio Ave não se reflectiu em muito mais.

Com este triunfo, o FC Porto divide agora a liderança deste Grupo D da terceira fase da Taça da Liga com o União da Madeira, a outra equipa vitoriosa na primeira ronda. E são precisamente os madeirenses a visitar o Estádio do Dragão na próxima jornada da competição (13 de Janeiro, às 20h15).» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/RioAve-FCPorto-tacaliga.aspx


Taça da Liga (1ª Jornada - Grupo D): Resumo Rio Ave 0-1 FC Porto

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Marão"



"Marão

Por esta Serra,
Como abraços,
O nevoeiro enleva.
De ti nascem riachos,
Água do céu e da terra.
Várzeas magras,
Encostas d’ encantos,
Escarpas de cabras.
De brancos mantos,
Bravos pinheiros,
Mulheres de oração,
Igrejas e Santos.
Homens ordeiros,
Guerrilheiros do chão,
Lobos cordeiros,
Sem palha nem grão."

Eugénio Mourão

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=333864820027723&set=a.215009225246617.52914.100002126234550&type=1&theater

Amarante Mancelos - Igreja Românica de São Martinho de Mancelos, num dia de Inverno com muito sol... no final de 2014.




(Amarante, Igreja Românica de Mancelos, 30-12-2014)


Mosteiro de Mancelos - Vila Meã (Amarante)

Cidade do Marco de Canaveses - A lenda do Penedo do Meio-dia em Soalhães, tem passado de geração em geração, e é uma interessante e curiosa história.




«Lenda do Penedo do Meio-Dia

A lenda do Penedo do Meio-dia tem passado de geração em geração, e é uma interessante e curiosa história.

Uma linda manhã, quase ao nascer do sol, um lavrador passando por este sítio viu o penedo aberto, e dentro dele uma mulher muito formosa e deslumbrante vestida de ouro.

Como não era medroso, o homem aproximou-se da moura, e ela perguntou-lhe:

-Onde vais?

-Vou regar – respondeu ele.

-Pois vai, e toma este pão de quatro cantos, de forma a que ninguém o veja, e daqui a um ano volta cá que eu te darei a felicidade.

Foi o lavrador para casa e guardou o pão numa arca, trazendo sempre consigo a chave.

Isto bastou para despertar a curiosidade da mulher que desconfiada e aproveitando a ausência do marido para uma feira, arrombou a caixa e viu com espanto aquilo que o marido guardava tão preciosamente, era um simples pão.

Partiu-o pelos cantos e viu com terror, que dele emanava sangue. Quando o homem chegou, contou-lhe o sucedido e pediu explicação daquele mistério.

-Destruíste a nossa felicidade – respondeu ele. E passado o ano, o lavrador foi expor à moura o caso, ouvindo dela o seguinte:

-Bem sei que não tiveste culpa, mas isso não quer dizer que não fiques desgraçado e sem as riquezas prometidas. Esse pão era a burrinha em que eu tinha de sair daqui ao terminar o meu encanto, e tua mulher, partindo-o, partiu-lhe as pernas, assim eu nunca mais poderei quebrar o meu fadário.

"E assim, deixou de ser feliz o lavrador!".» in http://www.marcodecanaveses.pt/soalhaes/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=194


Natureza - Estima-se que o carvalho tenha entre 800 a 1.000 anos e é um dos 997 exemplares seculares que existem na Floresta de Sherwood e foi considerada a árvore do ano 2014.



«Inglaterra: carvalho da Floresta de Sherwood é a árvore do ano
Publicado em 24 de Dezembro de 2014.

A sua envergadura e porte majestoso poderão muito bem ter escondido, de acordo com a lenda, Robin Hood do Sheriff de Nottingham. A envergadura e porte valeram-lhe este ano o título de árvore do ano de Inglaterra. O exemplar trata-se de um velho carvalho com cerca de 1.000 anos na Floresta de Sherwood, em Nottinghamshire.

Estima-se que o carvalho tenha entre 800 a 1.000 anos e é um dos 997 exemplares seculares que existem na Floresta de Sherwood. O carvalho, que é conhecido por Major Oak, pesa 23 toneladas, tem um tronco com um diâmetro de dez metros e uma copa que se espalha por um raio de 28 metros, o faz com que todas as árvores em seu redor estejam vergadas pelo peso dos seus ramos. Em 2012, teve as honras de receber a Chama Olímpica, aquando dos Jogos de Londres, escreve o Guardian.

