23/08/07

Música Brasileira - Maria Bethânia e amigos, sublime divulgadora da música na língua de Camões!


"Desabafo" - Um desabafo a dois, sublime!


Maria Bethânia e Hanna Schygulla (02) - "La vie en rose", a música que o meu pai mais gostava!


Wanderléa e Maria Bethânia - "Eu já nem sei" - A eterna dúvida que ensombra certas relações!


Maria Bethânia e Hanna Schygulla - "Emoções" - Quem as não tem!


"Debaixo d'água / Agora" - Maria Bethânia - Linda música!

Erasmo Carlos com Wanderlea e Maria Bethania - Fantástico!

"Sonho impossível" - Há tantos e tantos!




"Outra Vez" - Maria Bethania e Roberto Carlos - Música, vozes e letra, incríveis!

"Explode Coração" - Maria Bethania - Simplesmente, espectacular!

"Fera Ferida" - Roberto Carlos e Maria Bethania - Há tantas feras destas!

"Jeito estúpido de amar" - Maria Bethania - Sem palavras!

«Maria Bethânia
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Maria Bethânia
Maria Bethânia em 1972
Informação geral
Nome completo Maria Bethânia Viana Teles Veloso
Apelido Abelha-Rainha
Data de nascimento 18 de junho de 1946 (64 anos)
Origem Santo Amaro da Purificação,  Bahia
País Brasil Brasil
Gêneros MPB
Instrumentos vocal
Período em atividade 1965 - presente
Gravadora(s) Universal Music Brasil, Verve Records, EMI Brasil, Biscoito Fino, Wrasse, Sony BMG
Influência(s) Amália Rodrigues
Billie Holiday
Cartola
Tom Jobim
Nana Caymmi
Nara Leão
Edith Piaf
Página oficial www.mariabethania.com.br
Maria Bethânia Viana Teles Veloso[1], mais conhecida como Maria Bethânia, (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de Junho de 1946) é uma cantora brasileira que tem a marca de ser a segunda artista feminina em vendagem de discos do Brasil, sendo a maior da MPB, com 26 milhões de cópias. Atende pela alcunha de Abelha-rainha por causa do primeiro verso da música que dá nome ao LP Mel de 1979.
Considerada por muitos brasileiros uma das maiores cantoras da história do Brasil. É irmã caçula do compositor Caetano Veloso e da poetisa e escritora Mabel Velloso.

Índice

[esconder]

[editar] Biografia

Nascida na Bahia, é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô). É irmã da escritora Mabel Velloso e do compositor Caetano Veloso, e tia da cantora Belô Velloso e de Jota Velloso
Seu nome foi escolhido pelo irmão Caetano Veloso, inspirado em uma canção famosa à época, a valsa Maria Betânia, do compositor Capiba, um sucesso na voz de Nélson Gonçalves.
Maria Bethânia tornou-se uma das principais intérpretes da música brasileira, pois alguns críticos da música a julgam como incapaz de escrever suas próprias composições. Assim como Caetano, um dos maiores cantores e compositores contemporâneos brasileiros, mundialmente conhecido.
Bethânia foi criada na cidade de Santo Amaro da Purificação e, por ter sido criada na religião católica com influência do candomblé, é devota de vários santos e adepta tradicional do segmento religioso africano Ketu.[2]

[editar] Trajetória artística

Hoje considerada uma das maiores intérpretes de sua geração, na infância sonhava em ser atriz, mas o dom para a música falou mais alto. Participou na juventude de espetáculos semi-amadores em parceria com Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil; em 1960 mudou-se para Salvador na intenção de terminar os estudos e passou a frequentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano. Em 1963, estreou como cantora na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. No ano seguinte, apresentou espetáculos como Nós por Exemplo, Mora na Filosofia e Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, ao lado do irmão Caetano Veloso e o colega Gilberto Gil, então iniciantes, a quem lançou como compositores e cantores nacionais e a cantora Gal Costa, dentre outros.
A data oficial da estreia profissional é 13 de fevereiro de 1965, quando substituiu a cantora e violonista Nara Leão no espetáculo Opinião pois a mesma precisou se afastar por problemas de saúde. Nesse mesmo ano, foi contratada pela gravadora RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG), onde gravou o primeiro disco, lançado em junho daquele mesmo ano. O primeiro sucesso foi a canção de protesto Carcará, no repertório deste, que também incluía, dentre outras, as músicas Mora na filosofia, Andaluzia, Feitio de oração e Sol negro, esta última em dueto com Gal Costa (que à época ainda usava o nome artístico de Maria da Graça). Depois lançou um compacto triplo, Maria Bethânia canta Noel Rosa, que trouxe as músicas Três apitos, Pra que mentir, Pierrot apaixonado, Meu barracão, Último desejo e Silêncio de um minuto, acompanhada apenas por um violão, de Carlos Castilho. Ainda em 1966, depois de voltar à Bahia por um breve período, participou dos espetáculos Arena canta Bahia e Tempo de guerra, ambos dirigidos por Augusto Boal, também competindo em festivais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, apresentou-se em teatros e casas noturnas de espetáculos, tornando-se assim nacionalmente conhecida.

[editar] Doces Bárbaros

Foi também a idealizadora do grupo Doces Bárbaros, onde era um dos vocais da banda, que lançou um disco ao vivo homônimo juntamente com os colegas Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970, e ao longo dos anos, este lema foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD, enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira em 1994 com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana e uma apresentação para a Rainha da Inglaterra. Sobre esse encontro, escreveu Caetano Veloso: Eu, Gil e Gal podemos nos discutir as atitudes e as posturas, mas com relação a Betânia há sempre um respeito aristocrático que o ritmo do seu comportamento exige. E nós estamos sempre aprendendo com ela algo dessa majestade.
Inicialmente o disco seria registrado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo em estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras.

