AMARANTE – “O novo hospital de S. Gonçalo ainda não é, está longe de ser, o hospital que nos foi prometido. Por isso, faz todo o sentido que V. Ex.ª, Senhor Ministro, o venha inaugurar hoje, porque este dia marcará – é a nossa expectativa e a nossa convicção – a última e decisiva etapa para o equipar com os meios tecnológicos necessários à prestação de todos os serviços de saúde que determinaram a sua construção”, disse Armindo Abreu, dirigindo-se a Paulo Macedo.
O Presidente da Câmara Municipal de Amarante falava durante a sessão solene de inauguração do novo hospital, que teve lugar a 29 de abril, tendo considerado exemplar o processo que levou à construção daquele equipamento que, agora, se torna urgente equipar “com os meios tecnológicos necessários a um hospital de dia, com cirurgia de ambulatório de última geração”, acrescentou.
A construção do atual hospital, recordou Armindo Abreu, resultou da reprogramação funcional do antigo hospital de S. Gonçalo, cujo estudo foi homologado em janeiro de 2007, por Correia de Campos, então Ministro da Saúde, e assumida pelo Governo de Portugal e pela Câmara de Amarante em março de 2007.
O protocolo então assinado, enfatizou o Presidente do Município, previa, em linhas gerais que “em termos de diferenciação de serviços, o novo hospital se integrasse no conceito de hospital de proximidade, com a cirurgia de ambulatório do Tâmega e Sousa”. Logo, salientou, “o hospital de Amarante não é o hospital de referência do Baixo Tâmega e Douro Sul, é o hospital de referência da CIM do Tâmega e Sousa para os serviços de saúde hospitalares diferenciados que, dentro do planeado, lhe compete prestar”.
Firme no seu propósito de que o novo hospital assuma o perfil definido no estudo de reprogramação funcional de 2007, Armindo Abreu diria ainda: “enquanto presidente de Câmara de Amarante não aceitarei, como V. Ex.ª Senhor Ministro compreenderá, que seja de outro modo, em violação do planeamento e dos compromissos que determinaram a constituição do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e a construção deste novo hospital de S. Gonçalo”.
A Câmara Municipal de Amarante, recorde-se, teve uma participação ativa na construção daquele equipamento, tendo adquirido o terreno onde foi implantado (cerca de 8 hectares), procedido à abertura de acessos e à criação de infraestruturas de água e saneamento, num investimento superior a 750 mil euros.
As obras iniciaram-se em junho de 2009 e a sua conclusão chegou a estar prevista para o início de 2011. Porém, o edifício viria a estar concluído apenas no primeiro semestre de 2012 e só abriu portas ao público em dezembro desse ano e somente com a consulta de psiquiatria.
Reverter esta situação é, agora, objetivo do Município de Amarante, tendo Armindo Abreu, dirigindo-se a Paulo Macedo, deixado a sua convicção de que o Governo e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa estão empenhados “em conseguir, num curto prazo, e apesar dos constrangimentos financeiros, pôr ao serviço da população da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa este novo hospital, com todas as valências previstas”.
“É o que – concluiu – “reclama a população deste espaço sub-regional, – mais de 500.000 pessoas, apesar do município de Paredes passar a integrar a Área Metropolitana do Porto – que reclama, a justo titulo, serviços de excelência nas duas unidades hospitalares do Centro Hospitalar e é o que reclamam os amarantinos também em nome da coesão territorial, económica e social deste mesmo espaço”.» in
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