O segredo para a longevidade do carvalho está na sorte de ter crescido sozinho, sem ter de partilhar o espaço ou os nutrientes do solo com outras árvores. Nas décadas recentes, a maior ameaça tem sido bondade e gentileza das pessoas.

Em 1904, foram colocadas correntes de metal nos seus ramos para suportarem o peso, mas a árvore já cresceu em seu redor. Recentemente, partes que estavam ocas e ameaçavam a estrutura da árvore foram preenchidas com cimento, depois com chumbo e agora com fibra de vidro. Mas a actual equipa que zela pela sua vida resolveu deixá-lo seguir agora o seu curso natural com pouca intervenção humana.

Aos milhares de admiradores do espécimen é apenas permitido abraçar a árvore uma vez por ano, durante um evento para a apanha de bolota. Foi necessário implementar a medida e cercar a árvore porque a compactação do solo acima das raízes, provocadas pelos milhares de pés das pessoas que a visitavam, estava a matá-la.

O título de árvore de Inglaterra foi-lhe atribuído através de votação pública, num concurso organizado pela Woodland Trust. O carvalho milenar vai agora competir com outras árvores de outros países pelo título de árvore europeia do ano em Fevereiro de 2015.» in http://greensavers.sapo.pt/2014/12/24/inglaterra-carvalho-da-floresta-de-sherwood-e-a-arvore-do-ano/


(Velho Carvalho - Floresta de Sherwood)



(A floresta de Sherwood)

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Maresia"



"MARESIA 

Ó mar de pensar tão profundo,
A terra distante não esquecida,
Céu de uma gaivota perdida,
Grita a fome na faina do mundo.

Navegas sem destino, à bolina,
Mar de voltar cabazes de glória,
Saudade naufragada na memória,
Na voz rouca de uma varina.

Espuma salina do pescador,
Rosto com brisa a maresia, 
Ancoro a minha alma na poesia, 
E arrasto as malhas daquela dor."

Eugénio Mourão


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=787317918015742&set=a.215009225246617.52914.100002126234550&type=1&theater

29/12/14

Amarante Pintura - Retrospectiva sobre um dos melhores pintores europeus do seu tempo, Amadeu de Souza-Cardoso, de Manhufe, Amarante, um ícone à originalidade.



«Amadeo de Souza-Cardoso: O Camaleão de Amarante 

Retrospectiva sobre um dos melhores pintores europeus do seu tempo, um ícone à originalidade.

Originalidade. Nunca esta palavra assentou tão bem a um artista. Em Paris, sempre tentou fugir da normalidade ou de normas pré-concebidas dentro do universo da arte… Seguir o mesmo não fazia parte da sua postura, pelo contrário, Amadeo procurou sempre outras técnicas e formas de pintar, experimentando tudo. Integrando-se neste ou naquele movimento, ou em nenhum, como preferirmos. Era um artista "sem rótulo".

No quadro "coty" (ver imagem) é bem visível essa interdisciplinaridade de Amadeo. Esta obra espelha a característica mais vincada e adorada do amarantino, um artista não com um estilo específico, mas sim com vários, onde junta várias "disciplinas" numa só pintura. Até apresenta elementos de uma corrente que ele, pelo que se sabe, nunca conheceu, o Dadaísmo. Este facto prova que Amadeo estava sempre "muito à frente!" O facto de ser português vai influenciar a maneira como "recebe" as vanguardas da sua altura, como o Futurismo ou o Cubismo. O uso de algumas cores, de uma maneira constante, reflete uma paisagem, vistas, formações naturais, muito portuguesas. O que realmente distingue o cubo futurismo de Souza-Cardoso de todos os seus contemporâneos europeus é essa gama colorida totalmente inédita.

Em "coty" torna-se evidente a forma como o simbolismo das suas ilustrações, indiferente à coerência estilística e à lógica sintática, prossegue nas obras posteriores. Interiorizando o nome de um perfume francês, o quadro joga com diversas formas de representação da realidade e de percepção sensorial. Através da colagem, faz com que diversos planos do real se interpenetrem. O meio é o acoplamento, contrastante próprio do surrealismo. Deste modo cria-se uma tensão entre a realidade representada e a realidade real, entre a pintura e o (seu) objecto - cabelos, ganchos de cabelo, pedaços de espelho - com o objectivo de deixar entrever uma realidade "por detrás da realidade".