[editar] Década de 1980

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), até o fim da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos que apresentavam os novos talentos, registrando índices recordes de audiência. Maria Bethânia participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses marcantes momentos da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da ampla preponderância das vozes femininas, com Elis Regina, Fafá de Belém, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Zezé Motta, Gal Costa, Maria Bethânia e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias em um único disco (Álibi, 1978, que contou com as respectivas participações especiais da sambista Alcione e Gal Costa nas músicas O meu amor e Sonho meu) e esse sucesso se repetiu nos dois álbuns subsequentes: Mel e Talismã (1980), que também obtiveram expressivas vendas (inclusive este último chegou a ver 700 mil cópias em quinze dias com a participação dos cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil na faixa Alguém me avisou), e inovou no gênero acústico com os dois trabalhos seguintes, Ciclo (1983) e A Beira e o Mar (1984), contrastando totalmente com a sonoridade da época, os trabalhos comerciais, com arranjos e teclados de Lincoln Olivetti, que não tiveram o mesmo apelo popular. Neste primeiro, considerado pela artista o melhor de toda a trajetória, os erros de divulgação da gravadora comprometeram o sucesso do disco onde Fogueira foi a única canção a obter destaque e foi incluída na trilha sonora da novela global Transas e caretas de Lauro César Muniz, tendo sido elogiado pela crítica especializada e recebido com estranheza pelo grande público, apresentando um repertório de onze canções, das quais nove eram inéditas, e apenas duas regravações (Rio de Janeiro - Isto é o meu Brasil e Ela disse-me-assim) e no LP A Beira e o Mar, originado do espetáculo A hora da estrela, cujo título remete ao famoso livro homônimo de Clarice Lispector, o repertório misturou canções inéditas e regravações (Na primeira manhã, Nossos momentos, ABC do Sertão, Somos iguais e Sonho impossível – esta última gravada pela terceira vez, já que havia sido gravada anteriormente nos álbuns A cena muda e Chico Buarque e Maria Bethânia - ao vivo e dali a treze anos, novamente no CD Imitação da vida), também foi pouco divulgado e se definiu a primeira saída da gravadora Polygram (atualmente Universal Music), de onde era contratada desde 1971 (com o álbum Maria Bethânia Viana Teles Veloso - A tua presença, sucesso de público e crítica) e à qual só retornaria dali a cinco anos. O disco que marca essa volta é Memória da Pele; durante este intervalo de tempo, aconteceu uma breve passagem pela primeira gravadora, a RCA, com a qual assinou contrato para a gravação de três discos, mas acabou gerando apenas dois. São eles: Dezembros e Maria, lançados em 1986 e 1988, respectivamente.
A antológica interpretação de Na primeira manhã surpreendeu Milton Nascimento, inspirando-o a escrever, em parceria com Fernando Brant, a música Canções e momentos inclusa no repertório do disco Dezembros, do qual também fez participação especial nesta música, que também trazia, dentre outras, os sucessos Anos dourados, Gostoso demais e Errei sim.
Já o cd Maria, originado do espetáculo homônimo dirigido por Fauzi Arap no ano anterior, contou com as participações especiais da cantora Gal Costa (na toada O ciúme, acompanhada somente do sintetizador de Benoit Corboz, que também escreveu o arranjo para esta canção) e duas internacionais: o grupo sul-africano Lady Smith Black Mambazo (na faixa de abertura, A terra tremeu/Ofá) e a atriz francesa Jeanne Moureau (na música Poema dos olhos da amada, declamando uma versão em francês do poema de Vinícius de Morais); não fosse pelo sucesso de duas músicas românticas nas paradas de sucesso, as baladas Tá combinado e Verdades e mentiras, que integraram a trilha sonora das novelas globais Vale tudo e Fera radical, respectivamente, faixas com certo apelo para as rádios, este trabalho teria sido um dos mais anticomerciais da carreira até então, pois contou com uma leitura totalmente acústica – e isto em plena ascensão das duplas pop/sertanejas e do advento da lambada.

[editar] Anos 1990

Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP 25 Anos, cujo repertório, essencialmente brasileiro, evocava diversas culturas deste país, trazendo canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas. O disco contou com a participação especial de vários cantores e músicos, dentre os quais Gal Costa, Alcione, João Gilberto, Egberto Gismonti, Nina Simone, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Wagner Tiso, Toninho Horta, Jacques Morelenbaum, Jaime Alem, Márcio Montarroyos, Mônica Millet, Almir Sater, Flávia Virgínia, Nair de Cândia, Armando Marçal, Djalma Correia, Álvaro Millet, Gordinho (Antenor Marques Filho), Zeca Assunção, Wilson das Neves, José Roberto Bertrami, Jamil Joanes, Jurim Moreira, orquestra de cordas e bateria da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira, com regência de Mestre Taranta (participou duas vezes do disco - na faixa de abertura, uma vinheta colada a um texto de Mário de Andrade e a música O canto do pajé - e também na faixa que encerrava o projeto, Palavra, que no final fez uma citação musical à famosa canção de Chico Buarque Apesar de você); o disco emplacou duas músicas nas paradas de sucesso, as regionalistas Tocando em frente e Flor de ir embora, que integraram as trilhas das novelas rurais Pantanal e A história de Ana Raio e Zé Trovão, respectivamente, ambas exibidas pela extinta Rede Manchete. O feito de gravação de discos acústicos se repetiu no álbum subsequente, Olho d´Água, lançado em 1992, que não obteve maior repercussão devido à falta de divulgação eficiente por parte da gravadora; no repertório deste, destaque somente para a canção regionalista Além da última estrela, que integrou a trilha sonora da novela global Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, exibida no ano seguinte. O álbum também nos mostrou uma incursão pela religiosidade (Ilumina, Medalha de São Jorge, Louvação a Oxum, Rainha negra uma homenagem a cantora Clementina de Jesus e Búzio), abrindo e fechando com uma vinheta da música Sodade meu bem sodade, de Zé do Norte.
O sucesso de vendagem voltou em 1993 quando do lançamento do CD As canções que você fez pra mim, que gerou mais de um milhão de cópias e foi convertido para uma versão hispânica (no caso, Las canciones que hiciste para mi) com parte do repertório (sete das onze músicas foram convertidas - a faixa-título, Fiera herida (Fera ferida, um dos hits do disco, tema de abertura da novela homônima global), Palabras (Palavras), Tú no sabes (Você não sabe), Necesito de tu amor (Eu preciso de você), (Você, esta incluída na trilha sonora da novela global Pátria Minha de Gilberto Braga cujo título remete ao famoso poema homônimo de Vinícius de Morais - justamente a sucessora de Fera Ferida) e Emociones (Emoções, um dos grandes sucessos de Roberto) - das que ficaram de fora Olha, Costumes, Detalhes e Seu corpo), que consistiu em um tributo à dupla de cantores e compositores Roberto e Erasmo Carlos, evocando onze parcerias entre ambos. Este disco, além de originar um LP promocional para a Coca-Cola com uma entrevista entre parte do repertório (Emoções, Costumes, Olha e Seu corpo), gerou também um VHS (relançado em DVD em 2009) e um espetáculo calcado na divulgação do disco anterior, dirigido por Gabriel Vilela na casa Canecão (Rio de Janeiro), do qual saiu o trabalho que marca a despedida definitiva da Universal Music: Maria Bethânia ao vivo, de 1995, o último a ter versão em vinil, porém já estava sofrendo com o problema de pressão de espaço físico, com quatro músicas a menos. São elas: Fé cega faca amolada, Detalhes, Você não sabe (as duas últimas, já inclusas no álbum-tributo a Roberto) e Reconvexo (gravada pela cantora no álbum Memória da Pele), inclusas somente no CD. Este disco trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e do álbum de estúdio anterior dedicado a Roberto Carlos.

