«EDO BOSCH: “FOI UM SONHO VESTIR ESTA CAMISOLA”
Guarda-redes despediu-se do Dragão Caixa com uma vitória e uma enorme ovação dos adeptos azuis e brancos.
11 de junho de 2016. É mais uma data ficará eternizada na carreira de Juan Ignacio Edo Bosch, o dia em que defendeu pela última vez a baliza do FC Porto no Dragão Caixa. O guarda-redes catalão que chegou ao clube na época de 1998/99 despediu-se com uma vitória - 11-0 sobre a Juventude de Viana -, uma entre as muitas que conquistou com a camisola portista e que lhe permitiram sagrar-se 13 vezes campeão nacional, dez das quais consecutivas, e ainda levantar nove Supertaças e, até agora, seis Taças de Portugal. Porque Edo quer dizer adeus ao “clube do coração” com a conquista da sétima Taça, cuja Final a 4 está marcada para o próximo fim de semana. “Gostava muito de poder ganhá-la e que ela fosse a primeira pedra de uma montanha de títulos que esta equipa vai conquistar no futuro”, confidenciou.
No fim do jogo com os vianenses, quando voltou a ser aplaudido em peso pelos adeptos presentes no Dragão Caixa, Edo Bosch não conseguiu suster as lágrimas e as palavras custavam-lhe a sair, face ao turbilhão de emoções que tomaram conta dele naquele momento. “Foram 18 anos fantásticos, para mim foi um sonho vestir esta camisola e um prazer jogar ao lado de grandes jogadores e ser treinado pelos melhores. E por isso só tenho que agradecer ao FC Porto, ao presidente, aos meus colegas e a toda as pessoas que fazem parte deste clube. É o despertar de um sonho”, disse o guarda-redes catalão, que não se esqueceu dos adeptos e da forma como sempre o trataram - “são maravilhosos”, acrescentou.
Para o dono da camisola 47 azul e branca “hoje é um dia triste”, porque deixa o clube do coração, mas quando daqui a alguns anos se voltar a lembrar dele, vai recordá-lo com “alegria”, garantiu. “Nunca pensei que a história no hóquei em patins durasse tanto tempo nem que fosse vestir a camisola deste lindo clube durante tantos anos”, confessou Edo, que não tem dúvidas em eleger a conquista do decacampeonato como o momento mais marcante da sua passagem pelo FC Porto.
Quem também se despediu do Dragão Caixa foi Renato Garrido, treinador-adjunto de Guillem Cabestany, que assim colocou um ponto final numa ligação de quase 20 anos ao FC Porto. “Foi um jogo diferente, que envolveu várias emoções, por ter sido o meu último jogo e o do Edo aqui. É o fechar de um ciclo de quase duas décadas num clube que levo no coração”, afirmou no final de uma partida que permitiu ganhar moral para a Taça de Portugal. “É um objetivo que temos, vamos fazer tudo no jogo frente ao Óquei de Barcelos para podermos estar na final e vencer. Esta a cultura deste clube”, concluiu.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/edo-bosch-pos-fcp-juventude-viana.aspx
(Edo Bosch e Germano Silva)