Joga-se com analogias formais, por exemplo, entre seios arredondados e o sexo feminino, teias de aranha e grades de janela, atrás das quais a mulher nua mantém prisioneira a sua vítima. O pintor faz malabarismos com níveis de ilusão, que se vão alterando ao executar o passo decisivo do cubismo: passar do "Trompe - L'oeil ao Trompe-L'espirit". Amadeo, uma luz que se apagou demasiado cedo.» in http://pt.blastingnews.com/opiniao/2014/12/amadeo-de-souza-cardoso-o-camaleao-de-amarante-00217387.html


(Documentário " Amadeo de Souza Cardoso - À velocidade da inquieteção" emitido na rtp 2)

Portugal - O Governo português entende que Portugal e Espanha devem resolver bilateralmente uma eventual sobreposição das plataformas marítimas, cujas extensões estão em apreciação pelas Nações Unidas, com os dois países a reivindicarem os mesmos dez mil quilómetros quadrados.



«Espanha e Portugal disputam 10 mil km quadrados

Proposta espanhola de extensão da plataforma marítima inclui área junto às ilhas Selvagens que Portugal também reclama.

O Governo português entende que Portugal e Espanha devem resolver bilateralmente uma eventual sobreposição das plataformas marítimas, cujas extensões estão em apreciação pelas Nações Unidas, com os dois países a reivindicarem os mesmos dez mil quilómetros quadrados.

Espanha apresentou recentemente uma proposta de expansão da plataforma marítima em que reivindica uma área de 296 mil quilómetros quadrados. 

Nessa área estão incluídos 10 mil quilómetros quadrados localizados a noroeste das ilhas espanholas das Canárias e a sudoeste da Madeira que Portugal também reclama. 

Mas, em comunicado feito à agência Lusa, o Ministério português dos Negócios Estrangeiros esclareceu que esse é um assunto que será resolvido entre os dois países.

Segundo o Ministério liderado por Rui Machete, Portugal já conhecia a proposta espanhola e os grupos técnicos dos dois países mantiveram "contactos permanentes".

O projecto espanhol foi divulgado esta segunda-feira pelo jornal “El Pais”, que entrevistou o coordenador da equipa que foi apresentar o projecto nas Nações Unidas e que também diz que Portugal e Espanha vão chegar a um entendimento bilateral sobre esse assunto.

O projecto espanhol, tal como o português, não inclui qualquer referência às Ilhas Selvagens, que poderiam ser um ponto de conflito entre os dois países. A Espanha reconhece a soberania de Portugal sobre aquelas ilhas, mas contesta a zona económica exclusiva que o Governo português reclama para as Selvagens.

As extensões das plataformas marítimas dependem exclusivamente das Nações Unidas, enquanto que a delimitação das fronteiras marítimas entre Estados é um processo negocial autónomo e bilateral.

Lisboa aguarda desde 2009 uma deliberação da ONU sobre a sua proposta de alargamento da plataforma continental, numa extensão até aos quatro milhões de quilómetros quadrados.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=173323


(Alargamento da plataforma continental de Portugal)


(Portugal passará a ter um território que representa cerca de 85% da Europa)


(Debate sobre a extensão da plataforma marítima de exploração económica pacífica dos países lusófonos)

Amarante Mancelos - A Minha Prima Júlia Babo, para mim Tia Júlia, em dois momentos, no Convento de Mancelos.


(Uma pessoa que me marcou na vida, pela sua disponibilidade para os outros, simplicidade e bondade)

F.C. do Porto Sub 19 Futebol: F.C. do Porto 1 vs Gil Vicente 0 - ​Dragões triunfaram sobre o Gil Vicente, na 18.ª jornada do campeonato, mantendo-se na liderança.



«SUB-19: RUI PEDRO “SALTOU” DO BANCO PARA DECIDIR

​Dragões triunfaram sobre o Gil Vicente (1-0), na 18.ª jornada do campeonato.

​A equipa Sub-19 do FC Porto recebeu e venceu esta segunda-feira o Gil Vicente (1-0), no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, em jogo a contar para a 18.ª jornada da primeira fase da zona Norte do Campeonato Nacional de Juniores A. Com este resultado, os Dragões passam a somar 41 pontos e mantêm a liderança isolada, agora com sete pontos de vantagem sobre o Vitória de Guimarães, que tem menos um jogo disputado.