[editar] Curiosidades

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Maria Bethânia é terceira artista feminina em vendagem de discos na história do Brasil, atrás de Xuxa, que tem seus discos voltados ao público infanto-juvenil, com 30 milhões de discos, e de Rita Lee, cantora de MPB/Rock, que supera a marca dos 55 milhões de discos.
Revolucionou a forma de se fazer espetáculos no Brasil, intercalando músicas com poemas - Fernando Pessoa, poeta português, Vinícius de Moraes a quem chegou a dedicar um disco inteiro em 2005, Que falta você me faz (a gravação deste álbum foi concluída em janeiro de 2004 mas somente lançado no ano seguinte, em comemoração aos 40 anos de carreira e amizade com Vinícius, contando com a participação especial deste na declamação do poema Poética I e na música Nature boy (Encantado)), Clarice Lispector - criando um estilo próprio e que muito lembra peças teatrais. Vários dos espetáculos estão entre os mais importantes da história da música popular brasileira, onde se destacam diversos, como Recital na Boite Barroco (1968), o primeiro disco gravado ao vivo, Maria Bethânia ao vivo (1970), ambos lançados pela gravadora EMI, Rosa dos Ventos - o show encantado (1971) produzido e dirigido por Fauzi Arap, Drama terceiro ato - luz da noite gravado ao vivo no Teatro da Praia na capital fluminense (1973), A cena muda (1974), gravado ao vivo no Teatro Casa Grande, onde não declamou poemas - como o próprio título sugere, tendo sido um dos espetáculos mais ousados da trajetória da artista, Chico Buarque e Maria Bethânia ao vivo (1975), Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo (1978), e Nossos momentos (1982), gravado entre 29 de setembro e 3 de outubro daquele ano, contendo a antológica interpretação de Vida e O que é o que é, esta última lançada pelo autor Gonzaguinha no mesmo ano, que seria o bis preferido dos espetáculos dali por diante. Isso explica a presença de vários discos ao vivo na carreira da artista - mais especificamente catorze, onde se inclui um gravado na Argentina (Mar del Plata), com Vinícius de Moraes e Toquinho; já como intérprete, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Noel Rosa, Gonzaguinha, Roberto Carlos, Vinícius de Moraes, Roberto Mendes, Jorge Portugal e Milton Nascimento, são os compositores com maior número de interpretações na voz. Maria Bethânia é carinhosamente chamada por Roberto Carlos de minha rainha.
Os muitos fãs sempre cultivaram uma rivalidade com os da cantora Elis Regina, no eterno debate que até hoje não teve fim sobre qual seria a maior cantora da história do Brasil. Elis, por sua vez, declarou Gal Costa a maior cantora do país. Bethânia, mais reservada, nunca se pronunciou sobre esse debate, inclusive se declara até hoje fã de Elis, isso desde a entrevista no jornal O Pasquim (5 de setembro de 1969), deu nota dez para a rival. Em 1999, quando regravou uma canção que fez antigo sucesso na voz de Elis, Romaria (Renato Teixeira), no disco A força que nunca seca, lançado pela gravadora BMG, Bethânia reafirmou ser admiradora. Inclusive este disco, cuja faixa-título foi dedicada à memória de Mãe Cleusa do Gantois, além de trazer músicas inéditas e releituras de clássicos (O trenzinho caipira com citação de trechos do poema O trem de Alagoas de Ferreira Gullar, Luar do sertão/Azulão, Espere por mim morena, Gema - esta já gravada pela cantora anteriormente no álbum Talismã, As flores do jardim da nossa casa), trouxe a polêmica interpretação de É o amor, originalmente gravada pela dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, que foi bastante criticada. Esta foi incluída na trilha sonora da novela global Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, exibida àquele mesmo ano. Em seguida, houve um espetáculo que divulgou o disco anterior, do qual saiu o CD duplo Diamante verdadeiro, gravado em agosto, que trouxe canções do referido CD de estúdio (exceto Espere por mim morena), regravações dos antigos sucessos entre outros clássicos, além de textos de Fernando Pessoa (Autopsicografia), Manuel Alegre (Senhora das tempestades) e Castro Alves (O navio negreiro).
Muitos são os trabalhos da cantora Maria Bethânia que são referências obrigatórias para a história da música popular brasileira, entre outros estão: Maria Bethânia (1969), Drama - anjo exterminado, com produção do irmão Caetano Veloso (1972), Pássaro Proibido (1976) que trouxe o primeiro grande sucesso na faixa de rádios AM - a antológica canção Olhos nos olhos com destaque também para Amor amor, Pássaro da manhã (1977) onde pela primeira vez declamou poemas em estúdio originado do espetáculo homônimo dirigido por Fauzi Arap e cenário de Flávio Império recebendo o segundo disco de ouro da carreira (o primeiro foi no álbum lançado no ano anterior) com as músicas, dentre outras, Um jeito estúpido de te amar (lançada por Roberto Carlos no ano anterior colado a um texto de Fauzi Arap, com fundo musical de Jogo de damas) e Teresinha, Alteza (1981) que contou com as participações especiais de Caetano Veloso, Gilberto Gil e a irmã Nicinha (no samba Purificar o Subaé), Âmbar (1996), lançado pela gravadora EMI que comemorou os 50 anos de idade trazendo canções inéditas, de novos compositores da MPB entre outras releituras de clássicos (Chão de estrelas, Quando eu penso na Bahia que contou com a participação especial de Chico Buarque e Ave Maria) gerando um espetáculo dirigido por Fauzi Arap do qual saiu o elogiadíssimo CD duplo Imitação da vida gravado na casa de espetáculos Palace (São Paulo, dezembro de 1996) e que incluiu onze textos de Fernando Pessoa e seus heterônimos, Brasileirinho (2003), o primeiro lançado pelo próprio selo Quitanda, unanimidade de crítica e público, com repertório essencialmente brasileiro, evocando diversas culturas deste país e trazendo textos de Guimarães Rosa - Felicidade se acha é em horinhas de descuido, Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura e Quem castiga nem é Deus, é os avessos (extraído do livro Rosiana, coletânea de conceitos, máximas e brocadas do autor, organizada em 1983 por Paulo Ronai), Mário de Andrade (O descobrimento e O poeta come amendoim) e Vinícius de Morais (Pátria minha), contando com as participações especiais do escritor/poeta Ferreira Gullar (recitando o poema O descobrimento), o Grupo Uakti grupo experimental mineiro (na faixa Salve as folhas), Grupo Tira Poeira formado por cariocas, gaúchos e catarinenses (na faixa Padroeiro do Brasil), Denise Stoklos (declamando o poema O poeta come amendoim), as cantoras Miúcha e Nana Caymmi (nas respectivas faixas Cabocla Jurema/Ponto de Janaína e Texto de Guimarães Rosa/Suçuarana), Ricardo Amado e Márcio Malard (violino e violoncelo, respectivamente, na faixa Senhor da floresta), e também originou um DVD, e Pirata (2006), que traz textos de Guimarães Rosa (Perto de muita água, tudo é feliz, Pensar na pessoa que se ama, Amor é sede depois de se ter bem bebido, Só na foz do rio é que se ouvem os murmúrios de todas as fontes, O mundo do rio não é o mundo da ponte e O sertão é uma espera enorme), Fernando Pessoa (Todo cais é uma saudade de pedra), Antônio Vieira (Poesia), João Cabral de Melo Neto (O rio), Jorge Portugal (Orixá), entre outras canções inéditas, regravações de músicas pouco conhecidas e consagradas da MPB, além de releituras de músicas que ela já havia gravado anteriormente (O tempo e o rio e Os argonautas)

[editar] Dias atuais

Em 2001, desliga-se das grandes gravadoras, transferindo-se para a independente Biscoito Fino, de propriedade de Olivia Hime e Kati Almeida Braga. O disco que marca a estreia na nova gravadora é o duplo Maricotinha ao vivo - comemorativo dos trinta e cinco anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos seus entre outras canções consagradas, textos e do álbum de estúdio homônimo do ano anterior, cuja maior parte das canções era inédita e foi o último álbum lançado pela gravadora BMG, e também gerou seu primeiro DVD. Em 2003, ainda na Biscoito Fino, lança o selo Quitanda (23 de setembro), para gravar discos com menor apelo comercial e lançar artistas que admira, como Mart'Nália e Dona Edith do Prato. Paralelamente, houve o lançamento do álbum Cânticos, preces, súplicas à Senhora dos Jardins do Céu, gravado originalmente em 2000, que inicialmente não foi comercializado e distribuído numa tiragem limitada de duas mil cópias, apenas para angariar fundos para a restauração da matriz da cidade natal, em homenagem a Nossa Senhora; neste trabalho, a cantora reafirmou a religiosidade, presente em quase toda a obra. O disco contou com a participação especial da mãe, Canô Veloso, Gilberto Gil (violão e voz) e Nair de Cândia, nas respectivas faixas Ladainha de Nossa Senhora, Mãe de Deus das Candeias e uma versão em latim da Ave Maria.
Bethânia também atua em direções, já tendo dirigido vários artistas entre eles o irmão Caetano Veloso e Alcione. Ao mesmo tempo, produziu a homenagem Namorando a Rosa, a violonista Rosinha de Valença, que tocou alguns anos em sua banda, falecida em 2004 e teve grande participação na carreira da artista, dirigindo o espetáculo Comigo me desavim (1967), e nove anos depois gravou o álbum Cheiro de mato, do qual recebeu grande influência e também nos álbuns Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo, Alteza (na faixa Caminho das Índias), Olho d´água, em um de seus últimos e trabalhos e principalmente no antológico Álibi, onde tocou violão em todas as faixas; o álbum contou com a participação especial de diversos nomes consagrados da MPB, como o irmão Caetano Veloso, Alcione, Chico Buarque, Bebel Gilberto, Ivone Lara, Délcio Carvalho, Yamandú Costa, Martinho da Vila, Turíbio Santos, Miúcha, Joanna, Hermeto Paschoal e a própria Bethânia. Em 2005, foi lançado o filme documentário sobre sua vida e carreira, Música é perfume.
Em 2006 foi a grande vencedora do Prêmio Tim (antigo Prêmio Sharp) de música onde arrebatou três títulos: melhor cantora, melhor disco (Que falta você me faz, um tributo a Vinícius de Morais) e melhor DVD (Tempo tempo tempo tempo, comemorativo dos quarenta anos de carreira). Bethânia, que sempre teve fama de anti-social, surpreendeu e compareceu à cerimônia de premiação. No mesmo ano, os CDs antigos - LPs originais que haviam sido relançados anteriormente em CD - voltaram às prateleiras, com encarte completo (na edição anterior ele havia sido suprimido/reduzido), letras de todas as músicas e textos - mesmo que a versão original não as tivesse - e texto interno com a história do álbum redigido pelo jornalista e crítico musical Rodrigo Faour, pois há muito tempo estavam fora de catálogo.
Ainda em 2006, lançou dois álbuns simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior do Brasil e foi considerado pela crítica uma espécie de retomada de Brasileirinho, lançado três anos antes, e Mar de Sophia, onde canta o mar a partir de versos da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner. A turnê de promoção dos dois discos foi batizada de Dentro do mar tem rio, com direção de Bia Lessa e roteiro do fiel colaborador Fauzi Arap, originando o álbum duplo homônimo, lançado em 2007.
Lançou em 2007 pela Biscoito Fino o DVD duplo que contempla dois documentários sobre a artista: Pedrinha de Aruanda e Bethânia Bem de Perto. Este primeiro é um registro singular da intimidade de uma das maiores intérpretes brasileiras de todos os tempos, tendo como ponto de partida a comemoração do aniversário de sessenta anos da cantora, celebrados durante uma apresentação em Salvador e uma missa em Santo Amaro, sua cidade natal, em 2006.
Ainda em 2007, novamente é a maior vencedora do Prêmio Tim, mas desta vez empatou com Marisa Monte. Bethânia, mais uma vez, compareceu à cerimônia, e levou para casa os troféus de melhor cantora, melhor disco (Mar de Sophia), melhor projeto gráfico (Pirata) e melhor canção (Beira-mar, do CD Mar de Sophia).
Em 2008, junta-se com a cantora cubana Omara Portuondo e segue em turnê pelo Brasil e países vizinhos, como Argentina e Chile; nos dias 4 e 5 de abril foi gravado o DVD ao vivo em Belo Horizonte no Palácio das Artes, sob a direção de Mário de Aratanha e a produção musical de Moogie Canázio, originando também um CD.
Em 2009, lançou o DVD Dentro do Mar tem Rio, registro do show ao vivo gravado nos dias 7 e 8 de dezembro de 2007, em Sao Paulo, com direção de Andrucha Waddington.
No mesmo ano, lança os dois trabalhos mais recentes da carreira - Encanteria, onde canta as mais variadas formas de fé (pelo selo Quitanda) e Tua, com canções românticas (pela Biscoito Fino); ambos são compostos por músicas inéditas e foram recebidos com muito entusiasmo pela crítica e público. O repertório do espetáculo calcado na divulgação dos dois trabalhos é composto por estas músicas intercaladas a antigos sucessos da artista. Seu título é batizado com três nomes que, segundo ela, foram herdados de sua tradição familiar: Amor, Festa e Devoção.
Em junho de 2010, após décadas sem se apresentar em um programa de TV, Maria Bethânia quebrou o autoexílio televisivo que se impôs para prestar uma homenagem ao cantor e compositor Erasmo Carlos durante a edição especial do Programa Altas Horas pela passagem dos 50 anos de carreira do artista. Na ocasião, a diva interpretou As Canções Que Você Fez Pra Mim e Sentado à Beira do Caminho, protagonizando um dos maiores momentos da história da televisão brasileira nesta década.