Depois do empate a uma bola registado no jogo da primeira volta, em Barcelos, os azuis e brancos tiveram de puxar dos galões para levar finalmente de vencida o Gil Vicente, desta feita no Olival. Após uma primeira parte na qual rarearam as oportunidades de golo, a mais flagrante surgiu à passagem dos 71 minutos, mas Leonardo desperdiçou a grande penalidade que castigou um derrube a Sérgio Ribeiro na área minhota.

Quando o nulo parecia impossível de desfazer, Tony Djim acelerou pelo flanco direito e cruzou rasteiro e atrasado para a entrada da área, onde apareceu Rui Pedro, lançado por Folha dois minutos antes. O jovem avançado portista tirou um par de adversários do caminho e atirou sem hipóteses para Ivan, fazendo assim o primeiro e único golo de uma tarde gélida (81m). Tratou-se por isso de um triunfo justo dos azuis e brancos, que estiveram sempre por cima durante os 90 minutos.

A equipa liderada por António Folha alinhou com João Costa (g.r.), Fernando, Malthe Johansen, Verdasca, David (Rui Pedro, 79m), Fidelis (Élvis, 46m), João Cardoso, Moreto Cassamá, Sérgio Ribeiro, Ruben Macedo (Tony Djim, 63m) e Leonardo.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Sub-19-FC-Porto-Gil-Vicente.aspx

Corrupção - Carlos Santos Silva admitiu no interrogatório judicial, ter gasto milhares de euros na compra dos livros de José Sócrates – ´A Tortura em Democracia´.



««Empresário gasta milhares a comprar livro do ex-PM» - Correio da Manhã Redação

«Carlos Santos Silva admitiu no interrogatório judicial, ter gasto milhares de euros na compra dos livros de José Sócrates – ´A Tortura em Democracia´.»

«O empresário e amigo do ex-governante, que é arguido no mesmo processo do ex-primeiro-ministro e que também está em prisão preventiva, disse ao juiz Carlos Alexandre que mandou as suas empresas comprarem milhares de exemplares do livro, que fez mais de meia dúzia de edições», diz o CM.» in http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=520300


(Amigo gastou 200 mil euros em livros de Sócrates)

Política Agrícola - Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE.



«Júlia, que semeia curiosidades, está no barco dos 674 mil

Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE. Há agricultores, como Júlia, que lutam todos os dias pela sobrevivência: "O que ganhamos com o que vendemos não compensa o que gastamos". E depois há o caso da MyFarm, uma Farmville da vida real. Durante os próximos dias, o Expresso conta a história de um número - hoje é 674.000.

Às 6 ou 7 horas da manhã, Júlia já está de pé. Tem um longo dia de trabalho pela frente. Acorda, sai de casa e a sua primeira missão é "tratar da bicharada": primeiro dá de comer aos touros; depois seguem-se os coelhos e galinhas. Não há muitos animais na quinta dos Pedregais, onde Júlia assume as rédeas como caseira. Antes, havia muitos mais, agora restam-lhe touros, coelhos e galinhas. Sem esquecer as lides domésticas e o trabalho no campo, onde semeia "curiosidades", como gosta de lhes chamar: milho, feijão, cebola, batatas, penca, couve-galega, entre outras.

Durante o ano, a quinta onde Júlia vive, na pequena freguesia de Regilde, em Felgueiras, não é habitada por ninguém, exceto por si. Vive aí há mais de 30 anos, no início com o marido e os três filhos. Mas estes cresceram, resolveram a sua vida e saíram de casa, apesar de a visitarem frequentemente e de ainda viverem no concelho. O marido, Ramiro, faleceu subitamente no verão passado.

Este está a ser um inverno rigoroso, não só pela ausência de Ramiro na casa modesta em que viviam, mas porque o trabalho da terra passou a ser apenas assegurado por si. Aos 61 anos, e sem saber utilizar o trator (essa era tarefa do marido), vai fazendo o que pode e tentando sustentar-se, equilibrando as contas entre o que cultiva para consumo próprio, o que vende a conhecidos ali da zona (e não no mercado, que é longe e não tem carro) e o subsídio de viuvez. "É muito difícil viver da agricultura em Portugal", conta ao Expresso a agricultora. "O que ganhamos com o que vendemos não compensa os gastos que temos".