[editar] Discografia

[editar] Estúdio

[editar] Ao Vivo

[editar] Compactos

[editar] Espetáculos

  • Nós, por exemplo (1964)
  • Nova bossa velha, velha bossa nova (1964)
  • Mora na Filosofia (1964)
  • Opinião (1965)
  • Arena canta Bahia (1966)
  • Tempo de Guerra (1966)
  • Pois é (1966)
  • Recital na Boite Cangaceiro (1966)
  • Recital na Boite Barroco (1968)
  • Yes, nós temos Maria Bethânia (1968)
  • Comigo me desavim (1968)
  • Recital na Boite Blow Up (1969)
  • Brasileiro, Profissão Esperança (1970)
  • Rosa dos Ventos (1971)
  • Drama - Luz da noite (1973)
  • A cena muda (1974)
  • Chico & Bethânia (1975)
  • Os Doces Bárbaros (1976)
  • Pássaro da manhã (1977)
  • Maria Bethânia e Caetano Veloso (1978)
  • Maria Bethânia (1979)
  • Mel (1980)
  • Estranha forma de vida (1981)
  • Nossos momentos (1982)
  • A hora da estrela (1984)
  • 20 anos (1985)
  • Maria (1988)
  • Dadaya - As sete moradas (1989)
  • 25 anos (1990)
  • As canções que você fez pra mim (1994)
  • Âmbar - Imitação da vida (1996)
  • A força que nunca seca (1999)
  • Maricotinha (2001)
  • Brasileirinho (2004)
  • Tempo, tempo, tempo, tempo (2005)
  • Dentro do mar tem rio (2006)
  • Omara Portuondo e Maria Bethânia (2008)
  • Amor, Festa, Devoção (2009/2010)

[editar] Participações

  • Trilha sonora do filme Quando o Carnaval Chegar, nas faixas Baioque e Bom Conselho de Chico Buarque, com participação de Nara Leão nas faixas Minha Embaixada Chegou, de Assis Valente e Formosa, de Nássara e J. Rui – Phonogram, 1972
  • Nova Bossa Nova Festival Folklore e Bossa Nova do Brasil 72, nas faixas: Bodocó de Gordurinha e Não Tem Solução de Dorival Caymmi com Terra Trio – MPS Records, Alemanha, 1972
  • Phono 73, na faixa: Oração a Mãe Menininha de Dorival Caymmi com a participação de Gal Costa; Preciso Aprender a Só Ser, de Gilberto Gil com o próprio e Trampolim de Caetano e Bethânia, com Caetano VelosoPolygram, volume 3, 1973
  • Trilha sonora de Gabriela, na faixa Coração Ateu de Sueli Costa – Som Livre, 1975
  • Erasmo Carlos Convida, na faixa Cavalgada de Erasmo Carlos e Roberto CarlosPolygram, 1980
  • Sorriso Negro, de Dona Yvonne Lara, na faixa: A Sereia Guiomar de Yvonne Lara e Delcio Carvalho – WEA, 1981
  • Roberto Carlos, na faixa: Amiga de Roberto Carlos e Erasmo Carlos – CBS, 1982
  • Plunct, Plact, Zuuum, na faixa: Brincar de Viver de Guilherme Arantes e Jon Lucien – Som Livre, vários, 1983
  • Luz e Esplendor, de Elizeth Cardoso, na faixa Elizetheana também com a participação de Alcione, Cauby Peixoto, Dona Ivone Lara, Joyce, Nana Caymmi e Paulinho da Viola – ARCA SOM, 1984
  • Da cor do Brasil, de Alcione, na faixa Roda Ciranda de Martinho da Vila – RCA, 1984
  • Nordeste Já, nas faixas: Chega de Mágoa, de criação coletiva e Seca d’Água, criação coletiva sobre poema de Patativa do Assaré – Continental, compacto, vários, 1985
  • Sinceramente Teu, de Joan Manuel Serrat, na faixa: Sinceramente Teu com versão de Santiago Kovadoff – Ariola, 1986
  • Negro Demais no Coração, de Joyce, na faixa Tarde em Itapoã, de Vinícius de Moraes e ToquinhoCBS, 1988
  • Uns, de Caetano Veloso, na faixa: Salva Vida de Caetano Veloso – Polygram, 1989
  • Nelson Gonçalves e Convidados, na faixa: Caminhemos de Herivelto MartinsRCA, 1989
  • A trilha Sonora África Brasil, na faixa: Mamãe Oxum de André Luiz Oliveira e Costa Netto – EMI, 1989
  • Brasil, de João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil, na faixa No Tabuleiro da Baiana de Ary BarrosoWEA, 1991
  • Songbook Noel Rosa, na faixa: Pela Décima Vez de Noel RosaLumiar Discos, 1991
  • No Tom da Mangueira, na faixa: Primavera e Cântico à Natureza de Nelson Sargento, Alfredo Português e Jamelão com a participação do grupo vocal Garganta ProfundaSaci, vários, 1993
  • Sambas de Enredo Grupo Especial, do Carnaval de 1994, na faixa Atrás da Verde-e-Rosa só não vai quem já morreu de David Corrêa, Paulinho Carvalho, Carlos Sena e Bira do Ponto com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa – RCA, 1993
  • Dorival, na faixa Morena do Mar de Dorival Caymmi – Columbia, vários, 1994
  • João Batista do Vale, de João do Vale, na faixa Estrela Miúda de João do Vale e Luiz Vieira – RCA, 1994
  • Gente de Festa, de Margareth Menezes, na faixa Libertar de Roberto Mendes e J. Velloso – Continental, 1995
  • Brasil em Cy, do Quarteto em Cy na faixa A Noite do Meu Bem de Dolores DuranCID, 1996
  • Belô Velloso, na faixa: Brincando de Mabel Velloso e Alexandre Leão – Velas, 1996
  • Recife Frevo é, na faixa Frevo nº 01 de Recife de Antonio Maria – Virgin, vários, 1996
  • Alfagamabetizado, de Carlinhos Brown na faixa Quixabeira de domínio popular, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa – EMI, 1996
  • Agora, de Orlando Moraes na faixa A Montanha e a Chuva de Orlando Moraes – Som Livre, 1997
  • Songbook Djavan, na faixa Morena de Endoidecer de Djavan e CacasoLumiar discos, 1997
  • Álbum Musical, de Francis Hime, na faixa Pássara de Francis Hime e Chico Buarque – WEA, 1997
  • Amigos, de Angela Maria, na faixa Orgulho de Nelson Wederkind e Waldir Rocha – Columbia, 1997
  • Livro, de Caetano Veloso, na faixa Navio Negreiro de um poema de Castro AlvesPolygram, 1997
  • Pequeno Oratório do Poeta para o Anjo, poemas de Neide Archanjo
  • Agô – Pixinguinha 100 anos, na faixa Fala Baixinho de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho – Som Livre, vários, 1997
  • Diplomacia, de Batatinha na faixa Bolero de Batatinha e Roque Ferreira – Emi, 1998
  • Songbook Marcos Valle, na faixa: Preciso Aprender a Ser Só de Paulo Sérgio Valle e Marcos ValleLumiar Discos, 1998
  • Brasil são outros 500, na faixa Tocando em Frente de Almir Sater e Renato Teixeira, em nova versão, com participação da atriz Vera HoltzSom Livre, 1998
  • Alcione Celebração, na faixa Linda Flor de Luiz Peixoto, Marques Porto, Henrique Vogeler e Cândido Costa – Polygram, 1998
  • Songbook Chico Buarque, nas faixas Até Pensei de Chico Buarque e Sobre Todas as Coisas de Chico buarque e Edu LoboLumiar Discos, 1999
  • Sinfonia de Pardais, uma homenagem a Herivelto Martins, na faixa Segredo de Herivelto Martins e Marino Pinto – Som Livre, vários 1999
  • Doces Bárbaros Bahia, na faixa Hino do Esporte Clube Bahia de Adroaldo Ribeiro Costa com Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso Herivelto Martins Sony, 2000
  • Chico Buarque e as cidades, em Olhos nos Olhos de Chico Buarque – DVD, com direção de José Henrique Fonseca – BMG, 2000
  • Ana Carolina, na faixa: Dadivosa de Ana Carolina, Neusa Pinheiro e Adriana Calcanhoto – e no sample do texto de Antônio Bivar Era uma VezBMG, 2001
  • Trilha sonora do filme Nelson Gonçalves, na faixa Caminhemos de Herivelto Martins, com Nelson Gonçalves – BMG Brasil, 2001
  • Eu vim da Bahia, nas faixas É um Tempo de Guerra de Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, Gloria in excelsis (Missa agrária), de Gianfrancesco Guarnieri e Carlos Lyra e De Manhã de Caetano Veloso – BMG Brasil, 2002
  • Olivia Byington, CD homônimo de Olivia Byington; Maria Bethânia participa no tema Mãe Quelé, canção com letra de Tiago Torres da Silva e música de Olivia Byington (2006)
  • Multishow Registro - Pode Entrar, de Ivete Sangalo na faixa Muito Obrigado, Axé, letra de Carlinhos Brown. Universal Music, 2009.
  • Tecnomacumba - Ao Vivo. Rita Ribeiro (Biscoito Fino, 2009)
  • Multishow Registro - N9ve + 1, de Ana Carolina na faixa Eu que não sei quase nada do mar, letra de Ana Carolina (Sony & BMG, 2009)