Júlia Pedroso não é a única que sente as dificuldades de ter de viver a partir da agricultura familiar. Está, aliás, no mesmo barco que 674 mil pessoas em Portugal. Este é o número que, de acordo com dados de 2013 do INE, constitui a mão-de-obra deste tipo de agricultura no nosso país - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal. Destes, apenas 6,2% vivem exclusivamente da agricultura. A maioria (81,1%) tem que complementar o seu rendimento com outros meios, nomeadamente pensões e reformas (65,3%).

O problema de Júlia, no entanto, não é tanto o facto de viver da agricultura familiar, mas essencialmente o facto de esta ser de subsistência. As duas não são iguais, esclarece João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). "Confunde-se frequentemente agricultura familiar com agricultura de subsistência - que consiste numa realidade completamente diferente, destinada ao consumo próprio e não a fins comerciais", explica ao Expresso. E, embora seja verdade que a agricultura de subsistência seja familiar, o inverso não é necessariamente verdade. A agricultura familiar vai "desde as explorações mais simples e pequenas até às grandes empresas agrícolas".

Da produção ao escoamento dos produtos

2014 foi declarado pelas Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Agricultura Familiar, constituindo "um meio importante para se ter uma produção alimentar viável e capaz de assegurar a segurança alimentar", pode ler-se na resolução da ONU. É esta que, "em primeiro lugar, pode e deve abastecer as populações com produtos de qualidade, frescos, de variedades autóctones, em mercados de proximidade", esclarece ao Expresso Alfredo Campos, membro da direção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Mas este tipo de agricultura vai ainda mais longe: assenta na produção de "bens e serviços à comunidade", na "ocupação do território, evitando a desertificação de muitas regiões" e na capacidade de evitar "as monoculturas extensivas, como a do eucalipto".

Os entraves à agricultura familiar de pequena e média dimensão são muitos, esclarece Alfredo Campos. "Explorações de pequena ou muito pequena dimensão sentem dificuldades, não propriamente por serem pequenas, mas por não haver medidas políticas agrícolas e financeiras adequadas", afirma. Para a CNA, as políticas da PAC (Política Agrícola Comum) da União Europeia, os acordos bilaterais entre a UE e outros países e as medidas dos vários governos portugueses "sacrificam os produtores e consumidores", com o objetivo de "maximização de lucro ao menor custo possível". Veja-se, por exemplo, os números revelados pelo Ministério da Agricultura em 2012, "segundo os quais o produtor [que tem que suportar custos de produção e sustentar a sua família] recebe somente 10% do que o consumidor paga", enquanto "o setor do comércio e distribuição se apropria de cerca de 80%". Assim, e como explica, "a principal reclamação da agricultura familiar resume-se numa simples frase: Escoamento da produção a preços justos".



Patrícia de Melo Moreira / Getty Images
Uma mulher trabalha numa horta em Amarante, em Portugal

O desafio passa pela inovação, realça João Machado, da CAP. "A agricultura portuguesa tem vindo a modernizar-se, sendo hoje substancialmente mais mecanizada e produtiva do que há algumas décadas", conta, exemplificando com a introdução de tecnologias de ponta: "Tratores com GPS ou sistemas de rega computadorizados e monitorização informática do crescimento das plantas e da evolução das explorações agrícolas são hoje comuns em muitas empresas do setor e, naturalmente, nas empresas familiares".

As novas tecnologias e a internet são ferramenta inevitável no trabalho no campo. Foi com esta consciência, e procurando uma forma de ajudar as explorações familiares de menor dimensão, que surgiu a MyFarm. "O objetivo da empresa é apoiar a agricultura familiar, garantindo aos pequenos agricultores o escoamento dos seus produtos através de uma ligação direta aos consumidores, usando as novas tecnologias." Através da internet, é possível criar uma proximidade entre o agricultor e o consumidor.

O Farmville da vida real

Gerir uma horta, à distância e a partir da internet, passou a ser possível com a criação da MyFarm. A ideia surgiu a partir de um projeto de empreendedorismo do Politécnico de Beja, com início em março de 2011. Um brainstorming entre alunos e professores foi o ponto de partida para a criação de uma aplicação informática que permitisse que qualquer pessoa (ou família) pudesse ter uma horta real controlada pela internet.