[editar] Livros

  • JARDIM, Reinaldo - Maria Bethânia Guerreira Guerrilha. Cooperativa editorial JB - Poder jovem
  • ÁLVAREZ LIMA, Maria - Maria Bethânia. Edições Intersong
  • ÁLVAREZ LIMA, Maria - Marginália, Arte e cultura na idade da pedrada. Salamandra - Consultoria editorial brasileira
  • AA.VV - Maria Bethânia - Dona do Dom, Crônicas, depoimentos e poemas. Ediçao Fã-Clube Rosa dos Ventos Bahia - 2006

[editar] Filmes e documentários

  • 1965
    • O desafio, de Paulo Cezar Saraceni (35 mm, pb, 100 min) ("É de manhã" de Caetano Veloso; "Eu vivo num tempo de guerra" de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri; "Carcará" de João do Vale e José Cândido, com Zé Keti e João do Vale; "Notícia de jornal" de Zé Keti, apenas com Zé Keti) [filmagens no Teatro Opinião, Rio de Janeiro, em 1965]
  • 1966
    • Bethânia bem de perto - A propósito de um show, de Julio Bressane e Eduardo Escorel (16 mm ampliado para 35 mm, pb, 33 min) (Biscoito Fino-Quitanda-Conspiração Filmes, 2007, DVD) [show Recital na Boite Cangaceiro, Rio de Janeiro, em abr-maio 1966]
  • 1967
    • Improvisiert und Zielbewusst / Cinema Novo, de Joaquim Pedro de Andrade (16 mm, pb, 31 min) ("Só me fez bem" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
    • Garota de Ipanema, de Leon Hirszman (35 mm, cor)
  • 1968
    • A Última Ceia segundo Ziraldo, de Rodolfo Neder (35 mm, cor, 10 min)
    • O homem que comprou o mundo, de Eduardo Coutinho (35 mm, pb, 100 min)
  • 1969
    • Saravah, de Pierre Barouh (Biscoito Fino, 2005, DVD) (Bethânia e Paulinho da Viola interpretam numa mesa de bar em Itaipu, litoral fluminense, "Coração vulgar" de Paulinho da Viola, "Rosa Maria" de Hanníbal da Silva e Éden Silva, "Tudo é ilusão" de Hanníbal da Silva, Éden Silva e Tulio Lavar, "Pecadora" de Jair do Cavaquinho e Joãozinho da Pecadora, "Pranto de poeta" de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, e acompanhada ao piano de Luiz Carlos Vinhas e do trombone de Raul de Souza em ensaios na boate Sucata canta "Baby" e "Tropicália" de Caetano Veloso, "Frevo nº 1 do Recife" de Antonio Maria e "Pra dizer adeus" de Edu Lobo, Lani Hall e Torquato Neto)
  • 1972
    • Quando o carnaval chegar, de Carlos Diegues (35 mm, cor, 103 min)
  • 1978
    • Os Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay (16 mm ampliado para 35 mm, cor, relançado em 2004) (Biscoito Fino, 2008, DVD) [apresentações em 1976 em Campinas, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo]
  • 1980
    • Certas palavras com Chico Buarque, de Mauricio Berú (35 mm, cor, 110 min) ("Olhos nos olhos" de Chico Buarque)
  • 1981
    • Brasil, de Rogério Sganzerla (35 mm, cor, 13 min) [filmagem ao vivo da gravação do disco 'Brasil' com João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil; filmado durante quatro meses de 1981]
  • 1994
    • As canções que você fez pra mim, de Julio Bressane (super 16 mm finalizado em betacam, cor-pb, 4 min 10 s)
  • 1995
    • Maria Bethânia especial - As canções que você fez pra mim, de Walter Salles Jr. e Andrew Waddington (VideoFilmes-Polygram, Betacam, cor, 58 min) (VHS)(Universal Music, 2009, DVD)
  • 1998
    • Enredando sombras (segmento Cinema Novo, de Orlando Senna)
  • 1999
    • Chico e as cidades, de José Henrique Fonseca (DVD) ("Olhos nos olhos")
    • Além-mar, de Belisário Franca e Luis Antônio Silveira (Betacam, cor, 60 min)
  • 2001
    • Maria Bethânia do Brasil, de Hugo Santiago / Compagnie des Phares et Balises-ARTE France (cor, 90 min)
  • 2003
    • Ana Carolina - Estampado, de Mari Stockler (Sony & BMG Music, DVD) ("Pra rua me levar" de Totonho Villeroy e Ana Carolina)
    • Biblioteca Mindlin - Um mundo em páginas, de Cristina Fonseca (vídeo, cor, 77 min) (depoimento)
    • O ovo, de Nicole Algranti (35 mm, cor, 11 min) (narração)
    • Concertos MPBR (69 min, DVD) (Canecão, Rio de Janeiro, em 6 ago 2002: "As canções que você fez pra mim" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos com Erasmo Carlos; "Eu já nem sei" com Wanderlea; "Baila comigo" de Rita Lee e Roberto de Carvalho com Shangrilá e Zélia Duncan)
    • Alcione - Ao vivo 2 (Universal Music, DVD)(Nos extras, participação em "Ternura antiga")
    • Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo, de André Horta (Biscoito Fino-Sarapuí Produções Artísticas, DVD)
  • 2004
    • Maria Bethânia - Brasileirinho ao vivo, de André Horta (Quitanda-Biscoito Fino-Multishow, DVD)
    • Outros Bárbaros, de Andrucha Waddington (Biscoito Fino) (DVD) [os ensaios e o show na praia de Copacabana, na noite de 8 de dezembro de 2002]
  • 2005
    • Tempo tempo tempo tempo - Maria Bethânia, de Bia Lessa (Biscoito Fino, DVD) [músicas do CD Que falta você me faz - Músicas de Vinicius de Moraes]
    • Maria Bethânia - música é perfume, de Georges Gachot (35 mm, cor, 82 min) (Quitanda-Biscoito Fino, 2006, DVD) [shows Brasileirinho e gravações do CD Que falta você me faz - Músicas de Vinicius de Moraes]
    • Vinicius - Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores, de Miguel Faria Jr. (35 mm) (depoimento) ("Soneto do amor total", "Pátria minha" e "O que tinha de ser")
    • O sonho acabou [Phono 73 - O canto de um povo], de Carlos Augusto de Oliveira [Palácio das Convenções do Anhembi, São Paulo em 12 e 13 maio 1973, "A volta da Asa Branca", "Rosa dos ventos" e com Gal Costa "Oração de Mãe Menininha"] (DVD)
    • Viva volta, de Heloisa Passos (35 mm, cor, 15 min) [sobre Raul de Souza]
  • 2006
    • Por acaso Gullar, de Rodrigo Bittencourt e Maria Rezende (Betacam, 12 min, cor)
    • Chico César - Cantos e encontros de uns tempos pra cá, de Douglas Costa Kuruhma (Biscoito Fino, DVD) [Nos extras, cenas de Chico César no estúdio da Biscoito Fino com Maria Bethânia cantando "A força que nunca seca" e "Onde estará o meu amor", do compositor gravadas pela cantora]
  • 2007
    • Beth Carvalho canta o samba da Bahia, de Lula Buarque de Hollanda (EMI Music, DVD) ("Suíte dos pescadores" de Dorival Caymmi, com Beth) [Show no Teatro Castro Alves, em Salvador, 23 ago 2006, em comemoração aos 60 anos de Beth Carvalho]
    • Maria Bethânia - Pedrinha de Aruanda, de Andrucha Waddington (RJ, 60 min) (Biscoito Fino-Quitanda-Conspiração Filmes, 2007, DVD)
  • 2008
    • Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino, 2008, DVD) [das gravações do CD]
    • Omara Portuondo, Maria Bethânia - Ao vivo, de Mario de Aratanha (Biscoito Fino, 2008, DVD) [gravado em 4 e 5 abr 2008 no Palácio das Artes, Belo Horizonte]
  • 2009
    • Maria Bethânia - Dentro do mar tem rio, de Andrucha Waddington (Biscoito Fino-Conspiração Filmes, 2009, DVD) [registro do show gravado em São Paulo, Citibank Hall, 7 e 8 dez 2007]
    • Tecnomacumba - ao Vivo. Rita Ribneiro (Biscoito Fino, 2009)

Referências

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Maria Bethânia

"Gostoso Demais

Maria Bethânia 

Composição: Nando Cordel / Dominguinhos

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim
O que é que eu posso fazer"
 ---------------------------------------------------------------------------------
Podem-me dizer que Maria Bethânia é música antiquada, musica romântica, musica... rótulos e mais rótulos! Eu só sei que é música boa; bons autores, bons músicas e uma voz única, no Brasil e no Mundo. Para mim, a música boa é intemporal, não vai e bem com as modas e o mainstream! Depois estas letras, são muito boas; quem não reconhece momentos da sua vida, nalgumas? Grande Maria Bethânia, grande senhora da música do mundo, e da Língua Portuguesa!

Para mais informações sobre esta artista pode visitar o seu site:
http://www.mariabethania.com.br/

Amarante - Vistas do ponto mais alto de Fregim!


A Aboboreira também está linda, nesta tarde de Agosto!

Mais azul no céu, que o verde cobre a nossa terra!
E o Marão, a grande serra, ali à frente, o nosso enquadramento!

Em Cerquidos, Fregim, Amarante, bela tarde de Agosto!
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Hoje, no lugar de Cerquidos, Fregim, ali mesmo ao lado de Pidre, Mancelos, todos em Amarante, é provavelmente o ponto mais elevado de Fregim, embora nunca tenha tirado isso a limpo; mas lá que parece, lá isso parece. E, nestas tardes de Agosto, o Céu é pintado com umas tonalidades muito interessantes. Estas matizes de azuis e brancos, dão um colorido muito especial ao nosso Céu, que enquadrado com os penedos do Marão e o Verde que caracteriza a nossa zona, revelam um cenário fantástico que, às vezes parece um quadro magnifico! Mas a realidade é muito melhor!

22/08/07

Amarante Freixo de Baixo - Amarante, mais um monumento fantástico da Rota do Românico!


Freguesia de Freixo de Baixo, Amarante!


Este cruzeiro de Freixo de Baixo é muito belo! Parece a Cruz da Ordem de Malta, mas se calhar não tem nada a ver com ela!

Além da beleza da Igreja temos um céu de Agosto: Azul e Branco!

De qualquer ângulo esta Igreja está muito bonita, parabéns às pessoas de Freixo de Baixo, pelo magnifico Monumento Nacional que possuem!

Entradas para a Igreja do lado do átrio!


O adro da Igreja ficou muito bom com o arranjo que foi levado a cabo!


Vista a partir da casa contigua à Igreja, mas do lado do Ribeiro!


Vista lateral da Igreja, englobando a casa contigua!



Esta porta, pela sua beleza, merece um olhar mais próximo e atento!

Vista frontal da magnifica Igreja de Freixo de Baixo!

A Igreja de Freixo de Baixo, vista mais de cima, mais ao longe!



«Igreja de Freixo de Baixo, em Amarante!



Conheço esta Igreja há muito tempo. É sem dúvida um dos monumentos mais importantes de Amarante, como pode ser atestado pelas várias referências que aparecem relativas à mesma, em que ela é associada ao Período Românico, como um monumento muito representativo da arte desse período e pelo facto de alhear a beleza da Igreja, com a componente militar, pois possui uma fortificação, o que conferiu a esta Igreja uma importância estratégica. Aliás, toda esta Freguesia, de Freixo de Baixo, embora pequena, tem casas antigas muito belas; Faia, Alvéolos, Freitas, por entre outras! As obras de recuperação desta Igreja, quanto a mim, foram exemplares, dado que o produto final, que eu convido quem puder a visitar pessoalmente, como se pode constatar com as fotografias é fantástico. Depois, a Igreja está enquadrada por uma enorme vinha plantado nas vertentes inclinadas, e por enormes campos de milho no vale junto ao ribeiro, o que dá um quadro paisagístico, espetacular! Bem haja, povo de Freixo de Baixo!

Pode ser que um dia, depois de recuperados todos os nossos monumentos do Românico, possamos apostar definitivamente, no turismo religioso e científico, ligado ao estudo da história da arte! Amarante, como quase todo o Norte de Portugal, tem muito potencial a explorar:




Pode ver mais informação sobre esta Freguesia do Concelho de Amarante, em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Freixo_de_Baixo