Como? Através de agricultores que emprestam espaço das suas explorações agrícolas àqueles que acabam por se tornar seus consumidores. Esse espaço, ou horta, pode ser acompanhado e gerido pelos consumidores através da internet, que decidem "o que plantar ou semear e as respetivas quantidades", explica Luis Luz, gestor de projeto e coordenador. É a lógica do Farmville, transposta para a vida real.

Para já, a MyFarm conta com três agricultores e um total de 735 m2 - ou seja, 15 hortas - exploradas por consumidores. Um valor pequeno, tendo em conta que metade do território nacional é ocupada por explorações agrícolas. Mas a MyFarm quer aumentar este número: "Estamos finalmente a iniciar a nossa fase de expansão, após os primeiros anos que serviram para testar e melhorar o nosso modelo de negócio", esclarece Luis Luz. "Queremos mostrar-lhes [aos agricultores] que a nossa proposta tem um valor acrescido, pois pretende criar ligações diretas com o consumidor; comprometendo ambas as partes nessa ligação, queremos que o consumidor 'adote' o agricultor e que o agricultor se adapte ao consumidor, indo além da relação comercial." Mas nem tudo se passa em frente ao ecrã de computador. Para estreitar essa relação, a empresa propõe que as famílias visitem a horta real, participando nas plantações e nas colheitas.

O foco tem sido sempre a exploração intensiva da agricultura familiar, esclarece o gestor de projeto. "Mas começa a haver uma mudança tendo em conta o papel que esta desempenha no meio rural e na sua economia. Não só as novas tecnologias têm estado afastadas da agricultura familiar, como existe também a possibilidade de fazer inovação social, disponibilizando aos agricultores mais do que produtos da terra".

A empresa, no entanto, esbarra com algumas dificuldades. No mundo rural, muitos estão longe do universo das novas tecnologias e da internet. "Este é apenas mais um dos desafios que temos encontrado no nosso caminho", conta Luis Luz. Júlia Pedroso, por exemplo, não conseguiria utilizar esta ferramenta para melhorar o escoamento dos seus produtos. A MyFarm reconhece isso, embora acrescente que está disponível para dar apoio aos clientes nesse sentido. Mas, com apoio ou sem ele, uma coisa é certa: os agricultores têm que ter acesso à internet. "O nosso agricultor familiar ideal seria uma relação tipo avô / neto. O avô tem a experiência e o conhecimento, o neto a apetência para as novas tecnologias."» in http://expresso.sapo.pt/julia-que-semeia-curiosidades-esta-no-barco-dos-674-mil=f903744


Corrupção - O Correio da Manhã conta hoje que a família de do ex-primeiro-ministro José Sócrates tem 383 milhões em offshores.



«Família de Sócrates movimenta 383 milhões

O Correio da Manhã conta hoje que a família de do ex-primeiro-ministro José Sócrates tem 383 milhões em offshores. 

Os documentos foram entregues por Mário Machado. Acrescenta o CM que a empresa criada em 2000 no paraíso fiscal de Gilbraltar movimentou autênticas fortunas. Gestores são tio, tia e primos de Sócrates.

O número, astronómico, é o somatório dos movimentos bancários de uma empresa com sede em Caimão, cujos gestores são o tio, uma tia e primos dos ex-primeiro-ministro José Socrates. 

A escritura da empresa foi feita em Gibraltar em 2000 e os documentos bancários relativos à mesma encontram-se no Departamento Central de Investigação e Acção Penal do Ministério Público, conta o Correio da Manhã.

Fazem parte do lote de documentos entregues pelo advogado de Mário Machado, o líder da extrema-direita que se encontra na cadeia, à Procuradoria-Geral da República, em Junho passado.» in http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1977989&especial=Revistas+de+Imprensa&seccao=TV+e+MEDIA#.VHeMWzyr1bE.facebook

28/12/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Coisas Simples"



"COISAS SIMPLES... 

Não quero a paz a vida inteira,
Mas também não serei guerra.
Não quero ser a alta muralha,
De um castelo feito de areia,
Que um dia o mar derrubou.
Quero a fresca brisa da onda,
Que ao meu rosto não odeia,
E sob este céu de mortalha,
Quero ser da pedra a poeira,
Que o vento traz desta serra,
E que de mim não esconda,
O que da minha vida levou."

Eugénio Mourão.